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Se desejar, abra sua Bíblia, e vamos nos voltar para Mateus capítulo 10, Mateus, capítulo 10. À medida que continuamos a progredir no evangelho de Mateus, e Mateus nos revela a majestade do Rei, o Senhor Jesus Cristo, nós nos encontramos no capítulo 10, nos familiarizando com os discípulos. Quando chegamos ao décimo capítulo de Mateus, nosso Senhor está agora nomeando e enviando os 12 para auxiliá-lo no ministério de pregar o Reino de Deus. Você se lembra como o capítulo 9 terminou? O Senhor olhou para a multidão; ele os viu em sua perdição espiritual, sua dor, sua frustração, sua tristeza. Ele percebeu que havia muitos ainda para alcançar, e tão poucos trabalhadores. Naquele momento, de fato, era ele, e somente ele. E assim, ele pediu aos discípulos que orassem, no final do capítulo 9. E então, no versículo de abertura do capítulo 10, ele os chamou para serem a resposta para suas próprias orações. E ele os enviou para serem seus enviados, pois é isso que significa “apóstolo,” no versículo 2. Eles começaram como discípulos; isso significa aprendiz. Eles foram enviados como apóstolos. Eles se tornaram os embaixadores do Rei, seus representantes no mundo, seus trabalhadores para alcançar e advertir a seara quanto ao juízo vindouro, e de como eles poderiam escapar por entrarem em seu Reino glorioso.

Bem, estivemos nos focando, então, enquanto começamos a olhar o capítulo 10, no treinamento dos 12; os métodos, técnicas e princípios do Senhor, conforme ele chama, treina, desenvolve e envia seus apóstolos. Este, no capítulo 10, é realmente o primeiro envio deles. Seu envio final e oficial vem depois da ressurreição e da ascensão. Este é um envio preliminar, que é basicamente um estágio para eles. Eles saem, mas não para muito longe, e não sozinhos, mas sim de dois em dois. Ele os supervisiona como uma águia mãe supervisionaria as águias que estão aprendendo a voar. Eles saem por um pouco e voltam para ele, e aprendem no processo de experiência de campo, para mais tarde serem enviados individualmente depois que ele já tiver ido embora. E eles fazem as perguntas certas quando voltam, e o treinamento se torna mais intenso nos meses que se seguem a este, o estágio deles.

Agora, enquanto olhamos para esse envio que ocorre no capítulo 10, e vemos se não podemos desenvolver os princípios do discipulado que o nosso Senhor nos dá, primeiro somos apresentados aos indivíduos envolvidos. E se você observar os versículos 2 a 4, encontrará os nomes dos 12 apóstolos: Pedro, André, Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tiago, filho de Alfeu e Lebeo, que também era conhecido como Tadeu, Simão, o zelote e Judas Iscariotes. O versículo 5 diz: “A estes doze enviou Jesus.” O versículo 6 diz que ele lhes disse para irem às ovelhas perdidas da casa de Israel. O versículo 7 diz que, conforme seguissem, pregassem o Reino. Então, esses eram os trabalhadores, os parceiros, os embaixadores do próprio Rei.

Agora, como notamos na semana passada, o líder deles era Pedro. É por isso que diz, no versículo 2: “Primeiro, Simão, por sobrenome Pedro.” Ele não é o primeiro a ser chamado. O primeiro a ser chamado foi João, e associado a ele, André, naquele encontro inicial em João 1. Pedro não foi o primeiro a ser chamado. Ele é o primeiro neste sentido, é a mesma palavra usada nesta declaração de Paulo: "Eu sou o principal dos pecadores.” Significa o primeiro, o original, o principal. Pedro era o líder. Ele era o sujeito da frente. E assim, da última vez, estudamos Pedro e sua capacidade de liderança, e como o Senhor refinou e desenvolveu Pedro em um líder que foi útil.

Agora, para o nosso estudo nesta manhã, queremos chegar aos três restantes no primeiro grupo. Lembre-se, eu lhe disse que há sempre três grupos em todas as listas dos apóstolos. Existem quatro listas, em Mateus, Marcos, Lucas e Atos, e sempre em todas as quatro listas são os mesmos três grupos, com os mesmos quatro nomes em cada grupo. E então, estamos olhando para o grupo um. E é o grupo mais íntimo, o grupo dois é o seguinte mais íntimo, e o grupo três é o menos íntimo dos 12. O próprio Senhor não pode chegar perto de 12 homens, mas ele pode chegar perto de quatro e, dentre os quatro, de particularmente três. E assim, nós estamos olhando para este grupo mais íntimo, todos vieram da mesma cidade, todos têm a mesma profissão, e todos estavam no primeiro grupo chamado por Cristo.

E nos fazemos esta pergunta, e eu quero que você continue se perguntando enquanto olhamos para estes três nomes nesta manhã: que tipo de pessoas Deus pode usar? Esse é o problema. Que tipo de pessoas Deus pode usar em seu ministério? Que tipo de pessoas pode mudar o mundo? Que tipo de pessoas pode pregar o evangelho do Reino para que as almas sejam salvas? Que tipo de pessoas Deus ordena para os seus propósitos? Agora, geralmente, quando pensamos em Pedro, André, Tiago e João, temos essa visão dos santos dos vitrais. Pessoas que estão em um plano completamente diferente do que nós estamos. E, para piorar, os chamamos de São Paulo e nomeamos cidades: São Pedro, ou São Petersburgo, ou Santo André, que é uma cidade na Escócia, ou São Tiago, que é um nome comum para cidades, ou Jamestown, que seja. E você sabe que há mais pessoas nos Estados Unidos chamadas João do que qualquer outro nome? É um nome maravilhoso. E Pedro, Tiago e André, batizamos as pessoas com esses nomes com grande respeito, porque são indivíduos respeitados. Catedrais recebem o nome desses indivíduos. E pensamos nesses quatro em particular como algo diferente de nós mesmos, em uma dimensão diferente de tempo e espaço, em outro mundo. Eles têm uma aura sobre eles.

Francamente, não é assim que deve ser. Eles são homens muito comuns, com um chamado muito incomum. Mas eles são muito parecidos conosco, e demonstram o tipo de pessoas que Deus usa. Veja se você se encontra entre eles.

Na última vez, aprendemos que Deus usa pessoas como Simão: impulsivas, dinâmicas, intensas, fortes, realizadoras, ousadas, que normalmente falam mais do que fazem, o tipo dinâmico. Ah, ele usa esse tipo de pessoas. Mas vamos ao segundo da lista: André, seu irmão; André, irmão de Pedro. A propósito, seu nome significa “forte.” Ele também era natural de Betsaida, aquela pequena aldeia na Galileia. E ele, como seu irmão, era um pescador. De fato, em Mateus 4, ele estava no mar quando Jesus chegou, ele já havia encontrado Jesus, ele já havia crido em Jesus, ele já o havia confirmado como o Messias, mas, depois de voltar para a sua pesca, agora o Senhor aparece novamente a ele na costa, e o chama permanentemente a seguir, e fará dele um pescador de homens.

Antes de vir a seguir a Jesus Cristo, ele havia sido um judeu devoto, havia sido um judeu piedoso, havia sido um judeu temente a Deus. Ele também foi discípulo de João Batista. De fato, foi um dia na mensagem de João Batista que sua vida mudou. Pois João Batista viu Jesus, em João 1, e disse: “Eis o Cordeiro de Deus.” E André estava lá naquele dia, junto com João, que também era pescador, e certamente um conhecido, assim como Tiago. E ele e João ouviram João Batista dizer isso, e eles seguiram imediatamente a Jesus. E Jesus virou-se e lhes disse: "O que vocês procuram?" E eles responderam: "Onde você mora?" E eles foram aonde Jesus morava, e passaram o dia inteiro com ele, e essas horas foram turbulentas na história espiritual deles. E quando eles saíram daquele dia que passaram com o Cordeiro de Deus, imediatamente o texto diz que André abriu a boca, e disse estas primeiras palavras: “Encontramos o Messias.” Assim que André descobriu a realidade de Jesus Cristo para si mesmo, ele anunciou ao seu irmão Pedro esta mesma frase: "Encontramos o Messias.”

Pedro e André viviam juntos, diz em Marcos 1.29, e sem dúvida eles compartilhavam tudo. E especialmente André queria compartilhar com ele o Messias. E assim, desde o começo, ele se torna parte daqueles quatro mais íntimos. De fato, se você estudar através do Novo Testamento, é Tiago, Pedro e João; e Pedro, Tiago e João; e João e Pedro e Tiago. Eles estão sempre no círculo mais fechado, e ninguém é deixado entrar nesse círculo interno, exceto quando André entra, e então é Pedro, Tiago, João e André. Ele estava entre os quatro mais íntimos, mas nunca chegou a ficar entre os três. Mas ele foi muito respeitado. De fato, Filipe, que estava no segundo grupo, um pouco menos íntimo do Senhor, certa vez alguns gregos vieram até ele e disseram: “Queremos ver Jesus.” E você sabe onde Filipe os levou? Ele os levou para André. Por quê? Porque eu acho que o Filipe pensou que se você quiser chegar a Jesus, tudo que você tem de fazer é ir até André. André era íntimo de Jesus. E André era respeitado.

E mesmo assim, ele não está nos três mais íntimos. Mas, de repente, no quarto evangelho, o evangelho de João, André começa a emergir do segundo plano. E vemos André três vezes no evangelho de João, e todas as três vezes, André está fazendo a mesma coisa. É fácil caracterizá-lo. A primeira vez é em João, capítulo 1, versículo 40, que acabei de relatar a você. Ali diz, em João 1.40: "Um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João” - e que seriam João e André - "Era André, o irmão de Simão Pedro.” E, a propósito, André é sempre chamado de irmão de Simão Pedro, penso eu que existe uma ou duas exceções, talvez apenas uma. É sempre assim que ele é identificado. "Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo), e o levou a Jesus.” Agora, se você quiser saber como caracterizar a vida de André, é muito simples: ele é quem sempre trouxe pessoas para Jesus.

A segunda vez que o vemos está no sexto capítulo de João, no oitavo e nono versículos. Uma multidão imensa de pessoas está reunida, Jesus está ensinando, já é tarde, a multidão está com fome. Não há comida suficiente, e André traz para Jesus, desta vez, um menino. E o garotinho tem cinco pães e dois peixes. Não significa cinco grandes pães; significa cinco bolachas planas de cevada e dois peixes. E eles pegavam aqueles peixes e os conservavam e depois os comiam com as bolachas. Então, ele trouxe um pequeno companheiro com cinco bolachas de cevada e dois peixes em conserva. Ele o trouxe para Jesus. Eu acho que André deve ter pensado que o Senhor poderia fazer muito a partir de muito pouco.

A terceira vez que o encontramos é em João 12. E eu já citei esse incidente. E em João capítulo 12, versículo 20, Filipe é abordado pelos gregos, ou os gentios, e eles querem ver Jesus. E Filipe conta a André, e juntos foram a Jesus. A suposição é que eles levaram as pessoas lá também.

E assim, sempre que você vê André, ele está envolvido em encontrar Jesus, para que Jesus possa encontrar alguém, trazendo pessoas para Jesus. Eu acho que talvez ele não achasse que havia alguém que Jesus não quisesse ver, ou que houvesse algo que Jesus não pudesse responder, ou houvesse algum problema que Jesus não pudesse resolver. Porque ele é caracterizado como aquele que levava homens para Cristo.

Agora, nesses três incidentes, se eu puder desenhar algum cenário para você, nesses três incidentes, várias coisas ficam claras. Primeiro, vemos a abertura de André. Ele sabia que eles deveriam ir para as ovelhas perdidas da casa de Israel. Ele sabia que principalmente era primeiro o judeu, e depois para os gentios. E, no entanto, ele também recebeu o Espírito de nosso Senhor, porque o Senhor originalmente havia revelado sua messianidade a uma mestiça samaritana, de modo que André nunca foi sufocado por um hiperjudaísmo. Quer dizer, ele não tinha nenhum problema em trazer alguns gentios para Jesus. Então, sentimos um pouco da abertura do coração dele. Não havia ninguém do lado de fora; não havia ninguém que ele não achasse que Jesus não quisesse ver.

Nós também vemos a sua fé. Ele tinha uma fé simples. Eu não sei o que ele estava pensando quando trouxe aqueles cinco pães e dois peixes para uma multidão tão grande. Eu não sei o que ele estava tentando fazer, procurando por quem quer que tivesse um almoço. Mas ele deve ter tido algum tipo de fé para crer que o Senhor poderia fazer algo com aquilo. Afinal, ele tinha visto Jesus transformar água em vinho. Por que ele não poderia fazer comida?

Uma terceira coisa que vemos não é apenas a sua abertura e a sua fé, mas vemos a sua humildade. Ou seja, ele passou toda a sua vida sendo conhecido como irmão de Simão Pedro. Pode acreditar. E agora, quando ele encontrou o Messias, pode ter havido uma tentação de dizer: “Rapaz, agora não vou dizer nada a Pedro. Esta é minha chance de ser alguém.” Mas não. Não foi assim, ele corre para chamar Pedro, sabendo muito bem que assim que Pedro entrar no grupo, ele comandará o grupo, porque esse é Pedro. E André estará de volta onde sempre esteve, como irmão de Simão Pedro. Mas ele pensou mais no trabalho a ser feito, do que em quem estava no comando. Ele pensou mais na causa da virtude eterna do Reino do que em seus problemas pessoais e mesquinhos. É triste dizer, mas há algumas pessoas que não tocam na banda a menos que possam bater o grande tambor. Tiago e João tiveram esse problema, não é mesmo? Mas André, não. Você não acha André discutindo sobre quem vai receber a glória no Reino.

Veja, André é o reflexo de todos aqueles que trabalham silenciosamente em humildade. Não com o serviço para agradar os homens, mas como servos de Cristo, fazendo a vontade de Deus de coração. André não é o pilar como Pedro, Tiago e João, ele é uma pedra mais humilde. Ele poderia ter antecipado o sentimento da poeta Christina Rossetti, que escreveu: “Dá-me o lugar mais baixo, não que eu ouse pedir aquele lugar mais baixo, mas tu morreste para que eu possa viver e compartilhar tua glória ao teu lado. Dá-me o lugar mais baixo, assim, se para mim o lugar mais baixo for muito alto, faça um mais baixo onde eu possa sentar, ver meu Deus e amá-lo assim.” Esse é André. Quer dizer, afinal de contas, ele era um dos dois originais chamados e ainda assim ele não estava nos três mais íntimos, mas isso não parecia incomodá-lo. Ele sempre foi o irmão de Pedro.

Ele é uma daquelas raras pessoas que estão dispostas a ficar em segundo plano. Uma daquelas raras pessoas que querem estar no apoio. Ou uma daquelas raras pessoas que não se importam de ficar escondidas, desde que o trabalho seja feito. Ele é o tipo de homem de que todos os líderes dependem. Ele é o tipo de pessoa que todo mundo sabe que é a espinha dorsal de todo ministério. A causa de Cristo é dependente, amado, em almas que se esquecem de si mesmas, que se contentam em ocupar uma pequena esfera e um lugar obscuro, livres da ambição egoísta, e ainda assim ele se sentará no trono para julgar as tribos de Israel.

Daniel McLean, um escocês que tem um carinho especial por André, que se tornou o santo padroeiro da Escócia, escreve sobre seu amado apóstolo estas palavras: “Juntando os traços de caráter localizado nas Escrituras, encontrados sobre André, não encontramos nem o escritor de uma epístola, nem o fundador de uma igreja, nem uma figura proeminente na era apostólica, mas simplesmente um discípulo íntimo de Jesus Cristo, sempre ansioso para que outros conhecessem a fonte da alegria espiritual e compartilhassem a bênção que ele muito apreciava. Um homem de dons muito moderados, que mal redimiu sua promessa inicial, de mente simples e simpática, sem poder dramático ou espírito heroico. No entanto, ele tinha aquela confiança justa em Cristo, que o trouxe para aquele círculo íntimo dos 12. Um homem com profundo sentimento religioso, com pouco poder de expressão. Ele era mais magnético do que elétrico. Mais adequado para as caminhadas tranquilas da vida do que as ruas agitadas. Sim, André é o apóstolo da vida privada.”

Deus usa pessoas assim. E somente Deus pode calcular o valor delas, porque às vezes é preciso um André para alcançar um Pedro. Há um antigo pregador metodista, e eu encontrei sua biografia em um livro muito desconhecido, e sei que ninguém nunca ouviu falar dele. Seu nome era Thomas Mitchell. Você nunca ouviu falar dele. Eu nunca tinha ouvido falar dele. Mas ele era um André. E ele morreu, e a conferência de ministros que ministravam com ele escreveu seu obituário, e é isto que eles disseram: “Thomas Mitchell, um velho soldado de Jesus Cristo, um homem de habilidades delicadas como pregador, e que desfrutava apenas de muita educação defeituosa.” Como pode ser isso para um obituário? Habilidades delicadas e uma educação defeituosa. E, no entanto, um amigo escreveu: “Sua obra séria e amorosa o fez levar muitas pessoas a Cristo.” Um homem de habilidades delicadas e educação defeituosa, mas ele era um meio nas mãos de Deus para trazer a Cristo um dos maiores pregadores dos primeiros tempos pelo nome de Thomas Olivers, o escritor do grande hino, "Ao Deus de Abraão Louvai.” Um homem de habilidades delicadas? Esse é o registro oficial e, no entanto, uma das almas mais fortes e fiéis que já existiram.

Foi ele quem foi à pequena vila de Wrangle, em Lincolnshire, e levantava-se às cinco da manhã para pregar o evangelho ao ar livre. E era tão ardente sua pregação que ele foi preso. E no meio de sua prisão, um cara o atacou. Ele foi levado para um estabelecimento público, e o vigário da vila foi consultado sobre o que fazer com ele. Eles disseram que não o deixassem ir, e então eles decidiram que o colocariam na lagoa. Eles o levaram para um lago cheio de imundície e o jogaram ali. Ele tentou sair, e por sete vezes o jogaram de volta. Então ele foi levado novamente para o bar, tendo sido entretanto pintado da sua cabeça aos pés com tinta branca. Então, eles não sabiam o que fazer com ele, e decidiram afogá-lo. Eles o arrastaram para um lago pequeno cercado do lado de fora da vila, que tinha pelo menos três metros de profundidade, e eles o pegaram em seus braços e o jogaram na água. Ele foi até o fundo, e quando subiu à superfície, um homem no meio da multidão, com uma longa vara e um gancho na ponta, brincou com ele, como se fosse um peixe. Eles o trouxeram mais morto do que vivo, e ele foi levado para uma pequena casa na vila, onde foi cuidado por uma senhora piedosa. Mas quando os malfeitores descobriram que ele estava se recuperando, eles o procuraram e foram até a casa, até a sua cabeceira, e disseram que acabariam com ele, a menos que prometesse nunca mais pregar. E ele disse: Eu não posso prometer tal coisa.

E de uma forma ou de outra, ele se afastou do lugar e fez este registro de todo o incidente. Ele escreveu: “Todo o tempo, Deus me manteve em perfeita paz e pude orar por meus inimigos.” Não soa como um homem de habilidades delicadas para mim. Ninguém sabe sobre ele. Ninguém nunca ouviu falar dele. Ele ministrou anonimamente. Ele era um homem fiel. Deus precisa de Thomas Mitchells. Deus precisa de Andrés, pessoas que discretamente trazem outros para Jesus.

Há um terceiro nome no primeiro grupo: Tiago, filho de Zebedeu. Em duas listas, das quatro listas dos 12, ele está ao lado de Pedro. No entanto, sabemos muito pouco sobre ele. De fato, observe isto: ele nunca aparece vivo nos evangelhos separadamente de João, seu irmão, em qualquer circunstância. Eles são inseparáveis nos evangelhos. Agora, acredito que é importante notar que ele é sempre mencionado antes de João. E, provavelmente, não só indica que ele era mais velho, mas que ele era o líder dessa dupla bastante dinâmica. Ele é a força. Ele é o zelo. Ele é a paixão. Agora, estes irmãos, Tiago e João, também eram pescadores, e seu pai era Zebedeu, e Zebedeu era um homem razoavelmente rico porque mantinha empregados contratados em seus negócios. Então, eles tinham um bom negócio de pesca se desenvolvendo lá na costa norte do Mar da Galileia. E Tiago se encaixa nesse primeiro grupo, porque ele estava no chamado inicial. João e André foram os dois primeiros, e certamente Tiago era tão próximo de João que ele conseguiu adentrar nessa intimidade.

Agora, quando você olha para a Bíblia em algumas circunstâncias, Tiago aparece mais como uma silhueta do que como uma fotografia completa, e então você tem de ter uma imagem apenas, sem todo o conhecimento do que poderia ter acontecido. Mas eu acho que a melhor maneira de olhar para Tiago é considerar como o Senhor o chamou e também seu irmão João. Em Marcos 3.17, Jesus deu-lhes um nome, ele os chamou de Boanerges, que significa filhos do trovão, filhos do trovão. Se Tiago é o líder, e isso é indicado pelo fato de que ele aparece primeiro, então ele era um filho do trovão. Agora, ele deve ter sido um sujeito apaixonado, zeloso, fervoroso, de olhos arregalados, ambicioso e ativo. Para lhe dar uma explicação clássica, em Atos, Herodes decidiu atormentar a igreja, e o primeiro que ele foi atrás foi de Tiago, e ele cortou a cabeça dele, e pegaram Pedro, e o colocaram na prisão. O que indica que Pedro não era um problema tão grande quanto Tiago. Quer dizer, quando capturam Tiago e Pedro, e matam Tiago, e deixam Pedro viver, isso diz algo sobre o tipo de homem que Tiago deve ter sido. Homem forte, homem zeloso; talvez ele fosse semelhante, no Novo Testamento, a Jeú, que disse: Venha, veja meu zelo pelo Senhor, e então removeu a casa de Acabe, e varreu todos os adoradores de Baal da terra. Esse cara fez inimigos rapidamente. Quatorze anos, e ele estava morto. Quer dizer, ele foi o primeiro discípulo a ser martirizado. Eles se livraram dele rapidamente. Ele era um problema real, um indivíduo tempestuoso. E ele deve ter tido seu zelo alimentado diariamente por aquele que disse: “o zelo da tua casa me consumirá.” Quer dizer, eu posso vê-lo, quando o Senhor pega um chicote, você sabe: “faça isso, Senhor, faça isso,” sabe? “Dê neles.” Simplesmente zeloso, entende?

O zelo é uma grande virtude. Você ama alguém que é ativo, que assume o comando e que quer fazer o trabalho, mas, muitas vezes, vem junto com o zelo e a falta de sabedoria. E às vezes você está falando demais, despejando tudo, sem antes refletir direito sobre o assunto. Você diz: ”Deus pode usar alguém assim?” Bem, sim, ele usou de fato.

Vários incidentes se destacam, e mostrarei onde Tiago é mencionado, e como ele age. Lucas 9, Lucas 9, versículo 51: "E aconteceu que, ao se completarem os dias em que devia ele ser assunto ao céu” - é hora de avançar para a Semana da Paixão - "manifestou, no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém e enviou mensageiros que o antecedessem.” Os mensageiros estão indo agora a Samaria para preparar o caminho: “Indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos para lhe preparar pousada.” Eles queriam que os samaritanos ouvissem a mensagem, Cristo estava vindo; o Messias estava chegando. “Mas não o receberam, porque o aspecto dele era de quem, decisivamente, ia para Jerusalém.” Ouça, os samaritanos simplesmente odiavam os judeus e Jerusalém. Eles tinham seu próprio local de culto, o monte Gerizim. Eles provavelmente perseguiram esses mensageiros com maldições e pedras. Eles provavelmente jogaram pedras neles. E assim, os mensageiros voltaram e disseram: não vão receber você em tal e tal aldeia. E então, no versículo 54, encontramos os filhos do trovão: “Vendo isto, os discípulos Tiago e João perguntaram: Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” Senhor, vamos simplesmente queimá-los, queimá-los. Grande coração missionário! Apenas pegue todos os incrédulos e os consuma, Senhor, assim como Elias fez.

Veja, você pode se identificar com quem eram os heróis de Tiago. "Jesus, porém, voltando-se os repreendeu e disse: Vós não sabeis de que espírito sois." Este não é o espírito para o momento. O espírito de Elias não se aplica agora. Este não é um momento para o julgamento de uma nação herética ímpia. Este é o momento para a proclamação de uma nova aliança. Você está fora de sincronia. Quer dizer, o seu caráter básico está aflorando; queimá-los, essa não é a ideia. “Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E seguiram para outra aldeia.” Jesus os repreendeu fortemente. Eles eram odiosos. Eles eram intolerantes. Tiago tinha muito zelo e pouca sensibilidade. Ou seja, que tipo de evangelista ele seria? E, no entanto, tenho de admitir que há um toque de nobreza nisso. Fico feliz que ele tenha ficado bravo quando o Senhor foi desonrado. Eu odiaria vê-lo passar sem reação alguma. Ele era zeloso. Ele era explosivo. Ele era fervoroso. Ele era apaixonado. Quer dizer, ele não apenas sentava e via acontecer.

Veja outro incidente, em Mateus 20. Muitas vezes, pessoas zelosas também são pessoas ambiciosas. Elas são muito orientadas por objetivos, muito voltadas para suas tarefas. E assim, este é o incidente que analisamos em referência aos discípulos em geral há algumas semanas, mas apenas um lembrete. "Então, se chegou a ele a mulher de Zebedeu, com seus filhos” - e eles estão sendo arrastados junto barra da sua saia, e eles queriam algo - "Ela respondeu: Manda que, no teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita, e o outro à tua esquerda.” “O Senhor colocaria meus meninos nos dois tronos ao seu lado?" Quer dizer, a implicação é: é óbvio para ela que eles são a nata da cultura, não é mesmo? Uma mãe, certo? “Meus filhos são talentosos.” Não está aparente? Quer dizer, nós podemos ver que eles são, Zebedeu e eu. Quero dizer, eles são os que têm o zelo. Você diz: e quanto a Pedro? Ouça, Pedro teve muito zelo, mas ele também teve alguns problemas. Quer dizer, ele negaria e fugiria. Tiago não parece ter o mesmo problema. Pedro vacilou aqui e ali, mas parece que Tiago estava muito decidido, ele simplesmente, quer dizer, ele estava morto em 14 anos. Ou seja, eles se livraram dele rapidamente. Ele não cedeu de forma alguma. Ele não foi ambíguo. Ele não se comprometeu. E, rapaz, ele podia ver sua ambição. “Eu estou indo para o Reino, rapaz, não apenas para o Reino, mas direto para o lado direito.”

E Jesus disse: "Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu estou para beber?.” “Ah, claro que podemos.” “Tudo bem, vocês beberão.” E no versículo 24, o clima foi esquentando, e começou a discussão sobre quem iria conseguir o que no Reino. Todos começaram a discutir. E Jesus começou um pequeno sermão sobre o que é a liderança real.

Mas eles eram ambiciosos. Tiago era ambicioso. Isso é uma coisa terrível para eles fazerem, despertar o espírito de rivalidade, clamar por honra do Senhor. Aqueles que eram os perseguidores dos samaritanos são agora ambiciosos, egoístas, caçadores de lugares, perseguindo o favor do Senhor como se ele fosse algum governante despótico que pudesse dispensar seu patronato em algum tipo de princípio de favoritismo. Eles estavam rebaixando a Cristo e seu Reino. Bem, Tiago tinha zelo, ele tinha grande fervor e ele conhecia o interesse especial do Senhor nele, ele estava no grupo mais íntimo. Ele sentiu que deveria ter uma recompensa igual por toda a sua capacidade. E o Senhor o lembrou: “Você receberá uma recompensa, Tiago, mas não será o que você pensa. Antes de pegar seu trono, você vai pegar um cálice e vai bebê-lo completamente.” E o cálice é o sofrimento, porque o caminho para o trono é sempre o caminho da cruz”. E Tiago, como eu disse antes, 14 anos depois recebeu seu pedido. Ele queria uma coroa; Jesus lhe deu um cálice. Ele queria poder; Jesus lhe deu a servidão. Ele queria governar; Jesus lhe deu um túmulo de mártir.

Veja o único incidente na Bíblia em que ele aparece sozinho, Atos 12. “Por aquele tempo, mandou o rei Herodes prender alguns da igreja para os maltratar.” E quando Herodes quis atacar a igreja, ele foi direto ao sujeito principal. “Fazendo passar a fio de espada a Tiago, irmão de João.” É para esse que você vai primeiro, e ele coloca Pedro na prisão. E aparentemente, ele nem sequer pensou em Pedro até que lhe foi dito que agradaria aos judeus se ele fizesse isso. Era Tiago quem ele procurava: o filho do trovão. Ele estava cheio de fervor. Ele estava cheio de ambição. Ele estava cheio de sentimentos fortes e intolerantes. Ele não gostava de coisas fora de sua própria compaixão. E Cristo teve de aproveitar tudo isso e transformar tudo isso em algo útil, e torná-lo um pilar na igreja. Que tipo de pessoas Deus usa? Bem, ele usa os grandes líderes como Pedro. Ele usa as pessoas fiéis, silenciosas, ocultas e desconhecidas como André. E ele também pode usar as pessoas ousadas, corajosas, ambiciosas, zelosas, às vezes sem amor, insensíveis e egoístas como Tiago. Porque Cristo manteve o temperamento dele sob controle. Refreou sua boca. Direcionou seu zelo. E o ensinou a não buscar vingança e a não desejar honra para si mesmo. E, finalmente, chegou ao ponto em que Tiago estava disposto a morrer por Jesus. Então, os dois irmãos beberam do cálice. Para João, o cálice foi uma longa vida de rejeição e uma morte no exílio. Para Tiago, foi uma chama curta e um martírio.

Os romanos tinham uma moeda anos atrás, e na moeda tinha um boi. E o boi estava diante de um altar e de um arado. E sob o boi, dizia: "Pronto para qualquer um deles.” E é assim que é estar a serviço de Cristo, e foi assim para os filhos do trovão. Há o momento de sacrifício no altar; esse foi Tiago. E há a longo sulco do arado; esse foi João. Mas ambos beberam do cálice. Tiago teve de aprender sensibilidade. Ele teve de aprender a acalmar sua ambição, e o fez, e Deus o usou.

Sabe, uma falta de sensibilidade pode destruir um ministério. Há muitas pessoas que tentam servir a Cristo que são totalmente insensíveis às suas congregações, às suas famílias, às pessoas ao seu redor. Um desses homens era um pastor norueguês. Sua história é muito interessante. Ele tinha um lema; seu lema era "tudo ou nada.” Tudo ou nada. E ele andava pregando e lançando relâmpagos e gritando trovões em todo mundo. Ele era severo, forte e poderoso, comprometedor e insensível. Quer dizer, eles diziam que as pessoas na igreja nem ligavam para ele porque ele não ligava muito para as pessoas. Ele era muito ambicioso. Ele queria avançar o Reino. Ele queria defender o padrão de Deus. E estava simplesmente cego para qualquer outra pessoa. Isso se estendeu para sua própria família. E ele tinha uma garotinha, só uma menininha que estava doente. E o médico disse: “você precisa tirá-la do frio norueguês, onde ela possa chegar a um clima mais quente para que ela recupere suas forças ou ela vai morrer.” Ao que ele respondeu: "Tudo ou nada.” E ele permaneceu. E ela morreu. E quando ela morreu, a mãe ficou tão perturbada e tão estilhaçada, ela não havia encontrado amor no marido, mas havia dedicado todo o seu amor àquela pequena vida, então se sentou durante horas em uma cadeira, segurando as roupas do bebezinho, e as acariciava, alimentando seu coração faminto com aquelas vestes vazias.

Isso não durou muitos dias até que o marido tirou todas essas roupinhas de sua mão e as deu para uma pobre mulher na rua. Mas sua esposa havia escondido um pequeno gorro que ela mantinha como o último vestígio de uma lembrança. Ele descobriu o gorro e o doou também, e fez um sermão para ela sobre tudo ou nada. E em meses ela morreu de dor.

Que insensibilidade estúpida. Esse tipo de coisa imatura é apenas trágica. Você pode ser insensível para as pessoas ao seu redor de maneira trágica. Penso em Billy Sunday, o grande evangelista, todos os seus filhos morreram na incredulidade, todos eles. Totalmente insensível aos que o rodeavam enquanto ganhava o mundo. Existem muitos pastores, evangelistas e pessoas cristãs que nem sequer ouvem o que está acontecendo em sua própria casa e as pessoas ao seu redor, que são tão orientados para a obra que perdem as pessoas. Zelo com insensibilidade é tão cruel. E Tiago teve de ser refinado. Quer dizer, ele teve de sair do lugar onde ele disse: "Simplesmente queime-os, Senhor; se eles não cooperarem, queime-os,” para onde ele se importava.

Agora, se você vai me perguntar, se vai me encurralar e me pedir para escolher, eu vou levar um homem de um entusiasmo flamejante, ardente, intolerante, apaixonado, com um potencial para o fracasso do que um frio, comprometedor e tímido sobre o qual seu irmão João disse que Deus o vomitaria de sua boca. Dá-me um coração impetuoso, dá-me um coração flamejante, porque essas pessoas incendiarão o mundo, mas dá-me um com sensibilidade.

Que tipo de homens Deus usa? Que tipo de mulher Deus usa? Que tipo de pessoas se encaixam no plano? Pessoas dinâmicas como Pedro, líderes que podem fazer com que todos se mexam. Pessoas humildes como André, que apenas fazem isso silenciosamente nos bastidores. E Tiago, que realmente não precisa de outras pessoas para fazer isso, eles fazem isso com zelo e paixão. Você diz, você quer dizer que o Senhor pode usar todos esses tipos de pessoas? Você não precisa nascer com uma auréola? Você não precisa estar em um vitral? Você pode ser apenas uma pessoa comum? Sim, essas pessoas são muito comuns, porque ele pode transformar todas essas coisas. Finalmente, o último indivíduo, e não vamos gastar muito tempo com ele, vamos vê-lo. Ele atravessa a história por todo o Novo Testamento porque ele escreveu o evangelho de João; 1, 2 e 3 João e Apocalipse. Mas eu quero que você conheça pelo menos brevemente João, seu irmão, irmão de Tiago.

Agora, posso me apressar em acrescentar que pensamos em João, imaginamos um sujeito manso, suave, de pele clara e não tão másculo, deitado com a cabeça no ombro de Jesus, meio que olhando para cima com olhar manso, com braços magros, você sabe. E vocês erraram, pessoal, se é isso que pensam. Ele estava em todos esses episódios sobre Tiago que acabei de ler para vocês. E ele era um dos filhos do trovão. Ele era intolerante: “Queime-os, Senhor;” ele era ambicioso: “Eu quero o assento à tua direita e esquerda.” Ele era zeloso, era explosivo, mas acho que não tanto quanto Tiago. Tiago parece ser o proeminente, e João parece acompanhá-lo. Quero dizer, pelo menos João durou. Ele viveu até quase o ano 100. Ele sobreviveu a todos. Ele era explosivo também.

Agora, é interessante notar que a única vez que ele aparece sozinho pelo nome, você sabe o que ele está fazendo? Ele está com raiva de alguém. Isso mesmo, João. Com quem ele está bravo? Um sujeito que estava expulsando demônios, em Marcos 9. Por que ele estava bravo? Ele disse algo a Jesus, ele disse assim: "Há um homem expulsando demônios, e ele não está no nosso grupo.” Ele não está no nosso grupo. "Eu o proibi de fazer isso.” Eu disse a ele: “Escute, companheiro, pega leve. Você não está no nosso grupo.” Ele era intolerante. Quero dizer, tinha uma mentalidade estreita.

Duas semanas atrás, uma série foi feita em uma escola em nosso país. E o título da série era “A heresia do MacArthurismo.” E assim, eu descobri a respeito e perguntei a alguém: “Qual é a heresia?” E eles disseram: “Bem, eles perguntaram à fonte envolvida e disseram que foi porque você não é um membro do grupo deles, portanto, você deve estar errado.” E essa era a base. Bem, essa é uma visão estranha. Eles deveriam ler Marcos 9; 9.39 e 40, e João diz: “Senhor, eu lhe disse para ficar quieto, porque ele não estava no nosso grupo.” Agora, espere um minuto, isso é inflexível, isso é mesquinho; isso é intolerância ridícula. Bem, esse era João.

Mas você sabe de uma coisa? Isso se tornou uma força em seu caráter. Porque ele também tinha uma tremenda capacidade de amar. E você me mostra um homem que tem uma grande capacidade de amar, e nenhum senso da verdade e sem limites, e sem diretrizes, e sem fortes convicções, e eu mostrarei a você um desastre de tolerância e sentimentalismo. Então, Deus sabia que a maior fonte de verdade no Novo Testamento, no que concerne a um autor humano, sobre o amor, teria de ser um homem que também fosse forte e inflexível, ou seu amor o levaria pelo caminho do sentimentalismo. E se ele fosse falar a verdade em amor, ele tinha de estar tão comprometido com a verdade quanto deveria amar. E assim, você encontra duas coisas que se destacam na vida de João: a palavra amor e a palavra testemunha. Por 80 vezes ele usa a palavra amor. Por 70 e algumas vezes a palavra testemunha de uma forma ou de outra. Ele sempre foi testemunha da verdade e sempre o professor de amor. E assim, ele é a personificação de falar a verdade em amor. É tão bom que o amor dele fosse controlado pelo seu testemunho, pela sua verdade. Ele buscava a verdade. Ele queria saber a verdade. Ele era um descobridor. Ele era um visionário. Foi ele quem primeiro reconheceu o Senhor às margens do lago da Galileia. Foi para ele que Deus revelou o futuro no Apocalipse. Ele foi o vidente, o visionário, o buscador da verdade. A razão pela qual ele estava pendurado no peito de Cristo não era algum tipo de sentimentalismo desleixado e doentio, seu coração estava literalmente faminto da verdade, assim como o profundo afeto por Cristo. Ele queria reunir cada palavra que saísse dos lábios de seu Senhor, assim como aquecer-se à luz de seu amor.

Então, ele se tornou um amante, mas um amante cujo amor era controlado pela verdade. E esse controle nasceu do tremendo zelo que ele tinha em sua personalidade, essa paixão, essa força, esse caráter ardente. E caso você não ache que ele o é, tente ler 1, 2 e 3 João, e veja como ele denuncia os que são anticristo, e aqueles que se levantarão na igreja para distorcer e perverter. Ele é firme, ele é forte. Você lê o evangelho de João, e vê como ele coloca o povo de Deus contra o povo de Satanás, os redimidos contra os perdidos. Como ele fala sobre o julgamento dos justos e dos injustos. O homem sabia onde as linhas foram traçadas e seu amor nunca é sentimentalismo.

Mas ele é caracterizado pelo amor. Você não vê muito sobre ele nos outros evangelhos a menos que esteja com Tiago, como eu mostrei a você, ou na lista do grupo. Mas onde ele emerge é em seu próprio evangelho, e ele aparece em seu próprio evangelho várias vezes, sempre da mesma maneira. Como? Ouça, João 13.23: “Ora, ali estava conchegado a Jesus um dos seus discípulos, aquele a quem ele amava.” A quem Jesus amava, o discípulo que Jesus amava, esse é João. Ele nunca usa o nome dele. Ele se chama o discípulo a quem Jesus amava. Agora, ouça, o homem tinha um coração de amor, e um homem que tem um coração de amor entende o amor, e tem uma grande capacidade de dar e receber amor. Pessoas que podem amar muito podem ser amadas grandemente porque elas entendem. E João literalmente aceitou o amor de Cristo e deu o amor de Cristo, então ele se chamou o discípulo a quem Jesus amava. Essa é a única coisa que ele já se autodenominou.

No capítulo 19, e no versículo 26, ele aparece novamente. “Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado.” O mesmo discípulo a quem Jesus amava. Capítulo 20, versículo 2: “Então, correu e foi ter com Simão Pedro” - Maria Madalena estava correndo - “e com o outro discípulo, a quem Jesus amava.” Capítulo 21, versículo 7, mesma coisa: “Aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro.” Versículo 20: “Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava.” Versículo 24: “Este é o discípulo que dá testemunho a respeito destas coisas.” Foi o discípulo, a quem Jesus amou, que escreveu o evangelho de João, é isso o que ele diz. Ele literalmente ficou admirado porque Jesus o amava. E não era um sentimentalismo doentio, não foi que ele disse: "Ah, eu sou tão maravilhoso, o Senhor me ama tanto, eu só quero que você saiba que eu sou o discípulo que ele amou.” Não, não. Foi exatamente o oposto: “Eu, aquele que queria queimar todos os samaritanos; eu, aquele que queria que Jesus me desse o lugar que eu nem mereço; eu sou alguém a quem ele ama.” É uma celebração da graça.

Jesus nunca teve de perguntar a João se ele o amava, mas ele teve de perguntar isso a Pedro. Jesus nunca teve de pedir a João para segui-lo, mas ele teve de perguntar isso a Pedro. E quando se tratava de passar a obra adiante, ele disse a Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas.” Ele disse a João: “Cuida de minha mãe.” Havia algo especial em João. A tradição nos diz que João nunca deixou a cidade de Jerusalém até que Maria, a mãe de Jesus, morreu, porque ele manteve seu voto ao Senhor.

Então, João era um filho do trovão, mas ele era um homem terno e amoroso que nunca comprometeria suas convicções. Ele ensinou sobre o amor. Você pode resumir a teologia de João sobre o amor em dez afirmações. Ele ensinou que Deus é um Deus de amor. Ele ensinou que Deus amou o seu Filho, que Deus amou os discípulos, que Deus ama todos os homens, que Deus é amado por Cristo, que Cristo amou os discípulos em geral, que Cristo amou as pessoas, que Cristo esperava que todos os homens o amassem. Cristo ensinou que devemos nos amar uns aos outros, e que Cristo enfatizou que o amor é o cumprimento de toda a lei. E esses temas percorrem todos os seus escritos.

E você pode ver a verdade lá também. Você ouve a palavra “testemunho” repetidamente, e de novo, e de novo, e novamente, enquanto ele afirma o testemunha, o testemunha, o testemunho da verdade. Ele fala do testemunho de João Batista, o testemunho da Escritura, o testemunho do Pai, o testemunho de Cristo, o testemunho dos milagres, o testemunho do Espírito Santo e o testemunho dos apóstolos. Sempre falando a verdade, falando a verdade em amor. E assim, o Senhor pode usar esse tipo de homem. Um homem com um grande amor. Há os “Tiagos,” que vivem com paixão, zelo, fervor, fogo, faíscas indo por toda parte. E há “os Joões,” que podem aproveitar a verdade em amor. E eles vão durar e atrair pessoas para Cristo. E Deus usa todos os tipos, um amante ardente cujo amor era uma devoção apaixonada pela verdade. Ele viveu até ser um homem velho, mas ele sempre foi o filho do trovão.

Deixe-me concluir com isto. Então, que tipo de pessoas ele usa? Que tipo de pessoas ele atrai para a intimidade com ele? Quem são esses santos de vitrais? O que você tem de ser para realmente chegar perto de Jesus? Pense nisso agora: quando Deus veio ao mundo e andou neste mundo, Deus, o Deus do universo, o Deus vivo, eterno, todo-poderoso e santo, quando ele andou neste mundo, ele escolheu quatro pessoas para estar perto dele, quatro homens para estar perto dele, quatro homens para serem íntimos. Um era dinâmico, forte, ousado, um líder como Pedro, que assumiu o comando, que iniciou, que planejou, que fez estratégia, que confrontou, que conduziu as pessoas para Cristo. E muitas vezes estragou tudo. Outro era humilde, gentil, discreto; André, que não viu a multidão, mas viu as pessoas na multidão. E enquanto ele nunca atraiu uma multidão, ele continuou trazendo pessoas para Jesus. E então, ele escolheu um homem que era zeloso, apaixonado, intransigente, insensível no início, ambicioso, que podia ver um objetivo e ir para ele com todas as suas forças e morrer no processo, Tiago. E então, havia o João sensível, amoroso, aquele que crê, íntimo, que procura a verdade, que falou a verdade em amor para que atraísse as pessoas para si mesmo.

E Jesus os transformou em pescadores de homens, apesar do que eles eram. Pedro foi finalmente crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, enquanto permaneceu inabalável em sua fé em Cristo. André, a tradição nos diz que André teve o privilégio de pregar em uma província, e a esposa do governador recebeu Jesus Cristo como seu Salvador, e o governador ficou tão perturbado que exigiu que sua esposa rejeitasse a Cristo, e quando ela não o fez, ele crucificou André. A tradição diz que ele o crucificou em formato de um X, é por isso que X é o símbolo de André. Uma cruz em forma de X, e a história tradicional nos diz que ele ficou naquela cruz por dois dias. E como ele ficou vivo por todos aqueles dois dias, ele pregou sem cessar o evangelho de Cristo em meio à sua agonia. Ainda tentando trazer pessoas para Jesus. A tradição nos diz que Tiago, enquanto estava em vias de ser decapitado pela espada romana, tinha um guarda que o protegia, e o guarda ficou tão impressionado com sua coragem, constância e zelo, que se arrependeu de seu pecado e caiu aos pés do apóstolo, e perguntou se o apóstolo o perdoaria pelo papel que desempenhou no duro tratamento que Tiago recebeu. Nesse ponto, Tiago levantou o homem, abraçou-o, beijou-o e disse: “Paz, meu filho, paz a ti e perdão de tuas faltas.” E a tradição diz que o oficial confessou imediatamente de forma pública sua rendição a Cristo e foi, portanto, decapitado ao lado de Tiago. João, banido para a ilha de Patmos, depois de uma longa vida, morreu por volta de 98 d.C., durante o reinado de Trajano. E aqueles que o conheciam melhor fizeram ecoar uma frase constante que era o lembrete de João. E esta era a frase: “Meus filhinhos, amem-se uns aos outros.” Que grupo! Comuns, com todas as lutas, todos os pontos fortes e fracos de homens como nós. No entanto, no poder de Cristo, eles foram transformados.

Que tipo de pessoas Deus usa? Qualquer tipo. Ouça isto agora: não é o que você é, é o que você está disposto a se tornar, é essa a questão. Entende? Os pescadores da Galileia tornaram-se pescadores de homens em uma escala mais extensa e, com a ajuda de Deus, reuniram muitas almas na igreja. De certo modo, eles estão lançando suas redes no mar do mundo ainda. E pelo testemunho que deram a Jesus no evangelho e nas epístolas, eles estão trazendo multidões para se tornarem discípulos dele, cujos primeiros seguidores tiveram o feliz privilégio de serem contados. Ouça, Cristo pode levar alguém muito comum e torná-lo um apóstolo muito incomum. Você está disponível para isso? Vamos orar?

Obrigado, Pai, por uma breve visão desses queridos homens: Pedro, André, Tiago e João. Quão especiais, não o que eles eram, mas o que estavam dispostos a se tornar. Nós nos vemos neles, e isso nos dá esperança de que o Senhor pode nos fazer ser o que o Senhor quer que sejamos, e nos usar. Oramos, Senhor, para que possamos estar dispostos a ser discipulados. Em nome de Cristo e para a sua glória. Amém.

FIM

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