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Veja comigo Mateus, capítulo 5. Mateus, capítulo 5. Eu quero ler novamente para vocês os versículos que são o contexto do que nós estamos pensando, versículos 1 ao 12, em Mateus, capítulo 5. “Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los, dizendo: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós”. Vamos ter uma palavra de oração.

Pai, novamente, ao nos achegarmos esta noite às preciosas palavras do nosso Senhor Jesus Cristo, nós nos sentimos inadequados. As palavras e pensamentos trôpegos da mente humana jamais poderiam expressar a profundidade da verdade no coração do nosso querido Senhor quando Ele pronunciou esses enunciados. Mas Pai, de alguma forma, pela força do Espírito de Deus, nos dê capacidade de ganhar um entendimento, pelo menos em parte, do que o Senhor quer dizer. Ultrapasse a incapacidade daquele que está falando e a incapacidade daqueles que estão escutando para que possamos ir além de nós mesmos e para fora de nós mesmos para percebermos as coisas que estão além do nosso entendimento enquanto o Espírito nos ensina. Oramos, Senhor, para que possamos entender o que significa ser um pacificador em um mundo que está desesperadamente necessitado de paz. Nós te agradecemos no nome de Jesus. Amém.

A ideia de paz domina a Bíblia. A Bíblia começa com paz no jardim; a Bíblia termina com paz na eternidade. Na verdade, você poderia traçar o percurso da história baseado no tema da paz. Havia paz na terra, no jardim. O homem pecou e a paz foi interrompida. Na cruz, a paz se tornou uma realidade novamente quando Ele, que morreu na cruz, se tornou a nossa paz. E desde que o Senhor Jesus Cristo providenciou a paz, pode haver paz no coração do homem e da mulher que vem a conhecê-lo. Um dia, no futuro, Ele virá novamente. O seu título será Príncipe da Paz. Ele estabelecerá o seu reino de paz, que levará finalmente a uma era eterna de paz.

Assim, a paz é uma excelente maneira de ver o tema da Bíblia. A paz no jardim, a paz interrompida, a paz de volta aos corações dos homens por causa da cruz. O príncipe da paz vem novamente para trazer um reino de paz que se tornará finalmente uma paz eterna. Existem 400 referências na Bíblia a respeito da paz. Deus se preocupa tremendamente com a paz. É um dos seus grandes temas. Você diz, “Mas não existe paz’. Não. Não neste mundo. Não agora. Mas existe um motivo. O motivo de não haver paz é por causa de duas coisas: a oposição de Satanás e a desobediência do homem. A queda dos anjos e a queda dos homens levou o mundo a ficar sem paz. Não é que Deus não deseje a paz, é porque o homem e Satanás estão em guerra contra Deus. Você só pode ter paz com alguém desde que aquela pessoa também queira, porque isso é uma via de duas mãos. Enquanto eles não quiserem paz, não haverá nenhuma.

Mas hoje nós chegamos no sétimo degrau da escada que ascende para a benção divina. A sétima das bem-aventuranças: pacificadores. Me parece que Deus nos chamou do mundo para um chamado muito especial. Para restaurar e experimentar algo que esteve perdido desde a queda. Nós devemos restaurar a esse mundo a paz que foi perdida pelo pecado. Assim, Deus designou um grupo especial de pessoas que ele chama de pacificadores. Eles são os seus agentes no mundo e eles estão aqui para fazer paz. Eles vão muito além do que qualquer um que já ganhou o prêmio Nobel da paz porque a paz que eles oferecem é uma paz eterna. A paz que eles trazem é uma paz divina, uma paz real. Portanto, o nosso Senhor Jesus diz que Deus prometeu abençoar as pessoas que são os seus agentes da paz e ele até os chama de filhos de Deus.

Agora, Deus aqui, através das palavras do nosso Senhor Jesus Cristo, está se referindo ao pacificador que é diferente de todos que vemos nesse mundo. Ele não está se referindo a políticos. Ele não está se referindo a um estadista, não importa quão bom eles sejam em conduzir a “paz”. Ele não está se referindo a diplomatas. Ele não está se referindo a árbitros. Ele não está se referindo a reis, presidentes ou vencedores do prêmio Nobel. Ele não está se referindo a organizações como a Liga das Nações ou as Nações Unidas. Ele não está se referindo a uma ordem eclesiástica. Ele não está se referindo a um conselho de igrejas. Não são os Carters ou os Kissingers do mundo e não são os Sadats e os Begins do mundo ou ninguém assim que são os pacificadores de Deus. Os pacificadores de Deus são muito diferentes, o que é bom porque os pacificadores do mundo têm um registro de falhas terrível.

É incrível como a alguns meses atrás nós celebramos a grande paz que foi estabelecida quando o Presidente Carter se reuniu com líderes do Oriente Médio e agora aquela paz já está começando a entrar em colapso. Nós não temos uma paz política, econômica e nós não temos uma paz social. Nós não temos paz nas nações. Nós não temos paz nos países. Nós não temos paz nos grupos políticos. Nós não temos paz nas organizações. Nós não temos paz nos lares. Nós não temos paz em nenhum lugar porque nós não temos paz nos corações. Essa é a verdadeira questão. Alguém disse, “Washington tem muitos monumentos de paz. Eles constroem um depois de cada guerra”. Ninguém nunca obteve sucesso em trazer paz.

Eu nunca vou me esquecer lendo uma estatística. A questão era: Quantos tratados de paz já foram quebrados? A resposta é: todos eles. Você entendeu? A paz é aquele breve momento glorioso na história onde todos param para recarregar. As Nações Unidas estavam preocupadas depois da Segunda Guerra Mundial com o desenvolvimento de uma agência para a paz mundial. Por isso, em 1945, a ONU veio a existir, e desde então não houve um único dia de paz na terra – nenhum. O mundo está cheio de brigas que nunca acabam. O lema da ONU foi estabelecido em 1945: “Ter gerações sucessivas livres da praga da guerra”. Até agora eles não conseguiram isso por um dia. É um sonho irreal. O New York Times reportou em 1968, há dez anos atrás, que houve 14.553 guerras que eles sabiam que aconteceram desde 36 anos antes de Cristo. Desde 1945, houve entre 50 e 70 guerras e 164 surtos de violência significativos e internacionais. Na verdade, desde 1958, 82 países estiveram envolvidos em conflitos.

Eu lembro quando o ex-presidente Nixon disse, “Paz, uma geração de paz” – era o tema de sua campanha eleitoral em 1970. Ele disse o seguinte: “Nós teremos uma geração de paz, algo que nunca tivemos nessa nação”. Não tivemos um dia disso. Nixon disse que nós teríamos uma geração de paz. Nós não tivemos 33 anos de paz. Alguns historiadores dizem que tivemos duas gerações de paz, 1815 a 1846 e 1865 a 1898, mas isso é porque eles não contam as guerras dos índios. Esses dois períodos do tempo foram literalmente banhados com o sangue dos índios. Nós nunca conhecemos, na história dos Estados Unidos, uma geração de paz. E aliás, se você pensa que nós temos problemas no cenário político e no cenário mundial, matamos mais pessoas na América com armas pessoais do que todos que morreram em todas as guerras que nós já lutamos. Não há paz.

Não temos a capacidade de vivermos bem uns com os outros. Tudo e todo relacionamento é frágil. Temos dificuldade em nível pessoal. Não há paz. As pessoas têm doença emocional e mental de tamanha intensidade que nunca conseguimos catalogar o que nós somos hoje. Rompimentos familiares, temos isso nas escolas, marchas e greves, protestos e demonstrações ad infinitum, ad nauseam. Parece não haver fim para isso. E o motivo de tudo isso é que o homem não tem paz nele mesmo. Assim, o seu mundo, que é meramente uma projeção dele mesmo, será literalmente repleto de caos. Se em algum momento precisamos de pacificadores, é agora. Esse mundo precisa desesperadamente de pacificadores e Deus diz, através de Jesus Cristo, nesse maravilhoso versículo, que ele abençoaria especialmente aqueles que são pacificadores.

Agora, para entender o que o nosso Senhor está dizendo aqui, temos que lidar com cinco verdades a respeito da paz. Cinco realidades a respeito da paz. Primeiro, o significado da paz. O que nós queremos dizer com paz? Quando nós falamos a respeito de paz, o que nós estamos realmente dizendo? Qual é a definição de paz que nós queremos lidar? Como é que vamos vê-la como Deus a vê? Qual é a perspectiva divina de paz? Algumas pessoas acham que a paz é a falta de conflito; que a paz é a falta de lutas. Bom, não existe luta ou conflito em um cemitério, mas nós não podemos usar um cemitério como um modelo de paz. Não, a paz de Deus parece ser muito mais do que a falta de algo; ela é a presença de algo. E eu rapidamente adicionaria que, biblicamente falando, a paz não é a falta de conflitos mas sim a presença da justiça que leva a relacionamentos corretos.

A paz não é apenas parar a guerra; paz é criar a justiça que traz os dois lados em amor. Quando um judeu diz para outro judeu, “Shalom”, que é a palavra hebraica para paz, ele não quer dizer, “que você não tenha guerras ou conflitos”, mas ele quer dizer, “eu desejo para você toda a justiça que Deus pode dar, toda a bondade que Deus pode dar”. Shalom significa “o bem mais elevado de Deus para você”. É uma força criativa para a bondade. Assim, se nós devemos ser pacificadores, nós não apenas paramos uma guerra, nós substituímos isso com a justiça de Deus. Nós substituímos isso com toda a bondade de Deus. Os pacificadores são aqueles que não somente apelam para uma trégua mas para uma paz real onde tudo é esquecido, e eles se abraçam. É uma bondade agressiva. O que eu estou tentando dizer é que essa paz não significa criar um vácuo. Paz não cria a falta de algo, mas a presença de algo.

Agora, deixe-me mostrar a diferença. Existe uma diferença entre acordo e paz. Um acordo simplesmente diz para vocês abaixarem as suas armas e não atirarem por um tempo. Essa é a definição do mundo, quando todos param durante aquele breve e glorioso momento enquanto nós recarregamos. Isso é um acordo. Paz é quando a verdade é conhecida, a questão é resolvida, e ambas as partes se abraçam. Agora, algumas pessoas acham que paz significa apenas parar a guerra e o que precisamos no mundo é apenas parar o conflito. Isso só faz a coisa borbulhar. Tudo o que temos então é guerra fria. E guerra fria é guerra. Agora, algumas pessoas podem dizer, “Bom, eu só quero garantir que não vai ter conflito. Eu quero tipo que encobrir isso e parar com a luta”. E você – ao tratar a paz dessa forma, parando qualquer conflito, você pode desenvolver uma situação muito pior do que você já fez porque você pode eliminar qualquer resolução, enterrando isso até que isso arda em chamas e destrua os dois lados.

Por exemplo, se duas pessoas estão em pé de guerra uma com a outra, a coisa certa a se fazer não é separá-las para que não se vejam, o que se deve fazer é coloca-las uma de frente com a outra para que possam resolver o problema, unindo-se em amor, abraçando-se e fazendo a coisa certa. Isso é paz e não trégua.

A paz da Bíblia não foge dos problemas. Ela nunca foge dos problemas. A paz da Bíblia não é uma paz sem custo. Ela não é ilusória. A paz da Bíblia vence o problema. Você entende a diferença? Ela vence esse problema no centro para que os dois possam se reconciliar. Ela constrói uma ponte entre os dois lados. Às vezes isso significa uma luta. Às vezes isso significa dor. Às vezes isso significa angustia. Às vezes isso significa um pouco mais de problema, mas no final a verdadeira paz surge.

Eu quero que você note em Tiago 3:17 um versículo que você precisa manter em sua mente. Nós voltaremos para o versículo 18 depois; vamos ver o versículo 17 agora. “A sabedoria, porém, lá do alto” – preste atenção – “A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente” – o que? – “pura; depois” – o que? – “pacífica”. Agora, você pode parar aqui e nós voltaremos depois. A sabedoria que vem de Deus encontra o caminho para a paz através do que? Da pureza. Primeiro a pureza, depois a paz. A paz nunca é buscada em detrimento da justiça. Você não tem a paz entre duas pessoas a não ser que elas vejam o pecado, o erro, a falha da amargura e do ódio, tendo resolvido isso trazendo tudo para diante de Deus, tornando tudo certo. Então, através da pureza vem a paz. A paz que ignora a pureza não é a paz que Deus está falando. Em Hebreus 12:14, ele diz, e aqui está outra palavra que você deve lembrar, “Segui a paz com todos e a santificação”. Em outras palavras, você não pode separar a paz da santidade. Você não pode separar a paz da pureza. Você não pode separar a paz da justiça. O Salmo 85:10 diz, “A justiça e a paz se beijaram”. Onde existe a verdadeira paz, existe justiça. Onde existe a verdadeira paz existe a santidade. Onde existe a verdadeira paz existe a pureza, pois isso resolve a questão.

Agora, todos nós queremos evitar brigas desnecessárias, seja na família, no trabalho ou onde quer que seja. Mas se nós fizermos isso ao ponto de sacrificar a verdade, então comprometemos os nossos princípios, e isso não é paz, isso é apenas um acordo e todos estão recarregando. Em Mateus, capítulo 10, versículo 34, temos uma Palavra fascinante do nosso Senhor. Ele disse: “Não penseis” – Mateus 10:34 – “que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas” – o que? – “espada”. Agora, você diz, “Uau, isso é exatamente o oposto das bem-aventuranças. Essa é a própria antítese do que o nosso Senhor estava dizendo em Mateus 5. O que ele quer dizer com “não vim trazer paz, mas espada”? O que ele quer dizer é o seguinte: Jesus não veio para trazer a paz a qualquer preço. Ele sabe que deveria haver luta antes de haver paz. Ele sabia que o conflito precisava ser resolvido.

Ouça, para o Cristão, haverá luta, mesmo que sejamos pacificadores no mundo. Não é fácil ser um pacificador porque se tivermos de ser pacificadores nos termos de Deus, seremos pacificadores que carregam a verdade para que a paz seja real. E se trouxermos a verdade para um mundo que ama a falsidade, haverá luta antes de haver paz, não é mesmo? É isso que eu tenho dito a respeito de pregar o evangelho. Você tem que deixá-los bravos com você antes deles ficarem felizes com você. Você tem que deixá-los irritados antes deles ficarem melhores. Você tem que fazer eles se sentirem mal antes de se sentirem bem. Assim, ao trazer a verdadeira paz ao mundo, primeiro a espada cai e depois, a partir daquela espada vem a paz porque ela é a espada da pureza. Ela é a espada da justiça. Ela é a espada da santidade.

É por isso que na bela epístola de Judas, no versículo 3 diz, “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos”. Em outras palavras, nós temos que ser contenciosos a respeito de algumas coisas. Ser um pacificador não é dizer, “Bom, eu certamente não quero ofender aquela querida alma. Mesmo se ela não crê como nós cremos, com certeza não quero” – isso não é fazer a paz, isso é um acordo que não faz nada para ajudar porque a questão é a justiça, santidade e pureza. Assim, nós trazemos o evangelho e ele mexe com as pessoas, acusando, trazendo contenção, luta e conflito. Mas quando o conflito é resolvido pela fé em Jesus Cristo, então existe uma verdadeira paz. Uma paz real.

Assim, ao promover a paz, o significado não é que devemos abandonar o princípio. O significado não é que devemos abandonar a doutrina, que devemos abandonar a convicção. Quando Jesus diz, “Seja um pacificador no mundo”, isso não significa que você não deve trazer algo que seja verdade, se aquilo for ofender alguém. Pelo contrário, é melhor você trazer aquilo se é a verdade para ofendê-los a fim de que, uma vez que eles resolvam isso, e possam encontrar uma verdadeira paz. A paz bíblica é a paz real. Nós não somos pacificadores no mundo no sentido que nunca causamos conflito. Causamos conflito o tempo todo. Mas somos pacificadores no mundo nesse sentido, de que quando o conflito acabar, a verdadeira paz se estabeleça. A paz bíblica é esse tipo de paz. Agora, não estamos concordando em apenas resolver as coisas sem lidar com a verdade. Nós vamos lidar com a verdade. Se você vai lidar com a verdade, amado, você será alguém que causa divisão. Você será alguém que perturba, alguém que incomoda. Não tem como fugir disso.

Sabe, você vê isso, não é mesmo? Você sai para trabalhar e você começa a viver para Cristo, dá o seu testemunho e, de repente, você está tentando ser um pacificador, ajudando as pessoas a fazerem as pazes com Deus, uns com os outros, e com seus próprios corações, fazendo o seu melhor para que eles tenham paz e tudo o que eles conseguem fazer é ficarem irritados com você. Isso acontece porque toda a premissa de sua mensagem é que elas precisam lidar com o pecado e as pessoas não gostam de ouvir isso, então elas se irritam. O nosso Senhor disse em Lucas 12:51, “Supondes que vim para dar paz à terra? Não, eu vo-lo afirmo; antes, divisão. Porque, daqui em diante, estarão cinco divididos numa casa: três contra dois, e dois contra três. Estarão divididos: pai contra filho, filho contra pai; mãe contra filha, filha contra mãe; sogra contra nora, e nora contra sogra”. Em outras palavras, Jesus disse que e muito obvio no começo que quando as pessoas vêm a Jesus Cristo, haverá conflito. E ele sabe que a verdadeira paz só pode vir quando a verdade reinar; e isso é mais do que um acordo. Essa é a verdadeira paz.

Assim, quando alguém chega e diz, “Bom, você tem uma visão tão estreita, você precisa ser mais ecumênico. Você precisa colocar de lado aquilo que você não concorda e achar um ponto de de concordância e seguir em frente. Todos nós precisamos nos unir e discutir o que concordamos”. Bom, deixe-me dizer algo: Cristo nunca pronunciou bênção aos apóstatas, e se houvesse alguém que ele encontrasse que tivesse que em algum ponto estivesse errado, invariavelmente ele iria contra aquele ponto. Isso porque a única verdadeira paz vem somente quando nós respondemos à verdade. Se eu discordar de alguém a respeito de algo na Palavra de Deus, alguma grande verdade que é importante na Palavra de Deus, eu não posso fugir disso. Eu não posso evitar isso e ser chamado de um pacificador. Embora eu possa fazer um acordo, eu não estarei ajudando aquele indivíduo a fazer as pazes com Deus e no final será a mesma coisa.

Assim, os pacificadores bíblicos não são pessoas quietas e tranquilas que não querem causar nada e nenhuma questão, que não tenha justiça, que não tenha um senso de justiça, que comprometam as coisas, que tentam apaziguar tudo. Não. As pessoas dizem, “Ah, ele é um pacificador” e com isso querem dizer que ele não tem convicções. Essa não é a questão. Um verdadeiro pacificador bíblico não vai colocar panos quentes na questão. Ele não vai salvar o status quo se a verdade deve ser exercida sobre a questão. Ele não diz, “Bom, eu sei que o que a pessoa está fazendo é errado mas eu prefiro ter uma situação de paz. Eu não quero dizer nada a respeito do que o meu filho está fazendo, do que o meu marido está fazendo ou do que nossos amigos estão fazendo. Eu apenas quero manter a paz”. Essa é uma saída fácil. A verdadeira paz somente vem com a verdade. Assim, esse é o significado de paz, o real significado de paz. Não é uma paz a qualquer custo. Não é manter o status quo. Não é pedir um cessar fogo enquanto recarregamos. Não é simplesmente um acordo. Não é reduzir isso a uma guerra fria. É resolver isso através da verdade, trazendo a justiça de Deus.

O segundo ponto, o significado de paz. A paz verdadeira, como Deus a vê, já falamos sobre isso. Em segundo lugar, o que ameaça a paz. O que ameaça a paz? Bom, isso é óbvio. O que ameaça a paz é o pecado. Se o significado da paz é a justiça e a verdade, então o que ameaça a paz é o pecado, a mentira, os erros e o engano. Se você quer saber porque não existe paz no mundo, é porque a ameaça do pecado reina. Jeremias 17:9 diz, “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto”. Você começa com um coração corrupto. Como que um coração corrupto se manifesta? Isaías diz no capítulo 48, no versículo 22, “Para os perversos, todavia, não há paz, diz o Senhor”. Jeremias também pensa da mesma forma no capítulo 8, versículo 11, “Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz”. Em outras palavras, eles falam a respeito disso, mas não têm isso, porque não há paz para o perverso. Não há paz àqueles que são perversos.

O homem é perverso; ele não conhece a paz. Assim, a ameaça à paz é a perversidade do homem. Em Marcos 7, versículo 20, o Senhor disse, “O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem”. Agora, o que você está lidando na sociedade humana então é com o homem internamente corrupto. Um homem do qual procede todo esse mal. Esse tipo de coração nunca consegue produzir paz porque a paz é o resultado da santidade. A paz é o resultado da justiça. A paz é o resultado da pureza, e não será produzida com esse tipo de pecado interior.

Agora, é por isso que em Tiago 3:18 – e nós voltamos para o mesmo texto que nós vimos – diz: “Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz”. Agora, veja isso: Os verdadeiros pacificadores, então, colhem frutos verdadeiros. Os verdadeiros pacificadores buscam produzir primeiro justiça. Você não pode ter uma verdadeira paz até você trazer justiça. Em outras palavras, se duas pessoas estão brigando, é porque existe pecado. Elimine o pecado e a luta termina. Se duas pessoas estão brigando e você apenas as separa, isso não faz nada. Se existe algum problema entre você e Deus e você está em guerra com Deus, tudo o que você precisa fazer é remover o que está no meio, que é o pecado, e Deus e o homem estarão juntos, não é mesmo? Você percebe? O pacificador sempre produz a paz gerando justiça. É por isso que a sabedoria de Deus é primeiro pura e depois pacífica. Veja, pessoal, eu digo: os únicos pacificadores no mundo que valem alguma coisa como pacificadores são aqueles que conduzem os homens para a justiça, para o padrão de Deus, para se prostrarem diante da verdade de Deus, e é por isso que todos os diplomatas, homens de estado, embaixadores, presidentes e reis da história do mundo nunca poderiam trazer paz.

Além disso, isso nos leva de volta para o início das bem-aventuranças. Isso mesmo. Você não pode ser um pacificador a não ser que você siga os primeiros seis; a não ser que você lide com o pecado na sua vida. Agora, volte para o versículo 3, “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”. Você começa com uma atitude humilde para com a sua própria pecaminosidade. Você fica no canto, no escuro, estendendo a sua mão a Deus porque você sabe que você não pode conseguir nada por si só. “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados” e então você chora e lamenta e o seu coração queima e dói por causa da sua pecaminosidade. E então vem, “bem-aventurados os mansos”. Você se encontra diante de um Deus santo e absolutamente soberano enquanto você não vale nada. Com isso a mansidão nasce desse choro, dessa covardia que parte da sua percepção de sua pecaminosidade. Nesse momento de mansidão, versículo 6, você clama com fome e sede de justiça e você recebe, de acordo com o versículo 7, a misericórdia de Deus. Quando você recebe a misericórdia de Deus, versículo 8, você se torna puro de coração. E somente quando você é puro de coração você pode ser – o que? – um pacificador. Esse é o ponto.

Além disso, quando você se torna um pacificador, o mundo não vai aceitar isso, então imediatamente, o versículo 10 diz, “Bem-aventurados os” – o que? – “perseguidos” – por causa do que? – “por causa da justiça”. Por que? Os pacificadores sempre tentam trazer a solução correta. Quando você tenta introduzir ao mundo uma paz que é baseada na justiça, as pessoas reagirão negativamente a isso porque elas não querem lidar com a realidade do pecado. Elas não querer trazer – elas não querem conhecer o tipo de paz que você está procurando oferecer. Assim, nós buscamos trazer para esse mundo uma paz justa. Somente quando se lida com o pecado que a verdadeira paz pode acontecer.

Eu não me importo se é a paz na sua própria vida, se você está tendo problemas, dificuldades e ansiedade, você precisa ir para um conselheiro e se você precisa tomar remédios e drogas. Você tem todo tipo de problemas na sua vida e eu vou lhe dizer uma coisa: tenha justiça em sua vida, tenha pureza na sua vida; tenha santidade em sua vida e você terá paz na sua vida. Se você tem problemas no seu casamento, conflito no seu casamento, conflito na sua família ou na sua casa, deixe-me lhe dizer isso: tenha justiça, santidade e pureza no seu casamento e na sua casa, e você terá paz na sua casa. Esse é sempre o caminho. Uma vez que você tem justiça, você estará em paz com Deus, em paz com o homem e em paz consigo mesmo.

Assim, para ser um pacificador, você tem que passar por todas as bem-aventuranças. Você tem que chegar em um momento em que você enxerga a sua própria pecaminosidade, vendo a si mesmo como uma alma corrompida, miserável, que não merece nada, com nenhum direito ou privilégio, odiando a si mesmo, clamando a um Deus santo para lhe dar a justiça que você nunca conseguiria alcançar mas que precisa ter. E Deus, com seu grande, grande amor lhe dá misericórdia, purifica o seu coração e então, e somente então, você será um pacificador.

Deixe-me dizer algo, pessoal. Ë muito bom viver nesse mundo e ver como Deus pode usar pessoas simples e humildes para serem os pacificadores do mundo. As pessoas que nunca ganham nenhum prêmio, que nunca tem o seu nome reconhecido por ninguém, mas que são os verdadeiros pacificadores do mundo. Elas são as que estão por aí trazendo justiça em alguma vida individual para que aquele coração conheça a paz pela primeira vez. Elas são as que estão por aí trazendo justiça em algum relacionamento para que pela primeira vez essas pessoas conheçam a paz. Eles estão saindo por aí, pregando o evangelho, para que pela primeira vez o homem possa conhecer a paz com Deus. Esses são os pacificadores. Elas não recebem destaque, mas são as únicas pessoas que estão fazendo isso. E você quer saber de algo? Existe um preço a ser pago porque quando você tenta fazer isso, o mundo reage de forma negativa.

Você vê, A verdade da pacificação real não é que nós queremos – e evitamos conflitos. Nós não queremos isso e nós evitamos isso. Não é isso. Não é que nós ficamos longe do conflito. É que, para trazer a verdadeira paz, nós passaremos pelos piores conflitos e sofreremos quaisquer necessidades. Eu vejo Jesus. Jesus, o maior pacificador de todos. Ele evitou conflito? Nem um pouco. Ele foi pregado em uma cruz; o maior conflito. Eles O mataram, mas ele fez isso porque ele sabia que a paz seria encontrada no final. O homem poderia procurar isso por todo o mundo. Ele pode ir de conselheiro em conselheiro. Ele pode ir de conferência em conferência. Ele pode escrever acordos e mais acordos. Ele pode ir de religião em religião e nunca encontrar a paz. Por que? Porque a paz não é encontrada em nossas circunstâncias. O problema está em nossa pecaminosidade interior. São as nossas cobiças incontroláveis que nos roubam a paz. Se nós estamos com febre, não é por causa da temperatura externa, é por causa do estado do nosso sangue borbulhando.

Sabe, é quase estranho no nosso mundo. Nós exaltamos as pessoas que quebram a paz. É ótimo quando nós temos um pacificador que nos mantem longe de entrar em alguma guerra ou que vai ajudar a manter o preço da gasolina baixo ou seja lá o que for. Mas quando falamos da vida diária, nós realmente exaltamos as pessoas que lutam. Você já percebeu isso? Nós pagaremos uma fortuna para assistir dois homens em um ringue se baterem até o fim. Os reinos do mundo, além disso, sempre têm dado a maior honra para os guerreiros. Você já percebeu isso? São sempre os guerreiros, os soldados e os lutadores. Hoje nós nos prostramos ao deus macho, o viril, o que não leva nada pra casa, o durão, o ousado, o que é auto suficiente. Esses são os heróis. As heroínas são as mulheres que lideram os movimentos para justiça e demanda, causando contenda e briga contra as tradições e os sistemas.

Nós somos uma sociedade de pessoas lutando pelos nossos direitos, exaltando uns aos outros. Os psicólogos, psiquiatras e comportamentalistas nos dizem, “Pegue tudo o que quer para você. Não deixe que ninguém tire nada de você”. Com isso a gente precipita mais brigas o tempo todo. A nossa sociedade adora isso. Não é uma surpresa então que quando nós entramos na sociedade e tentamos trazer a paz que o evangelho traz, eles lutam contra nós. Não é a toa que eles não gostaram de Jesus Cristo. Eles queriam um lutador. Aqueles judeus disseram, “Nós queremos alguém que virá aqui e martelará o governo Romano. Nós queremos alguém que venha aqui, o Messias, que acabará com o Cesar. Nós queremos que alguém venha para tirar o poder do governo Romano. Nós queremos um grande guerreiro”. Quando o nosso Senhor Jesus veio e disse, “bem-aventurados os pacificadores”, eu tenho certeza que as pessoas que ouviram isso disseram, “Quem precisa disso?”

Assim, vamos para o mundo oferecendo a paz do Senhor Jesus Cristo e as pessoas nos menosprezaram, achando que somos covardes, fracos, e se nós formos ousados e realmente pregarmos Jesus Cristo, eles lutam contra nós. Mas sabe, eu não me sinto mal com isso. Eu fico feliz em ter alguns inimigos desde que eles sejam os inimigos certos. Jesus Cristo foi o Príncipe da Paz. Isso mesmo. Isaías 9:6, “O seu nome será Príncipe da Paz”. Ele foi o Príncipe da Paz, e mesmo assim, em todos os lugares que ele foi, ele gerou conflito. Percebeu isso? Onde ele foi ele criou conflito. Na verdade, em Lucas 23:5, diziam que ele alvoroçava o povo. Em todos os lugares que ele ia tinha conflito, conflito e conflito. Paulo, o apóstolo, o grande embaixador da paz, disse, “Ah, todos devemos pregar a mensagem da reconciliação, que o homem seria reconciliado com Deus”, o evangelho da paz, como ele chamava.

Aquele que pregou o evangelho da paz, em todos os lugares que ele foi, ele criou tumulto. E disseram sobre ele em Atos 24:5, “Tendo nós verificado que este homem é uma peste”. 2 Timóteo 3:12 diz, “Ora todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”. Então aqui estamos nós, vindo ao mundo com a mensagem da paz. Nós estamos buscando trazer a paz da forma certa, a paz que vem através da justiça, santidade e pureza, e o que acontece? Mais guerra e luta porque eles não darão ouvidos a isso. Mas, pessoal, nós precisamos estar dispostos a abraçar esse conflito, receber os golpes como Cristo recebeu, tomar a nossa cruz, negar a nós mesmos, pagar o preço, sermos ousados, e caminhar para frente com o que nós sabemos que é certo. Se você se desviar dessas situações, você não é um pacificador. Um pacificador está disposto a dizer o que precisa ser dito para trazer a justiça para aquela situação. Se você for um verdadeiro pacificador, você será aquele que vai trazer a justiça.

Bom, vimos então o significado da paz. O que é? A plenitude da benção justa. E o inimigo da paz ou a ameaça da paz? O pecado. Ele deve ser tratado. E sabe, não é fácil. Eu quero ser um pacificador, mas as vezes isso é muito difícil. Eu vejo uma pessoa vivendo em pecado, e se eu fosse realmente um pacificador como Jesus deseja que eu seja, eu teria que ir até aquela pessoa e dizer, “você sabe que você está ofendendo um Deus santo. Você está, com a sua própria vida, em guerra contra Deus. Eu quero trazer a paz entre você e Deus. Por isso, eu confronto você com esse pecado e lhe ofereço o evangelho de Jesus Cristo”. Isso é ser corajoso. Ou se eu vejo dois Cristãos em conflito, brigando, não faz parte do papel de um pacificador contornar aquela questão, ou ignorar a questão para não mexer com ninguém. Um verdadeiro pacificador vai e diz, “Vocês precisam resolver isso da forma certa um com o outro . Ser um pacificador não é fácil. Não é evitar questões. Você quer saber de uma coisa? É mergulhar bem no meio delas. É isso que significa.

Em terceiro lugar, o criador da paz. O criador da paz. Você sabe disso. Quem é o criador da paz? Quem é a fonte da paz? Paulo disse isso diretamente em 1 Coríntios 14:33, com suas próprias palavras, “porque Deus não é de confusão, e sim de paz”. Deus é o autor da paz. Deus é o criador da paz. Deus é a fonte da paz. Longe dele não há paz nenhuma. O Novo Testamento está literalmente repleto de afirmações a respeito do fato de Deus ser o Deus da paz. Paulo diz em Romanos 15:33, “E o Deus da paz seja com todos vós. Amém”. Em 2 Tessalonicenses, ele fala a respeito de Cristo como o Senhor da Paz. O autor de Hebreus escreve a respeito do Deus da Paz. O Antigo Testamento está cheio de afirmações a respeito de Deus sendo a fonte da paz.

A paz pertence a Deus. Ela não pertence nem um pouco ao homem. Na verdade, você quer saber de uma coisa? Desde a queda do homem, em Gênesis 3, o homem nunca conheceu a paz a não ser quando ele recebia de Deus, porque o homem não a tem. Deus é a paz perfeita. Na verdade, Deus está em perfeita paz consigo mesmo. Deus é caracterizado pela união perfeita. A trindade tem uma união perfeita. É absolutamente tranquila. Ela está em perfeita harmonia. Ela está perfeitamente unida. Na Trindade, não há conflitos. Existe apenas paz que parte de Deus. A única forma de nós conhecermos a paz é se Deus vier a nós. Eu amo essa afirmação de Efésios 2:14 que nos diz exatamente o que Ele fez. Ele diz, “Porque ele é” – Cristo – “a nossa paz”. Quando Cristo veio ao mundo, ele foi a paz de Deus vinda para tomar a mão de Deus e a mão do homem e, através do seu sacrifício, tornar o homem justo e junta-lo com a mão de Deus.

Eu lembro de uma história que eu li de um casal em processo de divórcio e eles não conseguiam resolver o conflito, discutindo o tempo todo. Eles tinham apenas um pequeno garoto de quatro anos de idade que estava muito triste, com os olhos cheios de lágrimas porque ele estava assistindo o conflito e, de acordo com um artigo, ele pegou a mão do pai e da mãe e, com lagrimas nos olhos, ele juntou as duas mãos. Ele se tornou a paz. De certa forma, foi isso que Deus fez. Ele providenciou a justiça que permite que o homem segure a mão de Deus. Deus é a única fonte de paz e o homem nunca conhecerá a paz até que o homem saiba a paz que somente Deus pode dar porque não existe outro.

Colossenses 1:20 diz que Jesus Cristo, tendo feito a paz através do sangue da sua cruz, foi capaz de reconciliar todas as coisas a si mesmo. Você vê, foi a cruz que fez a paz. Você pergunta, “Como que a cruz foi a paz? Não houve paz na cruz. A multidão caótica gritando e cuspindo em Cristo. O sumo sacerdote e os governantes zombando e amaldiçoando o nome dele. Os discípulos fugiram. O trovão, o relampado, tudo de estranho que estava acontecendo. As terríveis trevas no meio do dia, o salvador sangrando, os criminosos de cada lado, amaldiçoando e xingando. O que você quer dizer com paz?” Você sabe porque a cruz é a paz? Porque a cruz providenciou a justiça que pode trazer a verdadeira paz. Sempre haverá conflito quando é para haver a última e verdadeira paz.

Eu estava lendo novamente nesta semana O Totem da Paz de Don Richardson. Se você não leu esse livro, pegue-o e leia. Uma tremenda história missionária. Trabalhando com a Tribo Sawi na Irian Jaya, e ele não conseguia pensar em um jeito – em um jeito de dizer para eles o significado da morte de Cristo. Ele não conseguia descobrir como comunicar para aquelas pessoas ali, como eles poderiam entender o significado de Cristo e da sua morte. E os Sawi estavam tendo uma terrível e constante briga com outra tribo, e não parecia haver nenhum jeito de haver qualquer paz. Havia um costume entre as tribos que se uma paz fosse feita, ela fosse feita quando uma pessoa de uma tribo tomasse o seu bebê e desse o bebê para a outra tribo, deixando-o lá e indo embora. Um presente permanente. De acordo com o costume deles, enquanto o bebê tivesse, eles teriam que honrar a paz entre as tribos.

O problema era que eles odiavam uns aos outros tanto, que eles não davam um bebê para o outro; uma vida preciosa. Até que uma pessoa, um homem, pegou a única criança que ele tinha, apenas um menino e levou o menino em seus braços. Enquanto a sua esposa corria atrás dele, ela chegou tarde. Ele correu de seu vilarejo para o vilarejo do inimigo e apresentou a eles o bebê. Eles então chamaram aquele bebê da Criança da Paz. Enquanto aquele bebê vivesse, haveria paz. Então Don Richardson disse, “Eu tinha então a minha analogia”. Jesus é a criança da paz e enquanto ele vive, haverá paz. E Jesus vive por quanto tempo? Para sempre. Cristo é a nossa criança da paz. Com todo o sofrimento dele, deveria haver uma angústia no coração do Pai enquanto ele viu o seu Filho morrer e você pode imaginar a angústia no coração daquele pai quando ele entregou o seu único bebê, vindo de suas entranhas, para uma tribo inimiga, para nunca mais ver a criança novamente. Mas o preço foi digno daquela paz, não é mesmo? O conflito havia terminado.

Jesus é a criança da paz. Assim, Deus é a fonte da paz, Jesus é a manifestação da paz e o Espírito Santo é o agente da paz. Deus é um Deus de paz que fez de Cristo a manifestação da paz e nos deu o Espírito Santo que é o agente da paz. Em Gálatas 5:22, ele diz, “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria” – o que? – “paz”. Portanto, quando você se torna um Cristão, Deus vem habitar em sua vida, o Deus da paz. Cristo vem habitar na sua vida, o Príncipe da paz. O Espírito Santo vem habitar na sua vida, o espírito da paz. Não é a toa que toda a trindade é chamada de Senhor, nossa paz, Jeová-Shalom. E essa é a vontade de Deus, amados. Deus, que é a fonte da paz, deseja paz. Ele criou um mundo com paz e ele trará o mundo para um destino de paz. Nesse ínterim que tantos problemas deveriam vir. Ele traz Cristo para trazer a paz. Ele voltará para trazer a paz. Ele estabelecerá um reino de paz e uma eternidade de paz e é isso que Deus deseja. Deus sempre desejou a paz. Deus não deseja conflito. As pessoas dizem, “Que tipo de Deus nós temos? Veja as guerras”. Deus não deseja essas guerras. Deus não as quer nem um pouco. Alguém disse, “Por que Deus não para com as guerras? “ A resposta é: Ele não as começou. Não são as guerras dele.

Em Jeremias 29:11, o profeta disse, “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz”. Você vê? Os pensamentos de Deus para com os homens são pensamentos de paz. Jesus disse, “Estas coisas vos tenho dito” – João 16:33 – “para que tenhais” – o que? – “paz em mim. No mundo, passais por aflições”. Por que? Para lhe dar a paz. Assim, amados, se nós devemos ser pacificadores, temos essa paz a partir de Deus. Uma pessoa que não conhece a Deus, que não conhece a Cristo, que não tem o Espírito habitando nela, nunca poderá ser uma pacificadora – nunca. Ela pode providenciar um acordo mas não uma paz. Ela nunca poderá dar paz ao coração. Ser um psiquiatra ou um conselheiro e não conhecer a Deus é não ter uma fonte para dar paz a ninguém. Tentar ajuntar uma família sem Deus é não ter uma fonte para a paz. Tentar unir uma nação sem Deus é não ter uma fonte para a paz. A paz em nossos corações é a serenidade tranquila que vem porque Deus forjou a sua justiça ali e a guerra acabou. Uma vez que você tem a paz de Deus, o mundo pode continuar com seus problemas e você tem uma senso de paz de qualquer jeito, não é mesmo? É incrível. Nós cristãos habitamos no Senhor e a paz está ali.

Eu estava lendo a respeito de algo chamado “almofada do oceano” debaixo da superfície. A superfície do mar é agitada e a agitação diminui conforme você vai mais para baixo e mais para o fundo. E lá no fundo do oceano, bem debaixo da superfície, existe uma área chamada a almofada do oceano. Conforme os testes indicaram, ela é uma parte do oceano que é absolutamente quieta e não perturbada. Algumas pesquisas mostraram que quando o fundo é perturbado em áreas de grande profundidade, os restos de vida animal e vegetal que são vistos, conforme examinados, dão evidência de não serem perturbados por literalmente milhares de anos. Uma almofada do oceano. Eu penso que existe algo assim que pertence ao Cristão. Não importa quanta perturbação exista no mundo, não importa quanta ansiedade está por todos os lados, existe uma almofada de paz na alma da pessoa que conhece o Príncipe da Paz, que tem o espírito da paz dado como dom do Deus da paz. Assim, o significado da paz, justiça; a ameaça da paz, o pecado; o criador da paz, Deus.

Em quarto lugar, os mensageiros da paz. Os mensageiros da paz. Quem são eles? Somos nós, pessoal. Nós estamos na bem-aventurança “bem-aventurados os pacificadores”. Nós somos os mensageiros. 1 Coríntios 7:15 diz, “Deus vos tem chamado à paz”. Deus nos chamou à paz. 2 Coríntios, capítulo 5, naquela grande afirmação no versículo 18 em diante, “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação” – além disso, isso significa trazer a paz – “a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus”. Reconciliar é outra palavra para pacificador. Poderia ser lido da seguinte forma: “Tudo provem de Deus, que fez a paz. Ele nos deu o ministério da pacificação. Deus estava em Cristo, fazendo a paz com o mundo, nos confiando a palavra da pacificação. Nós somos embaixadores e rogamos que façais a paz com Deus”. Nós somos pacificadores. Nós somos os pacificadores de Deus da forma mais real. Esse é o nosso chamado pelo Espírito de Deus.

Existem muitos outros textos que falam a respeito disso. Colossenses 3 diz, “Que a paz de Cristo governe os seus corações”. Filipenses 4 diz, “Que a paz de Deus domine o seu coração”. Por que? Porque você fez a paz com Deus, você pode desfrutar da paz de Deus. Assim, nós somos pacificadores. Você diz, “Bom, John, como pacificador, o que eu faço? “ Três coisas. Essa é a parte prática. Número um, pacificador seria alguém que faz as pazes com Deus ele próprio. Ser um pacificador significa que você está com paz com Deus. Isso significa que você aceitou o evangelho da graça. Eu amo essa frase. Ela é usada em vários lugares no Novo Testamento. Talvez um dos lugares mais familiares seria Efésios, capítulo 6, versículo 15 – “calçai os pés com a preparação do evangelho da paz”. O evangelho é todo a respeito da paz. Houve um dia que você lutava contra Deus. Houve um dia em que você guerreava contra Deus. Mas quando a justiça de Jesus Cristo foi imputada em você pela fé, você fez as pazes com Deus. O evangelho era o evangelho da paz. A batalha terminou. Ninguém será um pacificador a não ser que ele faça as pazes com Deus porque então e somente então Deus se torna a fonte da paz. Portanto, a primeira coisa é que o pacificador é caracterizado pela sua paz com Deus. Eu posso discorrer um pouco mais? Eu acho que para você ser uma pacificador efetivo, você precisa manter essa paz. E toda vez que existe pecado em sua vida, essa paz é interrompida, não é mesmo?

Quando existe pecado na sua vida, você não pode ter uma comunhão com Deus abertamente, não é mesmo? Quando existe pecado na sua vida, Deus não pode abençoar você abertamente, não é mesmo? Você se remove do lugar da benção. Você não pode ser um pacificador para outros se não existe paz entre você e Deus. Se existe um relacionamento rompido, se você pecou contra Deus, se você está vivendo em desobediência à sua vontade, se você está vivendo e se satisfazendo no pecado, você não é um pacificador. Para ser um pacificador, você precisa estar em paz com Deus. Portanto, para ser um pacificador, em primeiro lugar, concentre a sua paz em Deus. Esse é o começo, pessoal. Nada mais vai acontecer. Você nunca será um pacificador para ninguém a não ser que exista paz entre você e Deus. Você deveria se levantar de manhã e dizer, “Senhor, eu quero estar em paz contigo”, e você deveria confessar tudo que você sabe em sua vida que não está certo e começar o dia em paz porque aí então você poderá ser um pacificador.

A segunda coisa: Um pacificador é alguém que tem paz com Deus e, em segundo lugar, que ajuda os outros a terem paz com Deus. Alguém que ajude os outros a terem paz com Deus. Eu penso que Jesus tinha em mente aqui o evangelismo. Eu penso que essa é a maior coisa a respeito da paz. Você pode ir a alguém que está em guerra com Deus e fazer a paz entre aquela pessoa e Deus, não é mesmo? E eu lhe digo mais uma coisa. Qualquer um que não é salvo estranhará você, também, porque não são da família. Eles são amaldiçoados por Deus. Eles não fazem parte do reino. A partir do momento que eles vêm para Jesus Cristo, eles fazem as pazes com Deus e com você; eles se tornam filhos de Deus e seus irmãos, não é mesmo? Evangelismo é pacificação. Que pensamento fabuloso. A melhor forma de ser um pacificador é pregar o evangelho da paz. Comunicar aos homens o evangelho para que a sua alienação com Deus termine. Para que a sua alienação para com a igreja, com o corpo de Cristo, com a sua comunhão, termine. E então eles poderão estar em paz. Não é a toa que diz em Romanos 10:15, “Quão formosos são os pés dos que anunciam o evangelho” – do que? - “da paz”.

Você vê, é uma coisa muito bonita trazer as pessoas para um relacionamento pacífico com Deus. Você quer ser um pacificador? Fale a alguém a respeito de Jesus Cristo. Isso é infinitamente além do que qualquer político mortal ou estadista já tenha realizado em um sentido político. Essa é a última, eterna e real paz.

Nós somos os pacificadores. Que acusação foi para os Fariseus. Os Fariseus, que eram cheios de justiça própria, pensavam que tinham todo direito de lutar contra Roma. Eles achavam que eles tinham todo o direito de adotar a sua teologia. Eles pisavam nas cabeças das pessoas. Eles não estavam interessados em ninguém relacionados a eles. Eles não estavam interessados em nada a não ser se elevarem cada vez mais e mais. Eles criavam conflitos em todos os lugares que iam. Eles criavam contendas em todos os lugares que iam. Eles menosprezavam as pessoas. Eles dividiam a sociedade em diversos grupos. E Jesus disse para eles, “Vocês entenderam tudo errado. O que Deus deseja não é uma elite espiritual que acha que sabe tudo, mas um pecador humilde que sabe que ele não tem nada a oferecer e que busca fazer a paz”.

Atos 10:36 é uma bela afirmação. Ele diz que a igreja primitiva era caracterizada por pregar a paz através de Jesus Cristo. A paz é através de Cristo. Quando você prega a Cristo, você prega a paz. Você deseja ser um pacificador? Pregue Jesus Cristo. G. Campbell Morgan disse, “Esse é o caráter propagativo do homem que, sendo todas as outras bem-aventuranças, leva a paz para onde ele vai”. Que grande afirmação. Assim, os pacificadores são pacificadores porque eles fazem a paz entre eles e Deus além de ajudarem os outros a fazerem as pazes com Deus.

Em terceiro lugar, o pacificador é alguém que ajuda as outras pessoas a fazerem as pazes com os homens. Ser um pacificador significa que você pode unir os homens. Você pode uni-los. Isso não é sempre fácil, mas um pacificador consegue fazer isso. Um pacificador consegue construir pontes entre as pessoas. Eu espero que você esteja consciente disso. Existem muitas formas em que a Bíblia fala a respeito disso, mas nós não temos tempo para ver cada uma delas. Mas, em Mateus 5, eu vou lhe mostrar algumas ilustrações. Mateus 5:21, “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento” – não mate. Você sabe disso. A lei disse isso – “Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto (Raca) a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal”.

Em outras palavras, essa palavra “Raca” significa vazio. É como dizer a alguém, “Seu cabeça de vento, seu burro”. Esse “estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo” – que é mais grave – “estará sujeito ao inferno de fogo. Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta” – em outras palavras, você vai adorar a Deus e você se lembra que o seu irmão tem algo contra você – isso não é interessante? Não é que você tem algo contra o seu irmão, é o seu irmão que tem algo contra você – deixe a oferta ali, saia, faça as pazes com o seu irmão, e depois venha e adore. Deus não deseja que você venha à igreja e o adore se alguém tem alguma coisa contra você. Vá para casa, arrume isso, e então volte. Isso significa ser um pacificador. Porque veja, o fato de vocês não estarem vendo um ao outro – o conflito não é a questão. A questão é que a verdadeira paz nasce da verdadeira justiça. E justiça significa que você elimina o pecado que está entre vocês – entendeu? Portanto, você precisa fazer a paz. Vocês precisam fazer as pazes um com o outro. Você quer que haja concordância. Você quer ajustar as coisas.

Depois no capítulo 5, ele fala a respeito de como que você precisa até mesmo amar os seus inimigos e abençoar aqueles que amaldiçoam você, fazer o bem para aqueles que lhe odeiam, e orar por aqueles que com rancor se aproveitam de você, perseguem você e fazem todas essas coisas. Por que? Porque aí vocês serão filhos do pai. Em outras palavras, você provará que você é um filho de Deus se você é um pacificador até mesmo com os seus inimigos. Voltando para as bem-aventuranças, “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados” – o que? – “filhos de Deus”. É característico de um filho de Deus ser um pacificador. É por isso que ele disse o que fez no capítulo 5.

Em Mateus, capítulo 18, ele diz que se o seu irmão pecou, o que você faz? Imediatamente, ele diz, você vai até ele, não é mesmo? E você fala para ele a respeito do seu pecado, pede para ele se arrepender e se ele não se arrepender, o que você faz? Você leva duas ou três o que? Testemunhas. Você então volta e busca fazê-lo se arrepender. Se ele não se arrepender, você conta para a igreja para que ele possa se arrepender. Por que? Você pergunta, “você está apenas criando uma controvérsia. Meu irmão, por que você não deixa pra lá? Deixa quieto”. As pessoas dizem, “O que você quer dizer com sair por aí, fazendo com que essas pessoas saibam a respeito disso?” vê? Não, porque isso é apenas uma guerra fria. Isso é apenas um acordo; não é paz. A paz diz que você precisa trazer a justiça. Você resolve isso de forma justa e então há a paz verdadeira. Nós devemos ser pacificadores. Não é fácil. Mas é um mandamento da Palavra de Deus.

Em uma família, marido e esposa, fala sobre o fato de que em 1 Pedro 3:7, marido e mulher devem viver juntos com discernimento. Devemos entender uns aos outros para que as nossas orações não sejam interrompidas. Ouça, se você está tendo dificuldade na sua adoração, talvez seja melhor você ir para casa e se endireitar com sua mulher. As suas orações serão interrompidas. Por que? Porque a não ser que exista uma paz real, e não apenas um acordo, não apenas, “Tudo bem Ethel, nós não vamos mais falar disso; especialmente no caminho para a igreja. Nós vamos louvar nessa manhã”. Isso não é – Isso é uma guerra fria. Isso não é paz. Você precisa resolver isso. E, como eu digo, às vezes existe um tremendo preço a ser pago.

Assim, amados, eu penso que a mensagem está clara. Jesus disse em Marcos 9:50 “Tende paz uns com os outros”. Se existe algo de errado entre vocês dois, vocês precisam construir uma ponte, entende? Você já viu uma ponte ser construída? Você já viu alguém construir uma ponte? Eles constroem uma base sólida de um lado, uma base sólida do outro lado, e então de um lado para o outro eles jogam uma corda. Eles esticam um tipo de cabo. É assim que começa. E depois de um longo vai e vem, vai e vem, daqui a pouco você tem o que? Eles construíram uma ponte. Eles conseguem uma ponte porque quando os cabos ficam pesados o suficiente, eles pegam algo como um aço. Quando eles conseguem aço o suficiente, então eles jogam concreto naquilo. E depois de pouco tempo, depois de um vai e vem, eles constroem uma ponte. Porém, muitas vezes, o problema de fazer a paz é que ninguém está disposto a começar no seu lado com aquele pequeno cabo, entende, para começar o negócio. Seja um pacificador. Talvez isso vá lhe custar um pouco. Talvez você acabe sofrendo um pouco, mas é isso que o pacificador faz. Foi isso que Jesus fez e Ele é o nosso exemplo. Bom, o significado da paz, a justiça. A ameaça da paz, o pecado; o criador da paz, Deus; os mensageiros da paz, os crentes. Somos nós, pessoal; somos nós. Eu espero que você seja um pacificador.

Sabe, eu trabalho nisso conscientemente. Tento até mesmo em situações – e eu poderia adicionar um quarto ponto nisso. Uma quarta área em que nós falamos sobre fazer a paz nós mesmos com Deus, ajudando os outros através do evangelismo a fazerem a paz com Deus e falamos a respeito de unir irmãos que estão em conflito. Mas até mesmo em uma situação em que não existe necessariamente um conflito, não há uma grande guerra, você sabe o que o pacificador vai fazer? Ele vai sempre achar um ponto de concordância. Existem algumas pessoas, por exemplo, em minha vida e no meu mundo, pois eu me encontro com muitas, com muitas pessoas diferentes na teologia, nas obras da igreja e outras coisas que nós não concordamos teologicamente. Nós não temos nada entre nós. Não existe amargura. Não existe nada a não ser amor, mas nós discordamos na teologia. E, todas as vezes que nó estamos juntos, eu não digo, “Agora, eu quero voltar àquele ponto em que nós discordamos. Eu tenho mais coisa para lhe falar”. Eu não guardo um monte de anotações de pontos de vista que eu sei que o rapaz discorda e digo, “Agora eu quero que você ouça isso, meu irmão. O Senhor me falou para você prestar atenção nisso”. Não. Você sabe o que eu sempre tento achar? Eu sempre tento achar um ponto em comum. Sempre busque encontrar um ponto de paz. Porque uma vez que você estabeleceu a paz, você pode construir a partir dessa paz. Não há motivo para começar em nenhum outro lugar.

Se alguém chegar a mim e disser, “eu tenho um problema aqui” e começa a me dizer a respeito de uma determinada situação, eu sempre vou buscar um ponto de paz. Sempre. Sempre buscar um ponto de paz. “Bom, é muito bom que você se sente assim”. “Ah, eu concordo com isso”. “Eu acho que nós podemos definitivamente concordar nesse ponto. Agora, claro, nessa área, nós podemos discordar, mas não é maravilhoso que nós concordamos aqui?” Vê? Encontre um ponto de paz. Essa seria a quarta forma de ser um pacificador.

Finalmente, o mérito da paz. O mérito da paz. Você diz, “John, se sou um pacificador, o que isso significa? O que acontece?” Bom, o mérito, a promessa do nosso Senhor Jesus é bonita. “Porque serão chamados filhos de Deus”. Eu vou falar algo para vocês, pessoal, eu não consigo pensar em ser chamado de algo melhor do que isso, você consegue? Eu sou feliz de ser um MacArthur. Essa é uma grande e antiga família escocesa. Eu sou feliz em ser o filho do meu pai. Eu sou feliz em ser o neto do meu maravilhoso avô, que foi um grande homem de Deus. Eu fico feliz com isso. Mas nada, e eu digo nada, se compara em ser chamado de filho de Deus. Existe um mérito que pertence aos pacificadores. Isso enfatiza a honra do pacificador.

Aliás, ele diz filhos de Deus, huios, não teknia, filhos. Tekna é a palavra usada para falar de afeição. Huios é a palavra usada para falar de dignidade, honra e posição. Aqui ele não está apenas falando a respeito da afeição que pertence a nós, ele está falando a respeito da dignidade e honra de ser um filho de Deus. É um grande pensamento. A palavra é usada para designar caráter; para designar qualidade. Nós temos a distinção de sermos filhos de Deus. Você sabe como você vai identificar um filho de Deus, de acordo com essa afirmação de Jesus? Ele será o que? Um pacificador. Isso mesmo. Ele será um pacificador. A marca de um verdadeiro Cristão, assim como foram todas as outras bem-aventuranças, amados. Se você olhar para a sua vida e não vir um pacificador, então uma de duas coisas é verdade, como temos dito, “Ou você não é um Cristão ou você é um pacificador vivendo em pecado”. É melhor você se examinar para ver se você realmente está na fé ou não.

Se a sua vida é caracterizada por discórdia, rompimento e por um anseio na parte mais profunda do seu coração de não ser um pacificador, eu questiono se você é um Cristão. Pacificador – eu amo isso – nós somo chamados de filhos de Deus. Provavelmente, o antecedente ou o sujeito do verbo é Deus porque somente Deus pode designar os seus filhos, não é mesmo? Somente Deus pode dizer quem são os seus filhos. E Deus nos chama de filhos seus quando nós somos pacificadores. Além disso, o verbo está no futuro, o que é algo tremendo. Nós seremos chamados de filhos de Deus e isso olha para frente. Porém, ele é um futuro contínuo. Daqui até a eternidade, nós continuaremos a ser chamados de filhos de Deus. Que grande, grande promessa. Assim, é na nossa pacificação que nos tornamos reconhecidos como os filhos de Deus.

Como você reconhece um cristão? Você se lembra do que dissemos há algumas semanas atrás? Você pergunta para uma pessoa, “Você é um cristão? “ “Ah, sim”. “Bom, como você sabe que você é um cristão? “ “Ah, eu me lembro de quando eu tomei uma decisão. Eu me lembro de quando eu fui até a frente. Eu me lembro de quando eu ergui a minha mão. Eu me lembro de quando eu assinei o cartão, o conselheiro estava lá, e nós fomos para a sala da oração”. Não. “Como você sabe que você é um cristão?” “Ah, eu sou pobre de espírito. Eu choro pelo meu pecado. Eu sou manso diante de um Deus santo. Eu tenho fome e sede da sua justiça. Eu vi a sua misericórdia tocar a minha vida e eu desejo fazer isso aos outros. Eu tenho experimentado pureza de coração. Eu sei o que é ser um pacificador”. Essa é a resposta certa, entendeu? Essas são as condições que Jesus deu para alguém ser verdadeiramente um filho do seu reino. Assim o nosso Senhor diz aqui, “os pacificadores são os meus filhos reais”.

Você já parou para pensar no que significa ser um filho de Deus? Você já pensou em como Deus olha para você? Que tremendo pensamento. Eu posso lhe dizer, como pai, que eu amo os meus filhos mais do que eu amo a minha casa. E eu vou lhe dizer algo, Deus tem uma casa muito boa. Muito fantástica. A sua casa é o universo e ele me ama mais do que ele a ama. Eu amo o meu filho mais do que eu amo o meu patrimônio. Eu não tenho um patrimônio, então isso é fácil. Deus lhe ama mais do que ele ama o seu patrimônio. Jacó amou Benjamim mais do que tudo que ele tinha. Gênesis 44:30 nos diz que a vida de Jacó estava ligada a Benjamim. Assim é com Deus. O seu grande amor está ligado a você e a mim. Nós somos os seus filhos. Eu amo quando ele diz que nós somos a menina dos seus olhos. Que grande afirmação. A menina dos seus olhos.

Você sabe o que o hebreu queria dizer com a menina do seu olho? A pupila. Você já percebeu que essa é a parte mais vulnerável do seu corpo físico que está exposta? Isso mesmo. Essa é a parte mais sensível do corpo humano. E você a protege. Quando alguma coisa vem em direção ao seu olho, você a protege. Ninguém toca na pupila do seu olho e é exatamente assim que Deus se sente. Se você tocar em um dos filhos de Deus, você tocou no olho dele como seu dedo, e isso O irrita. Nós somos as meninas dos olhos dele. Ele diz em Malaquias que nós somos as suas joias e que nós faremos parte da coroa que ele faz quando ele toma as suas joias para ele mesmo. Você sabia que no Salmo 56:8 diz que ele guarda as nossas lágrimas em seu odre? Isso não é fabuloso? Nós somos os seus filhos. Ele tem um nome eterno para nós. Ele guarda as nossas lágrimas no odre da lembrança. Esse era um costume judeu antigo. Quando você chorava por algo, você guardava as suas lágrimas em um odre para que as pessoas pudessem ver o quanto você estava em prantos. Deus guarda as nossas lágrimas em seu odre para ele saber as dores que nós passamos. E quando morremos, é a coisa mais maravilhosa de todas. O Salmo 116 diz, “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos”.

Você vê, realmente somos importantes para Deus. Somos os seus filhos. Ele nos torna filhos. Ele nos faz príncipes, reis, sacerdotes e herdeiros. Ele nos chama no Salmo 16:3 de, “os santos que há na terra”. Em 2 Timóteo 2:21, “utensílio para honra”. Tremendo. Eu amo quando vemos em Apocalipse que diz que nós sentaremos com Ele no Seu trono. Como pequenas crianças subindo no colo do pai. Você já considerou o que significa ser um filho de Deus? Deus tem um amor eterno e pessoal por você. Deus suporta as suas fraquezas e o seu pecado. Deus aceita o seu culto imperfeito. Deus providencia para todas as suas necessidades. Deus lhe protege de todo perigo. Deus lhe revela a sua verdade eterna. Deus lhe torna um herdeiro de tudo o que ele possui. Deus faz tudo para o seu bem. Deus lhe guarda de perecer para sempre. Deus lhe dá o céu. Eu não sei, mas se ser filho de Deus é maravilhoso assim, eu acho que eu quero ser isso. Jesus disse, “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”. Vamos orar.

Pai, não posso deixar de pensar no número de completude, sete Bem-aventuranças, neste ponto. Sete coisas que uma pessoa verdadeiramente salva é e faz. Sete características. Pai, eu oro para que aqueles que estão aqui nesta noite olhem para as suas vidas e examinem-se para ver se são pacificadores. Jesus disse que aqueles que o são, são os filhos de Deus. Pai, eu oro também para que, se alguém disser, “Eu não sou um pacificador. Eu não sei o que é ser puro de coração. Eu não sei o que é receber misericórdia de Deus. Eu não tenho fome e sede de justiça. Eu não experimento essa mansidão, esse choro, essa pobreza de espírito”. Pai, que eles possam perceber que estão longe do Teu reino. Que não herdarão o Teu reino. Não serão fartos. Não serão chamados de Teus filhos. Não receberão a Tua misericórdia até que venham a Ti nos Teus termos, quebrantados e contritos, famintos por uma justiça que eles precisam desesperadamente, que não podem conseguir, e que recebem-na como presente.

Pai, eu penso no apóstolo Paulo. Que mudança! Ele foi Saulo, cheio de justiça própria, sentindo como se tivesse tudo que era necessário, sem faltar nada; orgulhoso, não precisando de misericórdia, porque ele era justo em e através de suas obras. O seu coração estava cheio de pecado, e por onde ele ia, ele causava estrago, respirando ameaças e mortes. E em apenas um momento, Tu o tornaste um dos maiores pacificadores em todo o teu reino. Tu o tornaste em alguém que chorava pelos seus pecados e clamava, “Eu sou o maior dos pecadores”. Alguém que era manso ao ponto de dizer que ele se glorificava somente na cruz. Alguém que tinha fome e sede de justiça a tal ponto que ele clamava, “Para que eu o conheça”. Alguém que poderia dizer, “Mas Deus, em Cristo, purificou o meu coração corrompido”. Alguém que não faz mais guerra, porém paz. Pai, que esse possa ser o nosso testemunho nesta noite. Que possamos ser os pacificadores que são os seus verdadeiros filhos.

Ainda com as suas cabeças abaixadas, continuem orando por mais um momento. Esse tem sido um tempo tremendo, tremendo para nós através dessas verdades. Eu apenas quero que vocês reflitam nesse momento final em suas próprias vida. Você conhece Jesus Cristo? Você o convidou para entrar em sua vida? Você já veio a Deus com o seu pecado e pediu para a justiça de Cristo ser imputada em você? Você aceitou a morte e a ressurreição de Cristo em seu lugar? Você realmente é seu filho? Ou você continua dizendo, “Eu não sou um pacificador. Eu não sou um filho de Deus”. Se isso é verdade, porque você, de forma silenciosa, no seu coração, não faz uma oração ao Senhor e diz, “Senhor, eu quero ser Teu filho. Eu quero ser Teu filho. Eu quero ser um pacificador. Eu quero ser alguém que obtém misericórdia, pureza e justiça. Eu desejo Cristo em minha vida”. Você diria isso ao Senhor agora?

Se você é um Cristão e você nunca foi confrontado como você está sendo agora a respeito de algumas coisas em sua vida, e você está dizendo, “Eu não tive essa paz. Eu causei briga em casa, no trabalho. Eu pareço ser um homem que causa problema o tempo todo” ou “eu pareço ser a mulher que sempre parece estar esquentada” – “Senhor Jesus, torna-me um pacificador. Faça com que cada passo que eu dê traga fragrância da paz divina. Que eu possa ser conhecido em todo o mundo como alguém que gera paz. Que eu sempre possa encontrar um ponto de contato por onde o amor possa crescer”.

Pai, eu oro para que, enquanto oramos juntos agora de forma silenciosa em nossos corações, que Tu fales conosco. Leva-nos a nos comprometermos com o que for necessário. No nome de Jesus. Amém..

FIM

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