
Hoje vamos ter o privilégio maravilhoso, mas também um pouco triste, de terminar o sermão do monte. Maravilhoso porque o vemos chegar ao um clímax, e triste porque, de certo modo, temo não termos chegado perto de tudo o que poderia ser dito, mas, como o Senhor quer, vamos avante. Abra comigo sua Bíblia em Mateus, capítulo 7, nosso texto para hoje, nesta manhã, e novamente, à noite, será os versículos 21 a 29. Mateus 7.21 a 29.
Deixe-me ler isto para você como o contexto para os nosso dia, e peça que o Espírito de Deus nos fale nessas tremendas verdades. “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.
“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína. Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.”
Agora, através do Sermão do Monte, nos capítulos 5, 6 e 7, o Senhor estabeleceu os padrões divinos de seu reino. Como o Messias ungido, o Cristo, o Rei, ele tem certos princípios que exigiu daqueles que desejam entrar no reino. Agora, esses princípios ocupam o conteúdo deste sermão, mas todos eles podem ser resumidos em uma palavra. O requisito para entrar no reino é que você seja justo, justo. E, portanto, todo o sermão é resumido no capítulo 5, versículo 20: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.”
O reino dos céus é o mundo de Deus, o domínio de Deus, a salvação, a vida eterna. E a entrada nesse reino depende da justiça. Agora, quão justos devemos ser? Bem, devemos ser mais justos do que os escribas e fariseus. Quão justos eles eram? Bem, eles eram tão justos quanto um homem poderia ser em seus próprios termos. Eles chegaram ao epítome da realização humana na religião. Eles eram obcecados com a função religiosa. Até onde as pessoas ao redor deles sabiam, eles eram excessivamente justos.
Eles pareciam fazer todas as coisas certas, como orar, dar esmolas e jejuar. Eles pareciam ter todos os padrões corretos, como não matar e não cometer adultério, e garantir que eles mantivessem todos os elementos mínimos da lei. Parecia que eles eram extremamente justos e, no entanto, a justiça que Cristo exige excede em muito a deles. De fato, nosso Senhor está exigindo uma justiça que está além da capacidade do homem, uma justiça divina que vem de Deus, um padrão que o próprio homem é totalmente incapaz de alcançar.
De fato, se você quer saber o quão justo deve ser tudo o que você tem a fazer é olhar para o capítulo 5, versículo 48. E aqui nosso Senhor diz: “Portanto, sede vós perfeitos” - o quanto perfeito? - “como perfeito é o vosso Pai celeste.” Devemos ser justos, quão justos? Mais justos do que o mais justo. Nós devemos ser perfeitos, quão perfeitos? Tão perfeitos quanto Deus é.
Agora, se você realmente ouvir esta mensagem, vai encarar um fato, e é que você não pode viver esse padrão. Você não pode ser mais justo do que as pessoas mais justas, por si só. Porque as pessoas mais justas são tão justas quanto as pessoas podem ser por si mesmas. Você não pode ser mais justo do que isso.
E você não pode ser tão perfeito quanto Deus é perfeito porque você é um ser humano. E assim, durante todo o sermão, Jesus se empenha em mostrar aos homens a inadequação de seus recursos humanos para lidar com o reino de Deus. Eles não podem fazer isso. Portanto, toda a ideia do sermão é levá-los até o ponto em que nosso Senhor começou: “Bem-aventurados os pobres de espírito; porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram; bem-aventurados são os mansos; e bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça.”
Em outras palavras, o Senhor disse logo no início que as pessoas que entram em seu reino são as pessoas que sabem que sua própria justiça não é capaz de ganhar o reino, que o padrão de perfeição vai muito além de sua capacidade, e assim eles são pobres em seu espírito. Eles não podem ganhá-lo; eles têm de implorar por isso. Eles choram por causa da total pecaminosidade que veem em si mesmos. Eles são mansos e humildes porque sabem que estão aquém do padrão de Deus, e têm fome e sede de uma justiça que eles sabem que não podem alcançar.
O propósito do Sermão do Monte é idêntico ao propósito da lei de Deus, no Antigo Testamento. Quando Deus deu a lei, no Sinai, a lei não foi dada para mostrar ao homem quão bom ele deve ser. A lei foi dada para mostrar ao homem quão bom ele não poderia ser, quão mau ele era, o quão aquém ele está.
E Paulo resumiu isso quando disse: “Pois todos pecaram e” - o quê? - "carecem da glória de Deus.” E Paulo diz que "A lei foi o nosso aio para nos levar a Cristo.” A lei foi o que nos açoitou. E isso é essencialmente o que está acontecendo no Sermão do Monte. Jesus está mantendo a lei de Deus.
De fato, ele diz na parte inicial do sermão: “Nem um jota ou til passará da lei. Eu não vim para remover a lei, nem para destruir a lei, mas para cumprir a lei.” E Jesus está reiterando a lei de Deus, e dizendo que o padrão não mudou, e você deve ver o quão carente você é, e portanto, implore em seu espírito como um enlutado, manso, diante de Deus, faminto e sedento por sua justiça. Agora isso deixa os homens com duas opções, ou você vive sua vida e inventa sua religião ou você vem para o caminho de Deus. Ou vem em seus próprios termos ou nos termos dele, e é exatamente aí que o sermão atinge seu ápice, no capítulo 7, versículos 13 e 14.
E aí nosso Senhor diz: “Entrai pela porta estreita; pois larga é a porta e largo é o caminho que leva à destruição, e muitos são os que seguem dessa maneira. Porque estreita é a porta e difícil é o caminho que leva à vida, e poucos são os que o encontram.” Jesus diz que existem apenas esses dois caminhos. Há a porta larga, que conduz ao caminho largo, e acaba em destruição. É o caminho da religião fácil; é o caminho da justiça humana; é o caminho dos escribas e fariseus e daqueles que pensam que são bons o suficiente por conta própria.
Por outro lado, há a porta estreita e o caminho estreito que leva à vida, e esse é o caminho daqueles que vêm com o coração quebrantado, com um espírito contrito, aqueles que vêm e sabem que não conseguem sozinhos. Eles não podem guardar a lei de Deus, eles não podem cumprir o seu padrão. Eles não podem viver de acordo com a sua justiça, eles não podem ser tão perfeitos quanto Deus é, e se lançam na misericórdia de Jesus Cristo, que imputa a eles sua própria justiça. Há apenas esses dois caminhos, e esse é o clímax do sermão.
Agora, tendo declarado aquele grande convite para entrar pela porta estreita - e nós o cobrimos em detalhes - o Senhor então mostra quão difícil isso realmente é. Não é fácil. Não acredite em ninguém que diga que é fácil se tornar um cristão. Custou tudo a Deus, inclusive o próprio Filho. E isso vai lhe custar a mesma coisa, incluindo você mesmo. Não é fácil.
E aqueles que nos oferecem uma crença fácil, uma graça barata, não nos favorecem de maneira alguma, eles nos iludem. É difícil chegar a Deus nos termos de Deus. Primeiro, é difícil porque você deve reconhecer sua incapacidade total. E isso significa a morte do orgulho, e isso é difícil porque nos dizem constantemente que somos a coisa mais importante para nós mesmos.
Agora o Senhor aponta a dificuldade de entrar pela porta estreita, nos versículos 13 e 14. Antes de mais nada, diz no versículo 14: “são poucos os que acertam com ela.” E a palavra “acertam” é importante. É difícil entrar pela porta estreita porque você tem de encontrá-la, o que implica em buscar, em procurar, em examinar e em se esforçar. É como o Antigo Testamento diz: "Se você me buscar com todo o seu coração, você me encontrará." Ninguém simplesmente tropeça e cai no reino de Deus inadvertidamente. É uma busca, e a ideia é que ela não é facilmente visível.
Em segundo lugar, é difícil não apenas porque você tem de encontrá-la - e isso significa uma busca árdua e diligente - é difícil porque significa que é o caminho oposto ao qual todo mundo está indo. Muitos vão na porta larga, poucos vão no caminho estreito. É o que Tiago expressou, quando disse: “A amizade com o mundo é inimizade contra Deus.” É o que João expressou, quando disse: “Se você ama o mundo, o amor do Pai não está em você.” Em outras palavras, você tem de se afastar do sistema para entrar pela porta estreita. É difícil porque a multidão está indo para o outro lado.
É difícil também porque é uma porta estreita, e isso significa que você passa por ela nu, despojado de todo o seu eu, seu pecado, sua autojustiça. Você vem completamente sozinho. Você não aparece com um grupo; você não vem com uma família; você vem sozinho. E é um caminho restrito, e você sabe que vai ser uma vida restrita, e você deve calcular o custo.
E Jesus disse ainda mais, não é apenas difícil, porque é difícil de encontrar, está longe da multidão, é uma porta estreita, mas porque você deve agonizar para entrar, ele disse no evangelho de Lucas. Em outras palavras, deve haver penitência, confissão, arrependimento, busca profunda e quebrantamento.
E então, em nosso último estudo, vimos que há outra razão pela qual é difícil entrar no caminho estreito, outra razão pela qual é difícil admitir que você não consegue. Você não pode viver de acordo com o padrão de Deus, você não é tão perfeito quanto você tem de ser, e isso é por causa dos falsos profetas, versículo 15. E em 15 a 20, o Senhor diz: “Os falsos profetas aumentam a dificuldade porque eles estão no caminho e eles perseguem as pessoas para o caminho largo.” Eles são os que tentam desviar todo mundo para os propósitos de Satanás e os fins de Satanás, dizendo às pessoas que podem atravessar a porta larga com todo o seu pecado e egoísmo, e podem saltar de um lado para o outro, e passear por uma grande estrada larga, e há pouco preço a pagar.
E assim o Senhor oferece uma escolha e um veredicto, uma decisão. Mas ele diz que a decisão correta é entrar pela porta estreita, e isso não será fácil, e ele diz: “são poucos os que acertam com ela.” Marque isso pessoal, poucos. Não muitos, mas poucos. E há outro motivo pelo qual poucos são apenas alguns. Não apenas o engano dos falsos profetas, mas ouça isto, o autoengano. O autoengano impede as pessoas de entrarem na porta estreita.
J.C. Ryle, o bispo Ryle, escreveu: “O Senhor Jesus conclui o Sermão do Monte por meio de uma passagem de aplicação penetrante. Ele vai dos falsos profetas aos falsos mestres, dos falsos mestres aos falsos ouvintes.” E Tasker, o comentarista, acrescenta: “Não são apenas os falsos mestres que dificultam encontrar o caminho estreito. É o homem que também pode ser gravemente autoenganado, o que aumenta a dificuldade.” Em outras palavras, não apenas os falsos profetas, mas podemos enganar a nós mesmos, fazendo-nos acreditar que somos cristãos quando o fato é que não somos.
Agora, precisamente essa é a questão que o Senhor toma, nos versículos 21 a 27, o autoengano. E que clímax é esse para o sermão! Tendo declarado todos os princípios, e tendo advertido sobre os falsos profetas, o Senhor diz: “Agora, deixem-me avisá-los uma outra coisa, certifiquem-se de que vocês não estão enganando a si mesmos. Vocês são realmente verdadeiros membros do reino dos céus?” E o Senhor nos adverte sobre duas categorias de autoengano. O número um é uma mera profissão verbal, e o número dois é um mero conhecimento intelectual.
Nos versículos 21 a 23 é uma profissão verbal. Versículo 21: “Nem todo o que me diz.” Versículo 22: “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me.” Agora, estes são os que fazem a profissão verbal; eles dizem que são cristãos. E então, no segundo parágrafo, são aqueles que possuem apenas um conhecimento intelectual. Eles ouvem. Versículo 26: “Todo aquele que ouve estas coisas.” Agora ouça, então, nos versículos 21 a 23, você tem as pessoas que dizem e não fazem, e nos versículos 24 a 27, as pessoas que ouvem e não fazem. Esse é o problema, e eles estão enganados.
Por um lado, é uma profissão verbal. Por outro, é um conhecimento intelectual. E chamo isso de palavras vazias e corações vazios, e é sobre isso que queremos falar hoje em nosso estudo. Estes lidam com a questão do autoengano, mera profissão verbal, o mero conhecimento intelectual é, como John Stott coloca, “Uma camuflagem para a desobediência.”
Agora você notará, que no final do versículo 21, você tem uma palavra-chave ali. “Mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está no céu.” Não são os que dizem e não são os que ouvem, são aqueles que o quê? Que fazem. Em outras palavras, o Senhor está dizendo: “Se você não vive uma vida justa, não ligo para o que você diz ou o que ouve. Você está enganado.”
Agora, esta é uma palavra muito, muito forte, e eu quero que você ouça enquanto o Espírito de Deus fala. Ambos os parágrafos finais, versículos 21 a 23 e 24 a 27, contrastam uma resposta certa e uma errada ao convite de Cristo, e mostram que nosso destino eterno é determinado pela escolha que fazemos. Um, como eu disse, lida com o que você diz contra o que você faz, e o outro, o que você ouve contra o que você faz.
Agora, tenha isto em mente. O Senhor não está falando com pessoas sem religião; ele está falando com aqueles que eram literalmente obcecados por atividades religiosas. Eles não são apóstatas, não são hereges, não são contra Deus, não são ateus ou agnósticos. Eles são totalmente religiosos, mas estão condenados porque estão no caminho errado e estão autoiludidos. Agora, talvez a sua autoilusão seja resultado de se sentar junto a um falso profeta, ou talvez realmente tenham se sentado junto à verdade, mas se iludido. Eles não são muito diferentes de Israel, de quem Paulo disse: "tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder.”
E eu realmente acredito, pessoal, que esta é uma mensagem que precisa ser dita hoje, porque estou convencido de que a Igreja de Jesus Cristo está literalmente cheia de pessoas que não são cristãs e não sabem disso. Quer dizer, quando ouço estatísticas como dois bilhões de pessoas no mundo são cristãs e dois bilhões não são, então eu me pergunto quem no mundo estabeleceu os critérios. Isso não é o que a Bíblia diz. Diz muitos e poucos.
Quando o Gallup diz, de acordo com sua pesquisa, que 52% da população americana é de cristãos nascidos de novo, isso não se enquadra nas Escrituras. E quem vai viver sob a ilusão de que, porque você assina uma linha em uma pesquisa, isso diz que você é um cristão nascido de novo, que você realmente é nascido de novo. Certamente Jesus está dizendo que muitos daqueles que pensam que são não são, e apenas alguns são. Essa é a ilusão final, pessoal. Você pode se iludir com um monte de coisas, mas ser enganado sobre se você é um cristão isso realmente está levando ao seu destino eterno. E então Jesus diz que é melhor você verificar isso com muito cuidado.
Temos todos os tipos de pessoas, tenho certeza, mesmo aqui, na Grace Community Church, que estão ligadas à religião certa e totalmente destituídas da justiça de Deus por intermédio de Cristo. Temos multidões de pessoas enganadas que estão na igreja, que estão no movimento de Jesus, que pensam que tudo está bem, e para elas o julgamento será uma grande surpresa. Francamente, não há melhor maneira de desenganá-las do que por este sermão particular de nosso Senhor. Agora, algumas dessas pessoas que creio estarem enganadas são falsos profetas. Eu acho que alguns falsos profetas não são enganados. Eles sabem que são falsos.
Mas acho que alguns deles provavelmente se enganam, então veríamos alguns deles nesse grupo. Mas eu penso que os muitos nos versículos 21 e seguintes não são apenas falsos profetas, mas todos aqueles que são autoiludidos e enganados sobre se eles são realmente redimidos. Você sabe que eu não tenho tempo para entrar nisso porque nosso tempo é muito limitado, mas a Bíblia literalmente está cheia de avisos para as pessoas que são enganadas. Deixe-me dar uma outra ilustração, Mateus 25. E é muito parecida e acho que você vai entender. E a razão pela qual há tantas advertências, ouça, é porque há muitas pessoas enganadas: “Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço.” Não poucos, não um grupo isolado, mas muitos. E porque há tantos que estão enganados, há muitos avisos. Mateus 25.1 diz: “Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo.” E, é claro, as virgens simbolizam pessoas ligadas ao cristianismo e o noivo é emblemático de Cristo. “Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes,” como as pessoas que constroem na rocha e na areia.
“As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.” Em outras palavras, elas tinham uma forma de piedade, mas não tinham o poder. Elas não tinham o que precisavam, elas não tinham o coração disto, elas não tinham salvação, elas só tinham a religiosidade. “No entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas. E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram. Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro!
“Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando. Mas as prudentes responderam: Não, para que não nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o. E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço.”
Agora, há um texto similar. Volte para Mateus, capítulo 7. Ele está dizendo a mesma coisa. Chegará o dia em que as pessoas vão esperar que a porta lhes esteja aberta e que se lhes fechará para sempre em seus rostos. "Eu não vos conheço." Que coisa assustadora. Muitas pessoas pensam que são salvas, acham que estão seguras, e o julgamento para elas será um choque. O que leva as pessoas a esse engano, o que faz as pessoas realmente pensarem que são salvas? Bem, deixe-me dar várias sugestões.
Primeiro, acho que muitas vezes é porque elas têm uma falsa doutrina de segurança. Em outras palavras, vamos supor que quando você foi levado a Cristo, alguém lhe disse: “Agora, tudo que você precisa fazer para ser cristão é fazer esta pequena oração e dizer esta pequena fórmula baseada em certas declarações.”
Bem, você orou, você disse isso, você assinou na linha pontilhada, e contanto que você tenha dito, e contanto que você tenha orado, e contanto que você tenha passado pela coisa toda, por isso você está salvo. E eu não quero que ninguém questione isso, e assim por diante e assim por diante. E isso muitas vezes acontece, e você tem uma falsa sensação de segurança.
Você quer saber de uma coisa? Quando você leva uma pessoa a Cristo, você nunca deve dizer: "Agora, eu sei que você está salvo e você nunca duvide disso, e você nunca deixe ninguém fazer com que você duvide disso, garoto, você está salvo.” E eu ouvia as pessoas dizerem: “Se você alguma vez pediu a Jesus para entrar em sua vida, uma segunda vez você estaria negando algo que pertence a Deus, você estaria negando a permanência de sua salvação. Você está questionando a integridade de Deus. Você está, de certo modo, lançando contra Deus aquilo que ele disse, como se não fosse verdade. Nunca faça isso. Apenas aceite, você disse, você assinou a linha pontilhada,” e isso é muita bobagem.
Ouça, se você sente em seu coração que quer convidar Jesus Cristo para se tornar o Senhor e Salvador de sua vida e você já fez isso antes, faça de novo. Não deixe que a falsa garantia de alguém, a falsa certificação de alguém tome o lugar da obra convencedora do Espírito de Deus. E eu penso muitas vezes em nosso evangelismo enquanto alguém faz a oração, e ora a pequena coisa, e assina na linha, e guardar o cartão na Bíblia, nós damos a eles este pequeno jogo psicológico que eles nunca têm com o que se preocupar se foram salvos ou não, quando o Espírito de Deus nunca fez isso no começo porque eles nunca estavam realmente certos.
Eu nunca posso dizer a alguém: “Bem, agora, garoto, eu sei que você está salvo, e nunca duvide disso, e nunca mais pergunte. Está tudo resolvido, e está feito porque você repetiu a pequena fórmula. Se eu fizer isso, eu lhes dou uma garantia psicológica de algo que nem sei se é verdade. Quando Jesus disse: “A semente da palavra é lançada sobre quatro solos,” apenas um em cada quatro se revelou verdadeiro.
Não saia por aí certificando a salvação das pessoas. Você lhes dá uma falsa segurança. Deixe que Deus lhes dê segurança por intermédio do seu Espírito, testemunhando no espírito delas que elas são filhas de Deus, e clamando Aba Pai. Deixe que Deus lhes dê segurança quando acrescentarem à sua virtude a fé. E quando elas acrescentam à sua fé a virtude e paciência e piedade e amor, então a eleição delas será certa, então elas saberão que foram perdoadas de seus pecados, então elas não estarão cegas para a realidade da salvação. Essa é a obra de Deus, não alguma certificação por parte de algum ser humano. Mas eu acho que muitas pessoas ouviram que são salvas, então acreditam nisso.
Outra coisa que acho que leva as pessoas a esse engano é uma falha de autoexame; elas nunca se examinam. Elas entram em tal conceito de graça, que tudo é graça e tudo é perdão, nunca se incomodam de encarar seu pecado. Elas ouvem alguém dizer: “Bem, você não precisa confessar seu pecado; seu pecado já está perdoado. Está tudo resolvido. Tudo foi deixado de lado. Não se preocupe com isso; apenas continue a viver sua vida. Isso quase faz fronteira com o que é chamado de antinomianismo ou uma atitude contra a lei de Deus, e as pessoas podem chegar ao ponto onde nem sequer se preocupam em examinar suas vidas.
Por que você acha que o Senhor nos traz à sua mesa, em 1Coríntios 11, de novo e de novo e de novo e de novo? Para que um homem possa se examinar. O texto de 2Coríntios 13.5 diz: “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos.” Se você não está, corre o risco de se autoiludir. Você precisa olhar para o seu pecado; você precisa olhar para seus motivos.
Por que você faz o que faz? E acredite em mim, se você realmente for genuinamente salvo, Deus confirmará isso, pelo seu Espírito, testemunhando com o seu espírito. Mas se essa confirmação não estiver lá, você não deveria estar sob a ilusão de que só porque não está lá, você está bem, por alguma certificação de alguém ou alguma pequena oração que você fez.
Em terceiro lugar, outra coisa que eu acho que faz com que as pessoas estejam sob a ilusão de que são salvas é uma fixação na atividade religiosa. Em outras palavras, elas vão à igreja, ouvem sermões, cantam canções, leem a Bíblia, vão a um estudo bíblico, assistem aulas. E porque estão todas envolvidas em atividades religiosas, pensam que são salvas. Mas isso é uma ilusão muito, muito grande, uma grande ilusão. Há muitos na igreja que são joio no meio do trigo.
E então uma quarta área que eu acho que leva as pessoas ao engano é o que eu chamo de abordagem da troca justa. E é aí que sempre que você vê algo errado em sua vida, em vez de realmente lidar com isso e examinar se você é realmente um verdadeiro cristão, em vez de lidar com o que está errado em sua vida, você encontra algo certo em sua vida e faz um troca justa. “Oh, eu não posso ser tão ruim assim. Quer dizer, olhe o que eu fiz aqui, vê?”
E você está sempre negociando os pontos negativos e os positivos, e em vez de realmente avaliar sua vida honestamente com integridade e dizer: “Eu sou um crente?” E se eu sou, posso estar fazendo isso? Você diz: “bem, eu sei que faço isso, mas olhe o que eu fiz aqui,” e você faz uma troca justa e maquia o negócio. Você pode ser induzido ao engano por alguma segurança falsa, por uma falha em se examinar, por uma fixação na atividade religiosa ou por uma abordagem de troca justa. Mas em todos esses casos você está enganado.
Quer dizer, é incrível para mim quantas pessoas são enganadas. Eu não posso acreditar quantas vezes eu entrei em uma situação de falar com pessoas do movimento homossexual, que me dizem: "Bem, somos cristãos e nascemos de novo.” Eles podem recitar o credo, e podem dizer o dia em que foram salvos e mostrar-lhe o cartão onde escreveram na linha, e eles podem dizer: "Nós acreditamos em Jesus,” e assim por diante e assim por diante.
Mas a verdade é esta. Com toda a sua falsa segurança, com todo o seu fracasso em se autoexaminar, com toda essa fixação na atividade religiosa, e com o princípio da troca justa em operação, a base que você deve examinar melhor é esta: Você vive em total obediência à Palavra de Deus? E quando você desobedece, existe um senso de condenação e remorso que o leva a confessar o pecado a Deus? E se isso não estiver lá, há uma pergunta justa se você é mesmo um cristão.
Porque aquele que vem ao reino, diz o versículo 21, não é aquele que diz, mas aquele que faz. E quando esses homossexuais ou quem quer que venha e diga: "Nós somos cristãos,” minha resposta é que, se você fosse, não faria o que faz e o defenderia. Nós temos a mesma coisa, por exemplo, tome o movimento de liberação das mulheres, que é muito ligado à homossexualidade e suas origens e nos níveis de execução da frente do movimento. Aqui estão as mulheres que estão por aí dizendo: “Bem, não acreditamos mais na Bíblia. A mulher deve ser elevada,” e assim por diante, e sobre o homem e todas essas outras coisas. E elas dizem: “Nós somos cristãs.”
Na verdade, acabei de ler um livro de uma mulher que diz ser uma psicóloga da religião e quer que o mundo saiba que a religião deve ser alterada e modificada, para que a mulher ocupe seu lugar por direito. É assim que dizem ser cristãs. Dizem que acreditam, muitas delas, e ainda se você chegar a isso, elas não estão dispostas a se submeter ao senhorio de Cristo, como revelado em sua Palavra. E é uma falta de obediência que revela a ilusão.
E eu sempre me pergunto, você sabe, apenas tome por exemplo toda essa ideia do movimento das mulheres, eu me meti em um monte de problemas com essa questão, então eu posso muito bem seguir em frente. Pelo menos não seria nada novo. Mas fico impressionado com o fato de muitas mulheres cristãs serem desencaminhadas crendo nessas pessoas que simplesmente podem alegar ser cristãs, mas que estão completamente iludidas. E há algumas que não dizem ser cristãs e estão liderando o desfile. E aqui estão as mulheres cristãs seguindo o desfile liderado por esses tipos de pessoas sem Deus.
Para uma ilustração, há um novo livro chamado The Changing of the Gods. Feminism And The End Of Traditional Religion [A mudança dos deuses. O feminismo e o fim da religião tradicional] é o subtítulo, escrito por Naomi Goldenberg. Ouça o que diz: “A revolução feminista não deixará a religião intocada. Eventualmente, todas as hierarquias religiosas serão povoadas por mulheres. Imagino que as mulheres funcionem como rabinos, padres e ministros, imagino mulheres usando roupas clericais e desempenhando funções administrativas. E de repente eu vi um problema. Como as mulheres podem representar um Deus masculino? Tudo o que eu sabia sobre o judaísmo e o cristianismo envolvia aceitar a Deus como a figura de autoridade suprema e masculina.
“As congregações teriam de deixar de ver Deus como homem. E o que essas mulheres padres e ministros e rabinos poderiam ler para suas comunidades? Elas certamente não poderiam usar a Bíblia. Uma sociedade que aceitasse um grande número de mulheres como líderes religiosas seria muito diferente do mundo bíblico para achar a Bíblia relevante, e muito menos procurar inspiração. Deus vai mudar, pensei, nós, mulheres, vamos acabar com Deus.
“Ao tomarmos posições no governo, medicina, direito, negócios, nas artes e finalmente na religião, seremos o fim de Deus. Nós vamos mudar o mundo tanto que ele não vai mais se encaixar. Eu achei esta linha de pensamento mais satisfatória. Eu não tinha grande ligação com Deus de qualquer maneira. Ele nunca pareceu ser relevante. A reflexão sobre a sua morte cultural não me deixou nenhuma sensação de perda, mas havia uma magnificência ligada à ideia de vê-lo partir. Eu me senti parte de um movimento que desafiaria as religiões que foram aplicadas por milênios.
“O que acontecerá a Deus em seus últimos anos? O fim de Deus e a transformação da religião foram de grande importância para a vida humana, então voltei para a faculdade para estudar o fim de Deus. O movimento feminista na cultura ocidental está envolvido na lenta execução de Cristo e de Deus. Todos os papéis que homens e mulheres foram ensinados a considerar como dados por Deus serão reavaliados. Todas as feministas“ - escutem esta linha - “(Todas as feministas) estão tornando o mundo cada vez menos parecido com o descrito na Bíblia, e estão ajudando a diminuir a influência de Cristo e Deus sobre a humanidade.”
Bom, pelo menos ela é honesta o suficiente para admitir isso. E há feministas na igreja que afirmam que esta é a verdade de Deus, quando os fatos são que ela sabe que isso é uma negação de tudo o que a Bíblia ensina. E, no entanto, as pessoas cristãs estão comprando isso em desobediência à Palavra de Deus.
Deixe-me ler para você algumas outras citações: “Jesus Cristo não pode simbolizar a libertação das mulheres. A fim de desenvolver uma teologia da libertação das mulheres, as feministas têm de deixar Cristo e a Bíblia para trás. Temos de parar de negar o sexismo que está na raiz da religião judaica e cristã. É provável que quando observarmos Cristo e Deus caírem no chão, superemos completamente a necessidade de um Deus externo.” Então ela diz: “Temos de ver a deusa interior como nossa força psíquica. Na nova era de mudanças para nossos deuses. Cristo e Deus não mais se comportarão como crianças egoístas e mimadas em nossa psique.”
No livro há uma seção sobre feitiçaria feminista. E, a propósito, o movimento feminista está ligado à feitiçaria. Vai muito longe. Eu não tenho tempo para desenvolvê-lo. Mas durante todo o livro, ela fala sobre a deusa que está viva. E abril, em 23 de abril de 1976, elas fizeram sua primeira conferência nacional de todas as mulheres sobre a espiritualidade das mulheres, e Naomi Goldenberg descreveu a conferência: “As mulheres cantaram que a deusa está viva, a deusa está viva, a magia está em andamento. Elas terminaram que a deusa está viva com cânticos e dança, afirmando, batendo palmas e gritando, elas subiram nos bancos e dançaram com os seios à mostra no púlpito da Mesa da Comunhão e em meio aos hinários.”
Tudo isso em uma igreja. E ela diz: “Por que não mostrar seus seios em um lugar que tenha tentado ensinar-lhe que são coisas para se envergonhar, características que fazem com que vocês sejam diferentes de Deus ou de seu Filho.” O capítulo sobre feitiçaria dizia: “O que o movimento de mulheres vai exigir na América é a divindade feminina, a natureza é sagrada, a vontade humana é suprema, nenhum pecado original, nenhum bem e nenhum mal, a ausência de um texto sagrado, nenhuma lei de disciplina, sexo para seguir seu próprio curso, e onipresente, e em tudo que fazemos é aproveitar, APROVEITAR.” Agora, você me diz que as mulheres cristãs podem se alinhar com um movimento como esse e ser obedientes à Palavra de Deus?
Eu acho que há muitas pessoas que estão iludidas sobre quem realmente é um cristão. Quando os assim chamados cristãos advogam seguir esse tipo de movimento, e tenho certeza de que muitos dos cristãos não estão defendendo isso. Eles simplesmente não sabem o que está realmente liderando o movimento deles. Isso é parte da ilusão. Se você argumentar com as Escrituras, se torcer as Escrituras, se você manipular as Escrituras, se você forçar as Escrituras a dizer o que você quer dizer, você não está fazendo a vontade do Pai, você está impondo sua própria vontade sobre a Escritura, a Palavra de Deus. E você pode fazer parte dos muitos, não dos poucos.
Você não conseguiu, talvez, passar pela porta estreita. Você vem pela porta estreita. Você sabe que a lei de Deus é perfeita e você é imperfeito. Você vem pela porta estreita; você sabe que há um padrão justo que você não pode viver de acordo. E em vez de vir com orgulho e o egoísmo e exigindo seus direitos, você passa com arrependimento, confissão, humildade, quebrantamento, contrição de coração e submissão ao senhorio de Jesus Cristo. Há muitas pessoas enganadas, amados, muitas, muitas. Poucos acham a porta.
E os enganados vêm em algumas categorias, penso, na igreja, além dos hipócritas, que não são enganados. Eles são falsos, e sabem disso, mas estão tentando viver de acordo com o padrão da esposa ou tentando parecer religiosos por qualquer motivo. Mas, além dos hipócritas, existem duas categorias de enganados na igreja, os superficiais e os envolvidos. Os superficiais são os que se chamam cristãos porque, quando eram pequenos, iam à igreja ou à Escola Dominical, ou foram confirmados, ou tomaram uma decisão, entre aspas, “por Cristo.”
E você ouve muitas vezes as pessoas quando elas são batizadas e dizem: “Bem, eu recebi a Cristo quando tinha 12 anos. Mas minha vida foi uma bagunça depois disso e agora quero voltar a isso. Bem, a verdade é que eles nunca receberam a Cristo quando tinham doze anos. Eles passaram por alguma atividade religiosa. E estes são os superficiais. Eles vêm para a igreja agora. Eles estavam em algum lugar no fundo, criados em religião e eles vêm no Natal, na Páscoa, e eles vêm para casamentos e funerais, e pensam que são cristãos. Eles são os superficiais que são enganados.
Depois, há os envolvidos que são enganados, e são um grupo muito mais sutil e sério. Eles estão na igreja, envolvidos até o pescoço, e conhecem o evangelho, conhecem a teologia, mas não obedecem à Palavra de Deus. Eles vivem em um estado constante de pecado. Agora, como uma pessoa enganada sabe que está enganada? Como podemos identificar essa pessoa? Deixe-me dar-lhe algumas chaves, e quero que você pense nelas.
Agora, nem todo mundo nessas chaves que eu vou lhe dar é realmente enganado, mas estes são bons indicadores de que alguém pode estar enganado. Se você quiser identificar alguém que está enganado, procure antes de mais nada por alguém que esteja buscando sentimentos, bênçãos, experiências, curas, anjos, milagres. Por quê? É provável que eles estejam mais interessados nos subprodutos da fé do que na própria fé. Eles estão mais interessados no que podem obter do que a glória que Deus pode obter. Eles estão mais interessados em si mesmos do que na exaltação de Cristo.
Em segundo lugar, se você estiver buscando ver quem pode ser enganado, procure pessoas que estejam mais comprometidas com a denominação, a igreja, a organização, do que com a Palavra de Deus. Seu tipo de cristianismo pode ser puramente social. “Sou presbiteriano." “Bem, eu tenho sido um batista por toda a minha vida." "Eu sou um luterano, eu pertenço ao..." ao que quer que seja. Mais comprometidos com a organização do que com o Senhor e sua Palavra.
Em terceiro lugar, procure pessoas envolvidas na teologia como um interesse acadêmico. E você os encontrará em todas as faculdades e seminários de nossa terra. Pessoas que estudam teologia, escrevem livros sobre teologia, absolutamente sem a justiça de Cristo. Teologia para eles é atividade intelectual.
Em quarto lugar, procure pessoas que sempre parecem presas em um ponto de teologia superenfatizado. Esta é a pessoa que bate o tambor proverbial para sua própria pequena área, alguma peculiaridade louca. E geralmente não é uma grande percepção divina. Eles gostariam que você pensasse que eles são tão próximos de Deus que eles têm uma grande percepção divina que ninguém mais tem. O fato é que eles estão buscando uma plataforma para a alimentação de seu ego. Preste atenção para pessoas com falta de equilíbrio.
E um outro pensamento. Quando você procurar alguém que possa estar enganado, procure alguém que seja indulgente em nome da graça, excessivamente tolerante em nome da graça. Falta penitência, um verdadeiro coração contrito e assim por diante. Agora, todos eles podem estar enganados e no caminho largo para a destruição, pensando o tempo todo que estão indo para o céu. Agora, nosso Senhor adverte estas pessoas, nos versículos 21 a 27. Vamos concluir isso em alguns minutos, eu quero que vocês ouçam.
O Senhor diz nesta passagem que essas pessoas são enganadas. Essas pessoas pensam que estão no caminho certo, mas não estão. E primeiro, nos parágrafos 21 a 23, a loucura das palavras vazias e, nos versículos 24 a 27, a loucura dos corações vazios. Observe novamente, no versículo 21: “Nem todo aquele que diz,” no versículo 22, “Muitos dirão.” As alegações são surpreendentes. As reivindicações são lindas. Mas eles não fazem o que afirmam".
Elton Trueblood disse: “Que o nosso principal campo missionário hoje, no que diz respeito à América, é o próprio membro da igreja.” Karl Bart, que não é de modo algum um evangélico, mas disse algumas coisas que eram verdadeiras, disse: “A verdadeira função da igreja consiste primeiramente em sua própria regeneração.”
Temos de agir juntos. Estamos carregados de pessoas cheias de palavras vazias. Elas dizem, elas dizem, elas dizem, elas dizem, mas não fazem a vontade de Deus. Agora, não há nada de errado em dizer. Quer dizer, “Se você confessar com a sua boca Jesus como Senhor, e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dos mortos, você será salvo.” Então você tem de dizer, a confissão é necessária, mas confissão sem obediência é uma farsa.
Agora, olhem comigo, por um minuto, muito brevemente na confissão deles, no versículo 21. Eles dizem: “Senhor, Senhor” - versículo 22 - “eles dizem: Senhor, Senhor.” E ouvimos as virgens, não é verdade? "Senhor, Senhor,” em Mateus 25. Esta é uma frase interessante. A primeira vez que eles dizem “Senhor” pode ter sido pelo respeito deles, a palavra significa mestre, professor, senhor. É um termo de dignidade, respeito, reconhecimento. Eles estão dizendo “Senhor” no sentido de que respeitamos você. A segunda vez, “Senhor, Senhor,” pode enfatizar a ortodoxia de sua reivindicação pela palavra Senhor, Kurios é a palavra traduzida na Septuaginta do Antigo Testamento para o nome de Jeová.
Eles estão dizendo: “Nós sabemos que você é Deus, sabemos que você é Jeová. Aceitamos tudo o que sua divindade envolve, seu nascimento virginal, vida milagrosa, morte substitutiva, ressurreição poderosa, intercessão, segunda vinda. Eles são respeitosos, são ortodoxos, usam os termos certos, as atitudes corretas. E então observe: "Senhor, Senhor,” o fato de que eles dizem duas vezes indica seu zelo, sua paixão, seu fervor, seu compromisso e sua força de devoção.
E, a propósito, se isso está ocorrendo no grande julgamento do trono branco, e eles estão dizendo isso nesse julgamento; se este é o dia do qual ele fala, quando diz: “naquele dia,” então é muito possível que aqueles que chegam lá já tenham passado séculos em um lugar de julgamento e punição, e isso aumenta ainda mais seu fervor. "Senhor, Senhor,” o que temos feito estando onde estivemos. E assim há um fervor, uma ortodoxia e um respeito.
E então, no versículo 22, eles dizem três vezes: “em teu nome, em teu nome, em teu nome.” Quer dizer, eles não são tão egocêntricos nesse sentido. Nós temos feito isso por você, temos pregado por você e estamos expulsando demônios, e temos feito milagres por você. Essa é uma afirmação incrível. É respeitoso, é ortodoxo, é fervoroso, é zeloso. Eles proclamam e fazem obras. Isso soa bem. E nós dizemos: “Estes têm de ser cristãos.” Ou seja, eles são respeitosos, são ortodoxos, são fervorosos em sua devoção pessoal, são zelosos em seu ministério público de palavra e trabalho.
Parece tão bom. Mas, versículo 21: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus." E assim, o Senhor confessará, no versículo 23: aqui está minha confissão, homologeō: “nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade." Que choque. Ele diz: “Quero lhes fazer uma confissão.” E, a propósito, isso é tirado do Salmo 6.8. “Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade.” É como se ele dissesse às virgens, batendo na porta: “Eu não conheço vocês.”
Bem, você diz: “O que você quer dizer com que Deus não sabe quem eles são?” Não, claro que ele sabe quem são. Ele sabe tudo. Eles não estão falando simplesmente sobre uma consciência, não estão falando sobre compreensão mental, a palavra “conhecer” é usada na Bíblia - e você tem de observar isso - para um relacionamento íntimo. Por exemplo, em Amós 3.2, Deus diz sobre Israel: “De todas as famílias da terra, somente a vós outros vos conheci.” Isso significa que as únicas pessoas que ele conhecia eram os judeus? Não. Isso significava que ele tinha um relacionamento íntimo com eles. “Minhas ovelhas ouvem minha voz e eu as conheço.”
Até mesmo para colocar isso mais intimamente - eu acho que isto vai ajudar você a entender isso. No Antigo Testamento, diz: "Caim conheceu sua esposa e ela teve um filho." Agora isso não significa que ele sabia quem ela era ou ele sabia o nome dela. Significa que ele a conhecia no absoluto ato íntimo do casamento. E você se lembrará de que quando Maria estava grávida de nosso Senhor quando ele, como a semente divina, foi infundida pelo Espírito de Deus, José ficou chocado. E a Bíblia diz que ele ficou chocado porque “ele nunca” - o quê? - "a havia conhecido." Você vê, a palavra conhecer incorpora um relacionamento íntimo. E Jesus diz: “Eu nunca tive nenhum relacionamento íntimo com vocês. Oh, vocês estavam por perto, mas eu nunca tive essa intimidade com vocês.”
E então ele diz: “apartai-vos de mim,” saiam da minha presença para sempre. Por quê? Porque o final do versículo 23: "vós que praticais a iniquidade." Esse é um particípio presente. Por quê? “Porque, em vez de fazer a vontade de meu Pai” - pelo jeito esse é um termo que pega todo o resto do Sermão do Monte - “em vez de viver por esses princípios justos, vocês sempre continuam cometendo iniquidade.” E em vez de fazer a vontade de Deus, seu padrão justo, vocês sempre agem continuamente em iniquidade.
Você sabe o que significa professar a Cristo? Absolutamente nada, se sua vida não sustentar isso. É por isso que Pedro disse o que ele disse. “Se você não pode adicionar à sua fé, virtude, então você não vai saber que você está realmente redimido.” Isso é o que Tiago quis dizer quando disse: “Fé menos obras é igual a zero.” Está morta. A profissão é sem valor.
De fato, creio que professar a Cristo e reivindicar Cristo, invalidamente, é tomar o nome do Senhor em vão no sentido máximo. Eu não acho que tomar o nome do Senhor em vão é dizer “Jesus Cristo” ou “Deus” nas ruas. É um jeito. Mas o epítome de violar o nome de Deus é reivindicar a Cristo quando ele não é seu.
G. Campbell Morgan disse bem: “A blasfêmia do santuário é muito mais terrível do que a blasfêmia da favela.” É um beijo de Judas dizer “Senhor, Senhor,” e depois desobedecer. Isso é um beijo de Judas. Nós devemos ser consumidos com a vontade de Deus. É por isso que a oração diz: “Tua vontade” - o quê? - "seja feita.” Não só no céu, mas onde? - "na terra.” E isso significa por meu intermédio. Você diz: "Bem, John, e se eu não fizer isso, se eu falhar?" A oração prossegue dizendo: "Perdoa-nos nossas ofensas" - nossas dívidas - "como nós perdoamos aqueles que nos ofenderam.”
Sim, sabemos que vamos fracassar, mas é aí que buscamos perdão, e isso faz parte do ato de justiça. O justo padrão de que Jesus fala pressupõe que falharemos, mas, quando falharmos, estaremos lá, confessando. É por isso que 1João 1.9 diz que se somos nós que continuamente confessamos nossos pecados, damos evidência daqueles que estão sendo perdoados. Em outras palavras, aqueles que estão sendo perdoados são aqueles que confessam. Você vê, ele não está dizendo: “Aqui está o padrão perfeito. Se você alguma vez falhar, você está fora.” Ele está dizendo: “Aqui está o padrão perfeito, e parte do padrão perfeito é que, quando você falha, você lida com isso.”
Esse é o padrão de Deus. E ouso dizer que se o Sermão do Monte não é a direção da sua vida, não a perfeição disso, mas se não é a direção da sua vida, eu não me importo com a confissão que você fez, eu não me importo. Não importo se você foi batizado ou o que quer que você tenha feito, você não é um cristão. Você se lembra em João 6, eles disseram a ele: “Que faremos para realizar as obras de Deus?” E ele disse: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou.”
Onde você começa com a vontade de Deus? Creia em Cristo. A única coisa aceitável a Deus é uma justiça que é o produto da fé arrependida em Jesus Cristo, e isso produz boas obras. E se isso não estiver lá, não importa o que você diga, não importa. Absolutamente não importa. E assim o Senhor diz, no versículo 23, se eu puder parafrasear: “Nem por um único momento eu reconheci vocês como meus ou os conheci intimamente. Vocês são para sempre expulsos da minha presença, porque vocês continuam praticando iniquidade.”
Agora, o que torna isso tão chocante? E eu quero apenas fazer isso na conclusão. O que torna isso tão chocante é que as afirmações que eles fazem são surpreendentes. Veja o versículo 22: “Senhor, Senhor, profetizamos, expulsamos demônios, fizemos obras maravilhosas.” Três palavras, profecia, exorcismo e milagres. Parece muito do que é reivindicado no movimento carismático hoje.
Agora, você sabe de uma coisa? Algumas pessoas afirmam serem legítimas, existem alguns que foram verdadeiros profetas, alguns que realmente, em nome de Jesus Cristo, expulsaram o inimigo, alguns que Deus costumava fazer coisas maravilhosas, coisas poderosas. Mas há muitos que vão afirmar isso, e isso não é verdade. Não é verdade. Isso não vai acontecer.
Agora, a questão sempre surge, e eu quero lidar com isso apenas brevemente. Apenas relaxe. Nós vamos estar aqui por mais alguns minutos, então não fique ansioso para ir. Esta é minha última vez. Mas eu quero que você ouça isto. Algumas pessoas dizem: “Bem, quero dizer, rapaz, eles realmente fizeram isso? Eles realmente pregaram, profetizam? Eles realmente expulsaram demônios? Eles realmente fizeram obras poderosas?” Existem três alternativas. Número um, eles fizeram, pelo poder de Deus. Número dois, eles fizeram, pelo poder de Satanás. Número três eles não fizeram, eles apenas fingiram. Todos as três poderiam ser verdade.
Você diz: “Mesmo que sejam incrédulos, isso pode ser verdade?” Sim. Você sabe que Deus operou por intermédio de incrédulos? Bem, olhe no Antigo Testamento, e você descobrirá que Deus realmente operou sua obra por intermédio de incrédulos. Por exemplo, em Números 23.5 está escrito: “E o Senhor pôs uma palavra na boca de Balaão.” “E Balaão” - diz Pedro - “amava o salário da injustiça.” Ele foi um profeta maligno de aluguel, mas Deus usou a boca dele. Houve ocasiões em que Deus até operou por intermédio de pessoas não regeneradas.
Suponho que você diria que a crucificação de Cristo foi uma das mais monumentais. Em 1Samuel 10.10 e 11, o apóstata rei de Israel, que de modo algum era justo, sobre ele o texto diz: “O Espírito de Deus veio sobre ele e ele profetizou.” Surpreendente. Caifás, em João 11.51 e 52, o Senhor colocou uma profecia na boca daquele vil sumo sacerdote, de modo que ele profetizou a morte de Cristo para todos os homens. É muito possível que algumas dessas pessoas autoiludidas tenham sido usadas por Deus, realmente falaram a verdade de Deus. Quer dizer, isso está dentro da esfera da possibilidade.
Em segundo lugar, é possível que eles tenham feito coisas maravilhosas, expulsado demônios e pregado sob o poder de Satanás. Pois Satanás pode expressar seu poder. Oh, Satanás expressou seu poder sobre Jó, não foi? Na morte, destruição, doença? Nenhuma dúvida sobre isso. Você sabia que havia os filhos de Ceva, em Atos 19, que realmente circulavam expulsando demônios? Jesus até mesmo reconheceu que os judeus tinham essa capacidade, quando disse: “Se eu expulso demônios por Belzebu, por quem vocês expulsam demônios?” Ele estava reconhecendo que talvez eles tivessem feito isso e que você poderia expulsar demônios.
Talvez alguns judeus justos tivessem feito isso pelo poder de Deus. Talvez alguns judeus injustos fizeram isso pelo do poder de Satanás. Você diz: “Bem, por que Satanás expulsaria Satanás?” Porque ele está confuso para começar, todo o seu sistema é uma bagunça. Você sabe que em Deuteronômio 13 diz: “Virão falsos profetas e profetizarão certas coisas, certos sinais e prodígios. E eles virão para passar e vocês não devem neles.” E talvez eles estivessem satanicamente energizados.
Você sabe que nos diz, em Mateus 24.24, falsos cristos, falsos profetas virão e farão sinais e maravilhas; em 2Tessalonicenses 2, versículos 8 a 10: “para que o anticristo venha e faça falsos sinais e maravilhas.” Satanás pode fazer coisas incríveis. E então há toda a área de pura falsidade, e eu acho que é o que acontecia no Egito. Eu acho que os magos do Egito que estavam tentando imitar os milagres de Moisés estavam apenas realizando coisas falsas. Quando eles reproduziram o que Moisés fez, eu acho que foi apenas chicanice, apenas sua própria pequena magia. Eu chamo de loja de coisas de mágica, truques.
Agora, o ponto é este, pessoal. Essas pessoas vão dizer: “Nós pregamos e expulsamos demônios e fizemos obras poderosas.” E talvez alguns deles tenham sido usados por Deus para fazer isso. Se Deus usou a mula de Balaão, ele usará qualquer coisa. Talvez eles fizeram isso pelo poder do diabo, disfarçado de Deus, magia branca. Talvez fosse apenas a velha feitiçaria, como a maioria dos curandeiros que você vê hoje. O ponto não é como eles fizeram isso, o ponto é que eles foram enganados. Eles pensaram que era Deus, mas não era Deus, não era Deus.
Eu acho que existem muitas pessoas pregando hoje, muitas pessoas expulsando demônios, muitas pessoas curando e muitas pessoas fazendo outras coisas que acreditam ser Deus, e não é Deus. E muitas pessoas acreditam nisso. Elas dizem: "Oh sim, é o Senhor, deve ser Deus.” E não é nada além de satânico ou uma fraude.
Mas o ponto é simplesmente este, não importa o que eles digam, não importa o que eles afirmem, e não importa que milagres, maravilhas e coisas disseram terem visto, Jesus diz: “Vocês não estão qualificados para estar no meu reino. E esse é o choque, porque eles nunca passaram pelo portão estreito, nunca. Que coisa devastadora. Bem, fazer uma mera profissão verbal não é suficiente. Nesta noite vamos descobrir que não é suficiente.
Pai, obrigado, nesta manhã, por esta Palavra para nós. Ouvimos as palavras em nosso coração do hino de Jeffery O'Hara: “Por que me chama Senhor, Senhor, e não faz as coisas que digo. Me chama de caminho, e não me acompanha. Me chama de vida, e não me vive. Me chama de Mestre, e não me obedece. Se eu condená-lo, não me culpe. Me chama de pão, e não se alimenta de mim. Me chama de verdade, e não acredita em mim. Me chama Senhor, e não me serve. Se eu condená-lo, não me culpe.”
E não podemos culpá-lo, Senhor, por condenar aqueles que dizem, mas não o fazem, pois eles evidenciam que não estão separados do reino. Ninguém pode sair deste lugar nessa categoria. Ó Senhor, que manhã maravilhosa nós tivemos. Oramos para que seja tudo o que poderia ser quando examinarmos honestamente nosso próprio coração, para que possamos saber que estamos na fé. Traga para a sala de oração aqueles que precisam vir, Pai. Faça a tua obra em cada coração. Em nome de Cristo, amém.
FIM

This article is also available and sold as a booklet.