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Chegamos agora ao décimo terceiro capítulo de Mateus. Acredito que você tenha sua Bíblia pronta, sua mente aberta e seu coração disponível para o Senhor, porque temos algumas coisas maravilhosas e extraordinárias que Deus nos mostrará enquanto olhamos para a segunda parábola em Mateus 13. E é uma parábola sobre julgamento, uma parábola sobre julgamento.

Para colocar nosso pensamento em movimento, precisamos nos lembrar de que o Senhor é o Rei da Terra. O Senhor Jesus Cristo é o governante desta terra. O Antigo Testamento nos diz que Deus é o Rei do universo, que a terra é do Senhor e a sua plenitude, e que o Altíssimo governa no reino dos homens, então afirmamos que Jesus Cristo é o Rei desta terra. Dentro desse reino, o Senhor Jesus obviamente permite a Satanás uma certa liberdade. Permite que os pecadores também tenha uma certa liberdade. E, acima de tudo, ele ainda é o Rei. Ele ainda está governando.

Cada fase da história humana, então, marca alguma faceta do governo de Jesus Cristo, do governo de Deus no mundo. Não há período de tempo em que o reino de Deus não esteja em vigor na terra. Deus media seu governo na terra através dos homens. Inicialmente, Deus mediou seu governo na terra por meio de Adão. Adão foi seu agente. Adão era seu vice-regente, se você preferir. E depois houve os patriarcas, através de Deus... através de quem Deus mediou a sua regra. E então os monarcas, e depois os sacerdotes e os profetas, e então o Senhor encarnado, Jesus Cristo.

E assim, em um sentido muito real, Deus mediou sua vontade e seu governo através dos apóstolos que, sobrepondo-se a Jesus Cristo na igreja primitiva, foram a fonte pela qual Deus trouxe revelação ao homem sobre seu reino. Chegará um tempo futuro em que Deus trará de novo seu governo à terra, mediado pelo Senhor Jesus Cristo, vivo, exaltado, glorificado e encarnado, e que conhecemos como o reino do milênio. E então, finalmente, a terra e o céu serão fundidos no reino eterno quando o reino universal e o reino mediado na terra se tornarem um e o mesmo.

E a Bíblia delineia muito claramente todos esses elementos do governo de Deus na terra. E há mais um que deixamos de fora em nosso pequeno relato, e esse é o período da rejeição de Cristo até o seu retorno, a época em que vivemos. Ela também é governada por Jesus Cristo. Esta também é uma forma de seu reino.

A Bíblia a designa no Novo Testamento como a forma misteriosa, aquilo que não foi visto no Antigo Testamento. O que não foi revelado no Antigo Testamento. Esse período não foi realmente delineado, mas agora, através do ensino do Novo Testamento de nosso Senhor e, particularmente, o ensino ampliado do apóstolo Paulo, está claramente definido para nós. Estamos vivendo nessa época.

Jesus, em Mateus 13, nos diz como será. E define para nós, em sete parábolas, o caráter, a extensão, o valor e a consumação desse período conhecido como a forma misteriosa do reino. Deus está mediando seu governo na terra através de sua igreja, através dos crentes, habitados pelo Espírito Santo. Agora, os discípulos não viram esse período, e os antigos profetas também não.

Então, quando o Messias chegou, eles pensaram imediatamente que ele estabeleceria o seu reino. E quando ele estabelecesse seu reino, imediatamente todos os rebeldes e incrédulos seriam destruídos, e a santidade encheria a terra, e a justiça encheria a terra, e o reino seria como foi predito pelos antigos profetas. E assim eles estavam sempre preocupados com o reino, seu caráter, seu poder e sua consumação.

Mesmo depois que Jesus morreu na cruz, eles ainda estavam curiosos sobre o reino. Isso foi tudo o que ele realmente falou com eles, realmente. Antes de sua morte, foi sobre o reino, e depois de sua ressurreição, foi mais sobre o reino. E isso os levou a lhe perguntar, no primeiro capítulo de Atos, no versículo 6: “Será este o tempo em que o Senhor irá restaurar o reino a Israel?” É este o tempo? "Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade.” Isso não é da conta de vocês.

Eles estavam sempre preocupados com o reino. Ele disse: “Isso não é da conta de vocês.” Mas o anjo disse: “Esse Jesus que foi levado do meio de vocês para o céu virá do modo como vocês o viram subir.” O reino virá, eles disseram, mas não virá até que Jesus volte em sua plenitude. O reino que vocês estão procurando, o reino de glória, justiça e absoluta santidade, o reino onde o Senhor Jesus governa com uma vara de ferro e não tolera o mal, aquele reino que foi totalmente antecipado pelos profetas, aguarda seu retorno.

Mas, enquanto isso, entretanto, há uma forma do reino, e essa forma é descrita como o mistério. Agora, isso foi muito difícil para os discípulos entenderem, penso eu. Porque não o viram. Eles só viram a consumação completa e gloriosa. Agora, lembre-se da última vez, Jesus começa a contar-lhes as parábolas aqui, em Mateus 13, para ajudá-los a entender a natureza deste período intermediário em que vivemos. Ele ainda não acabou porque Cristo ainda não voltou.

E Jesus começa a descrever o reino a eles, e a primeira coisa: a parábola dos solos. E ele lhes disse que havia quatro tipos de solo: o solo duro e resistente, a semente nunca penetrava. E então havia o solo rochoso onde, a semente descia um pouco, surgia por algum tempo, e depois morria porque não havia profundidade. Então havia o solo espinhoso ou infértil, onde a semente desceu, começou a crescer, mas foi sufocada pelas ervas daninhas e espinhos que ocupavam aquele solo. E então, em quarto lugar, e finalmente, havia o solo bom onde houve o fruto verdadeiro.

E Jesus está dizendo uma coisa incrível. Ele está dizendo: “Neste modelo de reino, nem todos creem, nem todos são genuínos, nem todos estão dando o fruto da justiça.” Agora, eu só posso ajudá-lo a entender e, provavelmente, não compreender plenamente o que é uma verdade devastadora que seria para os discípulos. Eles não viram tal forma do reino, nenhum reino tão mesclado, nem tal reino com boas e más tolerâncias. Eles não viram isso.

Eles viram um reino de justiça, um reino de glória santa onde os incrédulos foram devastadoramente julgados, punidos, apagados, destruídos. Eles viram o que Barclay chama, “uma humanidade nova e imaculada sendo trazida à existência no reino. E os inimigos sendo destruídos.” Então, tendo ouvido a primeira parábola, eles provavelmente teriam pensado: “Bem, haverá então três tipos de rejeitadores e um tipo de solo verdadeiro, genuíno e frutífero. O que vai acontecer com os rejeitadores?”

Eu penso desta maneira; eles devem ter dito sobre aqueles Fariseus blasfemos, no capítulo 12, que acusaram Jesus de pertencer a Satanás: “O que o Senhor fará com eles? O que vai acontecer com os rejeitadores? Eles vão conseguir? Eles serão levados para longe?” E eles tinham boas razões para pensar isso porque tinham ouvido, sem dúvida, a instrução que veio da boca de João Batista, que disse: “Quando ele vier, batizará vocês com fogo,” e fogo é símbolo de julgamento. “A sua pá, ele a tem na mão, para limpar completamente a sua eira e recolher o trigo no seu celeiro; porém queimará a palha em fogo inextinguível.”

E aqui está João Batista, o precursor imediato de Jesus Cristo, e ele nem vê esse período intermediário. Aqui está o precursor imediato dizendo: “Quando ele chegar aqui, haverá fogo, e queimará todo o joio, e somente o trigo será mantido.” É muito óbvio que eles pensariam isso. E tudo também foi baseado nos profetas do Antigo Testamento. Ouça apenas uma parte selecionada dos profetas, muito rapidamente, então anote as Escrituras se quiser guardá-las.

Isaías, capítulo 2, e enquanto Isaías olhava para o reino, ali diz: “Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do SENHOR será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas.” E então no versículo 4: “Ele julgará entre os povos e corrigirá muitas nações.” Assim, eles veem a lei de Deus, a Palavra de Deus e a justiça de Deus nas palavras de Isaías, dominando a terra. Todos aceitando a lei de Deus, e julgamento e repreensão para aqueles que rejeitam.

No décimo primeiro capítulo de Isaías, no terceiro versículo, quando o Messias vier e o reino vier, ali diz: “Deleitar-se-á no temor do SENHOR; não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos; mas julgará com justiça os pobres e decidirá com equidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o perverso.” Em outras palavras, a retidão, e a matança, a destruição e a devastação dos ímpios.

Agora, se você for a Jeremias 31, encontrará nas palavras desse profeta o mesmo tipo de profecias. No capítulo 31, versículo 33: “Quando o Senhor vier para edificar o seu reino com Israel, ele fará uma aliança.” Ele diz: “Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.” E assim Jeremias efetivamente diz a mesma coisa, será um reino de justiça, de glória, de virtude, um reino de santidade.

No capítulo 20, de Ezequiel, esse profeta diz a mesma coisa. “Tirar-vos-ei dentre os povos e vos congregarei das terras nas quais andais espalhados, com mão forte, com braço estendido e derramado furor.” E esta é a fúria, versículo 38, “Eu separarei dentre vós os rebeldes e os que transgrediram contra mim.” Agora, isso é apenas uma amostra. Você a terá novamente no capítulo 14, de Zacarias.

As profecias se juntam para dizer que quando o Messias vier, ele será o Rei, estabelecerá um reino, purificará os ímpios, expulsará os rebeldes, repreenderá os incrédulos, estabelecerá justiça por toda a face da terra. Todos crerão; todos andarão em sua lei. E assim, o problema imediato que os discípulos têm é: “Então, se três tipos de pessoas neste mundo não vão acreditar, o Senhor acabará com eles imediatamente?” Agora?

E muito provavelmente, em Atos 1:., quando eles disseram: “Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?” Eles estavam realmente dizendo: “É este o momento que o Senhor destruirá os incrédulos? É este o momento para o seu julgamento devastador?” Isso é realmente o que estão perguntando. E assim, o Senhor precisa explicar a eles o que fará com os incrédulos que estão na terra durante esta forma misteriosa do reino.

Jesus faz isso na parábola número dois. Responde à pergunta deles: "O que acontece com os incrédulos durante esta época?" Essa parábola começa no versículo 24, de Mateus 13. E, novamente, confesso que com infinita clareza, e isso é redundante em si mesmo, mas não sei como enfatizar isso de outra maneira, o Senhor Jesus Cristo conta uma história simples, da verdade de que é absolutamente infinita. Quer dizer, minha mente entrou em colapso. Eu nem conseguia acompanhar.

E eu tinha um grande pensamento, e assim que eu o entendia, vinha outro pensamento que expulsava este, e eu nunca conseguia finalizar. Eu perdi todos os melhores pensamentos, provavelmente. Eles vinham rápidos e frenéticos, pois há tanta coisa nessa parábola que apenas pude rascunhar superficialmente. Mas veremos três coisas: a narração, a interpretação e a aplicação. E não precisamos de nenhum outro esboço além deste, porque a história se sustenta.

Versículo 24: “Outra parábola pregou-lhes, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente em seu campo.” Bem, essa é uma parábola sobre o reino dos céus. E isso é sinônimo do reino de Deus, o reino governado por Deus, lá do céu. Qual é sua forma? A forma misteriosa. Mas ela se estende além disso, num certo sentido. Certamente o que é ensinado nesta parábola foi verdadeiro no passado, e também será verdadeiro no período do milênio. Então, é uma perspectiva bastante arrebatadora.

Mas é uma parábola sobre o governo de Deus na terra durante este período, e Jesus compara isso a um homem que semeou uma boa semente em seu campo. Agora esse homem é dono do campo, seu campo. Tenha isso em mente. Ele não está pegando emprestado o campo. É o campo dele. E ele semeia a boa semente, não uma semente inferior, ou de qualidade média, mas boa, realmente boa. Agora, isso é uma coisa muito rotineira nessa parte do mundo. Os fazendeiros da Galileia lavravam seu campo, limpavam todas as ervas daninhas, e se fossem agricultores sábios, reviravam todos os lugares rochosos para que a semente encontrasse uma boa raiz e produzisse frutos.

E assim o homem faz, semeia boa semente em seu campo. Semente que ele adquiriu da safra passada, a melhor semente para a colheita deste ano. Então, versículo 25: "Mas enquanto os homens dormiam.” Isso indica que ele tinha uma equipe para ajudá-lo. Deve ser um homem rico. Ele tinha muitas pessoas ajudando-o na semeadura, e estavam dormindo. Não é porque eram preguiçosos, é porque era noite. E um homem que trabalha duro tem o direito e o privilégio de desfrutar do seu sono. E assim, à noite - "veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo,” literalmente zizania.

Eles o conheciam como cizânia, que é o termo mais comum para eles do que joio. “Mas ele semeou entre o trigo” - e a palavra “entre,” ali, está em uma expressão grega muito forte, quer dizer, ele semeou em toda parte - “e então seguiu seu caminho.” Agora, você diz: “O que esse cara está fazendo?” Bem, isso nos diz que ele era um inimigo. E uma boa maneira de arruinar a colheita de um homem é semear seu campo de ervas daninhas. Você diz: “Eles faziam isso com muita frequência?” Era comum o bastante para que o governo romano tivesse uma lei contra a prática que determinava um certo tipo de punição para quem fizesse isso.

Essa era uma ótima maneira de arruinar seu vizinho, simplesmente encher o campo dele com ervas daninhas. E foi exatamente isso que esse inimigo fez. Ele então ele fugiu dentro da noite. E seguiu seu caminho. Era um homem sutil que operava em sigilo e em segredo, e ele fez uma coisa horrível. Aliás, a palavra ali, no grego, tem uma espécie de equivalente hebraico. Até onde se sabe, zizanion, alguns associam com zanah, em hebraico, que significa cometer fornicação. E assim isso ficou conhecido como trigo bastardo.

E sua incrível propriedade é que você não pode diferenciá-la do trigo. Eles são exatamente iguais, até a cabeça finalmente amadurecer. E assim, cheio de inveja, amargura, raiva e ódio, esse homem contamina o campo. E o versículo 26 diz: “E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio.” Ficou óbvio que em um certo ponto do crescimento aquilo não era trigo de forma alguma.

“Então, os servos” - estes são homens que sem dúvida trabalham para o homem – “vieram e disseram: Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? De onde, então, é esse joio?” Agora, eles estão chocados. Não ficariam chocados se houvesse apenas alguns deles, porque eram comuns na área. É um tipo de erva, e cresce onde quer crescer. Eles não ficariam chocados se houvesse alguns deles porque sempre tinha algumas ervas daninhas na colheita com as quais tinham de lidar. Mas ficaram chocados porque a coisa toda estava cheia deles.

E Jesus disse: “Donde vem, pois, o joio?” - versículo 28 - “Um inimigo fez isto.” E assim os servos, querendo defender a colheita e seu mestre e seu próprio sustento também disseram: “Queres que vamos e arranquemos o joio?” Agora, podemos reconhecê-los porque as cabeças amadureceram e podemos dizer a diferença. A cor era até diferente; eles eram de uma cor cinza ardósia. E assim, disseram: "Podemos diferenciá-los, vamos para o campo e vamos acabar com eles.”

"Mas ele disse: Não." O joio estava por todo o campo, e muito perto do trigo. "Não! Replicou ele, para que, ao separar o joio, não arranqueis também com ele o trigo.” Versículo 30: “Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro.” Agora, essa é a narração. Uma história muito simples, fácil de entender. Mas o que ela significa? Bem, isso é o que os discípulos queriam saber.

Veja o versículo 36 e, mais tarde, depois de ter apresentado algumas outras parábolas, é hora de explicá-las. E à medida que aprendemos com os outros evangelhos, ele explica todas para eles, porque, por si mesmos, não podiam entendê-las completamente. Mas o versículo 36 diz: “Jesus enviou a multidão para longe.” Agora isso é mais importante. Ele mandou a multidão embora. Por que ele fez isso? Volte para o versículo 10. Os discípulos disseram a ele, quando começou a falar em parábolas: “Por que o senhor fala com eles por meio de parábolas?” Ele respondeu e lhes disse: "Porque a vocês é dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas àqueles isso não é concedido.”

Por quê? Bem, por causa dos versículos 13 a 15. Eles não acreditam, não veem, não ouvem, e eles não entendem. O coração deles está endurecido; seus ouvidos, insensíveis; seus olhos, cegos. Em outras palavras, porque eles não acreditam em mim, eu não vou explicar a verdade para eles, e é por isso que eu estou falando por meio de parábola. “Mas para vocês,” nos versículos 16 e 17, ele diz - “é dado a conhecer estas coisas. Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque veem; e os vossos ouvidos, porque ouvem.” E vocês compreenderão.

Assim, ele os separa do resto, só os discípulos; voltam para casa. Que casa? A casa de onde ele saiu. Provavelmente, a casa de Simão Pedro, em Cafarnaum. Eles voltaram para a casa. Os discípulos vieram e perguntaram: “Explica-nos a parábola do joio no campo.” Eles queriam saber disso. Agora eles estão de volta na casa, apenas os apóstolos, e Marcos 4.10 diz: “aqueles que também os seguiam ou acreditavam.” Assim, as únicas pessoas ali são os crentes. Eles são os únicos que recebem uma explicação. E é assim que é. Deus só revela a sua verdade e responde às suas perguntas.

Agora, observe a pergunta que fizeram. Eles identificam a história, Jesus não. Ele não dá um título à parábola, mas eles dão. O título que deram foi a parábola do joio. Então eles sabiam que essa era a principal característica. Eles sabiam que a história era sobre aquelas coisas que não pertenciam ao campo e como no final elas seriam queimadas. Eles sabiam disso. Essa foi a característica que atribuíram. E assim que estão juntos e fazem a pergunta, o Senhor responde. E eles realmente precisavam de uma resposta por causa da confusão sobre a forma do reino no qual existiam.

Você sabe qual teria sido a reação deles, assim como uma nota de rodapé? Se você tivesse dito a eles: "Agora veja, nós temos esses três solos que não creem, e nós temos um solo que realmente crê, o que o Senhor quer fazer com os três solos?" Você sabe o que eles diriam. E posso até adivinhar. Tiago e João. Sabe o que eles diriam? "Envie fogo do céu e queime-os.” Como você sabe que diriam isso? Eles já disseram isso antes uma vez. Percebe, eles reagiram dessa maneira à incredulidade.

E isso foi uma espécie de zelo adequado. Apenas queime-os, Senhor. E eles pensaram que estavam em bom terreno. João Batista disse que quando o Messias viesse, ele faria isso. Você já se sentiu assim em relação ao mundo incrédulo? Deus, extermine-os. E é assim que eles pensavam, percebe. "Deus, nós temos uma grande ideia: queima todos eles e nos dá o reino." Vamos fazer a coisa completa. E eles precisavam de uma ajudinha. Então Jesus explica a eles o que vai acontecer com o joio, aqueles que não são trigo.

Vejamos a interpretação, no versículo 37. “Ele respondeu e disse: Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem.” Agora, quem é o Filho do Homem? Cristo. Cristo é o Filho do Homem. Esse é o título comum dele para si mesmo. Ele usa esse mais do que qualquer outro título para se referir a si mesmo. Na verdade, somente uma vez no Novo Testamento essa frase é usada por qualquer outra pessoa além dele. Todas as outras vezes é a frase dele para si mesmo. Ele a usa porque o identifica em sua encarnação. E o identifica em sua humanidade.

Ela o identifica como ele realmente participa de nossa vida. O identifica como sendo tudo o que um homem poderia ser, o homem perfeito. O identifica como o último Adão, o representante da raça. É o seu termo exclusivo para a encarnação. Mas também é messiânico. Em Daniel 7.13, o texto diz que o Messias seria chamado o Filho do Homem. Então, ele está se identificando como o Messias, Deus encarnado, nesse título. É um título maravilhoso.

Os judeus sabiam que era um título messiânico e nós sabemos disso a partir de Lucas 22.69. Jesus, diante do Sinédrio, diz: "Desde agora, o Filho do Homem estará sentado à direita do Deus Todo-Poderoso." E eles disseram: "és tu, então, o filho de Deus?" Ele disse que era o Filho do Homem, eles disseram que ele era o Filho de Deus. Eles devem ter sabido que o filho do homem era uma referência messiânica. E assim, vemos que o semeador é o Senhor Jesus Cristo. Ele é o agricultor que semeia a semente.

Agora, o que isso nos diz? Há algumas lições aqui, vamos pegar algumas lições enquanto passamos pelo texto. O texto nos diz que o Senhor está semeando. Onde? Em seu campo. Agora, se você perceber, no versículo 38, o campo é o mundo. Então, o Senhor está semeando no mundo. E posso me apressar em acrescentar que o mundo é o seu campo. O mundo pertence a ele. Ele é o soberano. Ele é o monarca. Ele é o rei da terra.

Ele segura em suas mãos a escritura, embora ele não a tenha realmente reivindicado completamente, como ele fará em Apocalipse 6, quando ele desenrola o pergaminho, que é o título de propriedade da terra, e toma a terra de volta. Ela é dele, todavia. Ela é dele. “E toda a criação” - a propósito - “geme,” não é isso que diz, Romanos 8, esperando por ele para tomar posse do que é por direito dele?

Então, vemos que o Senhor está semeando no mundo que pertence a ele. O campo é dele. O reino é dele. Quero dizer, ele o criou, não foi? E ele plantou Adão e Eva nele. E Satanás veio e usurpou tudo. Mas ainda é dele. Ele o criou e ele irá reivindicá-lo, e é seu enquanto isso. Assim, o Filho do Homem, o Senhor Jesus Cristo, semeia no seu próprio campo.

Agora o que ele semeia? Bem, diz que a boa semente são os filhos do reino. O que isso significa é que o Senhor coloca os filhos do reino no mundo. Muito simples. Você ficaria surpreso com o quão complexo as pessoas tornaram essa parábola. Eu ouvi pessoas, em sua maioria, comentaristas que li ... e eu li provavelmente 20 livros diferentes sobre esta passagem em particular... a maioria deles disse que o campo é a igreja. E que... na igreja o trigo e o joio crescem juntos. E todos vocês já ouviram isso, essa tem sido a interpretação comum. Jesus disse, no versículo 38: "O campo é o mundo.”

Agora, ela não parece muito difícil, não é mesmo? Você me diz: “Mas você tem de interpretar o que Jesus quis dizer.” Não, ele já interpretou o que ele mesmo quis dizer. Primeiro, o campo era um campo, apenas um campo com um sujeito semeando. E então ele disse que o campo significa o mundo. E agora você diz que o mundo significa a igreja. Alguém pode vir na próxima geração e dizer que a igreja significa a igreja batista. E então a próxima geração deixa a igreja batista no canto... você não pode fazer isso. Você apenas deixa onde está. O Senhor disse que o campo é o mundo, e ele conhece a palavra "igreja,” e se quisesse usá-la, ele a teria usado. O campo é o mundo.

O que o texto está dizendo? Deus semeia seus filhos de seu reino em todo o mundo. Agora, os discípulos poderiam lidar com isso. Claro, vai ser um reino terreal. Deus vai colocar o seu povo em todo o mundo. Não temos problemas com isso. A propósito, se você disser que é a igreja, se deparará com o caos da tentativa de interpretar a parábola, que é inútil.

Porque mais tarde, quando os servos dizem: “Podemos retirar o joio?” e o Senhor diz: “Não o tire, deixe-o crescer junto,” se essa é a igreja, então não temos direito à disciplina na igreja, nós temos de ter o direito de expor um herege, não temos o direito de lidar com o pecado. E não é isso que as epístolas nos dizem. Se você faz desse campo a igreja, você realmente tem problemas. Deixe como Jesus a interpretou. É o mundo.

Então, você tem pessoas crentes. Agora, a propósito, essa frase “filhos do reino” é uma frase maravilhosa. Somos filhos do reino. Nós somos os súditos do Senhor Jesus Cristo. Nós fomos plantados no mundo, em seu mundo. Essa é uma imagem, não do mundo na igreja, mas da igreja no mundo. E nós somos colocados dentro do sistema do mundo. Nós que genuinamente amamos o Rei, que genuinamente afirmamos o seu Senhorio, que verdadeiramente somos súditos de sua soberania, somos plantados no mundo.

Esse é um grande pensamento, você sabe, que não estamos aqui por acaso; nós somos plantados pelo Senhor. Não é ótimo? No lugar que ele nos quer no mundo. Isso também me diz que não estamos fora do mundo. Nós não vamos estar em um mosteiro, em um cubículo, não vamos morar num local santo ou em uma cidade sagrada. Eu lembro de um sujeito, Orwell Jaggers; vendeu terras em Palmdale, ia construir uma cidade sem pecado, cidade santa, colocar uma parede em volta e manter o pecado fora. E conheço uma senhora que comprou um pedaço daquela propriedade. Eu fui para a escola com o filho dela.

Mas nós não somos chamados para fazer isso. Nós não somos chamados para o isolamento. Fomos plantados no mundo. Então, neste reino, nós vamos ser plantados por todo o mundo e estamos ali por muitas razões. Primeiro, estamos lá para ser amadurecidos pelos problemas que o mundo nos dá, certo? Em 1Pedro 5.10: “depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar."

“No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo,” João 16.33 - “Eu venci o mundo.” E Tiago disse que aquela provação e tribulação, e aquelas coisas que acontecem no mundo, são o que amadurecem e edificam você. Então o Senhor nos planta ali para que possamos nos desenvolver. Ele também nos planta ali... você está pronto para isto... para que possamos influenciar, para que possamos influenciar.

Agora, uma parábola só pode ir tão longe e depois acabar como uma analogia da verdade espiritual. E este é o ponto em que ela se transforma, mas quero apresentar o pensamento. Estamos no mundo para influenciar definitivamente como o trigo ou o joio. Você sabia que todo mundo que é trigo já foi joio? Verdade? Nós éramos todas as sementes ruins antes de nos convertermos, certo? Alguém disse: “Bem, não, se você levar isso em um sentido de predestinação calvinista, nós fomos plantados como boa semente e nós apenas crescemos como uma boa semente.” Não, não, não. Não importa o que você acredita sobre a soberania de Deus, não importa o que você acredita sobre a predestinação, todos nós éramos maus desde o começo.

Assim, o Senhor nos coloca no mundo não apenas para sermos aperfeiçoados e amadurecidos pela pressão que isso traz, mas para influenciar o joio a se tornar trigo, assim como fomos. Nossa redenção deve estar atuante, e é por isso que Jesus disse, em João 17, você vê: "Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes” – do quê? – “do mal.” Não os tires; nós devemos estar no mundo.

Agora, quem somos nós no mundo? Bem, o versículo 38 diz que a semente do mal ou o joio, o zizania - são os filhos do maligno. Isso é ho ponēros novamente, o maligno, o diabo. Está escrito, no versículo 39: “O inimigo que os semeou é o diabo.” Ele é o maligno. Ele é chamado assim em vários lugares diferentes no Novo Testamento. O maligno. E o artigo ali é enfático. Ele é totalmente maligno, o absolutamente maligno, o maligno de todos os malignos.

O próprio solo de quem é miserável, ele é escuridão total. Ele é um erro não resolvido. E todo aquele que não é filho do reino é filho do maligno. Existem apenas dois tipos de pessoas no mundo, filhos do reino, filhos do maligno.

E se você não é filho do rei por meio da sua submissão ao senhorio de Jesus Cristo, você é um filho do diabo; isso é tão claro e simples. Você está no time dele; você está sob seu controle. Efésios 2 diz: “Nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência.” Se você não obedece ao senhorio de Cristo, então quem opera em você é Satanás.

João 8.44, Jesus disse aos líderes de Israel: “Vós sois do diabo, que é vosso pai.” Em 1João 3, João contrasta os filhos de Deus e os filhos do diabo, e esses são os únicos dois tipos que existem. Agora, há um mal relativo dentro da categoria de filhos do diabo, mas eles são todos filhos do diabo. Alguns piores que outros, todos maus, e todos representantes do próprio Satanás. Isso é o que significa 1João 5.19, quando diz que o mundo inteiro jaz no maligno, o mundo inteiro.

E há uma declaração interessante, penso eu, feita em 5.37 de Mateus, que é facilmente esquecida. Aqui, no capítulo 5, você sabe, o Senhor está comparando o comportamento correto com o comportamento injusto. Ele resume isso no final do versículo 37: “O que disto passar vem do maligno.” Em outras palavras, se você vai além ou em contradição com a lei de Deus, isso procede do maligno. E essa é uma declaração teológica monumental. A origem do mal é do maligno.

Deus não é o autor do mal. O mal procede do maligno. Ele é o inimigo que… veja isto… espalhou no bom campo. Você vê isso na criação, cronologicamente. Deus semeou, não foi, filhos do reino, Adão e Eva. E então veio o inimigo, e na queda ele semeou, e os dois continuam ao longo de toda a história humana. E assim, Satanás é a origem do mal. “O que não é de Deus” - diz em 5.37 - “vem do maligno.” As pessoas sempre fazem a pergunta: “De onde veio o mal?” É daí que veio. Do maligno.

E então, de volta a Mateus 13, o Senhor semeia crentes, súditos do Rei, no mundo, e Satanás domina seus próprios filhos. Assim o mundo, então, é entrelaçado: súditos do Rei, os súditos do usurpador, o saqueador, o inimigo, o próprio diabo. E a propósito, “diabo,” no versículo 39, diabolos, significa inimigo, adversário. Então, nós estamos misturados no mundo. Agora, isso é muito importante. É assim que tem sido e é assim que será no reino misterioso, uma mistura.

Agora, há várias coisas que precisamos observar. Satanás… o texto diz que o inimigo, quando veio e semeou, “semeou no meio do trigo.” E ele usa um termo muito, muito forte, um pensamento muito abrangente, em toda parte. E temos de apenas observar aqui que Satanás realmente tem seu povo em todo lugar. Quero dizer, ele está realmente semeando. De fato, em algumas partes do mundo ele está em toda a área. Você ficaria muito tempo para encontrar lá algum trigo. Então há uma semeadura massiva, e ele gosta de semear o mais próximo possível do trigo.

E ele semeia na igreja. Porque diz em Mateus 7: “Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.” Ele tem seus obreiros iníquos semeados bem no meio da Igreja. Agora, quando os encontramos aqui, temos instruções bíblicas para colocá-los para fora. O Novo Testamento é claro sobre isso. Então, Satanás está semeando por onde Deus semeou. E essa é a história do mundo, pessoal. Lá você tem isso. Deus semeia a boa semente, e Satanás semeia o mal, e é assim que acontece em toda a história humana.

E quando chegamos ao reino misterioso, é assim. Haverá muitos Judas bem no meio do apostolado. Agora, o que o texto está tentando nos dizer? Diz que nós existimos juntos. Nós respiramos o mesmo ar, comemos a mesma comida, dirigimos nas mesmas estradas, vivemos nos mesmos bairros, trabalhamos nas mesmas fábricas, vamos às mesmas escolas, visitamos os mesmos médicos, nos entretemos com o mesmo entretenimento, estamos sob o mesmo céu, aproveitamos o mesmo sol quente, respiramos o mesmo ar. Chove sobre justos e injustos, porque tudo está misturado até o fim.

E é aí que chegamos ao versículo 39, muito importante. “A colheita é o fim dos tempos.” Por que ele diz isso? Porque, veja você, os discípulos estavam prontos para usar a foice agora. E eu fico assim, confesso. Às vezes, quando você vê a iniquidade, a rejeição, a incredulidade e a tristeza que o mundo causa à igreja, aos propósitos e ao povo do Senhor, você apenas diz: “Deus, dá para o Senhor descer e limpar tudo?” E você entende Davi, quando ele clama a Deus para destruir seus inimigos? E você entende as pessoas debaixo do altar, rogando que Deus faça algo.

Mas aqui o Senhor diz: “Não seja impaciente; a colheita espera até o fim dos tempos.” Uma frase muito importante, usada várias vezes em Mateus, fala da consumação final no julgamento, fala do tempo final em que Deus julga. Agora, nesse momento, podemos inserir a parte da história onde eles disseram: “O Senhor quer que a gente arranque as ervas daninhas? Nós podemos ver quem elas são agora, elas cresceram, nós vemos a manifestação e sabemos quem são, o Senhor quer que nós as arranquemos? E o Senhor diz: "Não, não façam isso.”

Porque se você arrancar o joio, você será capaz de fazer o quê? Puxar um pouco do trigo também. Você diz: "o que Jesus está dizendo? O que ele está dizendo?" Penso que ele simplesmente está dizendo que se você tentar julgar o mundo, sem o discernimento divino, você vai acabar condenando os cristãos. Você diz: "Espere um minuto, o que isso significa?" Deixe-me explicar. Você sabe o que a igreja tem feito ao longo de sua história? Só isso.

A Igreja Católica Romana, por exemplo, poderia muito bem ser descrita por esses caras. "Ei, nós vamos limpar todos os incrédulos do mundo." E por sua própria definição, eles eram os piedosos, e assim eles perseguiram os verdadeiros crentes. Eles saíram e massacraram os verdadeiros crentes. Você não pode fazer isso. Deus não chamou a Igreja de Jesus Cristo para julgar o mundo. Deus não nos quer em uma posição de poder político, destruindo os incrédulos, porque não temos o discernimento para saber o que vai acontecer na realidade de qualquer maneira.

Essa não é a função da igreja de sair por aí arrancando o joio e as ervas daninhas do mundo. Não é isso o que fomos chamados a fazer. Nós não devemos atacar o mundo. Deus não nos deu esse ministério. Vamos crescer juntos, e Satanás vai semear e dominar mesmo na igreja, porque ele ama a imitação. Mas não é para nós retirarmos o joio. E onde quer que na história a igreja se tornou um poder político, invariavelmente ficou propensa a corromper esse poder, para destruir, “os apóstatas.”

Pense na inquisição. Você já leu o Livro dos Mártires de Fox? Todos aqueles mártires de Cristo que foram massacrados foram assassinados por serem “cristãos.” Eles alegavam isso de qualquer maneira. Leia as Cruzadas, um dos pontos mais incompreensíveis da história humana. As cruzadas, em nome de Jesus Cristo, na Europa, ocorreram para tomar de volta dos turcos os lugares santos de Israel. E no processo, eles massacraram pessoas em toda a Europa. Apenas numa aldeia, eles esmagaram com seus cavalos três mil judeus porque disseram que eram apóstatas.

Esta não é a época do julgamento. Qual foi a atitude do Senhor Jesus Cristo para com essas pessoas? Simplesmente pergunte a si mesmo isso. Como ele tratou publicanos e pecadores? Com mansidão, amor e bondade, certo? Como ele tratou Judas? E Judas estava lá em sua presença e ele não devastou, ele não mirou e o destruiu com fogo. Ele foi paciente. E esta é a hora da paciência. Ele foi tolerante. E esta é a hora da tolerância. Ele foi gracioso. E esta é a hora da graça.

E enquanto alguns estão correndo, tentando destruir o joio, eles podem estar esquecendo o fato de que eles já foram um joio, e talvez Deus saiba que eles precisam de tempo suficiente para se tornarem trigo, entende. Se sairmos destruindo todo mundo, podemos estar totalmente desalinhados com o plano de Deus. Veja, o Senhor sabe quantas pessoas pertencem ao reino. E como ele disse no livro de Atos, “pois tenho muito povo nesta cidade.” Ele sabe quem virá a crer. E isso está funcionando.

E se agíssemos como igreja contra os ímpios do mundo, estaríamos interferindo na paciente e graciosa espera de Deus para que essas pessoas vão a ele em seu devido tempo. Esse não é nosso chamado. Nós não devemos fazer isso. E o espírito disso significa que não devemos condenar os incrédulos do mundo. Não devemos orar para que Deus os destrua. Nós vamos orar para que Deus faça o quê? Salve-os, que ele os salvará, que ele os redimirá. Essa é a única atitude adequada.

Essa foi a atitude do Senhor Jesus Cristo na noite em que foi traído. Ele pegou o pão, e era um sinal quando você o dava para a pessoa ao seu lado que essa pessoa era a convidada de honra, e para quem ele o deu? Judas. Ele ainda estava tratando Judas com amor. Judas e Jesus, uma ilustração de como conviver misturado na era da graça.

Não podemos agir como executores. Devemos ser amorosamente, pacientemente, graciosamente tolerantes como o nosso Senhor foi. E você sabe de mais uma coisa? Se tentássemos agir em juízo, poderíamos estar poupando um pouco daquele material rochoso do solo e de algumas dessas coisas terríveis, porque não podemos dizer a diferença, e podemos estar desenterrando as coisas reais. Então, nós temos um coração de compaixão, não um coração de condenação.

Você sabe, você poderia dar um passo adiante. Não podemos aplicar princípios espirituais pelos quais vivemos no reino para o resto do mundo. Você não pode dizer: "Devemos nos livrar dessas pessoas, elas estão bagunçando o nosso mundo.” Elas estão apenas fazendo o que fazem naturalmente. Quer dizer, você não pode ir até essas pessoas e dizer: "Eu queria que vocês fizessem o que você deve ser feito." E isso é impossível para elas, porque estão fazendo a única coisa que sabem fazer, que é se comportar como filhos do diabo.

E se você for e tentar impor ao mundo nossos padrões, você está lançando suas pérolas a quem? Aos porcos. Lembre-se disso em Mateus 7, onde ele fala a respeito nos seis primeiros versículos de Mateus 7. Ele fala sobre como não devemos julgar uns aos outros, mas devemos ser cuidadosos para olharmos para nossa própria vida. E antes de tirarmos uma trave do olho do outro, temos de tirar a trave de nosso próprio olho. E então Jesus fala sobre como lidamos uns com os outros, e como nos tratamos, e assim por diante.

E então ele diz logo no versículo seguinte: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem.” E você pode voltar e pegar todo o Sermão do Monte lá e o que ele está dizendo: “Não tome estes princípios do Sermão do Monte e tente aplicá-los em uma sociedade de pessoas ímpias, porque elas não podem lidar com isso.” E assim nós não os amaldiçoamos quando eles não praticam essas coisas, você entende? Nós os amamos. E nós os chamamos para Cristo.

A salvação, então, nos chama a um lugar que é de certo sentido precário, porque estamos misturados no mundo. Mas ouça isto com muito cuidado. Eu não acho que o Senhor esteja muito preocupado com isso, porque a natureza do trigo não pode ser mudada. Podemos estar ao lado do joio, mas eles não podem mudar nossa natureza se formos trigo, certo? Mas o inverso não é necessariamente verdade. Sua natureza pode ser mudada pela influência da piedade. E assim, somos chamados, então, a ser pacientes.

Agora, isso nos leva ao clímax no versículo 39. Lembre-se que na parábola ele disse: “Deixe o joio até a hora da colheita, e os ceifadores virão e farão a separação.” E o versículo 39 diz: “Os ceifadores são os anjos.” Agora me escute, os anjos são chamados ao julgamento. Os cristãos são chamados à influência justa. Nós não somos chamados ao julgamento. Nós não somos chamados a condenar o mundo.

Agora devemos pregar contra seus pecados, devemos pregar contra seus males. Mas devemos amar os pecadores e malfeitores, e ser graciosos e pacientes com eles. Nós não somos executores de Deus. Essa não é a nossa tarefa. Temos um conhecimento inadequado, em primeiro lugar; podemos acabar cometendo erros terríveis, como tem sido feito no decorrer da história.

Então a Bíblia está dizendo que Deus vai julgar. Ele vai julgar no final da era, e os anjos serão os ceifadores. E você pode ver uma e outra vez no Novo Testamento, de Mateus a Apocalipse, como Deus chamou os anjos para ceifar. Em Mateus 16.27 diz: “Ele virá em glória, a glória de seu Pai com seus anjos.” Em Mateus 24… acho que é o versículo 31: “Ele enviará seus anjos para reunir os eleitos,” e assim por diante.

O processo de reunião dos eleitos e o processo de reunião dos... daqueles a serem julgados devem ser feitos pelos anjos. Você vê isso, também, em Apocalipse, ao ler o décimo quarto capítulo, em particular, e depois o décimo nono capítulo, que os anjos são os agentes de julgamento de Deus, não os homens. Essa não é nossa tarefa. Então, ele diz a essas pessoas da parábola: “Vocês são os semeadores; eu tenho algumas outras pessoas para serem ceifeiros.” Versículo 40: “e os ceifeiros são os anjos. Pois, assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim será na consumação do século.”

Temos de esperar até que o Rei volte com seus anjos para que isso aconteça. E, a propósito, é precisamente isso que 2Tessalonicenses 1.7 diz. “Quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder.” Quando isso vai acontecer? Quando ele vier para ser glorificado com seus santos. E quando ele vier naquele tempo, com seus santos anjos, ele queimará no fogo inextinguível todos aqueles filhos do maligno.

Agora, observe o versículo 40. Ele nos mostra que o joio será reunido e queimado. Esse é o retrato. E o versículo 41 explica isso. “Mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão do seu reino.” E lá o termo “reino” significa o mundo inteiro, é todo o seu campo, e ele puxa na rede, por assim dizer.

Puxando-os todos juntos, como animais impuros e limpos na mesma arca, cabras no mesmo pasto com ovelhas, peixes ruins na mesma rede com peixes bons, palha no mesmo chão que os grãos, vasos para desonra na mesma casa com vasos para honra. Ele os puxa todos e “tudo o que ofende e tudo o que faz iniquidade” ou faz a iniquidade, a mesma frase de Mateus 7.23, aqueles que praticam a iniquidade - “puxa todos para dentro, e todos eles” versículo 42 - "são lançados na fornalha de fogo." E a reação deles a isso é "choro e ranger de dentes.”

E assim vem um inevitável julgamento quando o Senhor envia seus anjos, tira todos os que o ofendem do reino. E tudo o que é pecaminoso, incrédulo. Todos aqueles que operam a iniquidade... apenas duas maneiras de definir pessoas pecaminosas... e todos eles são jogados em uma fornalha ardente. Agora, o fogo é a morte mais horrível que o homem já experimentou. E o fogo é a imagem do inferno eterno. Fala do terrível e eterno destino dos injustos, dos filhos de Satanás. É usado de novo e de novo nas Escrituras.

Nós lemos nas Escrituras sobre as ervas daninhas sendo queimadas, sobre o joio sendo queimado, sobre ramos estéreis sendo queimados, mesmo no Antigo Testamento sobre árvores sendo queimadas. E aqui vemos as sementes sendo queimadas. A ideia de que o ímpio será consumido no fogo. A parábola retrata a mesma coisa… a fornalha de fogo faz… como o lago de fogo de Apocalipse 19, do fogo inextinguível de Marcos 9, o fogo eterno de Mateus 25.

É o fogo ardente do inferno. É o mesmo fogo de Malaquias 4, o mesmo fogo de julgamento devastador ao qual Daniel faz alusão em Daniel 12, versículo 2. É o castigo eterno no inferno. E a reação no versículo 42 é tão assustadora. Ranger de dentes e gritos estridentes é o que realmente diz. Essa é a reação, ranger de dentes e gritos estridentes.

As pessoas acham que vão estar no inferno e tudo vai ficar bem. Eles vão estar com seus amigos e eles vão amar o lugar. E este versículo nos diz que não só o inferno é um fogo, mas também lhe diz qual será a sua reação. Ranger de dentes e gritos estridentes. Julgamento doloroso, eterno, inevitável e inescapável. E o Senhor está dizendo aos discípulos: “Olhem, por enquanto esperem, por enquanto sejam pacientes, por agora influenciem, por enquanto coexistam enquanto o plano está funcionando.”

E finalmente o julgamento vai chegar. E depois que ele vier, versículo 4: “Então” - marque esta palavra - “Então” - não agora, mas - “Então os justos resplandecerão.” Então vem a santa glória, veja você. Então vem o reino antecipado. Então vem a justa Shekinah, iluminando o rosto de todos os santos por todas as eras. "Eles brilharão como o sol no reino de seu Pai” então. Assim, ele diz: "Isso faz parte do futuro.” Mas está chegando, tão certo quanto o julgamento. De fato, Daniel 12.3 diz: "Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente.”

O último ponto é a aplicação, versículo 43. “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.” Essa é a aplicação. Você diz: “O que isso significa?” Simplesmente significa o que eu costumava ouvir um professor dizer quando eu era pequeno: “Johnny, é melhor” - o quê? - "escutar.” É melhor você escutar. É melhor você ouvir. O que você está escutando?

Bem, pergunte a si mesmo isto, primeiro. Você é trigo? Quer dizer, você deveria saber isso para começar. Você é trigo? Ou você é joio? Você é um filho do Reino, ou você é um filho do inimigo? Se você é um filho do inimigo, então escute. Este é um tempo de paciência, este é um tempo de graça, mas o juízo é inevitável, eterno, doloroso. É melhor você verificar e é melhor escutar.

Você diz: "Eu não sou joio, eu sou trigo." Então é melhor você ouvir isto. Você deve coexistir neste mundo e deve influenciar o mundo para o bem, não ser influenciado por ele. Você vai ser usado por Deus para alcançar aquele joio perto de você, que vai se tornar trigo. Então use a coexistência como uma oportunidade. Não para condenar o mundo, não para explodir o mundo, não para julgar o mundo. Isso é da conta de Deus. Mas amá-los, condenando o pecado e amando o pecador. Esse é o plano. Você está fazendo isso? Você está plantado no mundo para o bem, para Deus e para a salvação?

Bem, vamos orar. Com a cabeça inclinada por um momento, se você olhar para a sua própria vida e souber que não conhece o Senhor Jesus Cristo ou se quiser saber o que fazer, pense profundamente no fato de que, se não for um filho do reino, submetendo-se total e completamente ao senhorio do rei, você é um filho do maligno, e você será colhido e queimado para sempre.

Não precisa ser assim. O Senhor Jesus Cristo irá transformá-lo agora e fazer de você um filho do reino. Ele pode fazer essa transformação. Ele nos chamou tirou do reino das trevas para o reino de seu querido Filho, Colossenses 1. Ele pode fazer a transformação e fará. É por isso que ele espera, ele espera por você.

E se você é trigo, você está influenciando o mundo para o bem e para Deus? A sua atitude é de amor, em vez de condenação? É tão fácil se sentar e condenar os pecadores, falar mal deles e detoná-los, por causa do pecado deles. Mas de alguma forma, no processo, começamos a querer chamar a condenação sobre eles. Talvez seja preciso pedir a Deus que nos dê mais graça para com eles – a graça que Jesus teve em relação a Judas.

FIM

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