
Abra sua Bíblia, se preferir, no capítulo 18, de Mateus. Estamos em nosso contínuo exame deste maravilhoso evangelho de Mateus em uma porção informativa e crucial da Palavra de Deus, talvez você esteja familiarizado como eu estive por muito tempo, e ainda assim encontramos uma riqueza muito maior apenas nesse estudo dos últimos dias. Deixe-me ler para nossa análise nesta manhã. Mateus 18, versículos 15 a 20. Começando no versículo 15: “Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.”
Agora, esta passagem lida com a disciplina de um cristão pecador, um irmão ou irmã pecadores. É, portanto, um texto muito, muito importante, um a que devemos prestar atenção. É a própria palavra de nosso Senhor. Exige de nós uma resposta. Através dos anos na, Igreja Grace, acreditamos muito fortemente na pureza da igreja. Sempre acreditamos fortemente na santidade do povo redimido de Deus. Reforçamos recentemente isso em nosso estudo de Romanos 6, de como fomos resgatados à santidade. Salvos para a santificação. A pureza de vida é o objetivo que Deus tem em nos trazer para si mesmo. Você não pode ler a Escritura, o Antigo ou Novo Testamento, sem estar totalmente convencido de que Deus busca a santidade de seu povo, que Deus não está contente com a desobediência de qualquer tipo. Pedro resume isso tão maravilhosamente, em 1Pedro 1.16, onde diz: “Sede santos porque eu sou santo.” Esse é o desejo de Deus para seu povo. Agora, desde o início do meu ministério, aqui, eu estava ciente disso. E me esforcei em meu coração, em todos esses anos, para o melhor entendimento da Palavra de Deus, e não entendi tão plenamente como entendo agora, mas me apliquei naqueles anos para me comprometer com o Senhor, e eu fiz isso de joelhos diante dele, e se encontrasse algo específico na Bíblia, faria tudo que estivesse ao meu alcance para vivê-la em minha própria vida e fazer tudo o que pudesse para garantir que a Igreja a vivesse em sua vida. Em outras palavras, eu nunca fui capaz de separar a verdade bíblica da vida e viver com falta de integridade.
Se a Palavra de Deus diz, deve ser vivido. E assim, se Deus está tão preocupado com a santidade de seu povo e com a santidade de sua igreja pelo bem da santa reputação dele e pelo bem da bem-aventurança de seu povo, se ele está tão preocupado com isso, então eu devo estar igualmente preocupado com isso assim como ele. E nenhuma igreja pode pregar uma mensagem que não viva e ter alguma integridade diante de Deus, ou que tenha importância diante do mundo. Agora, eu estava ciente, por causa das minhas próprias experiências de vida em muitos lugares e muitas igrejas, que muitas pessoas pregam contra o pecado e não fazem absolutamente nada sobre ele. Muitas e muitas igrejas, a maioria delas deve falar muito claramente sobre as coisas que estão erradas, e que certas coisas são pecaminosas e chamam as pessoas para um estilo de vida diferente, mas nunca realmente se movem para impor essa mensagem. E assim, enquanto não há tolerância alguma no púlpito, há uma grande tolerância na realidade da vida das pessoas.
E o que aconteceu ao longo dos anos na igreja, é que a pregação se separou da vida, e a pregação se tornou esse exercício em que você se levanta e discute sobre algo, mas, na realidade, você não está tão preocupado com isso.
E assim que as pessoas acreditam que pregação não tem conexão com a vida, isso é devastador. Você não pode chamar as pessoas à responsabilidade e não as obrigar a essa realidade em suas vidas. E é isso que o nosso Senhor está dizendo aqui. Não podemos ter uma igreja onde a proclamação da santidade é feita e o pecado é denunciado, mas nada é feito para reforçar essa mensagem. Há muitas pessoas que se separam da pregação porque, durante anos, elas estão envolvidas em igrejas onde ninguém parece se importar se pecam ou não, não importando o que se diga no púlpito. E então, as pessoas acham que a Bíblia é legal, e todos nós acreditamos nisso e lutamos por sua autoridade e contra o pecado; mas nós simplesmente não estamos preocupados em implementá-la. E isso para mim é a máxima hipocrisia.
E assim, acredito que há na igreja hoje, nas igrejas em geral no país e talvez em outros países, uma tremenda falta de integridade em relação à santidade. Enquanto eles afirmam a Bíblia, e enquanto eles vão afirmar o que é pecaminoso, eles simplesmente não reforçam essa afirmação na vida das pessoas e isso compromete da pior maneira.
Na verdade, a disciplina de membros do corpo de uma igreja ou da família cristã é quase inédita em nossa sociedade. Agora, nos últimos anos, isso se tornou mais e mais discutido. Eu sei porque as pessoas realmente nos procuram com muita frequência para tal discussão. Penso no início do ministério, aqui, quando um homem disse a mim, um homem muito querido de Deus que atravessou este país por anos, pregando em todo tipo de igreja e lugares como palestrante e evangelista da conferência bíblica, disse-me: “Eu não conheço nenhuma igreja nos Estados Unidos que esteja envolvida em disciplinar os membros que pecam, nem uma.” E eu disse a ele: "Bem, você vai encontrar uma, porque estamos comprometidos com isso.” Eu disse também a outro pastor e ele disse: "se você fizer isso, eles nunca vão apoiar. Você vai esvaziar o lugar. Você não pode correr por aí metendo o nariz na vida de todos.” “Você não pode sair por aí dizendo que estão pecando.” E assim por diante, e eles sempre jogam fora aquela passagem mal-interpretada e mal-aplicada de Mateus 7: “Não julgueis, para que não sejais julgados.” E então, nós temos esse tipo de síndrome americana: “bem, eu cuido de mim, e você toma conta de você, e nunca nos enfrentaremos.” E então, nós temos esse tipo de síndrome americana sobre “bem, eu tomo conta de mim e você toma de você, e nunca nos encontraremos.” E todos têm uma lei para si, e somos todos independentes, e não queremos nos envolver nos problemas uns dos outros, e assim por diante. E isso parece ser uma realidade cultural que tem trabalhado para que a igreja perca a pureza.
Mas eu não posso esquecer o fato de que no início do ministério aqui, só no primeiro ano, a Bíblia foi tão forte sobre como lidar com o pecado. Então eu estudei Mateus 18. Estudei Atos 5. Em seguida fui para 1Coríntios 5. Finalmente, Estudei 2Tessalonicenses, capítulo 3. Cada parte da Escritura, onde eu poderia encontrar qualquer coisa sobre essa ideia de impor o padrão de santidade. Em outras palavras, como você consegue que um povo seja santo? Você não pode simplesmente pregar e, em seguida, ser indiferente ao que eles estão fazendo em resposta a isso. Tem de haver mais do que apenas dizer isso. Tem de haver uma maneira de pressionar as pessoas a se conformarem com isso em um tipo saudável de pressão divina.
E então, a passagem que realmente definiu meu pensamento em concreto foi o quinto capítulo de Atos. Olhe para ele por um momento comigo. Naqueles dias, quando recebiam as ofertas na igreja, todos traziam seu dinheiro e o colocavam aos pés dos apóstolos. E é isso que estavam fazendo. As pessoas vinham dar ao Senhor, e diz no versículo 1, de Atos 5: “Entretanto, certo homem, chamado Ananias, com sua mulher Safira, vendeu uma propriedade, mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do preço e, levando o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos.” Agora, deixe-me dizer-lhe o que aconteceu: eles juraram ao Senhor dar tudo. E ele entrou provavelmente em uma situação econômica. Eles disseram: Sabe, Senhor, nós temos essa propriedade e gostaríamos de vendê-la. Se nos ajudar a vendê-la, nós daremos tudo para o Senhor, todos os recursos. Eles têm muito dinheiro para isso. Eles a venderam. Eles olharam para tudo isso e disseram: vamos guardar um pouco para nós. O pecado aqui não tem a ver com dar. O pecado aqui tem a ver com mentir para Deus.
Então, Pedro diz a eles, tragam aqui a sua oferta. Oh, eles estão se sentindo generosos. Eles estão se sentindo bondosos. Eis esta grande quantia que vamos dar ao Senhor. Então, disse Pedro: “Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?" Agora, não sei por que não tomamos mais ofertas assim. Onde os anciãos se alinham e assistem o que todo mundo dá e dizem: Por que você está dando isso, quando prometeu aquilo? “Conservando-o, porventura, não seria teu?” - diz ele no versículo 4. E, vendido, não estaria em teu poder? Em outras palavras, você nem tinha de fazer a promessa a Deus. Estava sob seu controle, mas uma vez que você fez a promessa, concebeu o mal em seu coração para fraudar a Deus, e você não mentiu para os homens, você mentiu para Deus. Agora, você diria que isso é confronto? Morto no meio do culto quando estava vindo ofertar, pensando: como é bom dar todo esse dinheiro. Pedro o detém em seus passos, o confronta com a situação e diz: "Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus.”
Ouvindo estas palavras, Ananias caiu e expirou. Deus o matou na hora, e grande temor veio sobre todos os que ouviam essas coisas. Você pode imaginar como seria o depósito da próxima oferta. Levantando-se os moços, cobriram-lhe o corpo e, levando-o, o sepultaram. Ele está morto e enterrado, e sua esposa nem sabe disso. Três horas depois, sua esposa entrou. A propósito, isso poderia dizer alguma coisa sobre quanto tempo os cultos duravam. Eu não quero entrar nisso. Versículo 8: "quase três horas depois, entrou a mulher de Ananias, não sabendo o que ocorrera. Então, Pedro, dirigindo-se a ela, perguntou-lhe: Dize-me, vendestes por tanto aquela terra? Ela respondeu: Sim, por tanto. Tornou-lhe Pedro: Por que entrastes em acordo para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e eles também te levarão. No mesmo instante, caiu ela aos pés de Pedro e expirou. Entrando os moços, acharam-na morta e, levando-a, sepultaram-na junto do marido. E sobreveio grande temor a toda a igreja e a todos quantos ouviram a notícia destes acontecimentos."
Bem, você pode imaginar isso, não é mesmo? Isso moldaria uma congregação muito rapidamente. Você vê, Deus estava lidando muito firmemente com o pecado, não estava? Muito firmemente naqueles primórdios da igreja, Deus estava transmitindo sua atitude para com o pecado. E eles caíram mortos na frente da igreja. Aliás, isso impediu que os incrédulos se juntassem, diz o versículo 13. Ninguém queria se juntar a essa organização. Quer dizer, foi realmente assustador. Eles estavam falando sério sobre o pecado.
Bem, eu estudei essa passagem, o Senhor imprimiu em meu coração este pensamento. Esta ainda é a sua igreja, certo? Ele ainda é o Chefe de sua igreja. Ele não mudou sua atitude para com o pecado, e ele não mudou o desejo de ver a Igreja pura. Mas, ele tomou a autoridade e a colocou nas mãos dos homens piedosos que conduzem a Igreja. E, em essência, ele disse: você me representa naquela igreja, e seja naquela igreja o que eu seria para aquela igreja. E assim, somos os apóstolos de hoje que devem confrontar esse pecado. E embora eu não esteja seguro de que Deus faz coisas assim em todos os casos, estou seguro de que em alguns que ele faz. Eu estou seguro de que há algumas pessoas que morrem, alguns cristãos que morrem como uma disciplina de Deus.
Você vê isso em 1Coríntios, capítulo 11. Também vemos isso em 1João 5. E assim, Deus está preocupado com a santidade de Sua igreja. E ele ainda pode levar algumas vidas de vez em quando, mas, basicamente, o que ele chama a fazer é lidar com o pecado em sua assembleia. Paulo fez isso continuamente. O mesmo fez João, indicando nomes como Diótrefes. E vemos em nossa passagem, em Mateus 18, a mesma coisa. Deus, por meio de Cristo, chamando o seu povo para a pureza. O céu ainda pode agir de maneira sobrenatural para purificar a igreja. Mas, principalmente, a igreja se purifica através do ministério do Espírito de Deus entre o seu povo. Mas o ponto que precisa ser visto nessa introdução é que o pecado tem de ser resolvido. Tem de ser resolvido.
Agora, vamos olhar para o contexto do capítulo 18, novamente. Deixe-me apenas muito, muito brevemente, lembrá-lo de sua essência. É um capítulo sobre a semelhança do crente com uma criança. Essa é toda a intenção: a semelhança do crente com uma criança. Ele vê o crente como uma criança. Na verdade, quando o Senhor está ensinando este capítulo, ele tem em seus braços uma criança. E ele nos vê como aquelas crianças. Somos espiritualmente o que elas são fisicamente: imaturas, fracas, dependentes, ignorantes e assim por diante. E como já passamos através do capítulo, vimos que antes de qualquer coisa, você entra no Reino como uma criança pequena. Vimos isso nos versículos 3 e 4. Nos versículos 5 a 9, passamos protegidos como uma criancinha. Do versículo 10 ao 14, devemos ser cuidadosos como uma criança pequena, e agora, nos versículos 15 a 20, devemos ser disciplinados como uma criancinha. Somos crianças, pessoal, e crianças são feitas para obedecer. Não é suficiente só fazer comunicados. Não é suficiente postar regras. Não é suficiente dar ordens. Tem de haver cumprimento dessas obrigações. E aqui, aprendemos que isso é exatamente o que tem de acontecer na família de Deus.
Isso está abundantemente claro para nós, eu acho, no capítulo 3 de Provérbios, versículo 11, onde diz: "Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão. Porque o SENHOR repreende a quem ama,” aqui está o ponto, “assim como o pai, ao filho a quem quer bem." É a mesma analogia. Como um pai deve disciplinar e corrigir uma criança, o Senhor deve disciplinar e corrigir seus filhos. Somos como crianças, e somos feitos para obedecer. Precisamos ser ensinados a obedecer. E, basicamente, a maneira como aprendemos a obedecer é descobrindo as consequências para a desobediência, certo? Se não há nenhuma consequência manifesta à desobediência, não há nenhuma mudança. E assim, Deus traz consequência para a desobediência.
Agora, se você seguir esse conceito ao longo de Provérbios, ele será enriquecido até o final do livro. Em 10.13 diz: “Nos lábios do prudente, se acha sabedoria, mas a vara é para as costas do falto de senso.” Agora, aqui você tem essa ideia de criança. Ela precisa ser repreendida. Como você vai corrigi-la? Verificamos que será usada a vara. Em outras palavras, é preciso haver dor envolvida. É necessário que haja uma dor consequencial para o seu mau comportamento. Vá para o capítulo 13, versículo 24, que diz: “O que retém a vara odeia o seu filho; quem o ama, este o disciplina desde cedo.” Lá no capítulo 19, versículo 18: “Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo.” Não deixe que isso o pare. O capítulo 22.15 diz: “A tolice está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela.” E assim, 23.13 diz: “Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu o espancarás com a vara e livrará a sua alma do Seol.” E o texto se desenvolve. “Meu filho, se o seu coração for sábio, também o meu coração se alegrará.”
E você descobre que o Senhor retoma esse mesmo conceito ao inspirar o escritor de Hebreus, no capítulo 12, quando diz novamente: “A quem o Senhor ama, ele” - o quê? - “ele corrige, açoita a todo filho a quem recebe.” E nos diz naquele capítulo maravilhoso o motivo. Ali diz, Hebreus 12.10: “a fim de sermos participantes da sua santidade.” Grande verdade. Em outras palavras, Deus nos disciplina para nos conformar pelas consequências externas ou internas, qualquer uma. Às vezes a dor da culpa, às vezes a dor que vem do lado de fora, mas Deus nos disciplina para nos forçar no caminho da obediência, para que possamos nos conformar ao padrão de sua absoluta santidade. Então somos crianças. E você não pode, é uma ilusão as pessoas pensarem que você pode apenas pregar contra o pecado e ensinar contra o pecado e nunca fazer nada sobre isso na vida das pessoas, e esperar que elas se conformem ao padrão de santidade. As crianças não fazem isso. E como as crianças que se inclinam à desobediência na vida, temos uma tendência à desobediência na vida espiritual, porque o pecado ainda está em nós, não é mesmo? Então, temos esse problema, e temos a tendência de nos desviar desse caminho a menos que haja um sentido em que somos pressionados à linha da obediência. E é por isso que deve haver uma imposição. E isso soa como uma palavra muito forte, mas, na verdade, é uma boa palavra para usar. Deve haver uma imposição desse princípio, que é articulado a partir do púlpito ou do ensinamento da igreja. Temos de nos mover para implementar a mensagem.
E eu realmente acho que acredito nisso. As pessoas me perguntam muito sobre isso: por que a igreja na América, até mesmo a igreja evangélica, é tão profana? E a questão não é que tenhamos pregado a mensagem errada sempre; é que nunca fomos obedientes em sua implementação na vida das pessoas. E assim, nós dissemos, na verdade, enquanto o sermão estiver correto e enquanto for ortodoxo, realmente não precisamos nos importar com o que você faz. E isso não pode ser dito às crianças. Elas não sabem lidar com isso. Eu odiaria passar um dia com seus filhos se você apenas lhes dissesse o que fazer em toda a sua vida sem nunca os disciplinar. Você sabe exatamente o que acontecerá. Então, somos chamados nesta passagem para a implementação da disciplina na igreja para lidar com o pecado, a fim de que possamos ver a igreja seguindo o padrão da santidade.
Agora, vamos analisar vários elementos e não concluiremos esta passagem hoje. Então, penso que isso vem do Senhor, porque ela tem de estar pelo menos duas semanas em nosso coração e indelevelmente impressa em nós. Primeiro, vamos observar o lugar da disciplina. O lugar. E eu quero para isso levar você para o versículo 17, porque você precisa ir até lá, e então percorrer toda a passagem. Duas vezes nesse versículo, ele menciona a igreja, a igreja. Agora esse é o lugar. Esse é o lugar, ekklēsia, os chamados para fora. A assembleia. Ouça com atenção. Esta é a terceira vez que esta palavra é usada em Mateus. Esse é o segundo uso dela; no versículo 17, é o terceiro. No livro, o primeiro está no capítulo 16. É usada apenas três vezes. Não é técnica, em Mateus. Não se refere à igreja nascida no Pentecoste. Era uma palavra que significava simplesmente uma assembleia. Nada mais do que isso. É usada dessa maneira em outras partes do Novo Testamento para falar da igreja no deserto, referindo-se a Israel como o povo reunido de Deus no deserto. Era usada na cultura grega extra bíblica para falar de uma reunião na cidade. Qualquer grupo de pessoas reunidas. E é exatamente esse o seu uso neste texto. Ela antecipa a igreja do Pentecoste. Ela antecipa a igreja de hoje. Antecipa a Igreja oficial com “I” maiúsculo, que nasceu do batismo do Espírito de Deus, em Atos 2. Antecipa isso com certeza. Mas, aqui, a ideia original é simplesmente a reunião da comunidade redimida, a assembleia dos redimidos, e não precisa esperar que o Pentecoste seja aplicado. Isso pode estar imediatamente implícito na assembleia dos discípulos que estão reunidos na casa de Cafarnaum no dia em que Jesus ensinou isso. Significa simplesmente a assembleia do povo reunido de Deus.
E como eu disse, ela antecipa a igreja em seu caráter oficial, sua realidade oficial de Pentecostes, mas é aplicada a qualquer assembleia de crentes. E é usada no mesmo sentido não técnico que foi usado em Mateus 16, onde Cristo disse: "edificarei a minha igreja,” e o que ele quis dizer ali não era algum tipo de promessa futura, falando simplesmente do Pentecostes e depois; mas ele quis dizer: “Eu reunirei meu povo redimido.” Certamente, a igreja antecipada será uma grande parte disso.
Alguns comentaristas acham que se refere à sinagoga judaica, mas isso não é verdade. Em nenhum lugar do Novo Testamento Jesus dá regras de conduta em uma sinagoga judaica. Ele não está interessado em corrigir as sinagogas. Ele está interessado em estabelecer seu próprio povo redimido e sua própria igreja redimida. E além disso, os versículos 18 a 20 não poderiam, de forma alguma, formar ou se relacionar com uma sinagoga, porque em nenhuma sinagoga se poderia dizer que eles estão reunidos em meu nome e estou no meio deles. E assim, não é uma referência a uma sinagoga, e não é uma referência para a igreja técnica pós-Pentecostes. É simplesmente um uso geral consistente em Mateus, e consistente num período de tempo no início da era do Novo Testamento que se referia à assembleia do povo redimido de Deus. Agora, quero que você observe ainda que não há estrutura organizacional aqui quando diz “dize-o à igreja,” e não diz como a igreja deve ser organizada. Não descreve a igreja. Não diz para o sujeito que está no comando e pede para ele escolher oito pessoas e começar um comitê e enviar os investigadores. Diz apenas diga ao povo redimido reunido. Ele não nos fornece instruções ou etapas específicas ou processos. Deixa isso para cada assembleia individual de crentes e cada era individual e país e tempo e lugar com todos os vários dons que vêm junto com os vários tipos de estilos de liderança que podem ser usados. É simplesmente igreja, pessoas redimidas e reunidas por Deus. É aí que a disciplina deve acontecer.
E afinal, não é lá que Deus quer a purificação? Não é o que Paulo disse quando ele falou que queria fazer o que Cristo queria, e que era esposar Cristo a uma virgem pura? Não é isso que ele tinha em mente, no capítulo 5 de Efésios, quando diz: “para a apresentar a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.” É o seu povo redimido que ele quer ver santo, puro, imaculado e sem mácula. E é nesse contexto que isso acontece.
Digo isso para dizer o seguinte: não há autoridade maior. Não há tribunal externo. Nós não precisamos estabelecer um tribunal nacional da igreja. Se você for além de estabelecer algum bispo, ou algum papa, ou algum cardeal, ou algum sínodo, ou algum grupo de pessoas ou indivíduos que não tenham relação com a assembleia local de crentes, você criou um tribunal além daquele que a Palavra de Deus cria. Porque o povo redimido e sua assembleia é o epicentro onde isso ocorre. Ir além disso é ir além da palavra de Cristo e do ensino de seus apóstolos.
Então, temos coisas muito gerais aqui. Não temos um tipo de estrutura hierárquica. Não temos um tipo de projeto para a igreja. Nós não temos algum tipo de categoria de divisão superior de pessoas governando que se sentam como juízes. Acontece na Assembleia dos redimidos. Ao longo dessa linha, uma nota de rodapé que pode ajudá-lo em termos de ilustrar isso está em 1Coríntios 6, onde Paulo confronta os Coríntios sobre o pecado de processar uns aos outros. Ele diz: "Aventura-se algum de vós, tendo questão contra outro, a submetê-lo a juízo perante os injustos e não perante os santos?" O que você está fazendo, levando suas queixas e seus problemas perante os injustos? Ou seja, aos tribunais de homens não regenerados e não diante dos santos.
Veja, os santos, ali não diz o tribunal que foi nomeado pelos santos. Diz os santos. O contexto da comunhão cristã e da família é o tribunal mais alto que existe. E ele prova isso na próxima linha. Ele diz: “Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo?” E então, no versículo 3: “Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida?” Em outras palavras, a igreja é a mais alta corte. E assim, toda a disciplina da igreja ocorre dentro da comunidade de pessoas crentes. Pode ser grande como a nossa. Ou pode ser muito pequena. Pode ser em um campo missionário, três ou quatro missionários. Nós nem sequer temos uma igreja ainda estabelecida entre os povos nativos. Eles se tornam uma Assembleia do povo redimido de Deus em que a imposição dos princípios de Deus da santidade deve ser levada a cabo. Pode ser na sua família. Essa é uma unidade do povo redimido de Deus que constitui sua igreja. Pode ser em seu estudo da Bíblia ou em seu grupo de pastoreio, seu grupo de comunhão. Está entre as pessoas redimidas de Deus e não existe um tribunal superior. Isso não quer dizer que a liderança espiritual daquela assembleia não se envolva, porque isso seria óbvio. Certamente que sim. Mas o lugar é a igreja. Não vamos além disso. Não estamos interessados em formar um comitê de imposição, apenas a igreja.
Segundo ponto, muito, muito importante. Não só o lugar da disciplina é dado aqui, mas o propósito da disciplina. O propósito disso. Olhe para o versículo 15, o fim do versículo. "Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão." Aí está o propósito. Escute, o propósito da disciplina é a restauração. Restaurar de volta à santidade. Deus sempre se preocupou com a restauração. Provérbios 11.30: “e o que ganha almas é sábio.” Talvez o elemento de sabedoria de todos seja conquistar homens de volta a Deus. Em Gálatas 6, Paulo diz: “Irmãos, se alguém for surpreendido em alguma falta, vocês, que são espirituais” - o quê? - "Restaurai-o." Restaurai-o. Em Tiago, capítulo 5, o final da epístola, versículo 19 e 20. “Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele.” Você salva uma alma da morte quando a restaura.
Agora, este é sempre o objetivo da disciplina. O objetivo da disciplina na igreja não é expulsar as pessoas. Não é para envergonhá-las. Não é ser superior em relação à injustiça delas. Não é brincar de Deus. Não é exercer autoridade em poder de maneira antibíblica. O objetivo da disciplina não é expulsar as pessoas; é trazê-las. É trazê-las de volta. Agora, observe no versículo 15, há uma palavra interessante, ganhar. É uma palavra do mundo comercial. É uma palavra do mercado. É uma palavra usada, por exemplo, para falar sobre acumular riqueza. Ganhar no sentido de tesouro. Ganhar no sentido de dinheiro, bens ou artigos. É usado neste contexto, ver um irmão em pecado então é como perder um tesouro. Como a perda de algo valioso. E só assinalo a você que isto na verdade é o coração de Deus, que Deus não pode deixar ninguém ir porque cada um é para ele um tesouro. E a igreja tem de ter o mesmo sentido também que não podemos permitir que um sequer naufrague e dizer, bem, eu não sei onde ele está, mas eu realmente não posso me envolver. Acho que caiu em pecado. Há uma perda para nós. Há um tesouro que se foi de nós. E quando restaurado, recuperamos essa riqueza. Então, há algo perdido para nós de valor.
E assim, quando um irmão ou uma irmã pecam, nós os perdemos como um tesouro que está perdido para nós. E precisamos trazê-los de volta, e precisamos trabalhar diligentemente para trazê-los de volta para restaurá-los, porque eles são de valor para nós.
Você diz: como? Bem, eu posso ilustrar desta forma. Houve pessoas na minha vida que pecaram e estiveram perdidas para mim, e eu perdi um tesouro. Vou lhe dizer como. Porque quando eles estavam no lugar da obediência, e o lugar de caminhar na vontade de Deus e harmonia com o seu espírito, o Espírito de Deus trabalhou através deles em minha vida. Deus me abençoou com o seu ministério. Deus me abençoou através de seus dons espirituais. Deus me enriqueceu através de sua comunhão. E assim que eles foram embora, foi uma perda para mim. Um dano, a propósito, que ninguém mais experimentará porque não são mais como eram. Você entende isso? Existe então a perda. É como perder um filho, que outra criança não pode substituir, porque cada filho é irreproduzível.
E assim, quando alguém entra no pecado, há uma perda. Nenhum de nós pode se contentar com essa perda, se percebemos o valor dessa alma para Deus e o valor dessa alma para nós como um instrumento do espírito de Deus para ministrar. Volte para o versículo 12 comigo por um momento, e deixe-me dar-lhe o coração de Deus nisto. E isso vai remeter à passagem que falamos na semana passada. Ele está dizendo, pense comigo agora: “Se um homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não deixará ele nos montes as noventa e nove, indo procurar a que se desgarrou?” A resposta clara é sim. “E, se consegue encontrá-la, em verdade lhes digo que ficará mais alegre por causa desta do que pelas noventa e nove que não se desgarraram. Assim, não é da vontade do Pai de vocês, que está nos céus, que se perca um só destes pequeninos.” Isso é o que significa. Deve ser considerado sem valor para você, porque eles são um tesouro perdido e precisam ser recuperados. Oh, os homens se esforçam muito para recuperar a riqueza monetária que perderam, e pouco se esforçam para reconquistar a perda de uma vida humana, que é de valor infinito.
Em 2Timóteo 2, Paulo ministra uma palavra ao jovem Timóteo, que penso ser aplicável aqui. Ele diz: “o servo do Senhor não viva a contender,” não seja argumentativo, “deve ser brando para com todos, apto para instruir.” Então, você é gentil, você está ensinando, é paciente, ”disciplinando com mansidão os que se opõem." Sempre haverá aqueles que se opõem. Eu tenho isso na minha vida o tempo todo. Mas eu não devo ser argumentativo, mas gentil, direto no meu ensinamento, paciente e humilde. E se eu for atrás dessa pessoa, Deus talvez lhe dê arrependimento ao reconhecimento da verdade, e assim eles podem recuperar-se da armadilha do Diabo, levados cativos por ele à sua vontade. Você sabe o que aconteceu com aquelas pessoas que estão à deriva? Adivinha quem os pegou? O inimigo os pegou. E precisamos ir e recuperá-los. Em Gálatas 6.1 diz: "vocês, que são espirituais, restaurem essa pessoa.” E essa palavra restaurar, katartizō, é uma palavra muito interessante. Tem a ideia, basicamente, de consertar algo para trazê-lo de volta à sua condição original. Ele fala sobre remendar ossos fraturados, substituindo ossos quebrados. É usado para consertar redes de pesca. É restaurar à condição anterior.
Esse é o objetivo da disciplina. É ver uma pessoa como um tesouro. Para ver as pessoas do jeito de Deus, o bom pastor as vê, que deixa as que estão lá no aprisco e sai, e encontra aquela, e a traz de volta porque uma, apenas uma de cem, é uma perda. E há algo a ser dado a mim e a você através do amor e do ministério daquela pessoa que nunca pode ser dado a outra pessoa. E assim, estamos no negócio da recuperação. E você tem de ver isso, amado, porque sempre que uma igreja se envolve com isso, e eu sei que as pessoas certamente sentiram que a Grace Community Church está correndo por aí, checando o pecado de todos. Já tive pessoas fazendo essa pergunta. Sabe, a Grace tem a CIA, Grace SS, Serviço Secreto que espiona todo mundo? Essa não é a ideia. A ideia é que temos uma tremenda fome pelo fato de que Deus quer sua igreja santa, e nós também colocamos um valor muito alto na alma que pertence a Deus, que é uma de suas ovelhas, e nós temos o coração do pastor.
E não queremos deixá-las ir. Queremos trazê-las de volta por amor a elas, por amor a nós, e por amor a Deus em primeiro lugar e acima de tudo. Não estamos contentes em deixá-las ir. Você diz, bem, você sabe, assim e assim. Oh, eu não vou dizer nada a elas. Quem sou eu para dizer alguma coisa? Você sabe? Isso mostra o jeito delas. E há quase um certo tipo de satisfação em nosso espírito porque elas caíram, porque isso nos faz sentir melhor. Isso é na verdade uma enfermidade. É chamada de orgulho.
Se você se sentir mais espiritual do que o seu irmão pecador e permanecer de forma presunçosa indiferente em relação ao pecado dele, com a ideia de que é melhor do que ele, isso não é bom? E assim, você está muito longe do coração do pastor. Estará em pecado tanto quanto ele. Um cristão disse isto, li nesta semana: “Eu sempre pensei, se algum dia eu cair em pecado, ó Deus, não me deixe cair nas mãos daqueles censores críticos da igreja. Deixe-me cair nas mãos de um barman, andarilho, vendedores ambulantes. Por quê? Porque tantas vezes as pessoas da igreja me despedaçaram com suas línguas compridas e fofoqueiras me deixando em pedaços.”
Bem, eu não sei em que igreja ele foi, mas tenho certeza de que muitos já tiveram essa experiência. Você sabe, é uma tendência para nós, quando alguém cai em pecado, apenas saborear a sua pecaminosidade e sua queda. Simplesmente comentam sobre a sua pecaminosidade. E nos sentimos tão espirituais quando não somos nós. Em vez do coração de pastor que sai e implora para se recuperar, temos uma certa satisfação pela autojustiça que vem à nossa mente, quando sabemos que não fizemos isso. Não é isso que Deus procura.
E assim, devemos nos envolver na restauração. E se Deus faz o esforço indicado nos versículos 12 a 14, quem somos nós para fazer menos. Agora, eu realmente acredito que, você sabe, nós falamos muito sobre santidade, e eu tenho pregado muito sobre isso em nossa igreja, mas eu não acho que isso realmente acontecerá até que nos preocupemos pessoalmente com as pessoas que caem em pecado o suficiente em vez de saborearmos a queda, ou indiferentemente deixarmos tudo acontecer, em vez de dizer o que nossa cultura quer que digamos: não se envolva, não invada a vida dele. Ele cuida de si mesmo. Ele tem sua maneira particular de fazer as coisas. Não diga o que fazer. Em vez disso, realmente devíamos ir atrás delas e trazê-las de volta ao aprisco. Nunca conheceremos a santidade que continuamos pregando.
Bem, deixe-me dar-lhe um terceiro princípio, e este é o último que vou lhe dar hoje. O lugar é a igreja. O propósito é a restauração. A pessoa pode perguntar, quem deveria estar fazendo isso? O pastor? Ah sim, o pastor, e nós temos um comitê de disciplina, nós temos de formar algumas pessoas para fazer isso. Bem, vamos descobrir quem deve fazer isso. OK? Eu realmente não vi isso na passagem até que a estudei outro dia novamente, e li somente o versículo 15, repetidamente, mais, mais e mais para ver o que se destacava na minha mente. Eu costumo fazer isso. Para ver o que se destacou. Agora, verifique o que se destaca em sua mente. “Se o seu irmão pecar contra você, vá e repreenda-o em particular. Se ele ouvir, você ganhou o seu irmão.” Quem é a estrela do versículo 15? Você. É com você. Não é um comitê de disciplina. É você. Aí você me diz? Ora, eu simplesmente não posso fazer isso. Eu não sou uma pessoa que confronta. Eu sou muito amoroso. Que maravilha. Isso é tudo sobre vocês, não sobre mim, não sobre algum comitê, não sobre agentes da CIA, CIA espiritual ou o que quer seja. É sobre você.
A disciplina não é para oficiais da igreja; é para todos, incluindo aqueles que lideram na igreja. De fato, em Gálatas 6, ele diz exatamente para quem é. “Se alguém for surpreendido em alguma falta, vós, que sois espirituais,” vocês, que estão andando no Espírito, vocês, que estão andando em obediência, vocês, que estão em comunhão “restaurai-o.” Ouça: “Em espírito de mansidão, humildade e amor considerando-se que você também seja” - o quê? - "Tentado.” Você não faz isso com a superioridade espiritual transpirando pelos poros. Você faz isto em mansidão e humildade amorosa. Começa com você. Tudo começa com você. É o certo. Você é a chave. Isso é tudo sobre você.
Amados, devemos nos preocupar em trazer pecadores para Deus. Nós não podemos deixá-los ir. E se você não está preocupado, então você não está preocupado com as coisas que Deus está preocupado. Se você tem falsa piedade, indiferença, presunção, satisfação, justiça própria, desprezo por alguém, distinga-se deles porque talvez o pecado deles tenha sido contra você, e você está feliz por eles terem ido embora. Ou orgulho, ou sentimentalismo, ou covardia, ou ocupação, ou seja o que for que você permita, impedindo ser fiel na obra de Cristo para confrontar um irmão pecador, você fracassou. Eu também. Se eu ignorar a restauração das ovelhas errantes, eu me tornei, de certo modo, um errante também, não é mesmo? Desobediente.
A pureza da igreja é nossa preocupação. E eu sei que é sua preocupação, e é minha, e está em nossos corações. Mas isso nunca acontecerá até que nos tornemos comprometidos com o confronto daquilo que o torna impuro no amor e na mansidão. Quer dizer, não estamos apenas orando por eles para que vejam a luz. Ouça, você tem a luz, pegue-a e faça-a brilhar aos olhos deles. Agora, para fazer isso, você precisa de três coisas. E nós vamos trazê-las direto para os pontos práticos
Três coisas. Número um: disposição, vontade. Você precisa estar disposto a fazer isso. Veja o versículo 1, o verbo principal lá é: Vai. "Vai argui-lo." Você precisa ir e repreendê-lo. Você me diz, bem, se eu vejo um irmão em pecado, o que eu devo fazer? Vá e diga a ele. Quer dizer, apenas diga a ele? É o que diz, vai e diz a ele. Vá e diga a ele o quê? Apenas vá e diga que ele está em pecado. Veja o versículo 16: "Se porém não te ouvir, leva ainda contigo.” Primeiro você vai e o repreende, então você leva junto uma pessoa. Se ele ainda não o ouvir, versículo 17, você diz novamente para toda a igreja, vai, repreende, leva e fala.
Agora, cada uma dessas ordens implica uma resposta. E cada uma delas implica que você pode responder, certo? Porque Deus não dá ordens para pessoas que não têm capacidade de responder a elas. Então, elas indicam que deve haver uma disposição de nossa parte. Deus diz para ir e dizer. Se ele não ouvir, leva algumas pessoas e lhe diz outra vez. Deus diz “vai e diga a ele.” Se ele não ouvir, pegue algumas pessoas e diga novamente. Se ele não ouvir, conte para toda a igreja e peça a igreja inteira para falar com ele. Esse é o certo. Em outras palavras, depende de você responder voluntariamente e agir. Agora, temos muitas pessoas na igreja dizendo, oh, eu gostaria de poder ensinar na igreja. Oh, eu gostaria de um ministro da santidade. E eles querem saber se podem conseguir o pódio e arrumar um grupo, e estar lá em cima e ensinar. Esse é um ótimo ministério. Temos muitas pessoas e treinamos pessoas para sejam mestres na igreja. Outras pessoas dizem que querem pregar. Eu não quero apenas ensinar. Eu quero fazer como você, John. Eu quero ensinar, mas gritar de vez em quando, e gritar e fazer o que você faz. Eu quero pregar e quero chamar as pessoas ao arrependimento, e chamar as pessoas à santidade, e a todas essas coisas. Outras pessoas dizem: oh, eu quero estar envolvido no evangelismo. Rapaz, quero sair e ganhar os perdidos. E assim por diante, e outros querem estar envolvidos em ministrar às necessidades das pessoas, ou orar, ou o que quer que seja.
Você sabe, há um ministério na igreja que acabou de ser totalmente perdido. E quero dizer, eu não acho que em toda a minha vida eu já ouvi uma mensagem sobre isso, tenha lido um artigo sobre isso, ou um livro, nunca. E é o que eu chamaria de ministros da santidade, cuja tarefa é ver através dos olhos de Jesus Cristo para confrontar o pecado da igreja e chamá-la de volta à pureza. Agora, o que precisamos não é apenas uma igreja inteira cheia de pregadores e professores. Tudo bem, mas essa é apenas a excelente articulação dos fatos. Nós não precisamos apenas de um monte de pessoas que estejam orando e um monte de pessoas que estejam treinando. Precisamos de um monte de pessoas que estejam lá fora reforçando a santidade. Mesmo. Ministros da santidade que se tornam armas incríveis nas mãos de Deus. E isso não significa que você vai fazer isso com orgulho espiritual; significa fazer isso com um coração de preocupação, compaixão e amor. E isso é com você; e você precisa estar disposto.
Nisso não há nada de novo, a propósito. Vou levá-lo de volta a Moisés, no Pentateuco. Primeiro conjunto de livros na Bíblia, deixe-me ver se eu posso encontrá-lo aqui. Deve estar em Levítico 19, sim. Versículo 16, ouça isto. “Não ande como mexeriqueiro no meio do seu povo.” Eu gosto disso. Não saia por aí falando mal das pessoas e fofocando. “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não atentarás contra a vida do teu próximo.” Em outras palavras, não se junte à condenação de alguém. E então, ele diz: "Eu sou o Senhor.” "Eu sou o Senhor." E o que isso significa, caso esteja se perguntando se isso é sério, eu sou aquele que disse isso, e sou o Senhor. Assim, não faça essas coisas. Ele diz isso. Então ele diz isto. "Não odiarás teu irmão no teu coração." Você diz, Oh, eu não pensaria nisso. Tenho tanta coisa, eu não odiaria ninguém. "Não aborrecerás teu irmão no teu íntimo; mas repreenderás o teu próximo e, por causa dele, não levarás sobre ti pecado." O que isso significa? Ouça novamente. “Não odiarás a teu irmão no teu coração, mas antes tu repreenderás o teu próximo e não permitirás o pecado sobre ele.” Em outras palavras, se você odeia o seu irmão, será manifesto no fato de que você nunca irá incomodá-lo ou repreendê-lo por seu pecado. Você diz: oh, eu sou muito amoroso para repreender. Não me diga isso. Você é muito indiferente para repreender.
Entenda, você vê um pai que nunca, nunca disciplina um filho. Esse pai não ama esse filho. Esse pai não se importa com a criança. Você odeia seu filho se não disciplinar seu filho e não corrigir seu filho. A mesma coisa é verdade na dimensão espiritual. Ele está dizendo: você não odeia seu irmão no coração por nunca repreendê-lo por seu pecado ou confrontá-lo pelo seu mal? Por quê? Se você o amasse, você iria querer impedi-lo da consequência do pecado e você gostaria de restaurá-lo ao lugar da bem-aventurança, certo?
É óbvio, é óbvio. Então, tem de haver uma vontade, pessoal. Agora, acredito que essa vontade nasce de uma segunda coisa, e são progressivas. A vontade nasce do zelo por Deus. Olhe para João 2, e eu vou lhe dar uma ilustração disso. A disposição de confrontar o pecado nasce do zelo por Deus. Em João 2.13, Jesus veio para a Páscoa em Jerusalém e encontrou no templo o povo vendendo bois, ovelhas e pombas. E os cambistas que estavam roubando as pessoas, todos estavam sentados lá, fazendo seus negócios. Agora, isso é muito pecado. E está muito notório. E está acontecendo exatamente no templo. E então, Jesus fez um chicote. Pegou alguns pequenos pedaços de corda e trançou a corda para fazer um chicote grosso, e literalmente os expulsou do templo. E sabe, eles não saíram facilmente. “Expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas.” Agora, o que o obrigou a fazer isso? Por que ele teve tal reação ao pecado? Por que ele tinha tão grande desejo pela santidade da casa de Deus?
Versículo 17: “Os seus discípulos lembram-se de que estava escrito” - Salmo 69.9 - “o zelo da tua casa me consumiu.” E o resto do versículo diz: “O opróbrio que cai sobre ti cai sobre mim.” Em outras palavras, Senhor, quando tu és desonrado, tenho um tal zelo em meu coração, tal desejo pela tua glória, que quando és desonrado, eu sinto a dor. Então, a disposição de confrontar o pecado nasce do zelo pelo nome de Deus, e a reputação de Deus e a glória de Deus. Percebe, Jesus diz: Não posso permitir que façam da tua casa um covil de ladrões. Não posso tolerar o pecado em tua casa. Vou expulsar todos. O templo não é mais a casa. Você é a casa de Deus, certo? A assembleia dos crentes é uma morada santa na qual Deus habita. E devemos ter o coração de Cristo, que não pode mais tolerar a falta de santidade neste templo do que ele poderia tolerar no templo de seu Pai, em Jerusalém. Zelo por Deus. Você não pode ter disposição para enfrentar o pecado num vácuo. Nasce do zelo por Deus.
De onde veio o zelo por Deus? Esse é o terceiro ponto. Para ser engajado como ministro da santidade em prol da pureza da igreja, deve haver pureza pessoal. Esse é o terceiro ponto. Três coisas necessárias: disposição, zelo por Deus, pureza pessoal. Você não vai se encher de zelo pela casa de Deus. Você não será consumido com o desejo pela santidade do nome dele, a menos que você esteja caminhando nessa santidade. Olhe comigo em Mateus, capítulo 7. Embora essa passagem venha em um contexto um pouco diferente inicialmente, seu princípio deve se repetir em nosso texto. Versículo 3: “Por que vês tu o argueiro,” isso significa uma farpa, pequena lasca, “no olho do teu irmão, porém não reparas na trave,” isso significa uma placa de cinco por dez centímetros ou algo nesse sentido, “no teu próprio olho.” Como você dirá ao seu irmão, deixe-me tirar essa trave do seu olho e eis que você uma placa enorme em seu próprio olho. Você é hipócrita. Primeiro, elimine a trave do seu próprio olho e, em seguida, você poderá enxergar com clareza suficiente para tirar a trave do olho do seu irmão.
Agora, o que aprendemos aqui? Antes que você possa ir confrontar alguém sobre o pecado dele, do que você tem de cuidar? Do seu próprio. Ouça, pessoal, vou dizer-lhes que este é um princípio muito importante. Quando uma igreja se move para impor a santidade e impor a pureza, quando uma igreja se move para confrontar o pecado, pela própria virtude dessa direção, ela estará em processo de autopurificação. E o resultado final será: haverá menos disciplina necessária, embora a igreja esteja mais comprometida em fazê-la. Você entende isso? Porque quando você começa a se mover nessa direção, a demanda é a purificação. Esse é um ministério difícil, mas precede todo o resto. Nós ouvimos muito sobre ensinar e pregar, treinar, servir, cantar no coro, ajudar aqui e ali, liderar isso e liderar aquilo, mas onde estão os ministros da santidade? Onde eles estão? Nosso Senhor chama por eles em sua igreja. Na próxima semana, vamos descobrir como eles funcionam. Vamos orar.
Senhor gracioso, sentimos que fomos confrontados por ti. Nós enfrentamos a realidade de nossa inadequação novamente, e voltamos de onde começamos. Sonda-me, ó Deus, e conhece meu coração. Experimenta-me e vê se há algum mau caminho em mim e me guia no caminho eterno. Senhor, precisamos de limpeza porque falhamos aqui. Não temos estado dispostos porque não temos paixão por tua santidade, porque as coisas não foram todas as que deveriam ser em nossa própria vida. Que possamos começar conosco, nos tornarmos puros. Preencha-nos com o tipo de zelo que sente a dor que o coração de Deus sente, para que possamos ter a mesma reação santa ao pecado que tens. Faça-nos dispostos em amor, em ternura, em gentileza, para confrontar, e mostrar que nós amamos com o amor que confronta e restaura. Obrigado, Pai, pelo que nos ensinaste. Em nome de Cristo. Amém
Fim

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