
Abra sua Bíblia em Efésios, capítulo 6, Efésios, capítulo 6. O versículo-chave aqui, no Novo Testamento, que nos apresenta os desígnios de Deus para pais e mães, é o versículo 4. E diz simplesmente que: "E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.” É uma tremenda declaração esse versículo. Ele, novamente, com uma economia de palavras, abrange uma área enorme. Volumes, tratados, livros foram escritos abordando a função de pais e mães; Deus reduziu tudo a uma declaração: "não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.”
Esse é o modelo de Deus para os pais. E, logo no início, quero que nos lembremos de uma coisa, é muito importante agora no início. Como pessoas redimidas por Deus, somos chamados para ser únicos. Somos chamados a ser diferentes. Somos chamados a ser distintos. Somos chamados para ser separados do mundo. Na verdade, toda a epístola de Efésios aponta para a realidade de que, não devemos viver como o resto do mundo vive. Vivemos na luz, não na escuridão. Nós vivemos na sabedoria, não na estupidez. Nós andamos no Espírito, não na carne. E somos únicos porque temos o conhecimento de Deus, temos a Palavra de Deus, temos o Espírito de Deus, e Deus nos chamou para viver de modo único e distinto.
Na verdade, isso se estende até as nossas relações na família. Nós não conduzimos relacionamentos na família da forma que as pessoas não regeneradas o fazem, da maneira como o mundo o faz. Temos um plano e um modelo completamente diferente. No capítulo 18, de Levítico, quando Deus estabeleceu o modelo de comportamento para Israel, Ele pontuou essa singularidade. Isto é o que Ele disse: "Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes, nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, para a qual eu vos levo, nem andareis nos seus estatutos. Fareis segundo os meus juízos e os meus estatutos guardareis, para andardes neles.”
Em outras palavras, você é diferente. Você não faz do jeito que o mundo faz. Você não conduz sua vida ou seu relacionamento da maneira que o mundo faz. Mais à frente, no mesmo capítulo dezoito de Levítico, Deus ainda diz: "Com nenhuma destas coisas vos contaminareis, porque com todas estas coisas se contaminaram as nações que eu lanço de diante de vós. Porém vós guardareis os meus estatutos e os meus juízos, e nenhuma destas abominações fareis, nem o natural, nem o estrangeiro que peregrina entre vós. Eu sou o Senhor, vosso Deus.” Um chamado para ser diferente. Um chamado à distinção.
E Deus tem mantido esse desejo para seu povo o tempo todo. Somos separados. Os padrões, os princípios, os estatutos, os mandamentos pelos quais conduzimos nossas vidas diante de Deus na família e diante do mundo são únicos. Somos separados. Temos de ter uma singularidade íntegra. Devemos seguir princípios que não são, de modo algum, auxiliados pela sabedoria humana, nem são modelados ou definidos pela sabedoria humana. Não devemos ceder à pressão do mundo. Não devemos ouvir os diagnósticos do mundo sobre o que pode estar errado com as pessoas, casamentos ou famílias. Devemos recorrer à Palavra de Deus. Devemos viver de forma distinta. E Deus não está dizendo nada diferente hoje. Ele ainda diz: "Faça do meu jeito.”
E, no que diz respeito ao papel dos pais, isso também é notavelmente resumido nesse versículo que acabei de ler, e aqui está o modelo de Deus. Não soa nada como a psicologia moderna. Não soa como as coisas que nos disseram sobre educação infantil, sobre como educar uma criança. Não soa nada como o que o mundo está dizendo atualmente. E não deve ser como o mundo, porque é divino.
Nós já descobrimos que o propósito para os maridos é completamente diferente do mundo, o propósito para as esposas é completamente diferente do mundo, o propósito para os filhos, em relação a seus pais, é diferente, e também é para os pais em relação a seus filhos. Esta não é a mensagem de psicologia secular. Esta não é uma mensagem da sabedoria popular. Esta não é uma mensagem politicamente correta. Esta é a Palavra de Deus. E temos de começar com o reconhecimento de que todos os filhos vêm de Deus. Deus nos concede os filhos e depois nos dá o manual sobre como criá-los.
Gênesis 4.1: "Esta concebeu -" Isto é, Eva - "deu à luz Caim; então, disse: Adquiri um varão com o auxílio do Senhor.” No começo, Eva sabia quem dera a origem de seus filhos. Ela passou direto por adão e foi até Deus. Em Gênesis 4.25, no mesmo capítulo: "e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Sete; porque, disse ela, Deus me concedeu outro descendente.” Filhos são uma herança do Senhor, diz o Antigo Testamento. São presentes de Deus; eles são dados para ser o louvor de Sua glória e ser uma bênção para nós.
Mas, com certa frequência, as crianças se tornam uma dor de cabeça e um desgosto porque o propósito de Deus para os pais não é seguido corretamente. Ao observarmos o propósito divino, estamos então olhando para nossa responsabilidade, e estamos vendo o caminho para a alegria e a bênção na vida das crianças, e também em nossas próprias vidas. Claramente, as instruções aqui no versículo 4 são dadas aos pais. De fato, a palavra "patriarcas" é ocasionalmente no Novo Testamento traduzido como "pais.” Particularmente, não podemos excluir a mãe nesse ponto; devemos incluí-la, pois ela está sob a liderança de seu marido. A instrução é dada aos pais porque eles têm a responsabilidade, a regra, a liderança, a supervisão para levar seus filhos ao lugar onde irão honrar a Deus.
Agora, o propósito que está estabelecido aqui não é singular apenas em nossa sociedade, mas também foi singular na de Paulo. Por exemplo, apenas para ilustrar o que estava acontecendo no mundo em que o apóstolo Paulo escreveu isso, havia uma lei romana chamada ‘Patria Potestas,’ que significa literalmente o "poder do pai.” E debaixo da Patria Potestas, um pai romano tinha poder absoluto sobre sua família. Como pontuei nesta manhã, a visão da liderança no mundo dos gentios era de ditadura dominante, e que também funcionava na família.
Por exemplo, um pai poderia vender seus filhos como escravos. Um pai poderia fazê-los trabalhar nos campos acorrentados, se ele quisesse. E há ilustrações disso na literatura antiga. Ele poderia tomar a lei em suas próprias mãos para punir seus filhos. E ele poderia até, pelo direito romano, executar seus próprios filhos. Enquanto o pai vivesse, não havia limite de idade; não havia limite para a extensão de seu controle. Na verdade, quando uma criança nascia, não era incomum que aquela criança fosse colocada diante dos pés do pai e, se o pai se inclinasse para levantar a criança, isso significava que ele reconhecia a criança e ela poderia viver. Se o pai desse as costas e fosse embora, a criança seria jogada na rua para morrer ou ser levada e criada como prostituta ou escrava.
Uma carta de Hilarion para sua esposa, Alis, do ano 1 a.C., encontrada em fontes antigas, diz assim: "Hilarion para Alis, sua esposa. Calorosas saudações." Agora, homens, vocês realmente não querem começar uma carta para sua esposa assim, mas ele fez. "Saiba que agora ainda estamos em Alexandria,” ele escreve, estando ausente. "Não se preocupe se, quando todos os outros retornarem, eu permanecer em Alexandria. Peço-lhe e imploro que cuide da criancinha, e assim que recebermos o salário" - aparentemente ele era um soldado "eu vou enviá-lo para você. Se... boa sorte para você... você tiver uma criança, se for um menino, deixe-o viver; se for uma menina, jogue-a fora."
Isso é um documento dos tempos antigos. Bebês indesejados eram geralmente deixados no Fórum Romano. Eram recolhidos à noite por pessoas que os alimentariam para criá-los como escravos e encher os prostíbulos de Roma com eles. Sêneca, o conhecido orador romano, disse: "Nós abatemos um boi feroz; estrangulamos um cão feroz; mergulhamos a faca no gado mais doentio. Crianças que nascem fracas e deformadas nós afogamos.”
Então Paulo estava escrevendo para um mundo onde as crianças eram abusadas, onde as crianças eram assassinadas, assim como no nosso mundo ainda é, onde são abatidas em grande parte antes mesmo que possam sair do útero através de milhares abortos. Mas um milhão e meio de crianças, no mínimo, anualmente, provavelmente muito mais do que isso, que conseguem nascer, são espancadas, queimadas e abusadas por seus pais, a ponto de precisarem ser removidas de suas famílias, mais de um milhão e meio delas por ano. Duzentas... perdão, duas mil dessas morrem, mortas por seus pais, queimadas, afogadas, jogadas pelas janelas, jogadas das pontes, mortas com facadas, martelos, lâminas de barbear, e por aí vai.
Nosso mundo de hoje não é muito diferente do mundo antigo. A revista Time informou, em uma pesquisa, que 70% dos pais, se tivessem de fazer tudo de novo, não teriam filhos. É muita inconveniência. Algo em torno de 30.000 e 50.000 crianças por ano são usadas para pornografia. Um terço de todas as crianças nascidas terminam em casas adotivas porque são indesejadas. Milhões são deixadas em casa sozinhas para serem criadas pela televisão, enquanto suas mães vão trabalhar. O chanceler de Nova York, que tem um distrito escolar de um milhão de estudantes, disse: "A sociedade se virou contra as crianças.” A hostilidade em relação às crianças existia nos tempos antigos e também existe nos tempos modernos.
Entendendo mais como era a antiga sociedade romana e o contexto em que vivemos hoje, ouvimos as palavras de Paulo. "E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.” Mais uma vez, patēr, o termo "pais" é normalmente usado para o chefe masculino da família, mas às vezes costumava falar do pai e da mãe. É traduzido assim, por exemplo, em Hebreus 11.23. Ele diz: "Pela fé, Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais.” E certamente a mãe está envolvida com o pai e podemos acrescentar e incluí-la aqui. Provérbios 4.3 mostra esse duplo papel, diz: "Quando eu era filho em companhia de meu pai, tenro e único diante de minha mãe.” Provérbios 1.8: "ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe.” Ambos os pais estão envolvidos sob a direção do marido na educação da criança.
Há muito tempo, um estudo de muitos anos foi conduzido pelos sociólogos Sheldon e Eleanor Glueck, de Harvard, e depois de todo o estudo, eles identificaram quatro fatores cruciais no diagnóstico de crianças que não eram delinquentes. Esse foi um estudo de vários anos, e descobriram que tem 90% de precisão. Eles disseram que estes são os quatro fatores essenciais para evitar a delinquência, apenas pela observação dessas pessoas mundanas. Um: a disciplina do pai, justa, firme e consistente. Dois, a supervisão da mãe em casa, que sabe onde as crianças estão o tempo todo, que sabe o que estão fazendo e está disponível para elas. Três, pais que demonstram afeto entre si e para as crianças frequentemente. E em quarto lugar, a união da família, o tempo gasto juntos.
Ambos os pais devem estar envolvidos neste maravilhoso privilégio, nesta maravilhosa oportunidade. E quando olhamos para a coisa em si que é indicada aqui, no versículo, você notará que há um negativo e, em seguida, um positivo em termos de instrução, e queremos considerar ambos. O negativo é: ‘não provoque seus filhos à ira.’ É assim que a Palavra de Deus resume o que você não quer fazer, você não quer que seus filhos fiquem bravos, você não quer irritá-lo, você não quer torná-los hostis ou amargos, você não quer que eles deem as costas para você, e tudo o que você preza. Colossenses acrescenta: "Para que não se desanimem." Você não quer destruí-los.
“Provocar,” você notará, esse termo é usado apenas aqui e em Romanos 10.19. E ele significa irritar. É uma forma intensa de "irritar.” Não faça o que irrita seus filhos. Não faça o que os irrita, o que os provoca, os frustra, os enfurece ou o que os atormenta. E há muito disso sendo feito hoje dia, crianças bravas, mal-humoradas e amargas. Apenas nos últimos dias, três meninos, um deles com 6 anos, tentaram matar uma criança de um mês de idade. Inimaginável a hostilidade e a raiva. Dez a quinze por cento das crianças consideraram ou tentaram o suicídio.
Um quarto das admissões na unidade psiquiátrica de hospitais infantis estão relacionadas ao suicídio. Mesmo crianças tão jovens, entre 6 e 7 anos, tentaram tirar a própria vida. Um artigo de Los Angeles de alguns anos atrás disse: "O jovem de onze anos havia cortado os pulsos. ‘Eu quero ir para o céu,’ ele soluçou: ‘Não consigo suportar essas dores no estômago e ser infeliz’. Se ao menos eu pudesse morrer, é difícil viver, viver é horrível, eu só quero morrer porque ninguém se importa se eu morrer, então eu só quero morrer."
E, durante anos, psicólogos e especialistas questionaram se as crianças pequenas poderiam realmente sofrer uma depressão severa e buscar intencionalmente a morte. Agora eles sabem que elas podem, às vezes, engolir veneno, jogar-se no meio de um tráfego intenso. Uma garota de 12 anos enforcou sua boneca pelo pescoço, drogou sua irmãzinha, cortou as pernas com uma tesoura, cortou os pulsos e tomou overdose de drogas hipnóticas. "Eu estaria melhor morta,” ela explicou, "então ninguém nunca mais terá de olhar para meu rosto feio novamente.”
Um garoto de onze anos tentou matar seu cachorro, tentou sufocar seu irmão bebê com um travesseiro, enfiou pinos e agulhas em seu estômago. Perguntaram por que, e ele respondeu: "Porque minha mãe não sente amor por mim.” Disse um filho de 6 anos, sentindo-se emocionalmente rejeitado por sua mãe: "eu quero morrer porque ninguém me ama.” Disse outro: "Eu prefiro morrer do que ser espancado. Eles me querem morto." Um menino de 10 anos de idade que foi maltratado, cujo irmão de treze anos se suicidou anteriormente, disse: "Todo mundo mata e todo mundo morre. Não há saída."
Um menino de 11 anos, preocupado com a morte e a ideia de se juntar à sua avó morta, ameaçou se jogar na frente de um carro, e fez isso, bateu e desfigurou o rosto, não morreu e, finalmente, saltou da janela de um prédio de dois andares. Ele queria estar com alguém que ele pensava que o amava. Uma garota de cinco anos, obcecada por facas, queimou sua irmã de três anos, tentou enforcá-la com um cadarço, ameaçou sua mãe com uma faca, saiu correndo de casa, e parou no meio de um trânsito intenso. Um menino de 6 anos, que queria morrer porque pensava "Ninguém me ama,” cortou-se com a navalha do seu pai, mais tarde foi encontrado pendurado em uma janela do segundo andar. Você não precisa de mais ilustrações; elas estão por todos os lados.
O juiz Burton Katz, do tribunal de Los Angeles, disse: "Está se tornando muito perturbador ver os olhos e as expressões vazias nos jovens quando estão totalmente desprotegidos, totalmente descontentes, tão totalmente afastados do sistema, onde não há absolutamente nenhuma esperança.” Você pode transformar seu filho em uma criança trágica; você pode transformar seus filhos em histórias como essas. E pode não ser por causa do que você faz com eles. Provavelmente, será porque você não faz nada por eles e para eles. Como você pode empurrar seu filho à tragédia? Como você pode provocar sua ira? Como você forma um delinquente amargo, mal-humorado e antissocial?
Aqui estão alguns passos simples. Mime-o. Dê-lhe tudo o que quiser, muito mais do que você pode pagar, apenas compre para que você possa ter paz. Quando ele fizer algo errado, dê um pouco de bronca, mas não bata nele. Fomente sua dependência de você. Não o ensine a ser independente. Mantenha sua dependência de você, então mais tarde as drogas e álcool podem substituí-lo quando ele for mais velho. Proteja-o de todos os maus professores que desejam discipliná-lo de vez em quando, e ameace processá-los se não o deixarem em paz. Faça todas as decisões por ele, porque ele pode cometer erros e aprender com eles se você não fizer isso. Critique o pai para ele, ou a mãe, para que seu filho ou filha perca o respeito pelos próprios pais.
Sempre que ele se meter em confusão, pague a fiança. Além disso, se ele enfrentar qualquer consequência real, pode prejudicar sua reputação de pai. Nunca deixe que ele sofra as consequências de suas decisões. Sempre intervenha e resolva os problemas por ele, então ele dependerá de você e correrá para você quando as coisas ficarem difíceis e nunca aprenderá a resolver seus problemas sozinho. Se você quiser transformar seu filho em um delinquente, deixe-o expressar-se de qualquer maneira, já que ele se sente assim. Não controle a vida dele, deixe ele controlar a sua. Não o incomode com as tarefas domésticas. Faça tudo por ele, então ele pode ser irresponsável por toda a vida e culpar os outros quando as coisas não saírem corretamente. E não se esqueça de ceder quando ele fizer birra. Acredite em suas mentiras, porque é chato tentar insistir para obter a verdade.
Critique os outros abertamente; critique os outros rotineiramente para que ele continue a perceber que é melhor do que todos os outros. Dê-lhe uma grande mesada e não o obrigue fazer nada em troca. Elogie-o por sua aparência, nunca pelo caráter. E assim vai. Você quer um filho obsessivo, seja crítico, esnobe, dominador, legalista. Você quer uma criança propensa a riscos, briguem um com o outro, ignore a criança e a criança se machucará para chamar sua atenção. E por aí vai.
O argumento é que você tem esse tesouro, você tem esse filho e você pode provocar essa criança. Como os pais fazem isso? Eu acabei de listar algumas coisas que você pode ler em um livro comum a respeito da formação de um delinquente. Mas deixe-me dar a minha própria lista aqui sobre como provocar a ira de uma criança. Eu vou lhe dar esta lista com bastante rapidez, então preste atenção.
Dez maneiras. Número um, por superproteção, por superproteção. Mantenha-os confinados, nunca confie neles. Não lhes dê a oportunidade de desenvolver a independência. E a privação irá incutir um humor irritado. Os pais devem dar às crianças espaço para se expressarem, descobrir seu mundo, tentar uma nova aventura, libertando-as gradualmente para que vivam de forma independente. Deixe-o livre. A superproteção frustra e irrita uma criança. Vivemos em um mundo onde essa é uma tendência entre os cristãos. Mantenha-os sob seu controle o tempo todo. Você tem de ter muito cuidado com isso ou ele pode se tornar irritado.
Em segundo lugar, você pode provoca-lo à ira por favoritismo. Isaque preferia Esaú a Jacó. Rebeca preferia Jacó a Esaú. E o triste resultado é bem conhecido. Não compare um com o outro; eles são todos únicos. Ame-os do mesmo jeito, sem ter consideração só por um, sem ter consideração especial só por um, sem respeitar as pessoas. Se uma criança sente que você ama mais outra pessoa nessa família, é uma experiência muito, muito frustrante.
Em terceiro lugar, você pode fazer com que uma criança fique irada ao estabelecer metas de realização irrealistas. Alguns pais literalmente amaldiçoam seus filhos com pressão, pressão para se destacar na escola, pressão para se destacar em esportes, música, em qualquer atividade que façam. E realmente tem pouco a ver com a criança e tudo a ver com a reputação que o pai quer. Isso se torna muito frustrante quando a criança não tem o senso de ter atingido um objetivo, nem tem o senso de ter cumprido uma expectativa. Isso a leva a ficar irada e rude.
E tenho lidado com essas crianças. Eu tenho lidado com essas crianças que se mataram. Lembro de uma garota em particular que se matou para tirar de suas costas o peso de seus pais. Ela nunca conquistou o suficiente para satisfazer seus pais. E ela estava tão brava que queria machucá-los da maneira mais profunda possível, então tirou sua vida para que eles tivessem de viver com a dor de ter causado isso. Devastador.
Você pode levar o seu filho à ira por excesso de misericórdia, dando-lhe tudo o que ele quiser, resolvendo tudo para ele sempre, permitindo que ele jogue toda a responsabilidade e consequência sobre os outros. Você pode deixá-lo irado, deixando-o pecar e se safar, e assim ele aprende a fazer isso sem obstáculos. Em última análise, quando ele enfrenta o mundo e as pessoas não o protegem e não assumem toda a responsabilidade por ele e por suas transgressões, ele ficará irritado, amargo e violento. É exatamente o tipo de geração que estamos vendo criada hoje.
Em quinto lugar, você provoca seu filho pelo desencorajamento. E eu acho que isso acontece de duas maneiras. Falta de compreensão e falta de recompensa, porque ambos destroem a motivação e destroem o incentivo. Você deve entender seus filhos. Compreenda o que eles estão pensando. Compreenda o que eles estão tentando realizar. Compreenda por que uma certa coisa aconteceu, por que um certo comportamento ocorreu, porque um determinado incidente aconteceu de uma certa maneira. Conceda-lhes um ouvido disposto a ouvir e um coração compreensivo, e recompense-os graciosamente e generosamente com amor. Dê-lhes aprovação e honra e seja paciente com eles, ou eles se sentirão muito derrotados e desencorajados. E isso se transforma em raiva.
Você pode provocar seus filhos à raiva, número seis, ao não se sacrificar por eles. Em outras palavras, fazendo com que a criança sinta que ele é constantemente um intruso em sua vida, uma constantemente interrupção, sempre incomodando. Você quer fazer o que você quer fazer. Você e seu marido querem ir aonde querem ir, você apenas despeja essas crianças em algum lugar, deixa-as ali. Deixe alguém cuidar delas. Você não está prestes a mudar seu estilo de vida; você vai fazer o que deseja fazer. Você vai se divertir e ter seu prazer, e os filhos vão ter de cuidar de si mesmos. Deixe-os; faça com que eles preparem suas próprias refeições.
Não os leve aos lugares que frequenta, porque você não pode ser incomodado com eles, e eles vão sentir sua falta de cuidado, sua ausência e egoísmo. E é uma das coisas que eu agradeço tanto na minha própria família, a devoção de Patricia aos nossos filhos todos os anos em que eles estiveram amadurecendo em casa. Muitos anos, quando eu tinha de ir e viajar, ela se recusava a ir junto porque queria estar com essas crianças o tempo todo.
Número sete, você pode provocar seus filhos à ira por não permitir que amadureçam. O que isso significa? Deixe-os aprontar um pouco. Deixe-os cometer erros. Eles derrubam algo na mesa, e dão risada. Eles simplesmente não têm a destreza manual ainda ou a coordenação. Dê-lhes um pequeno trabalho e, se o fizerem de forma inaceitável, mas se houver um pequeno progresso, elogie-os. Deixe-os compartilhar algumas de suas ideias ridículas. Deixe-os planejar algumas coisas tolas para fazer e fazê-las. E não os condene. Apenas espere progresso e não a perfeição.
Os melhores homens não são perfeitos, não são perfeitos. O time de futebol americano da Faculdade New York Tech, há muitos anos, derrotou o time da Rensselaer Poly, de vinte e um a oito. Nesse jogo, o único touchdown de Rensselaer foi conquistado por uma jogada de 63 jardas, diz o jornal. No jogo, parece que houve uma quebra na defesa técnica. Na semana seguinte, ao analisar as imagens, o treinador técnico, Marty Senall, notou que o defensor no jogo, o novato John Smith, ficou congelado em um local enquanto o receptor voava por cima dele para o touchdown vencedor. "Ei, Smitty, por que você não se moveu?” O treinador gritou. Smith disse: "Eu não podia, minha lente de contato tinha acabado de sair e eu cobri com meu pé aguardando um momento para colocá-la de volta. Se eu tivesse deixado o local, nunca mais a teria encontrado na grama, e meus pais teriam me matado por perdê-la."
Agora, estou lhe falando, quando você está num jogo grande e você vive com tanto medo de seus pais, você tem um problema. Deixe seus filhos falharem. Eles vão perder coisas. Ei, eu lembro quando Matt jogou meu relógio no vaso sanitário e deu a descarga. Eu disse: "Por que você fez isso?" Ele disse: "Eu só queria ver como que seria descendo.” Eu bati nele? Não, na verdade, eu gostaria de ter estado lá. Gostaria de ver como desceria o relógio. Por um pouco de crescimento, permita alguns experimentos.
Número oito, você pode provocar seus filhos à raiva por negligência. Se existir alguma ilustração bíblica disso, provavelmente são Davi e Absalão. Davi não passou tempo com ele, não teve tempo de instruí-lo. E Absalão acabou odiando tanto o pai, que tentou dar um golpe para destronar o pai e ocupar seu lugar. Negligência. E o pior tipo de negligência? Falta de disciplina consistente. Esse é o pior tipo de negligência. Não falo sobre a negligência do tempo e das coisas; estou falando sobre a negligência da disciplina. Ensine-os; discipline-os, usando consistentemente a vara em amor.
Número nove, você pode provocar seus filhos à raiva por palavras abusivas. Você entende que uma criança pequena tem um vocabulário muito limitado e você tem um abrangente. O abuso verbal é uma coisa terrível. Uma barreira de palavras bem escolhidas do seu vocabulário adulto pode cortar esse pequeno coração em pedaços. E o que é mais devastador que qualquer coisa são palavras de raiva, palavras de sarcasmo ou palavras de ridicularização. Francamente, dizemos coisas aos nossos filhos que nunca falaríamos a ninguém.
E, finalmente, por abuso físico. Uma criança com raiva é muitas vezes uma criança espancada, abusada e excessivamente castigada, geralmente por um pai irritado e vingativo que só se preocupa por ter sido incomodado ou irritado, e não que a criança precise de correção para o seu próprio bem.
Bem, essas são algumas coisas práticas muito simples. Se você quer provocar a ira em seu filho, você pode fazer por superproteção, favoritismo, estabelecimento de objetivos irrealistas, excesso de misericórdia, desencorajamento, falta de abnegação por eles para que possam ver seu amor, não permitir que amadureçam, negligenciar a disciplina firme, consistente e amorosa, por linguagem abusiva e abuso físico também. Não faça isso.
Volte para o positivo comigo. Pelo contrário: "criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor,” ou na educação e admoestação do Senhor. Criai-os. Eles não chegarão lá sozinhos, eu posso acrescentar apressadamente. Você precisa criá-los. Eles não chegarão lá sozinhos. Você deve criá-los. Provérbios 29.15 diz: "mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe.” E foi o que eu disse anteriormente. Não é o que os pais fazem tanto pelas crianças, embora, obviamente, se elas fazem coisas que são nocivas e dolorosas, essas coisas têm efeitos. Mas é o que os pais não fazem que trazem ira aos filhos, a falta de disciplina, a falta de amor, a falta de cuidado. Você deve criá-los. Esse é um apelo para criar seus filhos, para se concentrar nisso.
Agora, deixe-me dar algumas instruções práticas neste momento. Como você faz isso? Como você cria seu filho? Qual é a chave para este trabalho desafiador? Eu vou lhe falar. Abram suas Bíblias em Provérbios 4.23, Provérbios 4.23. E aqui, realmente vamos chegar ao problema. Esta visão nos diz o que há de errado com os filhos de vocês e os meus. É o mesmo problema. Provérbios 4.23 diz: "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Agora, o que você vê aqui é uma declaração clara e divinamente inspirada de que as questões da vida saem do coração. Todos os assuntos da vida procedem do coração.
Em Marcos 7, no versículo 21, Jesus disse: "De dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.” Todas essas coisas más vêm do nosso interior. E o mesmo está basicamente escrito para nós em Lucas, capítulo 6, no versículo 45: "O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.”
Agora, o que você tem de reconhecer em seu filho é isto. Você tem um problema de coração. Você não está lidando com problemas comportamentais; você está lidando com o coração. Na verdade, deixe-me ir além disso e dizer, o comportamento não é a questão crucial. Alterar o comportamento do seu filho não é a questão crucial. Na verdade, uma mudança de comportamento sem mudança de coração não é nada senão uma hipocrisia. É uma farsa, porque o pecado e a rebelião ainda estão lá, e só é adiada quanto à sua expressão. Todo comportamento, toda conduta está ligada a alguma condição do coração, alguma atitude do coração. E pais, escutem, sua tarefa como pais é se colocar no coração da criança. Em primeiro lugar, ajudar a criança a entender que ele ou ela tem um coração muito pecaminoso. E que é essa deturpação interior que surge para causar todas as palavras, pensamentos e ações malignas. A atividade dos pais deve alcançar o coração. Não pode mirar apenas o comportamento ou será rasa e superficial.
E, como eu lhes disse na última vez em nosso estudo, a paternidade, em primeiro lugar, é redentora. É para o coração. E a primeira coisa que seu filho precisa saber é que ele tem um coração perverso e pecador, desligado de Deus, e é o manancial de toda iniquidade imaginável, e que algo deve mudar esse coração. Isso leva a criança à salvação e santificação. Um escritor diz isso desta maneira: "O menor campo de batalha do mundo é o coração da criança. E a conquista disso exige combate corpo-a-corpo total." O coração do seu filho é um campo de batalha onde o pecado e a justiça estão em conflito. O problema com seu filho não é uma falta de maturidade. O problema com seu filho não é uma falta de experiência ou falta de compreensão. Isso irá agravar o problema. Mas o problema com seu filho é um coração perverso. E ouça isto, ninguém supera a depravação, ninguém.
Assim, o objetivo da paternidade é criá-los na educação e admoestação do Senhor. O objetivo da paternidade não é o controle. Não é para colocá-los sob controle. Não é para produzir neles um comportamento socialmente louvável. Não é para torná-los educados e respeitosos. Não é mesmo para fazê-los conduzir-se de forma moralmente aceitável. Não é para torná-los obedientes. Não é para lhe dar, como pai ou mãe, algo para se orgulhar. O objetivo da paternidade não é fazer com que eles realizem coisas para a aprovação de vocês, como pais. O objetivo da paternidade é a salvação e a santificação. O objetivo da paternidade é ver seu filho salvo do pecado e de sua morte eterna, e depois seguir o caminho da santificação.
Ouça. Qualquer objetivo menor do que esse é apenas a modificação do comportamento. A questão é o coração. E você tem de entender que você tem um pecador que é depravado em seu interior, que precisa de salvação, perdão e santificação. E você começa por conscientizar essa criança de uma condição pecaminosa e do julgamento de Deus. E, como eu já disse antes, você ainda faz essa criança consciente de um inferno eterno.
Não apenas treine seu filho para ter autocontrole, para aprender a dizer não ao querer algo. Treine seu filho para entender a tentação e resistir a ela, porque os pecados da ganância, luxúria, egoísmo, avareza e indulgência desonram a Deus e agradam um coração perverso. Puna-o pelo pecado, mas ensine que o coração é o problema. Filhos pecadores, não salvos, não santificados, são regidos pelos mesmos desejos que seus pais mais velhos. Seus filhos são governados pela luxúria da carne, pela luxúria dos olhos e pelo orgulho da vida. Eles são egoístas, narcisistas e querem tudo o que podem ver agora.
Corrija-os, mas não para satisfazer os pais ofendidos, irritados, frustrados... isso é raiva, é vingança; mas para satisfazer a Deus, que foi ofendido, e Deus não está apenas irritado. E lembre-os de que o Deus que foi ofendido busca uma reconciliação com seus filhos por meio da confiança em Jesus Cristo. Isto é... este é o alvo de todos os pais. É o coração e é salvação. Isso significa reprovação, repreensão, correção, uso da vara de correção, de forma amorosa, de forma consistente. Nós conversamos sobre isso. Você nunca usa a vara... escute agora, você nunca usa a vara como punição pelo pecado, esse não é o seu trabalho. Você nunca usa a vara como pagamento pelo pecado. Você usa a vara como correção para evitar a punição das mãos de Deus.
E a vara tem um lugar muito importante. Nesta semana, recebi uma pequena linda carta de um jovem em nossa congregação, de 8 ou 9 anos, chamado Stephen. Isto foi o que ele me escreveu. Ele me deu neste último domingo. "Obrigado pelo cartão de aniversário." Enviei-lhe um cartão de aniversário como eu faço para muitas crianças. "Foi muito bom enviar-me um cartão com a sua foto. Gostei muito da sua mensagem sobre crianças disciplinadas. Um dia, enquanto eu estava apanhando, meu pai quebrou sua varinha. Alguns dias depois eu decidi fazer para ele uma nova varinha. Acabou sendo maior do que eu queria." Eu adoro isso. "Eu queria que todo pastor pregasse a Palavra como você faz. Stephen." Eu acho que Stephen entendeu, não é? Que pequeno garoto doce, fazendo uma varinha para seu pai!
Crie-os. Criá-los significa mirar o coração. Deixe-me levá-lo a uma passagem no Antigo Testamento que irá definir ainda mais essa instrução centrada no coração. No capítulo 6, de Deuteronômio, é dada uma fórmula muito importante para a criação de crianças. Deuteronômio 6 é realmente um capítulo de instrução aos pais. O versículo 7 fala sobre ensinar cuidadosamente a seus filhos. Isso é tudo sobre instrução familiar, um capítulo muito, muito importante. Refere-se a instruir os filhos várias vezes ao longo do capítulo.
Agora, enquanto você os cria, e enquanto você os ensina e enquanto você os instrui, o que você os ensina? Vamos começar do início, versículo 4. A primeira coisa que você os ensina nesta seção: "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.” A primeira coisa que você ensina é reconhecer o Deus verdadeiro e que Ele é soberano. Para reconhecer a Deus, o único Deus, o Senhor que é um só. Essa é a primeira coisa. Ensine-os sobre Deus. Em segundo lugar, versículo 5, ensine-os a amar a Deus. "Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.” Esse é o segundo item essencial para criá-los.
Em terceiro lugar, o versículo 6, ensine-os a obedecer a Deus. "Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos." Ensine-os sobre Deus, ensine-os a amar a Deus com todo seu coração, alma e força e ensine-os a obedecer a Deus, a todos os Seus comandos. Em seguida, em quarto lugar, ensine-os a seguir o seu exemplo. Versículo 7: "tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.” Em outras palavras, mostre aos seus filhos que, em todos os momentos da sua vida, em todas as experiências em sua vida, na ponta da sua língua, sempre está a palavra do Deus vivo. Deixe-os ver que sua vida é dominada pela verdade divina. Deixe-os ver toda a vida como numa sala de aula. Toda ocasião na vida é uma oportunidade de ensinar. Toda experiência na vida é uma oportunidade para direcioná-los para o céu. Tudo o que acontece com eles é um caminho que aponte para a Escritura.
Jesus era o mestre absoluto em ilustrar a realidade espiritual do mundo ao seu redor. Da água, das figueiras, das sementes de mostarda, dos pássaros, e do pão e das uvas, e pérolas, trigo, e joias, e copos, e pratos, e redes, e jantares e vinhas, e raposas, e homens, e mulheres, e luz, e escuridão. Tudo o que acontecia na vida abria uma janela sobre a realidade divina.
Devo criar meus filhos para ver a mão de Deus e ouvir a voz de Deus, e a marca de Deus em cada flor, cada pedra, cada montanha, mar, céu, ribeiro, murmurinhos de árvores, o cantar do grilo, a cachoeira ruidosa, a suave quebra das ondas, a fragrância de uma flor, o ar vívido, bebês pequenos, frutas, pão assado quente com manteiga, filhotinho de cachorro, esquilo, avós, e por aí vai. Tudo na vida é uma sala de aula para atraí-los de volta a Deus.
E também, é essencial para criá-los, versículos 8 e 9, que sejam lembrados repetidamente sobre essas verdades, lembrados sobre o Deus verdadeiro, sobre amar a Deus, e sobre obedecer a Deus e seguir seu exemplo. Como você faz isso? marque esses versículos como um sinal em sua mão, e eles devem estar em sua mente, em sua testa. Escreva-os nos batentes da porta de sua casa e nos seus portões. Tudo isso são simplesmente maneiras de dizer e manter a lembrança o tempo todo, constantemente, constantemente, em todos os momentos. Tenha-os, por assim dizer, em sua mente. Tenha-os sempre em suas mãos. Coloque-o nos batentes da porta da sua casa e nos portões, para que você os traga de forma incessante à verdade de Deus.
E então, uma outra lição. Ensine-os a ser cautelosos com o mundo ao seu redor. Versículo 10: "Havendo-te, pois, o Senhor, teu Deus, introduzido na terra que, sob juramento, prometeu a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó, te daria, grandes e boas cidades, que tu não edificaste; e casas cheias de tudo o que é bom, casas que não encheste; e poços abertos, que não abriste.” Em outras palavras, eles vão assumir uma civilização muito avançada já no lugar. "Vinhais e olivais, que não plantaste; e, quando comeres e te fartares, guarda-te, para que não esqueças o Senhor, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão.”
Avise seus filhos que, quando eles saírem no mundo, e começarem a ver tudo o que está lá, e começarem a tocar e provar, explorar, sentir e experimentar, que eles não se esqueçam de Deus. Ensine-os sobre o verdadeiro Deus. Ensine-os a amá-Lo com todo seu coração, com toda a sua alma, com todas as suas forças. Ensine-os a obedecê-Lo. Ensine-os a seguir o seu exemplo. Mostre-lhes que a vida é uma sala de aula, independentemente do cenário. Constantemente, lembre-os das coisas que são preciosas para eles e para você. E ensine-os ser cautelosos com o mundo.
Com isso em mente, voltamos para Efésios 6, e vamos concluir. Aqui, no capítulo 6 de Efésios, algumas palavras-chave. A primeira: "criai-os na disciplina.” A palavra grega é paideia. Significa "conduzir uma criança.” Envolve treinamento, instrução, aprendizado. É usada também em Hebreus 12, versículos 5 a 11, sobre repreender ou disciplinar. Significa essencialmente treinamento. Engloba a disciplina. Aqui está o que realmente pode resumir isso. Obediência aplicada. Obediência aplicada do coração e da vida a Deus e Sua verdade. Obediência aplicada do coração e da vida a Deus e Sua verdade. Como você a aplica? Por punições e recompensas. Crie-os, treine-os, ensine-os com castigo e disciplina, treinamento e instrução, aprendendo e cumprindo a obediência de coração e da vida com Deus e os princípios de Sua Palavra.
Susannah Wesley teve dezessete filhos, incluindo John e Charles. Ela escreveu uma vez: "O pai que estuda uma forma de vencer a obstinação dos filhos trabalha junto com Deus na renovação e na salvação de uma alma. O pai que se submete à vontade obstinada dos filhos faz a obra do diabo, torna a religião impraticável e a salvação inalcançável. Ao ceder a todas as suas vontades, condena os seus filhos, alma e corpo, para sempre.” Não ceda à obstinação de uma criança, domine-a. Quebrar a obstinação é a chave.
Ensine-os que são pecadores e que essa obstinação é uma expressão pecaminosa, é uma ofensa contra Deus, pela qual Deus os punirá eternamente. Ensine-os que eles são chamados a obedecer a lei de Deus, que devem fazê-lo, mas não podem se distanciar da graça de Deus que trabalha em seus corações. Mostre-lhes o seu pecado e mostre que eles não podem fazer nada sobre isso, só Deus pode mudar seus corações através de sua fé em Cristo. E enquanto exercem a fé simples em Cristo, quando são jovens, aceite cada passo que eles tomam. Só Deus sabe quando a conversão verdadeira ocorre. Incentive cada passo em direção a Ele.
A palavra "admoestação,” criá-los na admoestação ou instrução, vem da palavra nouthesia. Tem a ideia de advertir. E nos traz ao que já dissemos antes. Temos de avisar os nossos filhos de que não há apenas, obviamente, consequências físicas na família para o seu comportamento, mas há consequências muito mais sérias vindas de Deus. Tão importante. Treinamento. A palavra "treinamento" ou "disciplina" pode referir-se ao que é feito à criança em termos de disciplina, mas a palavra "instrução" refere-se ao que é dito à criança. É instrução verbal tendo em vista o julgamento.
Em outras palavras, você deve falar: ‘faça isto, porque se você fizer isto aqui, estas são as consequências’. Fala-se sobre os filhos de Eli, em 1Samuel; fala-se sobre os filhos de Eli, essa declaração trágica. Seus filhos trouxeram uma maldição sobre eles mesmos, e Eli não os repreendeu. Se você ler a triste, triste história da família de Eli, você tem o fundamento ali mesmo. Não foi por causa de algo que Eli fez com eles; foi por causa do que ele não fez. Ele não os avisou.
A Comissão de Crime de Minnesota diz assim: "Todo bebê começa a vida sendo um pouco selvagem. Ele é completamente egoísta e egocêntrico; ele quer o que quer quando quer. Sua mamadeira, a atenção de sua mãe, seus companheiros de brincadeiras, brinquedos, o relógio de seu tio. Negue a ele essas coisas uma vez e ele se torna raivoso e agressivo, o que seria perigoso, se ele não fosse tão indefeso. Ele está sujo; ele não tem nenhuma moral, nenhum conhecimento e nenhuma habilidade desenvolvida. Isso significa que todas as crianças nascem delinquentes; se permitidas a continuar em seu mundo egocêntrico da infância, dando rédea livre às suas ações impulsivas para satisfazer cada desejo, todo filho crescerá um criminoso, um ladrão, um assassino e um estuprador.”
Nada mal, vindo da Comissão de Crime de Minnesota. O que eles estão descrevendo? A depravação. A tarefa é formidável, pessoal. E a verdade do assunto é que somente Deus pode mudar o coração. O objetivo não é modificar o comportamento das crianças. O objetivo é que Deus lhes mude o coração. Levar seu filho a Cristo e, em seguida, quando seu filho reconhecer a Cristo, levar essa criança à santificação por disciplina e instrução. Gaste seu tempo ajudando seu filho a entender o quão pecaminoso ele é. Gaste seu tempo ajudando ele a entender que somente Deus pode mudar o coração. Gaste seu tempo disciplinando aquela criança para se conformar com a lei de Deus. Mas, mais do que isso, amar a Deus com todo seu coração, alma e mente.
Um pai, olhando para o processo de paternidade em retrospectiva, teve algumas coisas práticas a adicionar a isso. "Se eu estivesse começando minha família de novo,” ele disse isto: "Eu amaria mais minha esposa diante de meus filhos. Eu riria mais com meus filhos, com nossos erros e nossas alegrias. Eu ouviria mais os meus filhos, até o menorzinho. Eu seria mais sincero sobre minhas fraquezas e não fingiria perfeição. Eu oraria de maneira diferente por minha família. Em vez de me concentrar neles, eu me concentraria em mim. Eu faria mais coisas com meus filhos. Eu os encorajaria mais. Eu lhes daria mais elogios. Eu daria mais atenção às pequenas coisas. Eu falaria sobre Deus mais intimamente. Olhando todas as coisas, mesmo as mais comuns de todos os dias, eu lhes mostraria Deus.”
E é isso mesmo. Eu não acho que todas as... pequenas nuances de comportamento seja a questão. Não acho que a questão seja se o seu filho está quieto ou se corre em círculos. Não acho que se o seu filho se senta como o pequeno Lord Fauntleroy, com uma roupa impecável, ou pula da parte de trás do sofá, não acho que isso seja necessariamente o problema. A questão é o coração e se essa pequena vida pode ser ensinada a amar a Deus e a entender que só Deus pode mudar o seu coração. Esse é o caminho da paternidade. Esse é o caminho a tomar. E é um trabalho de coração, um campo de batalha, e é preciso não apenas uma ótima instrução e disciplina, mas um exemplo absolutamente consistente.
Deixe-me falar sobre uma criança pequena e doente enquanto concluo. Doente, com febre reumática e várias doenças, de modo que a criança esteve na cama por muitos dos primeiros anos de vida, carregava um defeito cardíaco residual que causava certa restrição e atividade. A criança estava propensa ao acidente e ao revés, passou por cirurgias variadas e desastres de atividade imprudente. A criança era arteira, fazia coisas tão terríveis, como soltar das gaiolas todos os pássaros dos vizinhos, para que todos voassem.
Certa manhã, tirou uma dúzia de ovos para fora da geladeira, colocou-os no corredor, pegou um martelo e esmagou todos eles apenas para ver o que um martelo fazia com um ovo. Fugiu várias vezes, geralmente apenas para tão longe quanto a casa da senhora que fazia aquelas tortas boas. Controlava o trânsito no meio da rua, incendiava a cozinha, dizia ao professor que orasse por seu pai porque seu pai havia cortado o pé, simplesmente porque ele queria contar a melhor história. Mordia as pessoas, de modo que seu pai teve de pendurar uma placa ao redor de seu pescoço que dizia: "Não brinque comigo, eu mordo."
Agora, estou intimamente familiarizado com esse garotinho. Era eu. E assim foi, teve até uma ocasião em que meu pai teve de vir me tirar da prisão. Por que eu era assim? Foi porque meus pais não me amaram? Não. Foi porque de alguma forma me bateram e fiquei ferido na minha psique? Não. Era porque eu realmente era como todo o resto, depravado na alma. E se fosse por mim, quem sabe quais atividades criminosas a mais eu poderia ter me envolvido. Mas a oração persistente e a instrução persistente de pais amorosos me levaram a Jesus Cristo e à salvação e ao caminho da santificação e a estar diante de vocês aqui, como pregador.
Você pode olhar para o seu filhinho e dizer: "É uma depravação dupla, não tenho certeza se posso lidar com isso." Você não pode, mas Deus pode. Fique de joelhos e entenda o que está fazendo, é um trabalho de coração para salvação e santificação. E o resto flui disso.
Pai, obrigado por esse tempo maravilhoso nesta noite para pensar nestas coisas que nos são familiares, e ainda precisam ser estudadas uma vez ou outra, quando enfrentamos essa responsabilidade diária de levar nossos pequeninos ao conhecimento de Jesus Cristo e a Ti. Ajuda-nos a ser fiéis para a glória dEle. Amém.
FIM

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