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Vamos abrir a Palavra de Deus no oitavo capítulo do livro de Romanos, esse, amados, maravilhoso tratado do apóstolo Paulo sobre o evangelho e todos seus aspectos. Estamos vendo Romanos 8 porque esse é o capítulo sobre o Espírito Santo, e esta seria a parte 6, ou mensagem número 6, no estudo da vida do Espírito Santo, vida e ministério do Espírito Santo, no crente – no crente. O que o Espírito Santo faz em nós. E eu comecei esta série por causa de todas as deturpações do Espírito Santo que abundam no mundo cristão contemporâneo. É tão terrivelmente deturpado, tão insultado, de modo tão triste, tão extinto - para emprestar a linguagem bíblica - e assim tão blasfemado. Se você assistir a atual linha carismática de pessoas ungidas com o Espírito Santo, você não faria idéia absolutamente nenhuma do que o Espírito Santo faz. É como se fossem vítimas de um espírito ímpio ao invés de um espírito santo, do Espírito Santo.

O Espírito Santo não torna as pessoas mundanas, carnais, prepotentes, escorregadias, irresponsáveis, ultrajantes, et cetera, et cetera. O Espírito Santo tem um objetivo, e é tornar as pessoas santas - santas. Assim se alguém disser que ele é ungido ou que ela é ungida pelo Espírito Santo, o que deve ser manifesto nessa pessoa é uma evidente santidade. Essa é a obra do Espírito Santo. Por isso que Ele é chamado de Espírito Santo.

No famoso triagide de Isaías, ele ouve os anjos em adoração antifonal e eles estão dizendo, “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos.” E isso pode ser trinitário. Santo é o Pai, santo é o Filho, santo é o Espírito. É por isso que existem três deles. Este é o reconhecimento angelical que a Trindade é essencialmente santa, e a obra do Espírito Santo é essencial para produzir a santidade em seres humanos, em nós.

Para entender melhor isso, quero que olhemos os versículos 14 a 16 de Romanos 8. Vou lê-los e voltaremos a eles em instantes. “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.” Diversas referências aqui ao Espírito Santo como nos 13 versículos anteriores, porque, como temos dito, este é o capítulo, na grande carta de Paulo aos Romanos, que trata do ministério do Espírito Santo na vida dos crentes.

Mas vamos voltar ao ponto inicial de que estávamos falando. Deus o Pai é santo, Deus o Filho é santo e o Espírito é santo. Com respeito ao Pai, Levítico 19 diz, “Eu, o Senhor vosso Deus, sou santo.” E que, por sinal, é repetido dezenas de vezes no Antigo Testamento, Deus testemunhando de Sua própria santidade. O Filho de Deus é considerado santo em Lucas, capítulo 1, Ele é chamado de a criança santa. E no livro de Hebreus, Ele é chamado de santo e imaculado. E ao olhar para o terceiro membro da Trindade, o Espírito de Deus, lemos em Romanos 1:4 que um de Seus nomes é o Espírito de santidade. Então a verdade é que, santo, santo, santo é uma confissão trinitária. Eles são todos santos; todos os membros da Santíssima Trindade são, por natureza, essência e substância santos.

Mas há uma obra em particular de Deus, o Espírito, que diz respeito à reprodução da santidade nos crentes. Essa é Sua obra. Ele trabalha no que chamamos de santificação, que é a separação do pecado, para transformar os crentes em santos ou, se quiserem, à semelhança de Jesus Cristo. O ministério do Espírito Santo não é uma obra física. Não pode ser vista na maneira com que você se mexe, treme, cai para trás, murmura ou coloca suas mãos para o alto. É uma obra da alma, é uma obra do coração. No Antigo Testamento, diríamos que a obra do Espírito Santo era para produzir piedade. No Novo Testamento, diríamos que a obra do Espírito Santo é para produzir a semelhança de Cristo. A mensagem do Antigo Testamento é ser como Deus. A mensagem do Novo Testamento é ser como Cristo. O agente disso é o Espírito Santo.

Talvez o versículo mais singular e esclarecedor sobre isto seja 2 Coríntios 3:18, um versículo sobre a qual eu escrevi um livro uma vez quando me perguntaram, “Você poderia escrever um pequeno livro sobre o versículo mais importante para os cristãos no Novo Testamento?” E eu disse: “Bem, não sei se posso fazer isso, mas há um que eu poderia mencionar,” e peguei este, 2 Coríntios 3:18: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor.” Quando olhamos para o Senhor, quando olhamos para a glória do Senhor, estamos sendo transformados na mesma imagem de glória em glória, e isso está sendo feito pelo Senhor, que é o Espírito.

O Espírito Santo nos transforma na semelhança de Cristo, na medida em que mantemos nossos olhos fixados no próprio Senhor, movendo-nos de um grau a outro, de um nível de glória para outro, e outro e outro. Essa é Sua obra. É a obra do Espírito Santo. É por isso que Ele é chamado de Espírito Santo, ou Espírito de santidade, unicamente para produzir santidade em nós. Como eu disse, no Antigo Testamento, o termo era semelhança com Deus. No Novo Testamento, é semelhança com Cristo. É a santificação. O Espírito Santo é – e os teólogos diriam dessa maneira: o Espírito Santo é a causa eficiente – o Espírito Santo é a causa eficiente; A Escritura é o instrumento que o Espírito Santo usa.

Vamos voltar um pouco e falar sobre isso. Quero que você tenha uma idéia geral, certo? Porque, você precisa entender que esta obra do Espírito é o propósito de Deus na redenção. Isto não é parte de, não é uma sub-categoria, é o propósito de Deus na redenção, formar um povo que seja santo, piedoso, semelhante a Cristo. Esse é o prêmio da soberana vocação. Esse é o objetivo da redenção. Esse objetivo não é alcançado na justificação; é alcançado somente na glorificação quando todos nos tornaremos perfeitos em santidade. E a obra do Espírito Santo nesse meio tempo é nos tornar mais e mais santos nesta vida até que alcancemos aquela santidade perfeita porvir. Mas vamos voltar um pouco e compreender desde o início o que Deus está fazendo.

O homem criado à imagem de Deus é a mensagem de Gênesis 1 e 2, não é? Gênesis 1:26 e 27: “Deus criou o homem à sua imagem,” à Sua semelhança, para um propósito, para revelar Deus, para refletir a glória de Deus, para expressar o caráter de Deus, para exibir a Sua glória. Capítulo 3, homem cai - homem cai, e essa finalidade é perdida porque agora você tem a humanidade pecadora, incapaz de refletir ou expressar a glória de Deus. Por isso que Romanos nos diz que todos nós carecemos do que? Da glória de Deus. Essa é uma verdade universal da humanidade caída. Não podemos fazer aquilo para que fomos criados. Feitos à imagem de Deus com o propósito de refletir, expressar a glória de Deus; agora caídos em pecado, corrompidos, estragados, distorcidos, pervertidos. Não podemos fazê-lo. E se você olhar para a história antiga, depois de Adão, você vê algumas pessoas que foram resgatadas dessa condição e que realmente tornaram-se pessoas que poderiam refletir a glória de Deus. Enoque que andava com Deus, um dia simplesmente viu-se andando no céu e não morreu. Os filhos de Sete que eram de linhagem divina, mas havia tão poucas pessoas naquela humanidade desfigurada, pervertida, corrupta – ouça isto - que algumas gerações mais tarde, Deus afogou toda a raça humana porque havia somente oito pessoas que podiam refletir Sua glória. Apenas oito de milhões. Depois de secar tudo, começou tudo novamente. Isso mostra o quão profunda é a corrupção.

Deus o Pai, então, determinou a partir dessas oito pessoas, restaurar a imagem de Deus na humanidade terrívelmente distorcida e desfigurada pela transformação soberana, sobrenatural e graciosa desses pecadores. Não era um trabalho superficial. Não era um trabalho de pintura. Não era algo externo. Tinha que ser algo interno. Ele tinha que recriá-los para serem capazes de manifestar a Sua glória. Pedro descreve isso em palavras que são muito, muito importantes, e muito claras. Pedro diz em 2 Pedro 1:4: “Livrando-vos da corrupção.” Vocês se livraram de serem desfigurados. Vocês se livraram de estar naquela condição perversa, vocês se livraram disso por se tornarem – ouça isto – participantes da natureza divina. Uau – participantes da natureza divina. A própria natureza de Deus foi-lhe dada no novo nascimento.

Esse é o propósito da salvação. O propósito do plano redentivo de Deus é recuperar a humanidade de sua incapacidade de glorificá-lo. O propósito da salvaçao é anular a queda e tornar os homens capazes de glorificá-Lo. E para isso, Deus tem que recriá-los. Eles têm que nascer de novo, espiritualmente. Eles têm que ter uma nova natureza. Eles têm que se tornar novos homens. Essa é a linguagem bíblica. Eles têm que ter um novo nascimento. Se alguém está em Cristo, é uma nova criação, é o que diz 2 Coríntios 5:17. E tudo isso é obra do Espírito Santo. Nós celebramos a cruz, e com razão deveríamos. Nós celebramos o amor de Deus, a grandeza de Deus, cantamos hinos de louvor a Deus. Cantamos sobre a cruz e, com razão deveríamos, mas no meio de tudo isso, nos esquecemos de que a causa eficiente real, a fonte divina de tudo o que somos como cristãos é na verdade o Espírito Santo.

O plano de Deus é alcançar os pecadores corruptos que não podem glorificá-Lo, que não têm capacidade, que nem de longe são capazes de fazer isso, em quem a imagem divina está desfigurada. Desfigurada de tal maneira – e veja só a que ponto – que sem a regeneração, todas essas pessoas são tão inúteis para Deus, para os propósitos para os quais Ele criou o homem, que os joga no lixão do universo, que é um poço que queima para sempre chamado de Geena nome do lixão de Jerusalém, onde queimam para sempre porque são inúteis, sem qualquer possibilidade de se livrar. O quanto foi grave o estrago? Grave o suficiente para jogar a humanidade numa lixeira como absolutamente inútil. Para que seja consumida eternamente. O plano da redenção é resgatar algumas dessas pessoas, refazê-las, dar-lhes nova vida, regenerá-las, recriá-las, restaurá-las, transformá-las, fazê-las passar por uma metamorfose espiritual e torná-las participantes da natureza divina. Essa é uma grande declaração. Esse é o plano de Deus. Ele deu início a isso.

Agora, quando Deus faz isso, com que, uma pessoa verdadeiramente regenerada, que se tornou participante da natureza divina, se parece? Vou lhe dar a resposta com uma palavra: Jesus. Deus iniciou isso e Jesus o demonstrou. Quando você olha para Jesus, você vê a imagem perfeita de Deus em forma humana. Ele podia glorificar a Deus? João 1:14 diz: “vimos a sua glória.” E que glória era essa? “glória como do unigênito do Pai.” Ele colocou Deus em evidência como Deus nunca tinha sido colocado antes. Se você quiser ver a obra perfeita do Espírito Santo em um indivíduo, olhe para Jesus Cristo. Lembre-se do que Jesus disse. Tudo o que Ele fazia era obra do Espírito Santo nele, certo? Tudo.

Em Sua condescendência, Ele abriu mão de todas aquelas prerrogativas que eram próprias Dele e entregou-se à vontade do Pai e à obra do Espírito Santo de modo que tudo o que Ele fez, Ele o fez pelo poder do Espírito Santo. Mesmo ao oferecer-se para a morte e ressuscitando dentre os mortos foi tudo obra do Espírito Santo. Porque assim Ele se torna o modelo perfeito da obra do Espírito Santo e o resultado final disso é uma humanidade perfeita. E com que sso se parecerá? Parecerá com Jesus Cristo. Por isso que diz que quando você for para o céu, você terá um corpo semelhante ao corpo glorioso Dele, e você será semelhante a Ele porque você o verá como Ele é, e no dia em que você O vir como Ele é, você se tornará como Ele. Esse é o objetivo. Assim, qual é o propósito da redenção? Criar uma humanidade que é semelhante a Cristo. Não que seremos Deus, seremos sempre uma hmanidade glorificada, mas seremos tão parecidos com Jesus Cristo quanto uma humanidade glorificada pode ser. Seremos perfeitos à imagem de Deus na forma humana. Assim Deus iniciou isso, Jesus a demonstrou e o Espírito Santo a efetuou. No final, é o Espírito Santo quem nos ressuscita. Já vimos isso nesse capítulo.

É o Espírito Santo quem nos ressuscita. O versículo 11 nos diz isso. Assim, Ele nos ressuscitará para a glória. Veremos mais sobre isso nos versículos seguintes aqui. É o Espírito Santo quem nos ressuscita para a glória e nos torna, no final, semelhantes a Cristo. Seremos, então, aquela humanidade restaurada, gloriosa, perfeita, justa e santa para sempre. Mas nesse meio tempo, o Espírito Santo nos deixa aqui de modo que possamos fazer a obra do evangelismo, certo? Porque somos a fonte que Deus determinou para fazer a obra do evangelismo, mas ao nos deixar aqui, Ele nos introduz no processo de santificação. Isso está em 2 Coríntios 3:18, de um nível de glória para outro de grau em grau. Quando você for para o céu, será num instante, você será aperfeiçoado imediatamente. Enquanto isto, há um progresso realizado pelo Espírito Santo.

O Espírito Santo inicia isso dando-nos um nascimento – somos nascidos do Espírito. Ele nos regenera. Ele é aquele que nos dá essa nova vida. Ele é o que nos resgata de nossa corrupção, nossa perversidade e nossa fraqueza. E Ele é o único que nos livra de sermos tão irremediavelmente deformados que deveríamos acabar empilhados no lixo do inferno para sempre. Ele nos resgata, nos dá uma nova vida, Ele nos recria. Ele é a causa eficiente disso, e o instrumental significa que ele usa a Escritura. Somos gerados novamente pela verdade. Somos santificados pela verdade. Esta é Sua obra, e Ele nos glorificará. Assim Ele nos regenera, nos santifica e nos glorifica. Ele é o que, em certo sentido, entrega a Deus esta humanindade redimida e aperfeiçoada.

Agora, essa é apenas uma idéia geral. A obra do Espírito, então, é a restauração da imagem de Deus no homem, em última análise, na glória da perfeição no céu quando formos feitos como Cristo. Mas, entretanto, nesta vida, Ele está empenhado em nos mover de grau em grau de um nível de glória para o próximo, e assim por diante. Agora, há um outro componente nisto que eu quero que você entenda enquanto expando essa idéia um pouco mais. Vou voltar a essa ideia e expandi-la um pouco mais.

Se você estivesse olhando para o Antigo Testamento e fizesse a pergunta: “O que ele diz sobre a santificação?” você não encontraria nada no Antigo Testamento que dissesse que o objetivo da santificação é para torná-lo como Cristo, porque eles não tinham visto a Cristo, certo? Assim, a palavra que você precisa para usar quando você fala sobre santificação no Antigo Testamento é piedade – piedade. O objetivo do Antigo Testamento era ter um povo que fosse como Deus. Em Levítico, por exemplo – e isso é chave aqui – começando no capítulo 11 ou até antes e percorrendo por todo o caminho até o capítulo 20 ou mais – dez ou mais capítulos – você ouve isto: “Sede santos porque eu sou santo.” “Sede santos porque eu sou santo.” “Sede santos porque eu sou santo.” Isto é repetido, repetido e repetido. Semelhante a Deus, ser como Deus, ser santo como Deus é santo. Como isso acontece? Bem, Levítico nos dá um discernimento crítico disso em diversos lugares, mas usarei somente dois deles, ou um para começar. Levítico 20 versículo 8. No versículo 7, está aquela declaração familiar: “Sede santos porque eu sou o Senhor, vosso Deus e eu sou santo.” Mas no versículo 8 diz isto: “Guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o SENHOR, que vos santifico.”

Você entende o que isso está dizendo? A santificação é realizada por Deus no contexto da obediência. “Guardai os meus estatutos e cumpri-os.” Então, novamente, a Escritura é o meio instrumento pelo qual o Senhor santifica Seu povo, mesmo no Antigo Testamento. Ele lhes deu Sua Palavra, eles deveriam obedecer Sua Palavra, deveriam praticar o que Ele disse e essa era a maneira com que o Senhor santificava Seu povo.

No capítulo 21 versículo 8, ele fala sobre a mesma coisa. “Sereis santos porque eu, o Senhor, que vos santifica, sou santo.” Outra vez, “Eu quero que vocês sejam santos porque eu sou santo.” E “Eu vou santificá-los na medida em que vocês crerem e obedecerem a Minha Palavra.” O meio instrumental da santificação é a Palavra.

Agora, deixe-me avançar um passo mais adiante. Para entender a santificação no Antigo Testamento, você tem que entender uma verdade básica, e que é a seguinte: Deus estava se esforçando no processo de santificação pela obra do Espírito Santo para produzir uma semelhança familiar em Seu povo, um povo que é como Deus. No sermão do Senhor na montanha, Ele disse o seguinte – capítulo 5 de Mateus, versículo 45: “para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste.” Se você perdoar seu inimigo, aqueles que lhe prejudicam, você será como seu Pai que está nos céus. Essa é a perspectiva do Antigo Testamento sobre a santificação. Ser como Deus. Ser como Deus.

Outro no mesmo sermão – capítulo 5 – é este: “Sede perfeitos como o vosso Pai no céu é perfeito.” Se você pertence a Deus, se você é um filho de Deus, deve haver uma semelhança de família, certo? Essa é a essência da compreensão de santificação do Antigo Testamento. Santificação no Antigo Testamento é vista como parte de uma relação de aliança fiel a Deus, e essa relação de aliança é uma relação familiar. Você veio para a família de Deus, e o processo de santificação é projetado para torná-lo mais e mais como o seu Pai. Isso é santificação no Antigo Testamento, ser como Deus. Isso é o que é piedade. O objetivo é a restauração da imagem de Deus.

Agora, o que acontece no Novo Testamento é muito importante, mas fácil de entender. No Novo Testamento, a ênfase não é tanto ser como Deus, mas o que? Ser como Cristo. Por que? Isso é diferente? Não. É que Cristo é a representação perfeita do que um ser humano, que é totalmente semelhante a Deus, se parece, certo? Este é um ser humano, totalmente humano e divino. João 1:14 novamente: “E vimos a sua glória,” Ele era como Deus, Ele estava cheio de graça e de verdade. Essa é a obra do Espírito Santo. Ele faz das pessoas piedosas pessoas semelhantes a Cristo. Santificação é igual a piedade que é igual a semelhança de Cristo. É isso que é a santidade, separado do pecaso para a piedade, para a semelhança de Cristo.

Assim, a realidade maravilhosa de uma vida de Cristo vivida aqui na terra é que você começa a ver com que a piedade se parece, o que a perfeita piedade em um ser humano se parece. E esse é o modelo, e é por isso que o apóstolo Paulo disse, “Sejam meus imitadores como eu o sou de Cristo.” Ou como Cristo diz, “Sigam-me, eu sou o padrão.” Deus falou no passado, revelando-se através dos escritores do Antigo Testamento, mas nestes últimos dias, Hebreus 1 diz, “nestes últimos dias, nos falou pelo Filho... a expressão exata do seu Ser.” Então, quando alguém me diz:, “Quero ser piedoso. Com que isso se parece?” Eu digo, “Se parece exatamente como Jesus Cristo.” Você quer ver a piedade em forma humana? Cristo. Por isso que nos é dito em 2 Coríntios 3:18 para olharmos para a glória do Senhor porque esse é o padrão de santidade e santificação. E o Espírito Santo, enquanto essa visão se torna clara para nós e domina nossas mentes, nos conduzirá de um grau para outro, e para outro e para outro, ainda nesta vida. O milagre divino d regeneração é feito pelo Espírito Santo. O milagre divino da glorificação é feito pelo Espírito Santo. E o milagre divino, aí no meio, da santificação, também é realizado pelo Espírito Santo e não é menos miraculoso.

O que o Espírito Santo faz é que Ele nos mostra as coisas de Cristo. Lembra do que Jesus disse no Cenáculo? Ele lhes mostrará as coisas de Cristo. Por que? Porque é somente quando você olha para Cristo que você vê a representação plena de Deus. É somente quando você olha para Cristo é que você entende o que é a piedade, a santidade, e a santificação, e por contemplar essa perfeição auto absorvente em forma humana, que se torna o modelo e o padrão no qual o Espírito de Deus forma você.

Então, quando alguém diz, “Sou ungido pelo Espírito Santo,” deveria se parece muito com Cristo. Esta é a obra do Espírito Santo em cada crente. O objetivo do Espírito Santo é produzir filhos de Deus que têm uma semelhança de família que são como seu Pai e como seu irmão, Jesus Cristo, que não se envergonha de chamá-los irmãos. Esse é o objetivo da morte de Cristo e a ressurreição. O objetivo da morte de Cristo, o objetivo da ressurreição, era voltar para o céu tendo providenciado expiação suficiente e enviar o Espírito Santo. O objetivo da morte de Cristo, a ressurreição, foi para enviar o Espírito Santo com o propósito de regenerar, santificar e glorificar aqueles que creem.

É sobre família e é sobre semelhança familiar que estamos falando aqui, e se você voltar comigo para Romanos 8 – finalmente chegamos lá – você vai ver que o tema principal aqui é que o Espírito Santo está fazendo a obra de adopção. Você tem a referência a filhos de Deus no versículo 14. Você tem referência à adoção de filhos no versículo 15. E então você tem a referência a filhos de Deus novamente no versículo 16. Isto é sobre estar em família, sobre esta relação de aliança com Deus que torna você um membro da família. E a obra do Espírito Santo é tornar você parecido com o restante da família, como seu Pai e como seu Irmão perfeito. Trata-se da semelhaça familiar.

Era nada menos do que João Calvino, que tinha um bom apego à teologia, disse, “Este dom da filiação é o maior privilégio da redenção e a principal obra do Espírito Santo.” João Calvino disse que essa é a principal obra do Espírito Santo. E é. Posso ser tão ousado a ponto de dizer que mesmo Sua obra de inspirar a Escritura era um meio de realizar a Sua obra de santificação e glorificação de um povo? A Escritura é um meio para um fim e não um fim. Este é o fim. É o mais alto privilégio da redenção tornar-se um filho de Deus, e é a obra principal do Espírito Santo tornar filhos de Deus ao regenerá-los, glorificá-los, e no meio disso, santificá-los de modo que seu testemunho seja confiável. Por isso estamos aqui.

Bem, esta é uma verdade fundamental e poderosa. Devemos saber disto. Não é só aqui nos escritos de Paulo aos Romanos, mas ele faz uma referência semelhante da urgência e da importância de compreender isso no final do capítulo 6 de 2 Coríntios, quando ele diz, “Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor” e ele está emprestando isso, é claro, de Isaías. “não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” Deus está formando uma família. Deus está redimindo uma família. Deus está se regenerando uma família – ouça – que será capaz de demonstrar a Sua glória pela imagem de Deus que está neles. Para restaurar a imagem de Deus, temos de ser re-criados. Temos que renascer. E é disso que trata a regeneração e o novo nascimento.

Isso irá lhe ajudar, eu acho, a entender a natureza da adoção, porque provavelmente você está dizendo para si mesmo, “Bem, adoção, você sabe, ele fala sobre isso no versículo 15, adoção, mas adoção é uma espécie de um arranjo de segunda classe.” Você sabe, lemos nos jornais sobre pessoas que adotam crianças e, em seguida, as colocam em um avião e as enviam de volta, porque não as querem mais. Uau. E as pessoas dizem isso o tempo todo. Você nunca sabe o que você vai ser, entende, você você dá andamento com a papelada e pode adotar uma criança, mas você não pode mudar o coração de uma criança. Você tem o que tem. E isso pode não funcionar muito bem e as crianças adotadas podem vir a ser um desastre e um terror em casa, et cetera, et cetera, et cetera, porque você não pode realmente controlar o que elas são no interior. Você pode fazer todo o trabalho legal exteriormente.

Você precisa entender que a forma como a Bíblia fala sobre a adoção é tão completa e tão abrangente que deixa de fora todas essas críticas, e eu vou explicar isso para você. No primeiro século, se você fosse adotado, isso não o tornaria uma criança de segunda classe, mas uma criança de primeira classe. E isso é básico, certo? E com toda honestidade, quando você tem bebês em sua família, você tem o que tem. Certo? Você pode olhar para uma criança e dizer, “Uau, poderíamos usar um pouco mais de poder do cérebro ali. Poderíamos usar um pouco menos rebelião aqui. Poderíamos usar um pouco de paciência ali. Mas nós temos o que temos.” E eu falo com os pais o suficiente para saber que se tivesse sido dada uma lista do que eles queriam, eles ficariam felizes em colocar isso lá se soubessem que teriam os resultados esperados. E é por isso que, na verdade, hoje as pessoas que vão para estes bancos e compram esperma, querem tipo um perfil genético, porque eles querem orquestrar o tipo de criança que vão ter, querem meio que gerenciar isso. Mas o que quero dizer é que a realidade é que você tem o que você tem. E, tudo bem, porque você entende isso, você ama estas crianças. Mas, no mundo antigo, se você adotasse alguém, você estava adotando um filho, na maioria dos casos. Não era resgatar crianças da rua, eles não adotavam crianças da rua como numa operação de resgate. Você adotova um filho, porque você encontrou alguém que excedia em capacidade os que você teve. Isso é coisa de primeira classe. Um filho adotivo era deliberadamente escolhido pelo pai que o adotava para perpetuar o seu nome e herdar sua propriedade.

Isto podia ser quando lidava com um deliquente. Você apenas adotava um jovem nobre para se tornar seu filho. De forma nenhuma o adotado era um filho inferior. Em algumas situações uma filha podia ser adotada, mas na maioria das vezes era um filho, porque era para eles que a propriedade e responsabilidade erram passadas. Este seria típico. Você escolhia o filho por causa de sua capacidade superior para representar a família, para gerenciar o futuro da família, e para herdar a propriedade da família. Este filho adotivo podia muito bem ser a menina dos olhos de seu pai, a alegria do coração de seu pai. Ele poderia receber o melhor do afeto e educação de seu pai, mais do que um filho nascido e poderia até mesmo demonstrar a virtude de seu pai e o treinamento de seu pai com mais perfeição do que os outros.

A questão toda nisso é para dizer o seguinte: Você foi adotado. Essa é uma escolha divina. Não porque antes de você ser adotado você era tão nobre que Deus não poderia continuar a manter o seu reino em movimento sem você. Pela escolha divina e soberana Deus preferiu você e a mim. Eleição livre e voluntária. É uma coisa incrível.

Deixe-me dizer-lhe como funcionava. A adoção romana era um acontecimento muito formal. Era difícil porque na lei romana, havia essa regra chamada patria potestas, pátrio poder, o poder do pai. Isso é latim. E o pátrio poder significava que ele tinha poder absoluto sobre a família. Ele tinha direito absoluto de dispor de seus filhos nos primeiros estágios do Império Romano, matar seus filhos se ele quisesse, controle absoluto sobre eles. Em relação a um filho romano, ele nunca chegava a uma idade em que ele tivesse alguma independência do poder de seu pai. Não importava quantos anos ele tinha, não importava se ele era casado, ele estava sempre sob o poder absoluto do seu pai. Se você fosse um filho ou uma filha, você estava sob posse absoluta, controle absoluto de seu pai.

Isto tornava a adoção muito difícil, porque se você encontrasse um filho que você quisesse, você o queria porque poderia usá-lo em seus negócios, em suas propriedades, em sua família, para o bem estar do futuro da sua família, como você conseguiria que o outro pai o deixasse ir? Se ele é um filho nobre o suficiente para você, para querê-lo tanto, como isso vai acontecer? Bem, algumas negociações estavam envolvidas nisso. Ele tinha que retirar formalmente a patria potestas do homem de quem ele havia nascido e passar a patria potestas ao pai adotivo. Dois passos. Interessante. O passo número um era chamado mancipatio, da qual nós temos emancipação.

O mancipatio se dava mediante uma venda simbólica. Uma venda simbólica, na verdade, na qual balanças e pedaços de cobre eram usados, e por três vezes uma pequena cerimônia ocorria. Por três vezes houvia uma venda simbólica. Aqui está o menino, e o dinheiro era colocado na escala. Na primeira vez, o pai poderia então, tomar o filho de volta e dizer, “Não, não”. Então ele faria isso novamente, e o dinheiro seria colocado na balança, e ele o tomaria de volta outra vez. Isto para demonstrar relutância e comunicar que ele não estava desprezando a criança – desprezando este filho. Na terceira vez, entretanto, ele não o tomava de volta, e era emancipado da patria potestas de seu pai biológico.

Então, seguia-se uma cerimônia chamada vindicatio. O pai adotivo iria ao pretor, que seria o oficial ou magistrado romano, Apresentar o caso legal para a transferência do filho de uma família para a próxima. Quando tudo completo, a adoção era concluída. Muito formal.

Agora, aqui está o que acontecia. Isto é importante. Quatro coisas muito importantes ocorriam. Primeiro, a pessoa adotada perdia todos os direitos de sua antiga família. Não tinha direitos, não tinha mais existência naquela antiga família, e ganhava todos os direitos de sua nova família. Não poderia voltar atrás e tentar obter algo de sua antiga família. Tudo era completamente cortado com o passado, e ele tinha todos os direitos de um filho totalmente legítimo em sua nova família.

Em segundo lugar, ele se tornava herdeiro da propriedade de seu novo pai. Ele se tornava herdeiro da propriedade de seu novo pai. É por isso que isto era feito. E quando ele se tornava o herdeiro da propriedade de seu novo pai, mesmo depois, se outros filhos nascessem, eles não poderiam fazer qualquer reivindicação contra isso por serem filhos naturais. Isso não afetava os direitos do filho adotado.

Em terceiro lugar, a velha vida da pessoa adotada - ouça isso – era completamente extinta. Era como se ele nunca a tivesse vivido. Todas as suas dívidas eram canceladas no local. Todos os seus registros eram apagados. Era como se ele tivesse nascido no dia em que foi adoptado. Tudo o mais perdia a existência. Ele era como uma nova pessoa que tinha acabado de começar sua vida.

E em quarto lugar, aos olhos da lei, a pessoa adotada era, de forma permanente e absolutamente, o filho de seu novo pai. Será que isso soa como a salvação para você? Isso é exatamente o que está representando, neste conceito de adoção. Todos os nossos direitos para com a nossa antiga família e nosso pai antigo, o diabo, são cancelados. Ganhamos todos os direitos, filhos plenamente legítimos em nossa nova família, herdeiros de Cristo, co-herdeiros com Cristo de tudo o que o Pai possui. Somos os herdeiros de sua propriedade. Tudo de nossa velha vida é exterminado, certo? A dívida que era contra nós, não foi cancelada na cruz? E não somos nós os verdadeiros filhos, eternamente os verdadeiros filhos de nosso novo Pai?

Este é surpreendentemente belo. E se você ainda está incomodado um pouco pelo fato de que isto parece ainda ser um tanto superficial, deixe-me ajudá-lo com isso. Você pode adotar uma criança, mas você tem que entender que quando você adota uma criança, você não pode mudar a sua natureza, a natureza dessa criança. E vemos esse tipo de problema o tempo todo. “Bem, adotamos essa criança pensando no melhor, e essa criança é incorrigível, é rebelde, é teimosa, essa criança é – você faz uma lista: hiperatividade, déficit de atenção, bipolaridade, problemas psicóticos – o que quer eu seja. E, você sabe, você passou por todo o processo para resolver as questões legais de tudo isso, mas você não pode mudar o coração. É aí que a obra bíblica do Espírito de Deus é tão diferente da adoção. Ouça, nós nos tornamos filhos por adoção, mas nós também nos tornamos filhos pela regeneração. Adoção nos dá o nome, o título e os direitos, a regeneração nos dá a natureza de nossa nova família, a genética espiritual da nossa nova família.

A ênfase na adoção é para mostrar que fomos escolhidos. E é a analogia de que todo o passado é cancelada. É como se nós nascessemos de novo e simplesmente começássemos a viver. É por isso que a adoção é uma coisa tão importante, porque fala de seleção, eleição, escolha. E, em seguida, fala de cancelamento de tudo no passado e uma nova família, mas não da exclusão da regeneração. A adoção confere o nome e o título; a regeneração confere a natureza. Em outras palavras, agora nos tornamos não apenas filhos adotivos mas participantes da natureza divina. É uma coisa impressionante. E o Espírito Santo está fazendo tudo isso - tudo isso.

Agora, vamos olhar para estes três versículos. Você sabe para onde estamos indo com isso. De modo que é bom. Como o Espírito Santo demonstra essa adoção? Primeiro, guiando-nos, todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Ou inverta, quem quer que seja filho de Deus está sendo guiado pelo Espírito Santo. A primeira marca de filhos adotivos é que são guiados pelo Espírito Santo. Eles são guiados pelo Espírito Santo. Eles são dirigidos pelo Espírito Santo. Suas vidas são controladas pelo Espírito Santo. Somos apresentados a esta maravilhosa realidade que o Espírito Santo passou a residir em nossas vidas e, internamente, Ele está nos direcionando. Ele não guia pela violência – ouça – Ele não guia pela violência, Ele guia pela inclinação. Ele gera em nós inclinação, flexão, mudando nossa vontade, mudando nossos desejos, mudando nossos anseios, mudando nossos afetos, mudando os nossos interesses. Isto é miraculoso e isto é parte do que é ser participante da natureza divina. Amamos o que a natureza divina ama, tudo repente. Amamos a lei de Deus, Paulo diz em Romanos 7; nós nos deleitamos na lei de Deus, Salmo 119 – Davi diz isso 175 vezes. Esta é a obra do Espírito Santo.

Como Ele nos guia? De duas formas. Externamente, pela Escritura - externamente, através da Escritura, Salmo 119: 18: “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei.” Mostre-me a verdade das Escrituras. Externamente pela Escritura, internamente pela santificação. Estas duas formas. Externamente, a Escritura; internamente, a santificação.

O que você quer dizer com o Espírito move o coração? Eu não sei - é uma categoria de milagre, certo? Isso é miraculoso. Você é um milagre vivo. Não foi apenas um milagre que você tenha sido salvo, é um milagre que você esteja sendo santificado, e será um milagre quando você for glorificado. Você sabe do milagre da glorificação. Você sabe que quando deixar aqui e for para o céu e receber um corpo glorificado e estiver na presença do Senhor, que esse milagre ninguém poderá discutir. Nós entendemos o milagre da regeneração. Mas o milagre da santificação é igualmente miraculoso porque você está sendo movido de um grau de glória para o próximo e para o próximo pelo Espírito Santo. Externamente, o Seu meio instrumental é a Escritura, e internamente, Ele trabalha para santificá -lo.

É por isso que Davi ora no Salmo 143: 10: “Ensina-me a fazer a tua vontade.” “Ensina-me a fazer a tua vontade. Seja meu professor interno.” Ou Salmo 119: 35: “Guia-me pela vereda dos teus mandamentos.” “Faça-me ir por esse caminho,” e é isso que o Espírito Santo faz. Ou Salmo 119: “Ordena meu passos em tua palavra.” “Impulsiona-me desta forma.” Essa obra interna do Espírito Santo cujo templo somos nós. Tempos verbais, estamos sendo guiados, é o tempo todo, o tempo todo, o tempo todo, constante. Ser guiado pelo Espírito não é um momento de êxtase, não é algum tipo de momento de exaltação emocional. É um modo de vida – um milagre invisível, conformando você mais e mais à semelhança de Cristo inclinando sua vontade e seus desejos nessa direção.

Segunda coisa que o Espírito Santo faz é dar-lhe acesso íntimo a Deus. Versículo 15: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados.” Quando você era uma pessoa não regenerada, quando a imagem de Deus estava tão desfigurada, que você estava fadado à pilha de lixo do universo, o lixo da eternidade no inferno, você vivia com medo. Você vivia com medo. Você vivia na expectativa do julgamento. Você estava escravizado ao pecado; portanto, você era escravo da culpa, ansiedade, medo, apreensão, julgamento. Era assim que você vivia.

O que aconteceu quando você foi regenerado e o Espírito começou a obra da santificação foi o seguinte: Você recebeu um espírito de adoção ou, talvez melhor, o Espírito de adoção, o que alguns teólogos dizem que é o nome supremo para o Espírito Santo. Se você quisesse dar um nome acima de todos os nomes ao Espírito Santo, poderia ser o de Espírito de adoção porque é Sua obra introduzir-nos à família e moldar-nos à semelhança da família, predomina o que Deus deu a Ele para fazer, o que o Pai deu a Ele para fazer. Temos aqui então - pelo Espírito Santo, você não consegue decidir se ele está falando sobre o Espírito Santo ou do espírito humano, pode ser qualquer um, mas eu gosto de pensar que é de ambos. É o Espírito de adoção, que nos dá um espírito de adoção, permitindo-nos clamar, "Abba, Pai.” VocÊ não só se apressa para entrar na presença de um Deus infinitamente santo e diz “Papai”. Isso é o que significa Abba, Papai. Esse tipo de intimidade com Deus. Isso abalaria os judeus da cabeça aos pés. “O quê? Deus está distante e é santo e aí vem essa pessoa correndo, 'Papai, papai, Abba Pai.’” Não há medo, certo? Não há medo. Você tem acesso íntimo.

Uma das grandes alegrias, a grande alegria, eu acho, de ser avô é aquele incrível carinho, sem impedimentos, desenfreado que se recebe dos netos. Algumas pessoas pensam que eu sou uma pessoa importante; eles não. Algumas pessoas pensam que eu sou difícil de se conhecer; eles não. Algumas pessoas pensam que você deve manter certa distância; eles não. Existe alguma coisa mais preciosa do que crianças correndo para cima e jogando seus braços em volta de você como pai ou avô naqueles momentos de afeição basicamente ilimitada, sem restrições, sem objeções? “Papai.” Eles vêm voando para cima de mim de todas as direções. E isso é exatamente o que temos aqui. Há um sentido no qual simplesmente nos lançamos sem medo na presença de Deus, porque o Espírito Santo nos tornou filhos por nascimento e filhos por adoção com acesso pleno total ao Pai.

Há um terceiro ministério do Espírito Santo nesta obra de filiação e que não é apenas de Ele nos guiar e dar-nos acesso íntimo, mas Ele está nos assegurando. Ele nos dá a garantia. Versículo 16: “O próprio Espírito Santo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.” Ele testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. O Espírito Santo vem a nós, passa a residir em nós, e confirma em nossos corações que pertencemos a Deus.

Deixe-me dizer-lhe de onde vem isso. No processo de adoção na Roma antiga, sete testemunhas tinha que estar presentes. Sete testemunhas. Sete testemunhas oculares da transação em sua totalidade. Por que? Bem, o que aconteceria quando o pai morresse e todos os filhos biológicos se ressentissem do filho adotivo que é o herdeiro? Seria uma guerra. E assim, as crianças nascidas do pai diriam, “Ele não é legítimo, ele está fazendo uma reivindicação ilegítima,” e em algum lugar haveria sete pessoas que foram testemunhas oculares desta transação legal que poderiam afirmar a veracidade e legitimidade disso.

Não precisamos de sete. Nós só precisamos de um, o Espírito Santo que nos selou até o dia da redenção, o que significa que estamos protegidos até o dia da redenção. Ninguém pode tirar a nossa herança, está reservada e separada para nós, como diz Pedro, certo? Sem mácula, reservada no céu para você. O Espírito Santo é o selo, o Espírito Santo é o arrabon, a aliança de noivado, a garantia, e o Espírito Santo é as primícias. Em outras palavras, a garantia da herança completa. Isso é que o versículo 16 está dizendo. Ele testifica conosco que somos filhos de Deus. Ele dá testemunho junto com nosso espírito. Existe uma confiança interna que está tudo bem. Isso, em uma palavra, é chamado de esperança. Nós temos uma forte esperança, não é? E essa é a obra do Espírito Santo, dar-nos essa forte esperança.

Eu não vivo diariamente com medo de que não irei para o céu. Isso nem passa pela minha cabeça. Por que? Porque o testemunho interno do Espírito Santo me dá esperança – me dá esperança. Se você fosse uma criança de rua ou fizesse parte de uma família desestruturada, abusiva e muito difícil, o que você iria querer seria alguém que conduzisse e guiasse você pelo caminho certo, alguém que removesse todo medo de sua vida, toda ansiedade de sua vida, e tivesse todos os recursos que jamais você poderia imaginar, que jamais precisaria, e muito mais, alguém que lhe assegurasse um futuro. Se você pudesse encontrar alguém assim, isso tornaria um filho adotivo feliz.

Bem, você tem isso e muito mais, porque isso é o que Deus lhe promete, e Ele não somente adota você, mas Ele muda sua natureza, e então Ele começa a torná-lo semelhante ao Pai e ao Irmão, o próprio Cristo. Essa é a abençoada obra do Espírito Santo. Nada menos dá a Ele a honra que Lhe é devida do que compreender isto.

Pai fomos abençoados nesta manhã, de muitas formas, ao conhecermos uns aos outros e termos comunhão uns com os outros, em cantarmos juntos, em ouvir músicas tão belas e arrebatadoras, e agora sermos colocados em contato com estas vrdades profundas e maravilhosas que falam a nosso respeito. Quão abençoados nós somos. Quão inimaginavelmente abençoados somos nós e tudo pela graça. Nós Te agradecemos, exaltamos o Teu nome, e oramos, juntamente com Davi, ensina-me, ó Senhor, a fazer a Tua vontade. Inclina-me dessa forma, ó Espírito Santo, inclina meu coração dessa maneira. Controlar minhas afeições, meus desejos, meus anseios. Mova-me de um nível de glória para o próximo, e para o próximo, de modo que eu possa refletir a glória de Deus em uma imagem de Deus, restaurada através da obra da regeneração até o dia da glorificação. Obrigado por tão elevada vocação e tão incrível dom. Tu não nos deste somente a Cristo, Pai, mas nos deste o Espírito, para nos tornar um milagre vivo e crescente. Sejamos sempre gratos a Ti, ó bendito Espírito Santo, por esta obra. Obrigado por viver em nós e executar isto. Somos indignos, reconhecemos isso, mas somos profundamente gratos. E que a obra que estás fazendo em nós seja manifesta àqueles ao nosso redor de modo que possam olhar para nós e verem Cristo. Oramos em Seu nome. Amém.

FIM

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