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Creio que abordaremos o livro de Daniel com um grande senso de expectativa. Quero ler os 9 primeiros versículos como cenário para a nossa mensagem de hoje à noite. Capítulo 1:

"No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio a Jerusalém e a sitiou. O Senhor entregou nas suas mãos Jeoaquim, rei de Judá, e parte dos utensílios do templo de Deus; e ele os levou para a terra de Sinar, para o templo do seu deus; e os pôs na casa do tesouro do seu deus.

“Então o rei disse a Aspenaz, chefe dos seus oficiais [ou eunucos], que trouxesse alguns dos israelitas da família real e dos nobres, jovens sem defeito algum, de boa aparência, dotados de sabedoria, inteligência e instrução, e com capacidade para servir no palácio do rei; e disse-lhe que lhes ensinasse a cultura e a língua dos babilônios. O rei lhes determinou a porção diária das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem alimentados por três anos; para que no fim destes pudessem servir diante do rei. Entre eles se achavam alguns vindos de Judá: Daniel, Hananias, Misael e Azarias. O chefe dos oficiais lhes deu outros nomes: a Daniel, o de Beltessazar; a Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque; e a Azarias, o de Abednego.

Porém Daniel decidiu não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia. Então pediu permissão ao chefe dos oficiais para não se contaminar. Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos oficiais.”

Vamos parar por aí. Esse não é o fim da história; é apenas o começo, mas na próxima vez teremos de acabar retornando.

Vivemos uma época de concessões. De fato, acredito que desde o momento em que começamos nossa vida no mundo aprendemos muito bem a arte da concessão. Ao longo de nossa vida seguimos a linha de menor resistência. Mantemos uma convicção até que isso atrapalhe nosso conforto ou nossas facilidades. Seguimos um padrão desde que não viole algo que desejamos fazer. Se conseguirmos viver com um pouco menos do que o nosso melhor, faremos isso. Se pudermos sabotar um pouco os princípios divinos, ou mesmo aqueles em que dizemos acreditar, faremos isso também em muitos casos se satisfizerem nossos objetivos. E essa é uma abordagem muito pessoal da vida, que corresponde a uma perspectiva de vida bem usual porque todos nós vivemos fazendo todo tipo de concessões em nossa vida pessoal.

Reconheçamos, a conveniência é o padrão dominante da vida humana. Adoramos o grande deus pragmatismo. Suponho que o nosso lema hoje possa ser: "Se funcionar para você, faça-o". Somos pragmáticos mais do que qualquer outra coisa. E como em nossa sociedade hoje abandonamos qualquer padrão moral, abandonamos completamente os princípios cristãos. Não estamos mais preocupados com uma moralidade bíblica. Pouco nos importa o que Deus tem a dizer, pelo menos na maior parte. Ficamos apenas com a filosofia da conveniência ou do pragmatismo. O que funcionar, o que cumprir a nossa meta e satisfizer a finalidade é o que fazemos, e assim facilmente abrimos mão da nossa consciência. Desistimos facilmente de nossas convicções. Facilmente abandonamos nossos padrões para atender a algum objetivo prático. E o mais surpreendente disso é que em nossa sociedade parece haver pouca consciência e pouco sentimento de culpa ou remorso.

Descobrimos que os políticos, que parecem ter padrões tão altos no momento em que são eleitos, proclamam esses elevados padrões de um extremo a outro do país, mas quando se encontram no cargo ficam ansiosos por fazer concessões a esses padrões se isso satisfizer seus propósitos. Observa-se a mesma coisa nas práticas de negócio, pois desde os executivos corporativos até os vendedores todos fazem a mesma coisa. Os advogados, que deveriam ser a consciência de qualquer sociedade, em muitos casos comprometem sua própria consciência para atingir certo fim.

Líderes em todas as esferas da vida e em todas as áreas da vida humana fazem o mesmo com muita frequência. Como indivíduos de todo tipo aprendemos a mentir, aprendemos a trapacear, aprendemos a roubar, aprendemos a esconder a verdade e aprendemos a fazer o que for necessário para obter o que queremos, de modo que a concessão se torna um modo de vida.

E quando entramos em uma situação de confronto, às vezes nossos mais elevados princípios são empurrados para segundo plano porque não queremos ofender alguém, ou não queremos ser intrusivos ou temos medo de realmente dizer aquilo em que acreditamos. Talvez na vida de um cristão isso fique mais evidente quando no meio de uma conversa se percebe que deveria falar de Cristo, mas para não ser mal-visto ou menos considerado, mantém-se a boca fechada e fica-se calado a respeito de Cristo quando ele deveria ser apresentado. Isso por si só já é uma concessão. Para resguardar nosso próprio ego, para o bem de nossos próprios objetivos, prontamente fazemos concessões.

Essa transigência com padrões e verdades também já penetraram na igreja. De fato, repetidamente fazemos concessões ao mundo. Fazemos isso com tanta frequência que, francamente, pessoal, acho que não sabemos mais o que é concessão. Sempre que o mundo cria alguma coisa, invariavelmente o seguiremos. Se o mundo quiser ter uma espécie de movimento hippie, teremos um movimento Jesus-hippie. Se o mundo quiser ter um movimento de música rock, apenas nos dê tempo e nós também o teremos. Se o mundo decidir ter um movimento feminista, espere e nós teremos um também.

Há muito tempo fazemos concessões ao mundo, ficamos tão envolvidos em seu ponto de vista materialista, em sua economia e em seu estilo de vida que há pouca possibilidade de podermos entender o que realmente significa uma vida intransigente. Lutamos para nos separar do mundo, porém somos incapazes de definir o que essa separação significa porque sofremos uma lavagem cerebral do sistema.

Aceitamos os padrões de pensamento do mundo. Aceitamos os sistemas de valores do mundo. Aceitamos as atitudes do mundo. Em muitos casos, aceitamos sua economia. Desculpamos a nós mesmos. Aceitamos sua moralidade e novamente somos indulgentes. Mesmo sabendo que a Bíblia ensina algo, se sentimos que queremos fazê-lo, seguimos em frente e o fazemos de qualquer maneira.

Recentemente, tivemos a oportunidade de aconselhar algumas pessoas que desejavam se casar. Não encontramos justificativa bíblica para o casamento deles e lhes dissemos que realmente não tinham direito de se casar, o que não os perturbou nem um pouco. Eles simplesmente desceram a rua, casaram-se e apareceram aqui novamente na semana seguinte.

Concessão, uma incapacidade de lidar com os valores bíblicos do modo que Deus deseja porque estamos sobrecarregados com nossos próprios desejos pessoais. E assim tratamos de agradar a nós mesmos em vez de Deus, e aprendemos bem a arte da concessão. Entregamo-nos às prioridades do mundo. Avaliamos o entretenimento mundano e vamos em frente.

As Escrituras instruem-nos a fazer exatamente o oposto, e poderíamos gastar muito tempo apenas estudando isso de uma perspectiva teológica. Poderíamos repassar o Antigo Testamento e estudar o insistente chamado de Deus para nos mantermos separados do mundo. Poderíamos ir aos evangelhos e ver o que Jesus disse. Poderíamos entrar nas epístolas e estudá-las. Mas isso realmente não precisa ser feito. Basta simplesmente dizer que, de um extremo ao outro da Bíblia, tufo o que Deus diz ao seu povo é que devemos viver separados do mundo. Esta é a mensagem completa de Deus ao Seu povo.

Quando Deus projetou a nação de Israel, ele tratou diretamente de sua vida diária, da maneira como se vestiam e de como comiam, como se conduziam na rotina diária. No calendário do ano ele incluiu salvaguardas para impedi-los, se fosse o caso, de se misturar com os pagãos. Ele fez o mesmo por todo o seu povo. Temos um padrão que realmente não pode ser compatível com o mundo.

E, no entanto, com que facilidade fazemos concessões. Com que facilidade abandonamos nossos absolutos. Com que facilidade permitimos que as qualidades do nosso caráter se danifiquem ao procurarmos agradar a nós mesmos sob a pressão do sistema em que vivemos.

Talvez seja bom lembrar a nós mesmos desde o início que Deus é o Deus intransigente. Deus jamais abre concessões para absolutos. Deus nunca abre concessões para princípios. Deus nunca deixa de lado uma verdade para fins de conveniência. Deus sempre age de acordo com a sua palavra. De fato, ele disse: "Exaltei a minha palavra acima de todo o meu nome". Em outras palavras, ele diz: "Eu mesmo, quanto à minha natureza, me submeto à minha palavra".

Estávamos pregando nesta manhã sobre o assunto da oração, e a oração é importante. Mas eu vou lhe dizer uma coisa que é mais importante que a oração, e esta é o estudo da Palavra. Porque se você não estudar a Palavra de Deus, não saberá orar porque não saberá qual é a vontade de Deus. O estudo da Palavra é mais importante que a oração. Alguém me disse hoje de manhã que um velho santo de Deus disse que, se ele tivesse de viver sua vida novamente, ele oraria menos e estudaria mais porque isso filtraria orações desnecessárias.

A Palavra é a base da integridade da vida de um crente. E Deus, sendo o Santo, exaltou Sua Palavra acima de todo o seu nome e se compromete com essa mesma Palavra, e como seus filhos devemos fazer o mesmo.

Antes de olharmos para Daniel, quero ainda compartilhar com você uma passagem de 2 Coríntios, capítulo 6, e depois outra de Hebreus, para lhe proporcionar uma visão disso. Em 2 Coríntios capítulo 6, versículo 17, temos um resumo do ensino do Novo Testamento relativo a esse tipo de separação. Ele diz: “Portanto saiam dentre eles” - “eles” referindo-se a pessoas idólatras, conectadas com Satanás, infiéis, injustas, pessoas nas trevas, o mundo não regenerado, - “saiam dentre eles e fiquem separados, diz o Senhor, e não toque no imundo; e eu os receberei e serei um pai para vocês, e vocês serão meus filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.”

Agora ouça, Deus é aquele que é separado e intransigente, e ele diz ao seu povo que para verdadeiramente manifestar sua condição de povo dele, este também precisa ser intransigente e separado. Quando nos comprometemos com o mundo, isso tem efeitos devastadores em duas áreas. Antes de tudo, afeta nossa adoração - Hebreus capítulo 13. Quando cedemos e aceitamos o padrão do mundo e deixamos de lado os padrões de Deus, isso destrói nossa adoração.

Deixe-me mostrar-lhe por quê. Hebreus 13.12 é uma passagem tremenda. “Por isso”, diz Hebreus 13.12, “para santificar” - ou separar, é isso que “santificar” significa - “para santificar o povo pelo seu próprio sangue”, isto é, separá-lo do pecado - "Jesus também sofreu fora da porta da cidade".

Em outras palavras, vamos lembrar que no sistema de sacrifícios de Israel, quando era hora de matar o cordeiro pelos pecados do povo, esses pecados eram simbolicamente colocados em outro animal e esse outro animal era levado para fora da cidade, para fora dos portões, separado das pessoas. E Jesus está simplesmente aplica essa ideia de separação. Quando ele morreu, morreu separado da cidade, fora dos muros, fora do concurso da sociedade humana. Ele morreu separado "para comprar um povo separado". Note que esse é o ponto principal.

Então versículo 13 diz: se Cristo se separou para comprar um povo separado, "saiamos pois até ele, fora do acampamento, levando a afronta que ele sofreu". Em outras palavras, vamos viver vidas separadas. Se ele morreu separado para comprar um povo separado, então vamos viver uma vida separada. "Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a vindoura." E quando fizermos isso, "por ele, pois, ofereçamos sempre a Deus sacrifício de louvor".

Em outras palavras, você nem pode adorar a menos que esteja vivendo uma vida separada. Não venha a Deus com seu louvor e com o fruto de seus lábios, agradecendo, com suas boas ações, sua participação e seus sacrifícios a ele a menos que você venha de uma vida separada. Perceba que este é o ponto principal. Somos chamados a ser separados.

João expressa isso assim: “Não amem o mundo nem as coisas que estão no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.

Tiago o expressa desta forma: "Vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade contra Deus?" Vocês não podem ser amigos do mundo e amigos de Deus. Somos chamados, então, a uma vida separada. E se não estamos separados, isso destrói nossa adoração.

Em segundo lugar, destrói nosso ministério. Não podemos servir ao Senhor. Tornamo-nos inúteis. 2 Timóteo 2.20 diz: “Em uma grande casa existem não apenas vasos de ouro e prata, mas também de madeira e barro; alguns para honra e outros para desonra”. Provavelmente isso seja assim em sua casa, não é mesmo? Você tem objetos velhos e já lascados, tem objetos de plástico, e tudo aquilo com que todo mundo na sua família lida. E então, quando aparece alguém importante, você põe a mesa com a louça e os talheres nobres e a filharada reclama: "Por que isso nunca é usado conosco?" Isso é típico. Todos agimos assim. Temos os utensílios cotidianos com os quais comemos, e a prataria fina, destinada apenas a ocasiões especiais.

Com Deus também é assim. Na despensa de Deus - há skeuos - uma palavra que significa qualquer tipo de utensílio - para honra e outros para desonra. Pois bem, se você quer ser um objeto que Deus possa usar, livre-se desses outros. Do quê? De falsos mestres, falsos ensinamentos e o falso tipo de vida deles. Separe-se da impiedade. Fuja das paixões da mocidade. Rejeite as questões insensatas e absurdas, pois você sabe que só engendram contendas. Em outras palavras, separe-se dos falsos ensinamentos, de falsos padrões e falsos modos de vida, ou você não poderá ser um vaso adequado para uso do Mestre.

Agora, amado, o que estou dizendo é o seguinte: Deus nos convoca à separação e, a menos que vivamos uma vida separada, destruímos nossa adoração e o serviço que prestamos a ele. Nossa vida precisa ser purificada.

Certa vez iate estava ancorado no rio Niagara. De repente, porque a correnteza estava muito forte e havia muito vento, o rio ficou agitado e a corda que prendia o barco ao cais se rompeu e ele começou a flutuar à deriva. As pessoas a bordo do pequeno iate entraram em pânico quando viram que estavam sendo rapidamente arrastadas para as Cataratas do Niágara.

Alguns gritavam um com o outro acusando-se mutuamente de culpa e por que foram levados a embarcar, e assim por diante. Podiam ouvir o som estrondoso das quedas imediatamente à frente deles. O que o capitão deveria fazer? Bem, ele era um homem de ação e, de acordo com o jornal The Chronicle, ele tinha um pedaço de dinamite no barco. Este ele encaixou no casco, detonou-o e abriu um enorme buraco no meio do barco, que imediatamente afundou. Quando o barco afundou e deixou de se mover, as pessoas foram facilmente resgatadas enquanto se agarravam a ele nas águas bastante rasas.

Suponho ser isso o que também deve acontecer em nossa vida. Em algum lugar ao longo da nossa trajetória de crentes teremos de afundar o navio das concessões. Temos de afundar a embarcação do mundanismo ou vamos encontrar-nos avançando rapidamente em direção a um desastre.

É a isso que Deus nos convoca. Esse é o padrão segundo o qual devemos viver - e ninguém menos que o Senhor Jesus Cristo é o nosso padrão. No capítulo 7 de Hebreus, o versículo 26 diz: “Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este” - ouça - “santo, inculpável, sem mácula,” - agora ouça isto - “separado dos pecadores.” Ele é o padrão: santo, inculpável, imaculado, separado dos pecadores. Deus nos chama para uma vida assim. Deus nos chama para esse compromisso.

Moisés, note, assumiu esse compromisso de uma vida separada. Hebreus 11:25 diz sobre Moisés: “escolhendo ser maltratado com o povo de Deus em vez de experimentar por algum tempo os prazeres do pecado. Ele considerou a afronta de Cristo como uma riqueza maior do que os tesouros do Egito, pois tinha em vista a recompensa. Pela fé, ele deixou o Egito, não temendo a ira do rei; antes, e perseverou como quem vê aquele que é invisível”. Em outras palavras, Moisés escolheu Deus em vez do faraó. Ele escolheu o céu em vez da terra. Ele escolheu a pobreza na vontade de Deus em vez das riquezas fora da vontade de Deus. Ele escolheu a vontade de Deus ao invés dos tesouros do Egito.

Rute assumiu um compromisso como esse: Então elas começaram novamente a chorar em alta voz. Em seguida, Orfa despediu-se de sua sogra com um beijo, mas Rute permaneceu com ela. Noemi lhe disse: A tua concunhada está voltando para o seu povo e para os seus deuses. Volta também com ela.” Em outras palavras, ela recomenda Rute: “Volte à sua vida anterior; volte para os deuses pagãos”.

“Mas Rute respondeu: Não insistas comigo para que te abandone e deixe de seguir-te. Pois aonde quer que fores, irei também; e onde quer que ficares, ali ficarei. O teu povo será o meu povo, e o teu Deus será o meu Deus. Onde quer que morreres, ali também morrerei e serei sepultada. Que o Senhor me castigue se outra coisa que não seja a morte me separar de ti! Quando Noemi viu que Rute estava inteiramente decidida a ir com ela, não se opôs mais." Rute disse: “Não voltarei a uma vida anterior. Estou comprometida com Deus e, uma vez que você o representa, estou comprometida com você.”

Davi assumiu o mesmo compromisso. No Salmo 119 ele diz: "Jurei, e irei cumpri-lo. Guardarei tua justiça." No versículo 115, ele disse: "Longe de mim, malfeitores!" - afastem-se - “para que eu guarde os mandamentos do meu Deus”.

Moisés não fez concessão, Rute não fez concessão, e nem Davi. Atos 11.23 diz sobre Barnabé, aquele admirável homem de Deus que encontramos no Novo Testamento, um instrumento tão útil na vida da igreja primitiva: “Ali chegando, Barnabé alegrou-se ao ver a graça de Deus e exortava a todos a perseverarem no Senhor com firmeza de coração.” Barnabé disse à igreja primitiva que fosse intransigente e se apegasse ao Senhor.

Mas não há melhor exemplo do caráter de um espírito intransigente do que Daniel, e vamos olhar para ele. A propósito, Ezequiel, que era contemporâneo de Daniel, deve ter sentido o mesmo, porque quando apresentar uma lista dos grandes homens justos da História, em Ezequiel 14:14, ele disse que eram Noé, Daniel e Jó. E ele colocou Daniel bem no meio, ainda que os outros dois estivessem mortos há muito tempo e Daniel estivesse vivo. Raramente um homem vivo recebe esse tipo de honra. Normalmente se aguarda sua morte para isso.

Daniel era um grande homem, um homem justo. Vejamos hoje à noite nos oito primeiros versículos o porquê. Começando nos versículos 1 e 2, vemos a situação. Como já examinamos esses versículos, não precisamos gastar muito tempo com eles. Basta lê-los brevemente e fazer um comentário ou dois.

" No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio a Jerusalém e a sitiou. O Senhor entregou nas suas mãos Jeoaquim, rei de Judá, e parte dos utensílios do templo de Deus; e ele os levou para a terra de Sinar, para o templo do seu deus; e os pôs na casa do tesouro do seu deus.”

Agora gastaremos duas lições e pelo menos duas horas de estudo com esses dois versículos. Quero apenas lembrá-lo de que o livro começa com uma nota muito triste. O que observamos aqui é o primeiro de três movimentos no cativeiro babilônico. O reino do norte está em cativeiro há muito tempo, e agora chegou o julgamento de Judá, o restante do povo de Israel, por causa de sua infidelidade e desobediência.

Nabucodonosor, o rei da Babilônia que agora, para todos os efeitos, governa toda aquela parte do mundo, vem contra Israel ou Judá, sitia-o e leva embora os cativos. Assim, nesta série de três deportações, a primeira ocorrendo durante o reinado de Jeoaquim, os cativos são levados para a Babilônia. Assim o livro começa com uma nota triste.

E não há como deixar de lembrar quantas vezes Deus avisara o povo. Conforme eu já disse, Deus os advertiu de três maneiras. Primeiro ele os advertiu por meio dos profetas, pregando constantemente que, se não se arrependessem, seriam julgados. Em segundo lugar ele os advertiu por meio dos assírios, que invadiram seu país e o pressionaram tremendamente. Todas as vezes Deus os libertou, mas eles tiveram uma amostra de como seria estar sob opressão estrangeira. Contudo, eles nunca ouviram os profetas, nem aprenderam com os assírios.

E, finalmente, Deus os avisou levando o reino do norte ao cativeiro. Eles deveriam ter aprendido quando viram o que aconteceu no norte, mas não aprenderam com nada disso. E assim continuaram em seu pecado e Deus foi paciente, misericordioso e gracioso até o limite, e o mesmo Deus que disse em Gênesis 6: "Meu Espírito nem sempre lutará com o homem" parou de lutar com Judá, trouxe o julgamento e eles foram levados ao cativeiro.

Agora na primeira deportação citam-se Daniel, seus amigos e todo um outro grupo de rapazes. Eles aparecem nos versículos 6 e 7 - chegaremos a isso logo mais.

Todavia, a intenção aqui é definir o cenário. Daniel é levado cativo. A nação ainda não entrou em cativeiro por inteiro porque Deus queria que Daniel estivesse lá a fim de que ele seja preparado para quando o resto do povo aparecer. Depois, o versículo 2 nos diz - apenas uma nota interessante - que quando Nabucodonosor fez esse primeiro cerco e derrotou Jeoaquim pode ser interessante acrescentar o detalhe de que, apesar de ter derrotado Jeoaquim, ele nunca o destronou.

Ele viu que no passado Jeoaquim era um dócil vassalo do faraó no Egito, e então ele achou que Jeoaquim era uma pessoa suficientemente fraca para simplesmente deixá-lo ali, e que ele ficaria intimidado o suficiente para não fazer nada. Então ele apenas deixou Jeoaquim sozinho, deixando-o meio de lado.

Mas, para provar seu poder, ele roubou todos os vasos de valor da casa de Deus. Ele literalmente saqueou o templo, pegou todas as coisas de valor. Por quê? Porque se pudesse roubar coisas do deus ou dos deuses de uma potência estrangeira, poderia provar sua grandeza.

Se o deus deles não pudesse defendê-los melhor do que apegando-se às coisas em seu próprio templo, não seria necessário preocupar-se com ele. Assim, conquistadores que conquistavam nações invariavelmente reuniam todas as riquezas do templo dos deuses daquela nação e os levavam de volta ao seu país para afirmar seu poder sobre deuses falsos, deuses estrangeiros.

Assim Nabucodonosor juntou tudo aquilo e o levou para a casa do seu deus. Existem tantos nomes para o seu deus que é quase impossível saber quem era ele, mas parece que os principais deuses estão relacionados ao deus Bel, que também está relacionado a Baal. Ele às vezes vem com o nome de Merodaque, e outras com o nome de Marduque, e isso continua e continua. Eles nunca conseguiram esclarecer sua teologia e estavam sempre lutando com todo mundo. Quem quer que fosse seu deus, ele levou os vasos do templo para o tesouro desse deus.

Creio que a razão pela qual isso nos é informado é mostrar o alcance total dessa desgraça. Deus nem estava mais defendendo Judá. O próprio templo de Deus podia ser saqueado e Deus não se incomodou. A defesa de Judá acabou. Deus os havia defendido contra os assírios, mas não os estava defendendo mais.

Pensando bem, isso deve ter sido um período difícil para Daniel também. Mesmo 70 anos depois da deportação de Daniel, 70 anos depois, no capítulo 6, verso 10, quando Daniel orou ele tinha Jerusalém em vista. Setenta anos depois seu coração ainda ansiava pela cidade de Jerusalém. Pode-se imaginar o que deve ter acontecido em seu coração no momento em que ele foi levado cativo. Essa era a situação de um povo cativo em uma terra estrangeira.

Agora, vamos olhar em segundo lugar para o enredo, o enredo. Da situação difícil à trama, nos versículos 3 a 7. Essa é sem dúvida uma das partes mais fascinantes do livro e prepara o cenário para tudo o que acontecerá na vida de Daniel ali.

Pois bem, há pouco eu disse - e é preciso entender isso porque é o pano de fundo histórico - que quando Nabucodonosor sitiou Jerusalém pela primeira vez, bem no meio de sua operação ele soube que seu pai estava morrendo. Então, ele largou tudo como estava e teve de voltar para a Babilônia para cuidar da situação com a morte de seu pai. Por isso ele deixou Jeoaquim no poder. Agora marque isso: ele o deixou no poder.

Mas para ter certeza de sua lealdade, para ter certeza de que Jeoaquim não provocaria algum tipo de rebelião e derrubaria qualquer força mínima que Nabucodonosor deixasse lá, ele fez uma coisa muito inteligente. Ele tomou reféns. A primeira deportação, então, não foi realmente uma deportação em massa do povo de Judá. Ele estava simplesmente tomando reféns até poder voltar em 597 e fazer completar a empreitada para finalmente, em 586, acabar com toda a nação. O versículo 3 nos diz o que ele fez.

"“Então o rei disse a Aspenaz, chefe dos seus oficiais [ou eunucos], que trouxesse alguns dos israelitas da família real e dos nobres.”

Ele queria reféns, e queria que fossem da família real e da nobreza principesca da terra de Judá.

A propósito, a palavra “disse”: "E o rei disse", em hebraico é realmente a palavra "ordenou". A palavra “Aspenaz” alguns entendem como nome próprio: seria um homem chamado Aspenaz. Outros acham que esse termo seria um título, referindo-se a alguém que é um mestre, um líder ou um superintendente. Se é um título ou um nome, não é realmente importante. Para todos os efeitos, vamos considerá-lo um nome. É muito mais fácil lidar com ele nesses termos. Então o rei dá ordens a essa pessoa chamada Aspenaz, e somos informados que ele é o chefe dos seus oficiais.

Todo rei tinha pessoas que trabalhavam para ele ou que o serviam. Na corte de um rei havia eunucos. Basicamente, um eunuco era uma pessoa que Isaías diz ser uma árvore seca. Em outras palavras, ele havia passado por uma emasculação cirúrgica para torná-lo eunuco. Pessoas desse tipo eram então colocadas no controle de haréns e em tarefas específicas no cenário real.

Também é verdade - e queremos enfatizar isso para que você entenda claramente - que, como geralmente os eunucos serviam ao rei, o termo "eunuco" se passou a ser aplicado a muitas pessoas que serviam ao rei, sem que tivessem necessariamente feitas cirurgicamente em eunucos. A palavra, então, poderia tanto referir-se a alguém que tivesse passado por essa operação física ou poderia a alguém que apenas servia ao rei.

Assim, Potifar é chamado de eunuco no Egito, mas sabemos que ele era casado e tinha esposa porque por acaso tivemos um encontro com José e a esposa de Potifar. Assim, no caso de Potifar, ele pode ter sido designado como eunuco que não era realmente um eunuco fisicamente. Mas a definição de Isaías indica a parte física da condição de eunuco.

Agora, se Daniel era realmente um eunuco fisicamente ou não, é difícil saber. Parece-me, e acho que mencionei isso no passado, que é muito provável que o rei tenha tornado eunucos esses jovens quando eles entraram em seu serviço, e isso pode explicar de alguma maneira por que Daniel nunca se casou. Nunca há uma identificação com uma família; toda a sua vida ele se encontra servindo ao rei.

Seja qual for o caso, esse Aspenaz era o chefe do pessoal associado ao rei, seja eunucos no sentido físico, seja no sentido de servir ao rei. Esse homem é então informado - e queremos esclarecer quem ele é porque vamos encontrá-lo novamente - esse homem tem um ofício importante. A palavra "chefe" aqui é literalmente igual à palavra "príncipe". Ele deveria selecionar aqueles jovens.

Alguns historiadores indicaram que havia algo entre 50 e 75 deles, pelo menos. Aparentemente existem alguns dados nos quais eles podem basear-se para indicar que era um grupo relativamente grande de jovens, e 50 a 75 pode ser um bom palpite. Observe que eles eram israelitas. Isso não se refere ao reino do norte, porque alguns das dez tribos do norte haviam migrado para o sul antes do holocausto no norte, de modo que Judá realmente incorporou a descendência de Israel.

Tratava-se, pois, de alguns dos filhos de Israel “descendentes do rei e dos príncipes”, ou seja, da família real e da nobreza. Ele queria o melhor para os reféns a fim de garantir que Jeoaquim não fizesse nada que não deveria.

Em segundo lugar - agora observe isto - Nabucodonosor também queria treinar esses jovens em sua corte, em seu palácio, para ajudá-lo a administrar assuntos judaicos, porque em sua mente ele já havia concluído que faria de Judá um estado vassalo da Babilônia. Ele estava indo conquistar o mundo e teria de saber como lidar com esse povo judeu, por isso queria alguns rapazes judeus bem treinados que ele pudesse literalmente fundir e transformar em caldeus, mas que tivessem uma formação judaica para que pudesse usá-los nas manipulações que considerava necessárias para administrar seu domínio entre os judeus.

Veja o versículo 4. Diz que eles não seriam apenas da descendência do rei, da própria família real e dos príncipes, que seriam a nobreza da corte, mas também que seriam "jovens", yeledim em hebraico. É muito difícil definir exatamente essa palavra, mas a maioria dos comentaristas concorda que não poderiam ter mais de 17 anos e provavelmente não deveriam ter menos de 13 ou 14 anos. Daniel, portanto, naquele momento é um adolescente.

Sabemos que 70 anos depois ele ainda estava no poder. Ainda liderava a Babilônia e, portanto, deve ter sido muito jovem naquele momento. São, portanto, homens jovens, com idades entre 13 e 17 anos, e é provável que Daniel tivesse 14 ou 15 anos, não mais que isso. Mantenha isso em mente porque esse é um pensamento fantástico. Ele era apenas uma criança, um adolescente.

Platão falou da educação dos jovens na Pérsia como começando aos 14 e terminando aos 17. Os costumes babilônicos provavelmente seriam muito semelhantes. Planejava-se, portanto, um período de treinamento para transformar esses rapazes judeus em caldeus.

Agora, note que tipo de rapazes eles queriam - é realmente interessante. Versículo 4: “jovens sem defeito.” A palavra no hebraico é mum e significa “defeito físico”. Eles não queriam ninguém que tivesse algum problema físico. Queriam uma amostra física impecável. Fala-se aí da saúde do indivíduo.

Em segundo lugar, observe, ele diz "de boa aparência". Isso tinha a ver com o rosto, a boa aparência. Basicamente, mum provavelmente se refere ao corpo e suas habilidades físicas, e “de boa aparência” tem a ver particularmente com o rosto, embora também possa incluir a forma física. Eles estavam olhando para as características físicas.

Isto é típico. Quando Israel foi escolher um rei, qual eles escolheram? O mais alto e mais bonito do país, Saul, e que fracasso ele foi! É típico: aparência. Traga-nos os rapazes mais de melhor aparência, bonitos, bem-formados, viris e belos. Não queremos ninguém com algum defeito físico ou facial.

E não é apenas fisicamente - de que outra forma o mundo avalia as pessoas? Primeiro, suas características físicas e, segundo, seu cérebro. O físico e o mental, é isso que realmente importa em todo mundo, e é para lá que eles vão a partir daí. "Instruídos em toda a sabedoria." Eles têm quatro qualificações intelectuais aqui.

Primeiro “instruídos em toda a sabedoria”. Isso significa superioridade intelectual, elevada inteligência, com bom discernimento, capacidade de tomar decisões, capacidade de aplicar a verdade às situações. Eles queriam moços que de fato fossem intelectualmente superiores.

Em segundo lugar, no aspecto mental, "cultos", ou seja, com educação de alto nível. Estariam corretamente informados. Teriam recebido o aprendizado certo. O hebraico literal diz: "conhecedores do conhecimento" - aqueles que tinham informações, que eram bons estudantes, que eram bem-educados. Portanto, queriam pessoas com educação e que soubessem aplicar aquilo para fazer distinções e tomar decisões.

Terceiro, queriam gente que entendesse de ciência. Aparentemente, esse termo hebraico passa a ideia da capacidade de se correlacionar. Primeiro, conhecer fatos; segundo, aplicar fatos; e terceiro, correlacionar fatos, harmonizar muitas coisas e tomar decisões. De fato, isso é essencialmente o que a ciência faz, não é mesmo? A ciência tira conclusões da correlação de dados. Eles tinham de ser capazes de pensar em termos de correlação.

Finalmente, "que fossem competentes para assistir no palácio do rei". Isso tinha a ver com uma terceira dimensão das coisas que eles estavam procurando. A primeira foi física - sem defeito e bem formados; outra era mental, hábeis em toda a sabedoria, dotados de conhecimento e compreensão da ciência; e o terceiro era social. Eles tinham de ter postura, maneira e modos sociais para permanecer no palácio de um rei e não se sair como desastrados.

Agora preciso dizer que eu nunca me qualificaria ali. Em primeiro lugar, eu seria desqualificado em todas as categorias. Ainda assim, se eu conseguisse superar as duas primeiras - o que não aconteceria -, nunca conseguiria a terceira porque sempre que enfrento alguma situação muito importante, faço a coisa errada.

Lembro-me de quando estava em Dallas, Texas, há pouco tempo, e alguém telefonou e disse: “Queremos que você almoce hoje com tal e qual senhora. Ela gostou da sua mensagem. Ela quer conhecê-lo. Vamos almoçar no último andar do clube dos petroleiros de Dallas, e você será o convidado dessa dama. E eu disse: "Ótimo." Sam Ericsson estava comigo. Eu disse: "Vamos lá, Sam, e você pode vir também."

E eu não sabia que era coisa grande - e aqui estou eu trazendo Sam, como se a festa fosse minha. Então, como eu estava muito ocupado naquele dia estudando e apenas vesti um suéter e saí pela porta, só para ir almoçar com essa agradável senhora. Entramos no elevador. Subimos cada vez mais e pensei que talvez tivéssemos sendo arrebatados no meio do caminho. Finalmente chegamos ao andar superior, e eu saí. Posso lhe dizer que aquele lugar era algo mais.

Aí imediatamente nos sentimos ridículos. Percebemos que damos na vista, como se seus sapatos fossem ruins e suas calças estivessem erradas, e há algo realmente ruim, o cabelo, as orelhas não estão no lugar certo, a gente se sente ridículo porque todo mundo está olhando e - havia um monte de “Aham - aham - aham. Pois não? Está procurando alguém?

"Sim, tenho um encontro", e dei o nome. E o indivíduo me olhou de cima abaixo. Aí aquela amável senhora apareceu e disse: "Oh, prazer em conhecê-lo." E eu não sabia o que estava errado. Bem, acabei descobrindo que não se podia subir naquele elevador sem paletó e gravata. E então o homem foi para o armário dos fundos e disse: "Acho que temos um paletó que você pode emprestar".

E ele foi ao armário e me deu um paletó curto de número 48. É verdade:; Eu olhei para a etiqueta. Não servia de modo nenhum. E, quer dizer, acho que tinha sido - havia tanta coisa respingada nele, foi incrível. Fiquei sentado durante toda a refeição com meu paletó curto em meio àquele ambiente dos petroleiros, tentando fingir que tinha traquejo social. Rapaz, eu estava fora do meu elemento – leve-me ao McDonald's; na melhor das hipóteses, ao Carl’s, entende? Eu não teria conseguido.

Quando o mundo procura pessoas que satisfaçam seus requisitos, analisa suas características físicas, mentais e sociais. É isso, porque isso é tudo que eles conseguem entender. Eles não sabiam nada sobre caráter. Não sabiam nada sobre qualidade espiritual. Não sabiam nada sobre virtude. Não sabiam nada sobre moralidade. A ordem foi: “Traga-nos os rapazes mais inteligentes, bonitos e de boa aparência que você puder encontrar e nós vamos refundi-los em caldeus. Esse é o ponto principal. Era uma conspiração – tratava-se de fazer lavagem cerebral nesses jovens judeus. Era uma trama de lavagem cerebral, clara e simples.

Qual era o propósito deles? O final do versículo 4 diz: “que lhes ensinasse a cultura e a língua dos babilônios [ou caldeus]”. "Caldeus" é um termo intercambiável com “babilônios”. Originalmente os caldeus eram um grupo separado, mas à medida que o Império Babilônico crescia e as astrologias caldéias, o aprendizado caldeu e as ciências dos caldeus passaram a dominar o império babilônico, o termo "caldeu" tornou-se sinônimo de "babilônico". Assim, eles os tornariam babilônios de pleno direito ou caldeus. Queriam que eles aprendessem a cultura dos caldeus.

O que é a cultura? A propósito, a língua ou o idioma dos caldeus era uma língua muito, muito poderosa e importante naqueles dias, mas o povo judeu não a conhecia e, portanto, teria de aprender, mas isso lhes permitiria interagir com toda aquela parte do mundo porque esse idioma predominava ali.

Além disso, a cultura dos caldeus é muito interessante. A Enciclopédia Padrão Internacional da Bíblia nos diz que a cultura dos caldeus compreendia as antigas línguas da Babilônia, os dois dialetos da Suméria e um certo conhecimento de cassita, que parece ter sido ligada à língua hitita. E havia ainda outras línguas da vizinhança imediata. Em outras palavras, eles literalmente se tornariam especialistas em linguística.

Além disso, os caldeus tinham conhecimento de astronomia e astrologia. Dispunham de um sofisticado sistema matemático envolvendo um sistema sexagesimal de numeração. Dominavam um tanto de história natural e acumularam um enorme volume de noções mitológicas, incluindo lendas da criação e do dilúvio, e igualmente uma tremenda pluralidade e quantidade de deuses, um panteão inteiro de divindades. Eles tinham um tremendo conhecimento de agricultura. Eram, talvez, os melhores arquitetos do mundo, como mostram muitos dos célebres edifícios da Babilônia. Você pode estar interessado em saber que, na construção dos jardins suspensos da Babilônia e dos palácios eles haviam desenvolvido na época um sofisticado sistema de ar condicionado.

Esses jovens seriam então expostos a todo esse aprendizado arquitetônico, agrícola, linguístico, teológico e histórico - eles se tornariam eruditos caldeus. Os caldeus também eram especialistas em magia, feitiçaria, certos encantamentos, presságios e encantamentos, orações, hinos, mitos, lendas e habilidades científicas. Eram especialistas em fabricação de vidro. Sabemos disso. E assim por diante. E aqueles jovens aprenderiam tudo isso. Era um processo de lavagem cerebral.

Sabe de uma coisa? Não é diferente do que as universidades e faculdades estão programadas para fazer com os jovens hoje em dia. Tire a fé deles, roube sua herança, reformule-os com as informações ímpias, ateístas, humanistas e socialistas que tanto enchem seus livros e a mente de seus professores. Enviar hoje o jovem para uma faculdade ou universidade nem sempre o favorece, mas o expõe a um processo de lavagem cerebral. Infelizmente, mesmo os seminários em nosso país que sustentavam a Palavra de Deus agora a abandonaram como autoridade e fazem lavagem cerebral nas pessoas para acreditar que as respostas humanas nos dizem que não podemos confiar em Deus; que Sua Palavra não é verdadeira. Outro processo de lavagem cerebral.

Atos 7.22 diz que, quando Moisés estava no Egito, ele “foi instruído em toda a sabedoria dos egípcios". E querem saber de uma coisa? Há pessoas que simplesmente não são corruptíveis. Simplesmente não se consegue fazer isso. Logo mais encontraremos tais pessoasmomento.

As universidades e os seminários dos caldeus destruiriam tudo o que Daniel e todos os seus amigos sabiam de Deus e da herança que Deus legara ao seu povo. Pretendia-se que esquecessem Deus, esquecessem a verdade de Deus, eliminassem tudo do passado. Acreditem em mim, pessoal, é este o esforço da educação moderna. Desde o momento em que seu filho vai para a escola, com exceção dos professores tementes a Deus e das pessoas que amam a Cristo que interagem com seus filhos, eles ficarão sujeitos e um sistema humanista, ateu e destituído de Deus e de valores que é orientado por Satanás para tirar Deus do cenário. Fazem uma lavagem cerebral dessas mentes para servir a Satanás. Essa é a trama.

A trama engrossa no versículo 5. "O rei lhes determinou a porção diária das finas iguarias do rei" - iguarias, carne, comida. A palavra aqui significa "alimentos finos". Não é apenas o comum. Eu acho que a versão RSV da Bíblia traduz corretamente "comida rica". Portanto, eles deveriam receber uma porção da rica comida do rei. E por quê? Por que alimentá-los com a comida do rei? Gente, eu sei como é, morei por um tempo num alojamento. Qualquer rei que comesse daquilo teria abdicado de seu trono muito antes. Para que eles os alimentam dessa forma? Isso faz parte da educação?

Veja, um dos elementos mais básicos da lavagem cerebral é o senso de obrigação, é fazê-los sentir-se em dívida, é fornecer a eles uma provisão pródiga para que o sustento deles dependa de você e você crie dependência para essa provisão. Constrói-se uma perspectiva de vida em que eles exigem o que se dá a eles e depois aquilo os prende. "Como mantê-los no campo depois que eles provaram os manjares”?

Alimente-os com a comida caldeia e veja se eles ainda comerão os legumes duros e a água a que estão acostumados. Seduza-os pelo apetite e faça com que se sintam obrigados por causa da provisão e levante seu padrão de vida até onde você quiser para que eles nunca consigam voltar a outro tipo de opção. Tudo parte da lavagem cerebral.

O rei era um homem inteligente. Nabucodonosor era um homem brilhante. Ele criou essa situação e deu ordem a Aspenaz para alimentar as pessoas com as iguarias do rei e dar-lhes o vinho que o rei bebia. Certamente eles já haviam bebido vinho de todos os tipos, mas o vinho do rei seria o melhor vinho, o melhor. Isso duraria três anos para que no final eles fossem apresentados ao rei. Aí chegariam e diriam: “Ó rei, você é um sujeito legal. Uau! Olhe para nós, rei, estamos muito saudáveis. Vimos comendo todas essas coisas boas há três anos. Tivemos um tempo fantástico.

O termo “estar diante do rei” significa servir ao rei. Ouviu bem? Servir ao rei. “Estar diante de” significa “servir”. Encontramos isso repetidamente. Consta que os anjos estão diante do trono de Deus fazendo o quê? "Esperando um encargo para servir." Jeremias, o profeta, estava diante de Deus esperando para sair em serviço. Ele diz: “Quero pessoas que me sirvam e sei que elas me servirão se ficarem dependentes de mim. Sei que me servirão se dependerem do meu estilo e do meu padrão de vida”.

Você já experimentou algo assim? Já foi a algum lugar e aproveitou aquilo por dois ou três dias, ou talvez um dia só? Ou alguém levou você a algum restaurante, a refeição custou uns US $ 50,00 e só com um gostinho daquilo você pensou: “Puxa, eu bem que poderia me acostumar com isso! É assim que mereço ser tratado”.

Bem, essa é toda a ideia da lavagem cerebral. Essa é a armadilha. E quer saber de uma coisa? Se havia ali entre 50 e 75 rapazes, aparentemente deve ter funcionado com uns 71 deles, porque os únicos de que sabemos não terem sido vítimas do processo de lavagem cerebral são quatro deles, apenas quatro.

Versículo 6: “Entre eles se achavam alguns vindos de Judá: Daniel, Hananias, Misael e Azarias”. Observe "entre eles". Isso significa que havia muito mais, e entre eles apenas quatro, apenas quatro. Não existem muitas pessoas no mundo que resistam aos esforços mundanos de lavagem cerebral. Não há muitas pessoas que não comprem o pacote do mundo, que não dançam ao som do mundo. Havia apenas quatro. E você sabe o que fizeram? Versículo 7: “O chefe dos oficiais lhes deu outros nomes: a Daniel, o de Beltessazar; a Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque; e a Azarias, o de Abede-Nego."

Pois bem, percebe o que aconteceu? Eles mudaram todos os seus nomes para nomes caldeus. Essa é outra parte do processo de lavagem cerebral. Esquecer as raízes. Esquecer sua herança. Esquece a família. Esquecemos nosso passado quando esquecemos quem realmente somos. Não temos mais identidade. Acabamos de perder nossa identidade.

Lembro-me de que por muitos anos eu sempre era apresentado como filho do Dr. Jack. Eu não era ninguém. Era apenas o filho do Dr. Jack. Se não houvesse o Dr. Jack, eu não existiria. É verdade. Mas nunca esquecerei um dia em que alguém me apresentou a uma senhora e disse: "Este é o filho do Dr. Jack", e ela disse: "Oh, Dr. Jackson, é um prazer conhecê-lo!" Eu seria o Dr. Jackson, e quem seria o Dr. Jackson? Eu não me importaria de ser o Dr. Jackson se de fato fosse o Dr. Jackson. Isolar as pessoas de sua herança não é nada novo e é comum até hoje.

Esta semana eu estava lendo um livro sobre o Dr. Hong, muito interessante porque ele cresceu na Coreia do Norte. Conheci na semana passada esse homem singular, criado na Coreia do Norte. Acompanhei toda a sua família sendo torturada quando a Coreia do Norte foi invadida pelos japoneses. Eles entraram ali. Cortaram os polegares do pai dele. Mataram a avó dele. Mataram o irmão dele. Enforcaram-no na porta de sua casa. E uma das coisas que fizeram em toda a Coreia do Norte quando chegaram foi mudar todos os nomes coreanos para nomes japoneses a fim de destruir todo seu senso de identidade. Isso faz parte do processo de lavagem cerebral, e foi o que fizeram.

Talvez seja interessante saber algo sobre nomes - a propósito, lembro que mudaram o nome de José, lembra? Ele recebeu um nome egípcio quando foi para o Egito. Eu acho que era algo como Zafenate-Paneia, ou algo assim. E você conhece uma senhora na Bíblia com o nome de Hadassa? Esse é o verdadeiro nome de Ester - o nome dela também foi alterado quando ela entrou em outra sociedade. Era o que faziam com muita frequência.

Tudo bem: Daniel. "Daniel" significa "Deus é juiz". "Beltessazar" significa "Baal supre". Bel: "Bel supre"; ou poderia também ser "príncipe de Bel". Então o transferiram de Javé, Deus, para Baal. É acabar com Deus, vê?

Em segundo lugar, "Hananias" significa "o Senhor é misericordioso". Mudaram o nome de Hananias para "Sadraque". "Sadraque" é algum tipo de derivado do deus Akku, do qual obtemos a palavra "Marduque". É tudo bem confuso, mas é outra das principais divindades da Babilônia.

"Misael", a propósito, significa - e eu amo isso - "quem é o que o Senhor é". Não é ótimo? Quem é como o Senhor? Eles mudaram seu nome para "Mesaque", novamente de Mesha-Akku, que é "quem é o que é Akku"? Akku, aliás, deve ter sido o deus da lua.

"Azarias" significa "o Senhor é meu ajudador". Mudaram-no para "Abede-nego", ou "servo de Nego" ou "servo de Nebo". Nebo era filho de Baal.

Portanto, algo em todos esses quatro nomes representava Deus, o que diz algo sobre o fato de terem tido pais piedosos, e pode ser que por isso se destacaram entre os demais, porque de qualquer maneira em Judá havia apenas um remanescente de pessoas que criam, e de todos os jovens exilados talvez houvesse apenas esses quatro com algum legado piedoso. Eles certamente tinham nomes adoráveis e piedosos. Mas em todos os casos Deus foi subtraído de seus nomes e substituído pelas divindades pagãs. Eles estavam tentando apagar Deus. Tentaram substituí-lo por seu próprio panteão demoníaco, tudo parte da lavagem cerebral.

Vejo isso em nossa sociedade. Vejo Satanás trabalhando para fazer lavagem cerebral em nossos jovens, educando-os nas coisas do mundo, atraindo-os para as atrações do mundo, fazendo-os comer a carne do mundo e jogar os jogos do mundo, e a maioria deles vai na onda.

Isso nos leva ao pensamento final no versículo 8. Hoje à noite vamos apenas apresentá-lo. Da situação à trama, e então ao objetivo - o objetivo. E isso mudou tudo. A chave para uma vida intransigente está na primeira parte do versículo 8: " Daniel decidiu não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia." Pare bem aí.

Daniel - ouça isso - esse camarada tem quatorze anos. Ele decidiu ou "propôs em seu coração", literalmente depositou em seu coração. Havia três coisas claramente pagãs que haviam acontecido com esses jovens: a sabedoria pagã deveria ser ensinada a eles, deveriam ser dados nomes pagãos a eles e lhes era servida comida pagã.

As duas primeiras condições eles aceitaram. Continuaram com o treinamento pagão, aprendendo sua educação, o que não era totalmente mau. Havia muitos conhecimentos científicos e muitos princípios muito úteis de arquitetura, ciência e assim por diante. Eles admitiram entrar nesse tipo de treinamento. Às vezes temos de participar em nossa sociedade, em nosso mundo, do treinamento que o mundo oferece e precisamos saber como distinguir o bem do mal, o verdadeiro do falso, e assim eles não lutaram contra esse processo educacional.

Segundo, eles não pareciam se incomodar com os nomes pagãos que receberam porque embora se pudessem mudar os nomes deles, não se podia mudar o fato de que os nomes originais deles estivessem inscritos no livro de Deus como de seus filhos. Pode-se mudar o nome deles, mas não o seu coração. Pode-se mudar o nome deles, mas não sua alma.

O terceiro ponto, porém, foi onde eles traçaram o limite e disseram "Não". Daniel disse que não se contaminaria. E a palavra "contaminar" significa "poluir ou manchar com uma mancha feia". Ele diz: “Não vou manchar minha vida. Não vou poluir minha vida com a comida do rei, nem tocarei no vinho dele.

Espere aí. Bem, Daniel, qual é o grande problema? Quer dizer, por que você diz “não” à comida e sim à educação? Parece que a educação seria mais poderosa que a comida. Não, acho que não. Acho que não porque comer as iguarias do mundo é o que muito mais rapidamente nos corrompe. É o ingresso no estilo de vida do mundo que nos polui muito mais do que o padrão de pensamento do mundo, e ele estava disposto a reconhecer que havia algumas coisas boas e ruins a serem aprendidas, e ele tinha o necessário para filtrá-las.

Mas havia mais do que isso. Não era apenas uma simples decisão lógica. Deixe-me dizer por que ele se decidiu daquela maneira. Entenda que na Palavra de Deus não havia uma proibição explícita de usar um nome pagão. No entanto, a rigidez de posições prevaleceu! Segundo, não havia proibição estrita de aprender o que outras pessoas tinham a ensinar. Havia, no entanto, uma proibição muito estrita sobre o que um judeu poderia comer e beber, não é verdade?

Agora ouça, este é o objetivo da coisa toda. Daniel traçou o limite de não comprometer em sua vida o que a Palavra de Deus disse. Entendeu? Qual é então o caráter de uma vida intransigente? É um compromisso de traçar os limites da sua vida onde a Palavra de Deus as desenha. Percebe? Foi aí que Daniel traçou o limite.

Pois bem, ele não podia comer a comida do rei por duas razões principais. Primeira, ela não era kosher. Eles tinham leis alimentares. A comida judaica tinha de ser preparada de uma certa maneira. O sangue tinha de ser drenado de uma certa maneira. Havia animais puros e impuros, certo? Os babilônios não tinham tal coisa. Você sabia que eles literalmente festejavam com carne de porco? Eles achavam que porco era uma iguaria e comiam carnes proibidas para um judeu. Além disso, a preparação para cozinhar não era adequada para um judeu, e agora você pode ver algo do propósito das leis alimentares de Deus, não é mesmo? Porque neste caso impediu alguns jovens maravilhosos de se corromperem. Essa era a intenção de Deus: restringir a possibilidade de se misturar com os pagãos.

Mas havia outra razão pela qual Daniel não aceitava aquilo, e isso ocorre porque o Antigo Testamento repetidamente diz para não tolerar ídolos, para não tolerar idolatria de qualquer tipo, para não ter nada a ver com pessoas adoradoras de ídolos. E ouça isso: a comida do rei, servida à mesa do rei, estava sempre ligada aos deuses, pois sabemos pela história da Babilônia que a comida que eles comiam era primeiramente oferecida aos deuses, e o vinho que eles bebiam era oferecido primeiramente aos deuses, e, por assim dizer, tudo era simbolicamente dado aos deuses, e só depois eles comiam daquilo.

Se Daniel e seus amigos comessem daquela comida, eles comeriam o que havia sido oferecido aos deuses e estariam literalmente participando de um banquete pagão. Eles não podiam fazer isso. Eles se posicionaram segundo as Escrituras. Onde houver um mandato bíblico específico, este será o limite.

Alguém me perguntou esta manhã: "Você se posiciona sobre as coisas?" E eu respondi, "Sim." Como você avalia? À luz da mensagem desta noite, é fácil saber. Ele disse: "Como você avalia que posição assumirá?" Eu disse a ele e digo a você: “Onde as Escrituras traçam o limite, eu também traço o limite, bem ali”. Se existe uma palavra clara de Deus, será essa que define o caráter de uma vida intransigente. Daniel não se contaminaria, não seria manchado, não seria poluído pela desobediência às Escrituras.

Agora ouça isto: Ele tinha todos os motivos para fazê-lo, todos os motivos. Considere: Antes de tudo, ele era um adolescente. Que tipo de caráter você encontra em um adolescente de 14 anos? Não costuma ser desse tipo. Ele era apenas um adolescente. E não só isso, ele estava longe de casa. Não havia ninguém por perto para verificar. Mamãe não estaria atrás de uma parede espionando. Papai não estaria por aí com um cinto. Ninguém diria: "O que você está fazendo, garoto?" Ele estava sozinho.

Não só isso: o rei era o rei, e o rei emitiu uma lei e ele provavelmente aprendeu a obedecer às autoridades. Não apenas isso: se ele quisesse avançar no reino, o que todo jovem poderia querer se tivesse esse tipo de qualidade, ele saberia que tinha de fazer o que o rei dissesse.

Além disso, se ele desobedecesse, o rei ficaria muito zangado, e Daniel não demorou muito - e você descobrirá isso logo ao ler o livro de Daniel - para descobrir como o rei se zangava: ele ficou zangado e começou a lançar pessoas em fornalhas ardentes. E ele também pode ter pensado: “Deus foi quem nos abandonou primeiro ao trazer-nos aqui. O que devemos a ele?

Ele tinha todos os motivos para fazer concessões, todos os motivos. Mas não o fez. Sabe por quê? Ele tinha caráter. Ele tinha caráter real. Ele tinha verdadeira integridade. Ele aprenderia a língua do rei, sim. Ele aprenderia as ciências dos caldeus. Ele até aceitaria o nome, mas nunca o estilo de vida. Ouviu isso? Nunca o estilo de vida, jamais o estilo de vida.

Todavia, quero que você saiba que isso não significa que ele tenha ficado com raiva, amargo e insensível, que tivesse um espírito maligno virando todo mundo contra ele. O versículo 9 diz que o chefe dos oficiais tinha compaixão dele. Ele simpatizou com Daniel. Esse rapaz tinha convicções que sustentava com amor. Que jovem! Que jovem!

Amado, digo isso a você: o caráter de uma vida intransigente baseia-se em obediência absoluta aos princípios da Palavra de Deus. Tudo o que posso dizer, amado, é: Quando a Bíblia diz algo, não comprometa isso e mantenha sua convicção com amor. E quando você leva uma vida intransigente, Deus usará você. Daí em diante, pessoal, Deus usou Daniel de maneiras emocionantes, emocionantes. Ah, seja útil para Deus. Defina um padrão e viva-o todos os dias da sua vida.

Bem, vou encerrar com uma história contada por um inglês rico que tinha uma coleção de violinos raros. Havia um instrumento de tal qualidade e magnificência que o eminente violinista Fritz Kreisler desejou adquiri-lo desse rico inglês, mas o proprietário não queria vendê-lo. Um dia Kreisler veio vê-lo e, é claro, ele pôde tocar com tal virtuosismo, talvez inigualável, que no dia em que veio implorou ao homem que pelo menos o deixasse tocar esse instrumento maravilhoso.

O pedido foi atendido e o grande violinista pegou o violino e tocou como somente Fritz Kreisler poderia tocá-lo. Ele se esqueceu de si mesmo, diz o biógrafo. Ele derramou sua alma na música e, enquanto o mestre artista tocava, o inglês permaneceu encantado. Quando Kreisler terminou, nenhuma palavra foi dita quando ele afrouxou o arco e as cordas e colocou o instrumento no estojo com o carinho de uma mãe colocando um bebê na cama. Então o proprietário então explicou: "Sr. Kreisler, o senhor não pode comprar o violino. Leve-o. Não tenho o direito de retê-lo. Precisa pertencer a alguém capaz de fazer uma música tão bonita com ele”.

Ouça, Deus pode fazer uma música linda com sua vida. Você verá como ele se saiu com Daniel, mas você precisa dedicar-lhe a sua vida. Dê a ele sua vida e assuma uma posição de caráter intransigente para viver de acordo com os princípios da Palavra de Deus. Vamos orar.

Senhor, tivemos um grande momento aqui esta noite. Ficamos muito impressionados com a história de Daniel, essa história maravilhosa. Senhor, oro pelas pessoas queridas aqui, por mim, para que tu nos moldes ao tipo de caráter que aquele garoto de quatorze ou quinze anos tinha. Alguns de nós já vivemos há muito mais tempo e somos pressionados a cultivar esse caráter em nossa própria vida.

Pai, oro por nossos rapazes, adolescentes e nossas moças, que são literalmente bombardeados pelo lixo do mundo, que são tentados a falar a língua do mundo, a obter a educação do mundo e a entrar no estilo de vida do mundo. Deus, oro para que levantes nesta igreja jovens como Daniel e seus amigos, que não serão corrompidos, que não serão poluídos, que não serão manchados, que não serão contaminados, mas desenvolverão um caráter de uma vida inflexível na Palavra de Deus.

Senhor, estou empolgado porque na próxima semana veremos as consequências de uma vida intransigente, o que acontece quando se vive dessa maneira. Vimos isso hoje à noite. É como dar um violino a um virtuoso. Toma nossa vida e faze coisas maravilhosas com ela. E assim, Pai, ajuda-nos a dedicar-nos novamente a Ti, em nome de Cristo. Amém.

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