Grace to You Resources
Grace to You - Resource

Nesta manhã estamos em 1Coríntios 13, eu queria realmente ter avançado mais, mas partiremos daqui. Mas, este capítulo treze é aquele que você reconhece e, provavelmente se for cristão, tem um grande carinho e amor pelo texto por causa do tremendo impacto sobre a maior coisa em todo o mundo, que é o tema do amor.

Algumas pessoas dizem que essa deve ser a coisa maior, mais forte e mais profunda que o apóstolo Paulo já escreveu. É chamado de "o hino do amor.” Foi chamado de interpretação lírica do Sermão do Monte. Alguém disse que são as bem-aventuranças musicalizadas. É um capítulo dramático. Estudá-lo é quase como despetalar uma flor. Não tenho certeza de que se quando a flor estiver sem as pétalas será tão bonita como era antes, mas no texto teremos de fazer isso para entender a complexidade do projeto de Deus, nós vamos brincar de botânicos espirituais por algumas semanas, e retalhar um pouco o texto para que possamos compreender as belezas que estão escondidas debaixo da superfície.

O emocionante neste capítulo é que ele é como um sopro de ar fresco, num certo sentido, bem no meio deste livro. Este livro é voltado intensamente para o problema que a igreja de Corinto tinha, a má conduta, a imoralidade, que Paulo ataca de várias maneiras, e as falhas deles em não concordar com os princípios que Deus tinha dado para que fossem bênção em suas vidas. E todas essas coisas são colocadas de lado, enquanto Paulo voa nas asas do capítulo 13, como se diz, interpretando e compartilhando sua inspiração dada pelo Espírito Santo sobre o amor.

Eu posso imaginar que o copista de Paulo ou seu secretário, que anotava tudo o que ele falava, deve ter olhado para o rosto de Paulo duas vezes quando este começou a ditar o capítulo 13 por causa de sua dramática mudança. É muito diferente do resto do livro. É uma tremenda mudança de estilo. É lírico, retórico, totalmente diferente do resto do livro. Ele sofreu problema após problema e teve um raciocínio profundo e argumentos onde explica e adverte o povo, redigindo cuidadosamente, e de repente, ele apenas muda o ritmo no capítulo 13 e parece simplesmente que começa a cantar. É como uma bela joia ajustada em um engaste, o engaste é excelente, mas a pedra preciosa é que faz o engaste. E assim é com o décimo terceiro capítulo de Coríntios, sendo a pedra preciosa do engaste de toda a carta.

Mas eu quero acrescentar isto, que mesmo que este capítulo particular tenha sido tratado com um senso de singularidade - e com razão - e mesmo que tenha sido retirado e isolado tantas vezes e pregado como se fosse uma entidade em si mesmo, despejado do céu sem qualquer conexão com qualquer outra coisa, o verdadeiro poder do capítulo é encontrado quando você o estuda em seu contexto. Este capítulo, eu não conseguiria transmitir seu real significado se eu simplesmente o destacasse e o ensinasse. Claro, eu me sinto dessa maneira sobre todos os capítulos da Bíblia, mas esse, em particular, porque eu acho que é tratado dessa mesma forma muito frequentemente. As pessoas simplesmente destacam esse capítulo, ensinam e não transmitem o valor que ele tem, porque o significado dele só vem quando você o amarra com o resto do livro - particularmente com os capítulos 12 e 14.

Você está no meio de uma seção sobre dons espirituais - não é? - 12, 13 e 14. No capítulo 12, ele discutiu a distribuição dos dons e o recebimento do dom, e a maneira como Deus colocou os dons juntos na igreja, e também como Ele fundamentou tudo para que os dons pudessem funcionar. Portanto, o capítulo 12 trata da entrega dos dons; capítulo 14, do bom exercício dos dons. Como fazer e como não fazer. E qual é a energia pertinente, o bom motivo, o alimento apropriado, a atmosfera adequada ou o bom ambiente em que o dom opera – que é o amor. Ele faz a ligação. E isso faz parte do caminho mais excelente.

Olhe para o versículo 31. Ele deu todos os conceitos básicos sobre como Deus colocou os dons na igreja e como os coríntios devem se contentar e como não devem se sentir inferiores e com ciúmes e inveja se não receberem um dom de maior visibilidade e como, por outro lado, se o receberam, não devem ser orgulhosos, egoístas e arrogantes. E ele diz: "Em vez de aceitar o que Deus deu, você está cobiçando os dons de maior visibilidade.” Essa é a interpretação do grego. É um indicativo, não um imperativo. “Você continua a cobiçar os dons que aparecem mais. Mas, eu mostro a você um" o quê? - "um caminho mais excelente.”

Em outras palavras, o caminho mais excelente do que cobiçar o dom de maior visibilidade é se contentar com o que você tem. Um caminho mais excelente do que agir com arrogância em relação alguém porque você tem o dom de falar ou ensinar, ou qualquer outro, ou de línguas. Uma maneira mais excelente do que ser orgulhoso é amar, e é o que Paulo fala em Coríntios 13.13, de como ele descreve em uma linguagem bonita o caminho mais excelente que é o amor.

A igreja dos coríntios recebeu vários dons. Na igreja de Corinto, muitas coisas estavam acontecendo, muitas atividades, mas sem amor não havia excelência; era falso. E eles eram egoístas, egocêntricos e operavam na carne.

E assim, o capítulo 13 resume o caminho mais excelente. Não há conflito no corpo, nem luta de egos, nem orgulho, nem inveja, nem ciúmes, nenhuma dessas coisas tem lugar, só o amor – só o amor.

Agora, realmente, ao falar sobre o amor, você está entrando no coração da visão de Paulo de uma vida espiritual. Porque o amor é básico. Poderíamos passar semanas, semanas e semanas sobre esse assunto. Mas o que ele realmente está dizendo aqui é - e eu quero que você absorva isto, porque este é o coração de tudo: A verdadeira vida espiritual é a única vida na qual os dons espirituais podem realmente operar. Está bem? E a verdadeira vida espiritual não é controlada pelos dons do Espírito, é controlada pelo fruto do Espírito. E você terá de entender o que estou dizendo. Deixe-me dizer isso novamente. Aqui estão os coríntios com todos os dons e nada do fruto do Espírito, e o que é o fruto do Espírito? Gálatas 5.22, qual é o primeiro? Amor - alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Se você não tem o fruto do Espírito, então os dons do Espírito estão funcionando na carne. É um processo simples.

O crente anda no Espírito, o Espírito produz o fruto do Espírito, do fruto do Espírito vêm os dons do Espírito Santo que operam no poder do Espírito Santo. E assim é, se não temos o fruto do Espírito manifestado, o amor não é manifesto - e possivelmente o amor seja o fruto e o resto apenas descreve o amor nas suas dimensões – O amor é certamente o melhor, de acordo com 13.13, onde ele diz: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” – se não há amor, então o que está aparecendo, e o que está sendo feito sem o fruto do Espírito, está sendo feito sem o Espírito Santo. Então é da carne, é carnal, e carnal é uma falsificação.

E então aqui estão os coríntios, eles têm os dons do Espírito, mas estão agindo na carne, sem o fruto do Espírito, Paulo diz: "se não tiver amor, nada disso me aproveitará.” Deixe-me ler os primeiros três versículos do 13. Ouça - e mude a palavra "ainda que" para "se" – eán aqui, no grego, é melhor traduzido por "se" e significa algo assim: "Se eu falo as línguas dos homens e dos anjos e não tenho amor, sou como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Se eu tenho o dom de profetizar e conheço todos os mistérios e toda a ciência; ainda que” ou “se” - “eu tenho tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tenho amor, nada serei. E se eu distribuir todos os meus bens entre os pobres e se entregar o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, isso” – o quê? – “de nada me adiantará.”

Ele diz que todos os dons do Espírito e todas as atividades não significam nada sem o fruto, que é o amor. O amor tem de ser a força motriz, o amor tem de ser o motivo, o amor tem de ser a coragem para qualquer coisa na vida do crente. Veja, é possível ter os dons do Espírito. Não é apenas possível, é verdade que temos os dons do Espírito, e é possível ter os dons do Espírito sem espiritualidade. Entenda aqui, ter um dom espiritual não o torna espiritual. Eles podem funcionar em sua própria energia na carne, conforme você os falsifica, ou podem funcionar no poder do Espírito. E sem o fruto do Espírito, o dom é carnal e falsificado.

Então aqui estão os coríntios. Eles estão ali, profetizando, e eles estão ali, falando em línguas, e eles estão ali supostamente curando pessoas e eles estão ali fazendo de tudo. O problema é que não há amor, o que significa que não há fruto do Espírito, o que significa que o Espírito não está operando, que significa que é a carne que está operando, o que significa uma falsificação. É uma coisa tremendamente importante, penso eu, entendermos hoje que Deus não quer que façamos as coisas em nosso próprio poder, e acho que sabemos disso. Mas vamos ver como Ele revela isso aqui. O amor é o caminho mais excelente. Agora, ao falar sobre a palavra "amor," acho melhor defini-la, porque o nosso mundo não tem a menor ideia do que significa "amor.” É uma palavra que em nosso século grita por definição. Agora, deixe-me apenas dar-lhe alguns pensamentos. A palavra, aliás no grego, é agape, que é o conceito mais grandioso de amor, é o mais alto nível de amor, é o amor que está associado a Deus. Esse é o termo, e a questão é: o que significa o amor?

Bem, deixe-me dizer o que ele não significa. A palavra "amor," tal como aparece na Palavra de Deus, nunca significa amor romântico ou sexual. Os gregos têm uma palavra para isso, mas não é essa a palavra. E a palavra que eles têm para isso nunca aparece no Novo Testamento. Por exemplo, quando diz em Efésios 5: "Maridos, amem suas esposas,” não está falando sobre romance. E, no entanto, quantos sermões você ouviu ou quantos livros você leu onde o sujeito diz: "Maridos, amem suas esposas", e depois dá quatro ilustrações sobre como abrir a porta do carro para ela, comprar-lhe flores, relembrar o começo do romance, e você sabe, “a mulher total”, e todas essas coisas? Mas não é disso que está falando. Não está falando sobre romance, sexo e essas coisas. Há uma palavra diferente para isso.

E outra coisa. “O amor,“ na Bíblia, nunca significa amor emocional. Ele não está falando de um desejo ardente. Ele não está falando sobre sentimentalismo. Ele não está dizendo que o maior destes é sentimental. Isso também não é amor bíblico. E em terceiro lugar, a palavra "amor," como parece, nunca significa "um espírito amigável de tolerância e fraternidade para com os outros independentemente das convicções.” Em outras palavras, o amor ecumênico. As pessoas que dizem: “Bem, não importa o que alguém acredite. Enquanto houver alguma base comum, nós temos de amar a todos.”

Recentemente, houve uma reunião de oração e pessoas de várias religiões lá estavam, religiões e fé não cristãs e alguém perguntou ao diretor desse encontro – que aconteceu de ser um cristão – em que base eles se reuniram? E ele disse: “Oh, com base no amor.” “Bem, eles nem acreditam na verdade do evangelho.” “Não; não concordamos naquilo, mas, concordamos em todos oramos juntos, e esse é o nosso ponto comum.” Mesmo que não oremos para a mesma pessoa, acho que está tudo bem. Mas, veja você, esse tipo de espírito amigável de tolerância e fraternidade, sem qualquer pensamento de convicção ou doutrina, não é o que a Bíblia está falando.

E vou adicionar uma terceira coisa. Não significa caridade e, infelizmente, em virtude da introdução do termo latino na versão da Bíblia King James, nós apresentamos o amor como caridade. Você tem isso na Antiga Versão Autorizada, caridade em todos os lugares. Mas o texto não está falando de dar um centavo a uma instituição de caridade, essa não é a verdade básica do capítulo ou do termo.

Então se não é romântico, sexual, emocional, um espírito amigável da tolerância ecumênica, ou da caridade, afinal o que é amor? O que é isso? Bem, vou mostrar-lhe o que é biblicamente. Volte algumas páginas de sua Bíblia para João, capítulo 3, versículo 16. Você se lembra de João 3.16. Veja se funciona. Se qualquer uma dessas outras definições se encaixa. “Porque Deus amou o mundo” o que Deus sentiu foi romântico? Deus sentiu uma espécie de frio na espinha? Que Ele tinha um espírito amigável de tolerância e fraternidade, não Se importando com o que eles acreditassem? Ou fazia caridade? Não. “Deus amou o mundo de tal maneira que” – o quê? – “deu o Seu Filho unigênito.”O que é o amor? O amor é um ato de autossacrifício. O amor não é um sentimento e biblicamente você vê isso novamente, de novo e novamente, o amor é um ato de autossacrifício. Não existe agape sem ação. Não existe agape como um sentimento ou como uma emoção ou como uma sensação. É uma ação. E a sensação pode ou não estar lá, mas a ação está lá. Vá para o capítulo 13 de João, e você verá o mesmo, e você pode se apoiar nisso, e sempre que buscar em sua Bíblia, você verá isso continuamente. Mas João 13.1, Jesus se encontra com seus discípulos pela última vez - e nós estudamos esse capítulo - diz João: “Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.” Literalmente, no grego, Ele os amou até a perfeição, Ele os amou até os limites do amor, Ele amou todos eles em toda a Sua trajetória até onde o amor poderia ir.

Agora, em resposta a amar totalmente, amar puramente, amar até o limite, o que Jesus vai fazer? Bem, no versículo 4, Ele se levanta após a ceia, deixa suas roupas de lado, toma uma toalha, cinge-se, derrama água em uma bacia, começa a lavar os pés dos discípulos e os limpa com a toalha com a qual estava cingido. Ele os amava e o amor dele se tornou ação. O que fez? Lavou os pés sujos deles, enquanto estavam sentados e discutiam sobre quem era o maior no reino e quem iria se sentar perto de Jesus no milênio, e eles não estavam prestes a lavar os pés um dos outros. Jesus se curvou e fez isso, e os amou.

Passe agora para o versículo 34, você percebe que a coisa se complica. No final do mesmo capítulo, ele diz: " Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.” Como? “Como eu vos amei.” Como ele havia acabado de amá-los? Lavando-lhes os pés. Percebe, é o mesmo que Ele está nos perguntando. O amor é um ato de autossacrifício. É um ato de doar-se sacrificialmente. É lavando pés. É entregando Seu filho.

Vá até o versículo 9, de João 15, e você vai ver novamente. “Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor. Continue no Meu amor.” “Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor.” Como Ele os amou? Amando o mundo e morrendo por eles. Versículo 10: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor.” Em outras palavras, o amor, em relação a Deus, é o ato de sacrificar minha vontade para fazer Sua vontade. Isso mesmo! É um ato de autossacrifício.

Vá até o versículo 13 - aqui está o exemplo supremo. “Ninguém tem maior amor do que este.” Em outras palavras, aqui está a melhor definição de amor já dada. É isto. Você quer que alguém lhe dê uma definição de amor? Esta é o maior que já foi dada. “Um homem” – que faz o quê? – “entrega sua vida pela dos seus amigos.” A maior definição de amor é um ato de autossacrifício supremo. É assim que está na Escritura. É assim que sempre aparece. Se você for a João, evangelho de João, você verá isso no capítulo 21. Você vê o mesmo em Pedro. “Você me ama Pedro, então me siga e isso lhe custará a sua vida.” Se você for para 1João, capítulo 4, versículos 8 a 11, saberá que Deus nos ama. Como nós sabemos? Porque Ele deu Seu Filho para morrer por nós, "para ser a propiciação pelos nossos pecados.” Em outras palavras, o amor de Deus é demonstrado em um ato de autossacrifício; assim é o nosso.

Agora, quando falamos de amor, é disso que estamos falando. É o ato de autossacrifício. É humildade. Está dizendo que quero atender às suas necessidades, que quero fazer o que Deus quer que eu faça. Não tem nenhum egoísmo aí. Não há orgulho. Não há egocentrismo. Não há glória própria. Não há vaidade. Mas você sabe, podemos ministrar nossos dons com orgulho por ser famoso. Eu posso pregar para ser famoso ou tentar ser famoso. Pode não funcionar muito bem. Posso pregar pela fama, sucesso, glória ou prestígio. Eu posso pregar para ser aceito. Eu posso – e você pode fazer o mesmo. Você pode ministrar o seu dom por causa da pressão dos colegas, todos os outros estão fazendo isso, e você sente que quer pertencer ao grupo, então você entra e faz também. Você pode ministrar quaisquer dons que tenha para se livrar de uma obrigação divina que o está incomodando, e assim você está pagando suas dívidas a Deus. Você pode ministrar seus dons, para que alguém possa lhe dar um tapinha nas suas costas e dizer: você é demais! Eu também posso.

Em outras palavras, há uma infinidade de outros motivos que poderíamos ter, mas há apenas um que é legítimo. Eu ministro motivado pelo sacrifício de mim mesmo à vontade de Deus e ao sacrifício da minha vida às necessidades de meus irmãos e irmãs. Essa é a única razão legítima. Nada mais importa. E qualquer outra coisa se equipara a zero. Você não é nada, nada. Não é nada, além de barulho, um gongo batendo, e de um címbalo a retinir.

Então, é disso que Paulo está falando. Agora vamos voltar para 1Coríntios 13, se você ainda não está lá, e agora, quando ele convida essas pessoas a amar, ele está dizendo: "Esqueçam-se de si mesmos.” Quando disse aos filipenses: “Tendo o mesmo amor,” ele então o definiu como “não tendo em vista somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros.” Ser como Cristo, que não considerou apegar-se à sua forma de Deus, mas despiu-se de sua divindade, tornou-se um homem, humilhou-se e morreu por nós. Isso é amor. O amor é o ato de humildade no serviço e autossacrifício. E, rapaz, isso é o que a igreja de Corinto precisava, acredite em mim, eles precisavam disso. Ah, eles não tinham um problema doutrinário. Você percebe que ele nem sequer menciona qualquer doutrina, qualquer significado, até que ele chega ao capítulo 15, quando fala sobre a ressurreição? Mas até aquele momento, não corrigiu nada, como ele fez aos Colossenses e aos Gálatas, e assim por diante em sua doutrina. Essas pessoas tinham doutrina, só não tinham amor.

Agora, enquanto observamos esse capítulo em termos de amor, veremos algumas coisas muito pungentes. O capítulo se divide em quatro partes, e estaremos considerando estas quatro partes nas próximas semanas. A proeminência do amor, as propriedades do amor, a permanência do amor e a preeminência do amor. A proeminência do amor, encontramos nos versículos 1 a 3; as propriedades do amor, nos versículos 4 a 7; a permanência do amor, versículos 8 a 12, e no 13, essa bela declaração sobre a preeminência do amor. Mas hoje vamos observar a proeminência do amor, e ele começa tentando mostrar o quão importante é o amor e como os coríntios estão perdendo seu tempo. Você se lembra da igreja em Éfeso? Lembra do que Jesus disse à igreja de Éfeso? “Você fez isso, você fez isso e você fez isso, porém, tenho contra ti que abandonaste” – O quê? – “teu primeiro amor.” Você tem toda essa atividade sem qualquer amor, e acrescenta-se à insignificância, e a Igreja de Éfeso foi removida da face da terra, não foi? Nunca mais será substituída. E não há nenhuma lá até hoje. O candelabro foi tirado.

Agora, quero que você tenha em mente que, enquanto estudamos esses três versículos nas próximas duas semanas, lembrem-se de que Paulo está usando uma hipérbole. Para apresentar seu argumento, ele exagera. E ele força tudo para seu limite máximo. Por exemplo, ele diz: “Se eu pudesse falar a língua dos homens e dos anjos” – se eu soubesse a língua dos anjos – “se não tiver amor.” E ele diz, “e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, E ainda que eu distribua todos os meus bens e ainda que entregue o meu próprio corpo” – em outras palavras, tudo é extremo, e na tentativa máxima para argumentar que não importa o que você faça, não importa o que você conhece, não importa o quão longe você vá. A menos que o amor seja o motivo, não é nada.

Agora vamos ver o que ele diz. No início da mensagem, eu dei a vocês um esboço, uma lista completa de coisas, e nós só chegamos à primeira. A primeira é esta. Nesta seção bem pequena, versículos 1 a 3: As línguas sem amor não são nada. As línguas sem amor não são nada. Agora, o versículo 1 diz: “Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos e não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.” Com esse primeiro versículo, temos a introdução, e depois o primeiro culto de hoje, alguém me perguntou: “Por que você fala sobre os carismáticos? Por que fala sobre esse movimento?” Bem, a razão pela qual eu falo sobre isso é porque é neste versículo que temos o tema sobre o dom das línguas. E então, tentaremos falar sobre isso do ponto de vista bíblico, não apenas criando um problema para lutar contra um movimento. Eu me sentiria muito mal se o que você aprendesse deste sermão fosse que estamos certos e que há um movimento que está errado. Você precisa tirar desta mensagem o que Deus está tentando dizer sobre qual o propósito de cada cristão no corpo de Cristo. Essa é a chave. Então vamos explicar para que você entenda o que está sendo dito, e terá respostas para aquelas perguntas que o deixam confuso.

Tudo bem, tendo dito tudo isso - o que provavelmente não faz sentido para você, mas faz para mim, eu me sinto melhor - versículo 1. Vamos ao versículo 1, Ok? “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos.” Observe que Paulo coloca na primeira pessoa e isso é bom, quando você é um mestre, para que haja identificação com aquele que também é pecador, salvo pela graça e capaz de cair em qualquer pecado. Paulo diz: “Eu, assim como você, poderia fazer isso sem amor.” Eu poderia fazer isso sem amor. Posso usar meu dom de línguas. E, aliás, ele teve esse dom de acordo com o capítulo 14, versículo 18. Ele disse: “Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todos vós.” Então ele diz: “Eu poderia cair neste erro, poderia falar as línguas dos homens e até conversar conversa de anjo, e se eu não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.”

Agora, observe a frase: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos.” Em primeiro lugar, gostaria de traduzir a palavra para "idiomas" e não "línguas," porque isso dá alguma confusão que pode ser eliminada muito rapidamente. O termo é a palavra para idiomas, então nós a traduziremos dessa maneira. O dom de idiomas. Ele diz “ainda que eu fale com os idiomas dos homens e dos anjos.” Então, temos de parar aqui por um minuto. Nós atravessamos cada dom espiritual, exceto este, mas agora vamos ter de falar sobre isso, porque estamos entrando nos capítulos 13 e 14, eu não queria criar um problema antes, porque ainda não era necessário, mas agora que estamos aqui, precisamos entrar nesse assunto, quero que você pense comigo. Não podemos englobar tudo hoje, alguns questionamentos vão surgir, e se você ficar com a gente, até chegarmos ao final do capítulo 14, não precisará fazer perguntas, porque nós vamos tentar cobrir todas as questões. Mas vamos ver essa ideia dos idiomas dos homens.

O que significa falar com os idiomas dos homens? Qual é o dom dos idiomas? Nós já vimos todos os outros dons, agora vamos analisar brevemente este, e vamos abordá-lo com grande detalhe no capítulo 14. Deixe-me dizer isto nesta manhã: O Novo Testamento é extremamente claro sobre o que era esse dom. Não há nenhuma dúvida sobre ele, não acho, na minha mente não existe, e acho que, ao estudar a Palavra de Deus, você descobrirá que é relativamente simples verificar que dom era esse. Não é tão difícil. Deixe-me levá-lo à sua primeira ocorrência, no capítulo 2, dos Atos, e veja o que é, e obtenha uma definição básica. Atos, capítulo 2.

Bem, no versículo 1, de Atos 2, descobrimos que o grande dia de Pentecostes havia chegado, um ótimo período de tempo após a Páscoa, um período de festa, uma época em que Jerusalém estava cheia de pessoas que haviam peregrinado para os festivais. “E quando chegou o dia de Pentecostes eles estavam todos reunidos em um só lugar.” Os 120 estavam reunidos, esperando a promessa do Pai, de que o Espírito Santo viria, e a igreja estava prestes a nascer, você sabe o que aconteceu. Chegou um som do céu, como um vento apressado e poderoso e encheu toda a casa onde eles estavam sentados e apareceram-lhes línguas como fogo, “e apareceram distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles” – não necessariamente fogo real, mas parecido com fogo, na semelhança do fogo – “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.”

Aqui, o Espírito Santo desce. O Espírito Santo batiza os crentes no corpo, o Espírito Santo se move para a vida dos crentes, o Espírito Santo enche os crentes, e como prova disso, houve um maravilhoso milagre que aconteceu quando começaram a falar em línguas - sob o proferir do Espírito Santo. Agora, outros idiomas. A palavra "línguas," aqui, é glōssa, é a palavra para idioma. É a palavra grega normal e normativa para idioma. Eles falavam outros idiomas. Agora, há pessoas hoje que dizem que o dom de línguas é um balbuciar eufórico, é uma linguagem de oração. Eu tenho ouvido muitos que dizem que é seu próprio idioma, você começa com seu próprio idioma, seu idioma particular. Mas vamos analisar isso e ver se isso é de fato verdadeiro ou não.

“Eles começaram a falar com outras línguas.” O que é isso? É balbuciar ou não? Bem, é fácil descobrir, apenas continue lendo. “Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua.” Não há dúvida sobre o fato de serem idiomas. É isso. Todo mundo ouviu em seu próprio idioma. Eles ficaram maravilhados e disseram: “Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?” Então, agora, os galileus, você sabe, viviam no campo como caipiras, quer dizer, numa área rustica, eles não estavam conectados com as coisas de alto nível em Jerusalém, e como galileus poderiam ser linguistas? Quer dizer, eles nem tinham escolas lá para ensinar essas coisas.

Então eles ficaram maravilhados e ouviram cada homem em sua própria língua ou idioma - versículo 8 - e então ele os relaciona. Que idioma eles falaram? Primeiro, ele começa no leste, com os partos, os medos, os elamitas e os moradores da Mesopotâmia. Então ele vai para o oeste da Judeia, e vai para o norte até a Capadócia e Ponto e Ásia e Frígia e Panfília e Egito. E agora ele está ao sul, nas partes da Líbia, Cirene. E então ele é muito geral em Roma e cretenses e árabes: “Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?”

Bem, até mesmo diz que eram idiomas. Quais idiomas? Eram os idiomas dos partos, dos medos, dos elamitas, dos mesopotâmios, dos judeus, dos capadócios, e assim por diante, e assim por diante - idiomas. Isso é o que ele está dizendo. “Nós os ouvimos” – versículo 11 – “em nossos próprios idiomas.” O que eles disseram? As maravilhosas obras de Deus. Permitam-me perguntar, como eles sabiam que eram as maravilhosas obras de Deus, se não falassem no idioma deles? Eles não saberiam o que era. O fato de saberem o que era, e de que reconheceram sua própria língua, são idiomas. Não é algo ininteligível. Não é um discurso enlevado. Não é algo que se faz privadamente, em segredo ou sozinho. Eram idiomas - idiomas humanos genuínos.

Agora, quero mostrar-lhe que o dom das línguas sempre foi idiomas e nada mais. Porque esse é um ponto importante para você entender, porque é o que a Bíblia diz. Agora, eu provavelmente poderia dar-lhe cerca de 20 ou 25 razões que os idiomas estão sempre em exibição, mas não temos tempo para fazer isso, então eu vou lhe dar 10. Resumidamente, ok?

Em primeiro lugar, a palavra glōssa. A palavra glōssa, da qual obtemos glossolalia, que é uma palavra encontrada em sua forma em português sem ser traduzida e significa "as línguas.” Mas a palavra glōssa significa linguagem humana. Significa linguagem humana. Sempre, na Bíblia, o significado é linguagem humana. No Novo Testamento é assim. Antigo Testamento, no Antigo Testamento Grego, ou Septuaginta, seu significado é "linguagem humana normal de boa-fé.” Apenas duas vezes na Septuaginta a palavra glōssa aparece e não significa linguagem humana normal, e essas duas vezes - Isaías 29.24 e Isaías 32.4 - isso não significa discurso eufórico, não significa algo ininteligível pagão, simplesmente significa uma balbuciação ou gagueira. Mas o normativo, exceto por essas duas ocasiões, é linguagem humana inteligente e normal. É assim que aparece em Atos, capítulo 2 - glōssa – porque esse é exatamente o seu significado.

Além disso, a palavra dialektō, da qual recebemos a palavra em português "dialeto," também aparece em Atos 2.6 e 8. Lá você tem a palavra "dialeto.” Alguns ouviram em sua própria língua; alguns em um dialeto, que é um subgrupo de uma linguagem. Então eles estavam falando idiomas e dialetos. Isso é muito claro. Essas classificações nunca seriam usadas se discursos de coisas ininteligíveis ou de êxtase ou algum tipo de barulheira espiritual ou o tipo de discurso pagão que fosse normal aos cultos pagãos estivesse sendo feito. Mas, sim, eram dialetos normais e conhecidos pelas pessoas que os ouviram. E então você ouve as pessoas dizerem: “Bem, sim concordamos com isso no livro de Atos, mas à medida que avança, muda.” Não, isso não muda.

Se você olhar para Atos, capítulo 10 e versículo 44 e os seguintes ali: “o Espírito Santo caiu sobre todos os que ouviam a mensagem. E os fiéis que eram da circuncisão, que tinham vindo com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo. Pois eles os ouviam falando em” - “o quê”? - "línguas." Agora, você não pode dizer: "Bem, agora se transformou em coisas ininteligíveis.” São idiomas, é a mesma palavra.

E mais, olhe para o capítulo 11, versículo 15, Pedro falando em Jerusalém sobre esse incidente que acabei de ler, diz: “Quando comecei a falar na casa de Cornélio” – no capítulo 10 – “O Espírito Santo caiu sobre eles como em nós no início e lembrei-me da palavra do Senhor que Ele disse, João batizou com água, mas você será batizado com o Espírito Santo tanto tempo quanto Deus lhes deu” – o quê? O quê? – “o mesmo dom.” Ele deu-lhes o quê? O mesmo dom. Pedro disse: “Eles receberam a mesma coisa que nós.” O que recebemos? Idiomas. O que eles receberam? Idiomas. Tinha de ser o mesmo; foi o mesmo. E continua a ser dessa forma o tempo todo.

Então, quando você chega ao capítulo 19 de Atos, você encontra uma situação semelhante, e novamente você pode traduzir por "idiomas", é esse o ponto. Capítulo 19, versículo 6: “E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam.” O mesmo termo significa a mesma coisa no mesmo livro. Não há razão para pensar que isso significa balbuciar. Então, ao longo do livro de Atos, há uma consistência completa na medida em que eles falaram a linguagem humana normal. E a questão era, entende, uma vez que aconteceu em Jerusalém, os judeus disseram: “Recebemos o Espírito Santo, isso é maravilhoso.” Bem, Deus diz: “Isso não é nada, o mesmo aconteceu com os gentios.” E ele ajuntou a igreja. E isso não é nada, capítulo 19, porque foi assim com os discípulos de João Batista. E o Senhor está dando a todos os grupos a mesma experiência para consolidar toda a igreja em uma unidade. E tem de ser a mesma.

Sim, deixe-me dar-lhe outro motivo que eu acredito que é sempre idiomas. Em 1Coríntios 12, versículo 10, você vê esta palavra, no final do versículo 10, você vê lá genē glōssōn, tipos de idiomas? E então você vê "para outro a interpretação das línguas" você vê isso? Hermēneuō, para vocês estudantes do grego, significa "tradução.” Significa simplesmente "tradução.” Assim, – preste atenção nisto – ele deu os tipos de idiomas e para outro a tradução de idiomas. Essa é a palavra grega normativa para tradução, para tradução. Não pode ser balbuciar, então você não pode traduzir por balbuciar. Isso não é nenhum idioma. E então o que as pessoas fazem hoje é dizer que o dom da interpretação, tentam interpretar o ininteligível de alguém, mas, no grego, essa palavra significa tradução, e tradução é pegar algo em um idioma e colocar o equivalente num idioma conhecido. E você não pode traduzir o ininteligível. Assim, a própria palavra que é usada exige que um idioma esteja em vista.

Além disso, a palavra no capítulo 14, "desconhecida” – você a vê? Desconhecida aqui e desconhecida lá, e no versículo 2, continua desconhecida, - está sempre em itálico. Você sabe o que isso significa? Significa que foi adicionado por nossos amigos da comissão da Bíblia King James, a quem não devemos nada por esse ato em particular. Mas, eles a adicionaram e não está no original.

Então, eu quero que você perceba também que no capítulo 12, versículo 10, você tem "tipos de idiomas", "tipos de idiomas" "tipos de idiomas.” A palavra "tipos" é basicamente a palavra genos, de onde obtemos "gênero," e "gênero" significa uma família ou um grupo, ou uma raça, ou nação. Você não pode dizer que há tipos de raças, classes, grupos e famílias que balbuciam, e que falam em êxtase. Não há nenhuma classificação. Há famílias de idiomas, certo? Qualquer um de vocês que conhece linguística sabe que existem famílias de idiomas. Existem idiomas nacionais e raciais. Então tem de ser idioma.

No capítulo 14, versículo 21, outro motivo pelo qual sabemos que é idioma. “Na lei está escrito: Falarei a este povo por homens de outras línguas e por lábios de outros povos, e nem assim me ouvirão, diz o Senhor.” Então, Isaias previu isso. Isaías 28.11 e 12: Ele previu que homens de outras línguas falariam a Israel. Você sabe quem cumpriu isso? Os assírios. Você sabe o que eles falaram? Em assírio. Então a profecia teve referência a uma língua conhecida falada pelos assírios. E esse é o padrão normativo. Ele diz: "É o que está acontecendo hoje na legitimidade das línguas. É outra língua falada para as pessoas.” E era normativo ser um idioma, pois seu exemplo era um idioma real.

Veja o versículo 7, do capítulo 14. “É assim que instrumentos inanimados, como a flauta ou a cítara, quando emitem sons, se não os derem bem distintos, como se reconhecerá o que se toca na flauta ou cítara”? E se a trombeta dá um som incerto quem vai prepará-lo para a batalha? “Você pode imaginar a Cavalaria dos Estados Unidos para lutar contra os índios e um cara simplesmente sai e sopra todas as velhas notas que ele quer”? Eles não saberiam o que fazer. Deve ser "da-ta-ta-da" ou seja lá o que fizeram. Você sabe, “Vamos lá pessoal.” Eles sabiam qual era o negócio. Tem de fazer a coisa certa. Você entra em seu trabalho, você sabe o que significa. Se o cara saísse de manhã e apenas tocasse algumas notas à sua escolha, ninguém saberia o que está acontecendo. Não pode – tem de ter estrutura, o formato, tem de ter distinção.

E esse é o ponto que ele está dizendo. Idioma, é preciso ter uma distinção estrutural para fazer sentido não pode ser apenas esse ininteligível pagão. E como eu disse antes, o que aconteceu foi que os coríntios tinham traduzido os êxtases, e as coisas ininteligíveis, e o falar nessas línguas extáticas estranhas que não eram nenhum idioma, eles tinham traduzido isso em sua igreja, e falsificaram o verdadeiro dom de línguas com esse êxtase, que os estavam fazendo tropeçar e transformaram o culto em uma orgia.

Veja o versículo 23, do capítulo 14. Esse é outro grande ponto relevante, e o estaremos cobrindo em breve. Mas diz: “Se, pois, toda a igreja se reunir no mesmo lugar, e todos se puserem a falar em outras línguas, no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão, porventura, que estais loucos?” Em outras palavras, ele está dizendo, se você tem toda essa histeria selvagem acontecendo, se todo mundo está fazendo seu próprio show, você vai ter alguns problemas porque as pessoas incrédulas vão simplesmente pensar que você está louco. Não vai ter qualquer efeito sobre eles. Por quê? Agora, escute. O elemento surpresa – e nós falaremos sobre isso com mais detalhe em breve, o elemento surpresa, para judeus não cristãos, que frequentavam os cultos, dependia do fato de que o que foi falado era em linguagem real, e então foi traduzido milagrosamente para que vissem como um sinal de Deus.

Em outras palavras, a eficácia do sinal do idioma dependia da diferença das coisas ininteligíveis ditas em êxtase que eles estavam acostumados a usar. Por isso, na assembleia de corinto, o idioma era genuíno com uma tradução verdadeira, e isso era um milagre. Se tudo o que ouvissem fossem coisas ininteligíveis, eles não poderiam dizer nada além de "isso é a mesma antiga histeria pagã.” Então essa é uma habilidade dada pelo Espírito para falar um idioma estrangeiro. Agora você sabe o que era o dom, e eu vou parar em termos de definição.

Agora, quando você traz isso para hoje, pessoal, e aceita isso como o formato para qual idioma é um dom, e você coloca isso hoje e combina com o que está acontecendo, você tem alguns problemas, porque, você sabe, eu tenho lido livros nos últimos meses – e eles lhe dizem como obter seu próprio idioma de oração, e você pode ter um que ninguém tem ou, se quiser, pode compartilhar o de outra pessoa enquanto está aprendendo, até desenvolver o seu próprio, e estar em êxtase, falar algo ininteligível, que não tem estrutura, não tem gramática, e não é um idioma. Você vê, o problema é que ele simplesmente não se encaixa. Simplesmente não se encaixa.

William Samarin, um PhD. em linguística e professor de linguística na Universidade de Toronto, diz: “Durante um período de cinco anos, participei de reuniões na Itália, na Holanda, na Jamaica, no Canadá e nos Estados Unidos; tenho observado pentecostais antigos e neopentecostais; fui em pequenas reuniões, em casas particulares, bem como em enormes reuniões públicas; eu vi configurações culturais tão diferentes que são encontradas entre os porto-riquenhos do Bronx, os manipuladores de serpentes dos apalaches, os molocans russos em Los Angeles.” "Eu entrevistei falantes de língua e fiz gravações e análise de inúmeras de amostras de línguas. Em todos os casos, a glossolalia acaba por ser uma insensatez linguística. Apesar das semelhanças superficiais, a glossolalia não é fundamentalmente um idioma.”

Agora, aqui está um homem que fez um estudo, e há muitos outros sobre os quais podemos falar, e o que eles dizem é que o que você está ouvindo hoje não é idioma, e eu digo se não é idioma, então não é o que o que a Bíblia diz ser um dom. É simplesmente isso. E eu também me apresso em acrescentar que, mesmo que de vez em quando seja um idioma, é melhor ter cuidado, porque os demônios são multilíngues e há muitas falsificações.

Então, a pergunta que sempre vem - e isso nos leva de volta ao nosso versículo, que provavelmente devemos fazer antes de irmos embora - 1Coríntios, capítulo 13, versículo 1. Isso nos traz de volta, mas essa é a pergunta que surge e, como estou falando em amor, acredite em mim, essa é uma preocupação, não que você seja alguém intimidado ou dominando sobre ser ou se sentir superior, mas que compreendamos esses princípios, porque essa é a verdade de Deus. E ela merece uma compreensão clara. Mas no versículo 1, o que eles dizem é, oh sim, aceitamos isso. Esses são idiomas dos homens. Mas e as línguas dos anjos? Paulo diz: "Se eu falasse a língua dos homens e dos anjos.” Percebe, há uma linguagem angelical. Você pode ir além do humano e achar que isso é angelical, que é o idioma devocional e privado de um anjo. Assim você pode ter os dois.

Bem, deixe-me responder isso brevemente porque o tempo não nos permite ir muito longe, deixe-me responder muito brevemente. O que ele está dizendo? Primeiro de tudo, se você vai tornar o idioma dos anjos, aqui, como uma norma para o dom de línguas, você terá de trabalhar em prol disso neste versículo, porque não está em outro lugar na Bíblia inteira. Não há precedentes em qualquer lugar. Não há menção disso em nenhum lugar. De fato, sempre que um anjo se comunicou com um homem, ele se comunicou em linguagem humana normal. A única coisa – o único tipo de linguagem que conhecemos, além da linguagem humana, é o idioma entre o Espírito Santo e o Pai, registrado em Romanos 8, e trata-se de gemidos que não podem ser - o quê? Expressos. Essa é uma linguagem silenciosa.

Você diz: "Você acha que os anjos falam uma linguagem silenciosa?” Bem, os anjos são o quê? Espíritos ministradores. E os espíritos não têm boca nem cordas vocais. Então você diz: “Bem, o que eles têm? Pequenos sensores que enviam mensagens como formigas ou” – Eu não sei o que eles têm, mas eles têm seja lá o que eles têm. Você nem pode achar tal coisa como um idioma de anjo. Aí você pergunta - “Bem, o que Paulo está dizendo?” Tudo o que você precisa entender é o seguinte: ele não está afirmando necessariamente uma realidade factual. Isso é parte de sua hipérbole, isso é parte de seu exagero, isso é parte do reforço da imagem. E você notará o resto disso, se você tiver o seu manual grego, e alguns de vocês o tem – Se você tem todas essas coisas, então você não precisa de mim, estou desempregado. Mas mesmo assim, para aqueles de vocês que estudam o grego, notarão que existem verbos subjuntivos que aparecem nos versículos 2 e 3. O subjuntivo, quando é usado, indica a situação improvável, ou a situação hipotética, melhor maneira de colocá-lo.

E assim ele é - algo hipotético, e Paulo está exagerando. Por exemplo, Paulo diz no versículo 2: “e conheça todos os mistérios.” Isso é possível? É possível para Paulo compreender todos os mistérios? Tudo o que já foi revelado por Deus? Não. “e toda a ciência.” É possível para ele ter todo - o conhecimento de cada fato no universo? Bem, isso é um absurdo. “ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei” – escutem, se Paulo tivesse essa fé, ele não teria ficado doente ao escalar as montanhas da Panfília para Frígia, acredite em mim. Ele teria apenas dito, "Por favor"? Você sabe? Não.

Ele não tinha toda a fé, todo o conhecimento, nem todos os mistérios, e amado, se Paulo não os tinha, eu estou longe de tê-los. Percebe, a questão é, ele está falando em limites. Ele está fazendo situações hipotéticas aqui, e o que ele queria dizer é simples. Ele não está dizendo que você poderia falar a língua dos anjos mais do que você poderia ter todos os mistérios ou todo o conhecimento ou toda a fé. Você não poderia. Estão além dos nossos limites. Mas ele está dizendo que, mesmo que você pudesse, isso não faria diferença sem amor. Por que, se eu pudesse, se eu soubesse toda a linguagem humana, e pudesse falar a língua dos anjos, sem amor, não significaria nada.

Então, esse é o argumento dele. Ele está simplesmente dizendo que esse dom usado sem amor é barulho. É só barulho. É carnal. O propósito do dom de línguas? Você diz: "John, qual foi o propósito desse dom? Vamos entrar no capítulo 14. Seu propósito é muito simples. Era um sinal. Era um sinal para Israel. A única vez que já teve algum significado para o cristão foi quando foi traduzido. Essa foi a única vez. E então, pessoal, como você poderia ir para um canto e falar coisas ininteligíveis em primeiro lugar? Isso não é um dom, e em segundo lugar, se você não o interpretar, não poderia ter qualquer edificação, e ainda as pessoas fazem e dizem que isso as edifica, as fortalece, é seu devocional. Como? Não é o dom certo como a Bíblia o define e não tem tradução, então você nem sabe o que está dizendo de qualquer forma. É um sinal.

Então você vê, se não é para a edificação pessoal ou devocional, como veremos, é um sinal para Israel. Veremos isso no 14º capítulo. E é um sinal de Deus se afastando deles e se voltando para a igreja, os gentios. Portanto, não importa se você tem o dom dos idiomas, não importa o quão longe você vai, mesmo se você pudesse falar o idioma dos anjos, sem amor, volte para o final do versículo 1 - sem amor, você é “como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.”

Quer ouvir algo interessante? Eu estava lendo três livros diferentes sobre a história da época, tentando descobrir o que estava acontecendo com a adoração pagã daqueles dias, e você sabe o que eu encontrei? Isto é muito fascinante. Nos rituais de Cibele e Dionísio, que eram muito comuns àquela parte do mundo, dois de seus deuses falsos, mas no culto de Cibele e Dioniso, falavam em línguas extáticas – escute isso – acompanhadas pelo tilintar de címbalos, gongos espetaculares e trombetas retumbantes. Surpreendente. Incrível. Ele está dizendo a eles isto: “Quando você está prestes a exercer seus dons espirituais na carne, não importa o quão bom você é, não importa o quão longe pode ir, se o amor não for o motivo, é um rito pagão, isso é tudo o que é.” Não é diferente. Não é diferente. É só paganismo, puro e simples. Nada melhor.

A menos que os dons sejam ministrados pelo poder do Espírito, por meio do fruto do Espírito, na energia do Espírito, de acordo com a Palavra de Deus escrita pelo Espírito, tudo não passa de barulho pagão, ruídos, tilintar de címbalo e trombetas tocando. É só paganismo. Tudo o que você tem é o paganismo dentro das paredes da igreja.

Agora, pessoal, esses são termos fortes, não são? Deixe-me levar isso para seu fim lógico e eu vou terminar. O melhor discurso da terra, o melhor orador, a mais talentosa pessoa sem amor, não é nada, senão barulho. E nós podemos sair para ministrar, se fizermos isso na carne, fora do Espírito e do amor que o Espírito gera, não é absolutamente nada, isso não significa nada, é apenas o paganismo com a terminologia cristã. E não, não podemos ficar condenando pessoas ou discordar de um movimento e dizer que eles são o que são porque são pagãos, tenho medo, pois às vezes nós somos tão pagãos quanto eles, operando nossos dons na carne, também. Deus nos ajude a não fazer isso. É simples. Voltemos a caminhar no Espírito, Ele produz o fruto, de onde vem o Ministério dos dons com a bênção de Deus. Bem, vamos orar.

Obrigado, Pai, novamente, nesta manhã, por uma palavra tão clara e, Pai, enquanto falamos sobre isso, nesta manhã, que seja uma realidade em nossas vidas que precisamos amar. Ensina-nos a amar. Ensina-nos a estar tão perto de Ti, para tocá-Lo, e que o Teu amor nos transforme e flua através de nós. Ajuda-nos amar do jeito que o Senhor ama. Ajuda-nos ver as pessoas como o Senhor as vê. Ajuda-nos a chorar como o Senhor chorou. Ajuda-nos a ter um coração quebrantado como o Seu. E, Pai, nós oramos para que possamos ser capazes de tocar as pessoas no amor, para que possamos ser capazes de ser obedientes a Ti, porque nós O amamos. Que possamos fazer sacrifícios de nós mesmos e de nossa vontade para contigo e para com os outros. Deus, que o serviço que prestamos não seja apenas ruído, não seja apenas o paganismo, mas que possa ser verdadeiramente a obra do Espírito, no poder do Espírito, para a glória do Seu Filho. Oramos em Seu Nome bendito. Amém.

Fim

This sermon series includes the following messages:

Please contact the publisher to obtain copies of this resource.

Publisher Information
Unleashing God’s Truth, One Verse at a Time
Since 1969

Welcome!

Enter your email address and we will send you instructions on how to reset your password.

Back to Log In

Unleashing God’s Truth, One Verse at a Time
Since 1969
Minimize
View Wishlist

Cart

Cart is empty.

Subject to Import Tax

Please be aware that these items are sent out from our office in the UK. Since the UK is now no longer a member of the EU, you may be charged an import tax on this item by the customs authorities in your country of residence, which is beyond our control.

Because we don’t want you to incur expenditure for which you are not prepared, could you please confirm whether you are willing to pay this charge, if necessary?

ECFA Accredited
Unleashing God’s Truth, One Verse at a Time
Since 1969
Back to Cart

Checkout as:

Not ? Log out

Log in to speed up the checkout process.

Unleashing God’s Truth, One Verse at a Time
Since 1969
Minimize