
Hoje temos o maravilhoso privilégio de continuar em nosso estudo do livro de Daniel. Estou tão empolgado com o retorno de vocês. Apenas agradeço ao Senhor pela aventura que está à nossa frente à medida que avançamos neste tremendo, tremendo livro de Daniel. Pegue sua Bíblia, se quiser, e vamos examinar juntos o capítulo 1 novamente, e começando no versículo 8. Hoje à noite, veremos os versículos 8-21, 8-21, um texto narrativo. Não sei até onde chegaremos, mas seguiremos em frente e assim veremos o que Deus tem para nós nesta seção tremenda, dessa parte inicial da profecia de Daniel. Um eminente naturalista, em um de seus livros, descreve uma planta marinha que cresce de 45 a 60 metros de profundidade e flutua nas ondas do oceano ocidental. O caule desta planta, de acordo com o naturalista, tem menos de 2,5 centímetros mas cresce, prospera e se mantém contra os ferozes golpes e pressões da rebentação que continua a bater contra a costa. Qual é o segredo dessa planta aparentemente esbelta e frágil? E qual é a chave para sua maravilhosa persistência e resistência às pressões exercidas sobre ela? É porque, diz o naturalista, a planta esbelta pode enfrentar a fúria dos elementos, pois está ancorada solidamente, agarrando-se, por assim dizer, por sua própria vida às rochas nuas que ficam no fundo da água. É impressionante como em nossas próprias vidas podemos suportar os golpes esmagadores da rebentação da vida se tivermos uma âncora adequada. Não importa o quão frágil pareçamos, ou quão esbelta seja a planta, quando tivermos as raízes e a âncora adequadas, podemos nos manter nesse chão. Se quisermos virar a ilustração de cabeça para baixo, em certo sentido, poderíamos dizer que, enquanto os pés de Daniel estavam na Babilônia, sua cabeça estava definitivamente no céu. Ele realmente se ancorou nas coisas de Deus. E acredito que a chave para a disposição de Daniel de se posicionar contra a sociedade pagã em que ele vivia era a indisposição de fazer concessões aos termos absolutos de Deus. Agora, uma das coisas em que acredito há muitos, muitos anos, desde quando fiz uma afirmação pela primeira vez para ensinar a Palavra de Deus é que, onde existe um princípio da Palavra de Deus, você nunca se desvia em termos de seu comportamento. Há algumas coisas duvidosas. Existem algumas coisas na área cinza em que não temos uma palavra bíblica específica. Mas onde sabemos definitivamente o que a Bíblia ensina, assumimos nossa posição e nunca fazemos concessões. É aí que estamos ancorados. E foi precisamente isso que caracterizou a vida desse homem, Daniel. Ele não vacilava quando se tratava dos absolutos da lei e da Palavra de Deus. E isso o ancorou a uma rocha de confiança que lhe permitiu suportar todas as tempestades da situação caldeu-babilônica. E, a propósito, se você não estava aqui da última vez, lembre-se que os caldeus estavam realmente empenhados em fazer lavagem cerebral em Daniel, seus três amigos e todo o resto dos jovens judeus que estavam na primeira deportação em 606 a.C. Eles estavam comprometidos com um processo de lavagem cerebral. Daniel e seus três amigos resistiram a tudo isso. Agora, lembre-se de que eu lhe disse na última vez que esses jovens foram selecionados na primeira deportação como reféns, para garantir que a reação de Israel não fosse exagerada na chegada inicial de Nabucodonosor. Quando ele veio e começou a estabelecer seu poder na terra de Israel, na verdade no reino de Judá, os reféns foram levados para garantir que Israel não se rebelaria ou se revoltaria. Mas, havia mais do que isso. Os babilônios queriam que esses jovens fossem moldados para uso na corte babilônica. Tenho certeza de que eles tinham em mente que, com sua herança judaica, poderiam ajudá-los a lidar com os assuntos judaicos nos próximos anos. E você se lembrará que eles selecionaram esses rapazes baseados em três características básicas. A número um era sua beleza física e forma física. A número dois era sua capacidade e habilidade intelectual. E número três, sua sociabilidade. Eles escolheram aqueles rapazes que tinham os maiores atributos físicos, mentais e sociais, para usá-los na corte da Babilônia. O enredo era muito simples. Eles faziam uma lavagem cerebral neles. Eles conseguiriam eliminar em seus pensamentos sua terra natal, sua herança, sua religião, seu Deus, suas lealdades e tudo. E você se lembra que eles tentaram fazer isso mudando três coisas. Número um, eles queriam reeducá-los, dar-lhes uma educação caldeia babilônica. Número dois, eles os renomearam, dando-lhes nomes babilônicos, em um esforço para separá-los do passado. Em terceiro lugar, eles queriam impor-lhes o estilo de vida caldeu. Então, era uma questão de reeducação. Era uma questão de redefinição de quem eles eram. E era uma questão de reorientação para a maneira de viver de acordo com um estilo de vida caldeu. E se funcionasse, a lavagem cerebral teria sido suficiente. Agora, os historiadores nos dizem que estima-se que 50 a 75 desses jovens foram tirados da corte de Judá. Estes seriam descendentes reais e os filhos dos nobres e os príncipes de Judá. Então 50 a 75 foram levados e sabemos apenas de quatro que traçaram a linha e foram inflexíveis. Portanto, é provável que o processo de lavagem cerebral tenha funcionado na maioria desses homens muito jovens. Você deve se lembrar que eu também disse que eles provavelmente tinham entre 14 ou 15 anos de idade, uma idade em que o jovem ainda não tem o caráter necessário para resistir a uma operação muito sofisticada de lavagem cerebral, que tem latente algumas tremendas promessas de progresso, de fama e fortuna na corte babilônica. Agora, como compartilhamos da última vez, Daniel e seus três amigos não resistiram aos primeiros esforços. Eles não resistiram ao processo educacional. Em segundo lugar, eles não resistiram à mudança de nome. Mas, em terceiro lugar, quando se tratou de reorientar o estilo de vida, forçando-os a comer a comida do rei e a ceder à alimentação que era a refeição diária do palácio, a se reorientar para esse tipo de coisa, foi onde eles disseram não. E a razão é clara e simples. Não havia mandamento bíblico contra a educação. Não havia mandamento bíblico contra os nomes. Mas havia um claro mandamento bíblico contra comer comida caldeia. Número um: era comida oferecida aos ídolos. Como era o costume comum, todas as suas festas eram, em primeiro lugar, oferecidas aos deuses, seus próprios deuses pagãos. Em segundo lugar, eles tinham leis dietéticas muito rígidas, que não seriam respeitadas pelos babilônios, e, portanto, embora pudessem fazer as duas primeiras, percebendo realmente o que o esforço estava tentando alcançar e resistindo a ele na força de sua criação e compromisso com a Palavra de Deus, eles não poderiam aceitar o terceiro, porque isso teria sido negar a afirmação absoluta da lei de Deus. E o ponto, amado, é este: nós, em nossas vidas, devemos traçar a linha onde Deus traça a linha. E Ele traça a linha da intransigência com base nos absolutos da Sua Palavra. Agora você diz: “Bem, e os dois primeiros? Parece que a educação teria sido a mais ameaçadora.” Não. Na verdade, porque eles estavam tão comprometidos com a Palavra de Deus, eles veriam essa educação apenas à luz da Palavra de Deus, entende? Eles a interpretariam à luz da Palavra de Deus. E o segundo, eles poderiam mudar seus nomes, mas com certeza não poderiam mudar seus corações. Eles não podiam mudar suas almas. Eles não podiam mudar de idéia sobre o que sabiam ser verdade. Mas se eles tivessem cedido à terceira coisa e aceitado e adaptado o estilo de vida caldeu, teriam negado a Palavra de Deus e certamente seriam vítimas do processo educacional. Pois se eles tivessem feito concessões à Palavra de Deus em sua alimentação, teriam facilmente feito concessões à Palavra de Deus em outras áreas também. E assim vemos, então, que a base de uma vida intransigente é a afirmação da Palavra de Deus. Agora, nós compartilhamos também com você na última vez que este é uma postura incrível para um jovem de 14 anos. Isso diz muito sobre seu caráter. Diz algo sobre seus pais. Pode dizer algo sobre o impacto em sua vida do grande avivamento sob Josias. Em algum momento, Daniel teve uma tremenda educação. Em algum momento, ele fez um compromisso com Deus de não se contaminar. E mesmo em tenra idade, ele viveu esse compromisso contrariando probabilidades incríveis. Precisamos ter esse mesmo tipo de caráter, obviamente. Isso exige uma postura inflexível em relação aos absolutos da Palavra de Deus. E Daniel fez isso, assim como seus três amigos. E todos os incentivos, e educação, e todos os encorajamentos, e todos os subornos, e todas as pressões, e todas as ambições e todas as glórias e promessas da corte do rei não poderiam levar esses quatro jovens a fazer concessões do que sabiam ser a verdade. Eles não o fariam. Eles aprenderiam a língua do rei. Eles seriam educados nos padrões caldeus. Havia ciência, e matemática, e havia muitas coisas que seriam úteis. Havia algumas coisas que eram filosóficas e teológicas que eles rejeitariam. Mas havia, em seus próprios corações, tal compromisso com a Palavra de Deus e a lei de Deus que toda essa educação seria filtrada pela verdade de Deus. E acho que ainda temos isso hoje. Penso que como cristãos, com muita frequência, quando nossa fé é forte, ouvimos o que o mundo está dizendo e somos educados no mundo das universidades e faculdades e assim por diante, mas se nossa fé é forte e nosso compromisso com a Palavra de Deus é forte, essa educação é filtrada através da Palavra de Deus. E, em muitos casos, nos torna mais capazes de virar a mesa e levar a Palavra de Deus de volta a eles, porque podemos ver a fraqueza em suas teorias e em sua teologia. Penso em homens como Francis Schaeffer, que é um presente de Deus, sob muitos aspectos, para esta era. Um homem que estuda há anos e anos as filosofias do mundo, a fim de que, ao entender as filosofias do mundo, ele possa entender como a Palavra de Deus fala com essas filosofias, e assim encontra com elas em seu próprio terreno com a verdade de Deus. Penso em cientistas que, durante anos, estudaram as teorias da evolução para poderem ser refutadas com o texto da Palavra de Deus. As filosofias de diferentes cultos e falsas religiões foram estudadas em grande detalhe por pessoas piedosas que, por sua vez, nos forneceram recursos para neutralizar e levar o evangelho às pessoas que estão presas em sistemas falsos. Daniel e seus três amigos não temiam isso porque sabiam que tinham a peneira da Palavra de Deus através da qual filtrariam toda essa educação. Neste momento, eu advertiria você a não se expor a esse tipo de oportunidade educacional, a menos que você possua esse filtro ou você descobrirá que é possível encontrar um naufrágio de sua fé. As pessoas me dizem: “Você acha que os cristãos deveriam ir para universidades seculares?” A resposta para isso é que acho que alguns cristãos devem ir para lá, nem todos. Alguns de nós, talvez, precisam ser expostos a isso para lidar com isso. Então, eles não se importaram com a educação porque tinham o que era necessário para lidar com a educação. E eles até pegariam os nomes caldeus. Isso não é tão raro. Vivemos em uma sociedade em que somos nomeados de acordo com o que é atual em nossa sociedade. Os nomes não significam nada hoje em dia. Isso realmente não os incomodou. Mas eles nunca adotariam o estilo de vida. E como eu disse da última vez, é o estilo de vida de qualquer sociedade que é o maior corruptor, entende? Porque uma vez que você começa a viver da maneira que a sociedade vive, você se molda à filosofia deles, não importa o que lhe ensinaram antes. O estilo de vida sempre será o elemento mais corruptor de qualquer sociedade pagã. E assim, vemos Daniel rejeitando naquele momento. Ele interrompe o processo de lavagem cerebral e não se adapta aquele estilo de vida. Em Provérbios 4:23, diz: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.” E isso significa guardar seu coração, porque se você perder seu coração, se você abrir mão da parte básica do seu ser que pensa, e responde, e motiva e te faz agir; se você abandonar isso, as questões da vida serão corrompidas. Guarde seu coração, e foi isso que Daniel fez. Agora, para o nosso estudo, quero que vejamos as consequências de tal compromisso. Ele assumiu o compromisso na semana anterior. Quais são os resultados? E, a propósito, todos eles poderiam ter sido ruins. Quer dizer, você sabe, Nabucodonosor não era o cara mais legal de todos os tempos. E quando ele apareceu e disse: “Quero que todos esses jovens comam a comida do rei. Eu quero sujeitá-los a mim. Eu quero que eles se sintam subordinados a mim. Quero que eles saibam que eu os apoiei e lhes dei o melhor. Quero que eles tenham um gostinho das ótimas coisas que temos aqui na Caldeia. Quero que eles anseiem por essas coisas e esqueçam as coisas do passado. Quero que eles se adaptem ao estilo de vida. Isso faz parte do processo.” E dizer “Não, obrigado, rei” poderia ter sido um problema muito sério. Tudo o que você precisa fazer é ler um pouco mais adiante no livro e descobrir que se alguém não fizer o que o rei diz para fazer, ele o joga em uma fornalha ardente. E outra vez, quando alguém não faz o que o rei disse, ele o joga na cova dos leões. Portanto, os resultados de uma posição inflexível às vezes serão ruins. Disso não temos a menor dúvida. Às vezes, existe um grande preço a pagar. Ir contra um monarca pagão pode ser muito, muito perigoso. Mas Daniel teve que fazê-lo porque estava em seu caráter fazê-lo. E seus três amigos, aqueles maravilhosos jovens mencionados no versículo 6, Hananias, Misael e Azarias, tomaram posição e entraram na fornalha ardente. Daniel se posicionou e entrou direto naquela cova de leões. Se isso é o que tem de ser, então isso é o que será. Nem mesmo ali haveria concessão. Agora, vamos olhar para o texto, começando no versículo 8, e quero que você veja uma sequência de características - acho que isso é tão empolgante - uma sequência de características verdadeiras para alguém que assume uma posição intransigente. Quando uma pessoa decide em sua mente viver de uma maneira intransigente em uma sociedade pagã, há uma sequência de características que vejo ilustradas aqui, e elas não estão em nenhuma ordem específica, mas apenas as vejo manifestadas. E elas são tão práticas. Eu vou dar a você uma espécie de lista de compras, para que você possa começar a anotá-la. Número um, uma ousadia sem qualquer constragimento, uma ousadia sem constragimento. Agora, veja o versículo 20. “Daniel, porém, propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar.” Agora, pare bem aí. Isso é fascinante. Aqui está uma ousadia sem constragimento. Daniel diz: “Aspenaz, eu não desejo comer a comida do rei; não desejo beber o vinho do rei, porque isso me contaminará.” Agora, espere um pouco, Daniel. Isso é uma coisa bem ousada. Quer dizer, você não pode repensar um pouco? Quer dizer, você está dizendo ao rei que a comida dele vai contaminá-lo? Eu amo esse tipo de ousadia, não é mesmo? Ele não diz: “Sabe, rei, desde que eu era um garotinho, eu tive que seguir uma dieta especial.” Ele não enganou o rei ou o príncipe dos eunucos; ele não se esquivou disso. Ele não disse: “Bem, meu corpo não se adapta a isso.” Ele não disse: “Estou muito doente e, você sabe, simplesmente não me sinto muito bem.” Ou “é melhor não, é uma comida tão pesada. E você sabe, oh, estou tão acostumado com a comida na terra em que morei, simplesmente não consigo digerir isso.” Não. Ele não diz isso. Ele poderia ter dito isso. Nós podemos fazer isso. Você sabe, muitas vezes quando queremos sair de uma situação que é realmente uma questão espiritual, damos uma razão diferente da razão espiritual para sair dela. Não queremos admitir que é isso. Alguém lhe diz: “Ei, por que você não vem conosco? Nós vamos fazer isso, e vamos fazer aquilo.” E não dizemos: “Bem, você sabe, eu não acredito que esteja certo. Acredito que é pecado fazer isso e eu não faria concessão quanto ao meu compromisso com Jesus Cristo.” Dizemos: “Bem, sim, seria muito bom, mas eu tenho que ficar em casa hoje à noite. Tenho que fazer alguma coisa e bem, você sabe.” Nós ficamos enrolando. Realmente não estabelecemos o fato de que há uma questão espiritual aqui. Ah, amo isso. Daniel tem quatorze anos, que caráter. Ele diz: “A propósito, diga ao rei que eu não posso comer a comida dele, isso vai me contaminar.” Uma ousadia sem constragimento acompanha uma vida intransigente. É uma coisa ótima, corajosa. Ele poderia ter usado uma palavra diferente de ‘contaminar’. Essa é uma palavra muito forte. Algo que está contaminado, diz o Antigo Testamento, é uma abominação para o Senhor. Mas a razão pela qual ele não pode comer e beber é porque ele seria contaminado, e foi o que ele disse. Ele seria contaminado, número um, porque é carne oferecida aos ídolos, e ele não chegaria perto de um ídolo. Em segundo lugar, ele seria contaminado porque não foi preparado de acordo com a lei dietética judaica, e ele estaria violando as leis de Deus, e isso constitui uma contaminação. E você sabe no que eu acredito? Ele não diz nesse versículo, mas o fato de ele ter dito que não pode se contaminar implica para mim que ele deve ter explicado a Aspenaz por que era uma contaminação. Ele deve ter lhe dado um panorama completo sobre as leis dietéticas do Antigo Testamento. E ele deve ter dado a ele algumas palavras bem escolhidas sobre idolatria também. Fazendo com que ele soubesse do negócio todo: “É nisto que me apoio. Eu não faço isso porque isso não está de acordo com a lei de Deus.” Sabe de uma coisa? Não é uma coisa maravilhosa quando alguém no meio de uma situação muito difícil não se envergonha de falar a verdade em compromisso com a Palavra do Senhor? Isso é caráter real, pessoal, caráter real intransigente. Ele não tinha vergonha de seu Deus e não tinha vergonha de sua fé em Deus, mesmo no meio de uma sociedade pagã, mesmo sendo prisioneiro do rei, mesmo este tendo o direito de matá-lo por desobediência e rebelião, nunca abriu concessão ao seu compromisso. Francamente, para as pessoas normais, a Bíblia diz que o medo do homem traz o quê? Uma armadilha. Para a maioria das pessoas, o medo do homem nos prende. Daniel não. Mas aqueles que têm um caráter intransigente sempre parecem ter a ousadia sem constragimento. Eu pensei que esse era um ponto tão interessante que decidi pesquisar um pouco mais na Bíblia. E você sabe que eu vi isso em Moisés. Eu simplesmente amo isso. Eu vejo isso em Moisés. Moisés simplesmente vai até Faraó e diz: “Faraó, deixa meu povo ir.” Eu gosto disso. Deixe-os ir, Faraó. E Faraó diz: “Deixa eu te mostrar quem é que manda.” E ele chama seus mágicos e eles fazem truques, e jogam suas varas, e suas varas se transformam em serpentes, e Moisés joga sua vara no chão, e ela se transforma em uma serpente e come as outras serpentes. E ele diz: “Deixe meu povo ir.” Ele não tinha medo de defender seu Deus. Adoro quando vejo Moisés e ele mata um egípcio que está reprimindo um judeu. Ele não tinha medo de defender seu Deus e seu povo. Eu vejo isso com Davi. Algumas vezes os Salmos registram coisas que nos dão essa visão do coração de Davi. Salmo 40:8, adoro isso: “Deleito-me em fazer a tua vontade, ó meu Deus. Sim, Tua lei está em meu coração.” Agora, sempre que uma pessoa tem a lei de Deus em seu coração e quer cumprir a lei, esse é o espírito intransigente. Isso é como Daniel. Davi diz: “Conheço tua lei e estou comprometido a cumprí-la.” Então, “eu preguei a justiça na congregação: Eis que não tenho contido os meus lábios, ó Senhor, tu sabes.” Eu nunca me esquivei. Eu nunca escondi uma palavra da verdade justa. “Eu não escondi Tua justiça dentro do meu coração”, diz ele no versículo 10. “Eu declarei Tua fidelidade. Eu declarei a tua salvação: Não escondi Tua benignidade. Não escondi Tua verdade da grande congregação.” Ele diz: “Deus, eu estou comprometido com isso, e sem constrangimento, com ousadia preguei isso.” Oh, Deus, nos dê pessoas assim. Mais tarde, no Salmo 71:15, “A minha boca relatará a Tua justiça e de contínuo os feitos da Tua salvação.” Durante todo o dia, ele diz, minha boca mostrará Tua justiça e salvação. Ousadia sem constragimento. Os amigos de Daniel tinham isso. Veja o terceiro capítulo de Daniel. É bom demais. No versículo 13, Nabucodonosor ficou tão furioso e cheio de raiva que ele traz Hananias, Azarias e Misael - rebatizados de Sadraque, Mesaque e Abednego. E ele os trouxe e lhes disse: “Então, Nabucodonosor, irado e furioso, mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. E trouxeram a estes homens perante o rei. Falou Nabucodonosor e lhes disse: É verdade, ó Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que vós não servis a meus deuses, nem adorais a imagem de ouro que levantei?” Vocês falharam em fazer o que eu lhes disse para fazer? “Agora, pois, estai dispostos e, quando ouvirdes o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, da gaita de foles, prostrai-vos e adorai a imagem que fiz; porém, se não a adorardes, sereis, no mesmo instante, lançados na fornalha de fogo ardente. E quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?” Ele tem uma visão bastante fraca de Deus. “Sadraque, Mesaque e Abednego, responderam e disseram” - e eu amo isso – “Ó Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos de te responder.” Não é grande coisa responder a você. “Se é assim, nosso Deus a quem servimos é capaz de nos libertar da fornalha ardente, e ele nos livrará de suas mãos, ó rei. Mas se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.” Não importa o que aconteça, não adoraremos sua imagem. Ah, que ousadia. Que caráter íntegro se manifesta naqueles três rapazes. Vemos isso de novo no Novo Testamento tantas vezes, esse mesmo tipo de ousadia sem constragimento que vem com um coração intransigente. Estou pensando em um versículo aqui, sim, Marcos 8:38. “Porquanto, qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos.” Uau. Isso é uma coisa bastante forte, não é mesmo? Em 1 Pedro 4:16, diz: “Se alguém sofrer como cristão, não se envergonhe disso.” Sabe, quando você sofre por ser um cristão, quando sofre muito abuso, e as pessoas falam de cima para baixo com você, e as pessoas o incomodam, é fácil ter vergonha de ser um cristão, e você simplesmente se cala. Eu sempre disse que os cristãos, infelizmente, são como o rio Ártico, congelados na boca. Eles simplesmente não dizem nada. Eles simplesmente não se manifestam por causa da vergonha. Mas Pedro diz: “Nenhum de vocês que sofre como cristão se envergonhe disso.” Adoro ver Paulo no final do livro de Atos. Enquanto ele desfilava por um monte de governantes fantoches: Félix, Festo, Agripa; e toda vez, sem hesitação, com ousadia, sem qualquer constrangimento, ele prega Jesus Cristo. Ele escreve para Timóteo e diz: “Timóteo, Timóteo, Deus não nos deu um espírito de covardia, mas um espírito de poder, amor e uma mente sã. E Timóteo, não se envergonhe de mim, o prisioneiro de Cristo, nem se envergonhe do evangelho.” Um belo versículo é registrado no Salmo 119:46. “Falarei dos teus testemunhos perante os reis, e não me envergonharei.” Não é ótimo? Falarei dos teus testemunhos perante os reis, e não me envergonharei. Não deveria haver ninguém neste mundo para intimidá-lo acerca da sua mensagem, ninguém. Daniel tinha o caráter destemido, corajoso e sem qualquer constrangimento diante dos reis, e fala qual é a verdade, um espírito destemido de completo compromisso com Deus que o tornou incrivelmente honesto. Não é ótimo ser valente pela verdade? Ezequiel chama isso de “ter um rosto como de pedra”. E pedra, é claro, é muito dura, ser resoluto, não fazer concessão. De fato, em 1 Crônicas 12:8, a mesma virtude é descrita como “seu rosto era como de leões”. Não há muitas coisas que intimidem um leão. Em Filipenses 1:27 - eu simplesmente amo isso: “Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica” - agora, ouça isto – “e que em nada estais intimidados pelos adversários.” Não é ótimo? Em nada aterrorizados por seus adversários, corajosamente dispostos a se levantar e falar. Encontrei uma ilustração interessante em um livro antigo. Isso está em um sermão de D.L. Moody e eu vou ler para você. “Há uma história de um jovem que veio com um punhado de homens para atacar um rei que tinha um grande exército de 3.000 homens. O jovem tinha apenas 500, e o rei enviou um mensageiro ao jovem, dizendo que ele não precisava ter medo de se render, pois o trataria com misericórdia. O jovem chamou um de seus soldados e disse: 'Pegue esta adaga e enterre-a em seu coração'. E o soldado pegou a adaga e a enterrou no coração. E, chamando outro, disse-lhe: 'Salte lá no abismo'. E o homem pulou no abismo. O jovem então disse ao mensageiro: 'Agora volte e diga ao seu rei que tenho mais 500 desse tipo. Nós vamos morrer, mas nunca nos renderemos. E diga outra coisa ao seu rei, que o terei acorrentado com meu cachorro dentro de meia hora. E quando o rei ouviu isso, ele não se atreveu a encontrá-los, e seu exército fugiu diante deles como palha ao vento, e dentro de 24 horas, ele acorrentou o rei com seu cachorro.” Confio em D.L. Moody, mas não sei quão verdadeira é essa história. Certamente não vou desmoralizar o homem que não está por perto, mas ilustra o ponto. Há um nível de compromisso envolvido. O caráter intransigente tem uma coragem santa e destemida que não tem vergonha de levar o nome de Jesus Cristo. E assim, de certa forma, você pode avaliar se você tem essa posição intransigente, se está vivendo essa vida intransigente se encontrar essa ousadia sem qualquer constrangimento. Digo a você que, uma vez em sua mente, como Daniel, você propõe em seu coração que, onde a Palavra de Deus traçar uma linha absoluta, você vai traçar uma linha absoluta, você permanecerá ali corajosamente, sem nenhuma vergonha e você dará testemunho de Deus diante de reis, você encontrará essa ousadia como sendo uma realidade em sua vida. E sabe de uma coisa? Esse é o tipo de pessoa que Deus realmente usa. Eu tenho um amigo, e alguns de vocês já o conheceram, Rick Wilder. Ele mora em São Francisco e sente que Deus o chamou para confrontar os pecadores. E esse é o lugar para fazê-lo. Ele tem uma igreja lá. Ele tem aquela igreja e ele simplesmente leva seu povo para fora, e eles simplesmente descem a rua, e ele vai até os homossexuais e diz que eles precisam de Jesus Cristo. E ele começa na esquina da rua e apenas prega Jesus Cristo com toda sua voz. Ele pega viciados em drogas, ex-homossexuais, as pessoas mais dissolutas que você pode imaginar, os párias da sociedade, aquelas prostitutas e tudo mais, e ele começou uma pequena igreja, e ele tem uma igreja com o maior número de pessoas ex-alguma coisa que você já viu. E ele diz que tentar dar a esse grupo uma forma que pareça um corpo é simplesmente uma tarefa difícil. Ele me disse: “Eu gostaria de tirar férias. Eu gostaria de tirar um dia de folga. Mas se eu deixar essas pessoas um dia sequer sem ficar na cola delas, elas voltarão aos seus velhos hábitos.” “Então”, diz ele, “não posso sair da cidade nem por um dia.” E ele passa o dia todo, a semana inteira, ministrando a essas pessoas. Ele tem um espírito intransigente que emite uma ousadia sem qualquer vergonha. Deixe-me dar um segundo ponto. Acredito que uma vida intransigente resultará em um padrão incomum, não apenas em uma ousadia sem qualquer vergonha, mas em um padrão incomum. Sabe, pessoas que têm uma vida intransigente simplesmente não fazem as coisas da maneira que todo mundo faz. Você já reparou nisso? Há um pastor em Aberdeen, na Escócia, com o nome de Willy Still. Alguns o chamam de Martyn Lloyd-Jones da Escócia. E eu estava lendo um livrinho que Eric Leaver me deu outro dia, escrito por ele, chamado ‘A Obra do Pastor’. E ele disse basicamente - esta é a sua frase: “As pessoas que Deus mais usa são os esquisitões.” Ele disse: “Então, você não deveria se surpreender se deparar com algumas pessoas estranhas. De fato, todo mundo que eu conheci especialmente usado por Deus era uma figura estranha.” Agora, eu entendo ele. Ele está dizendo que para pessoas que têm esse tipo de vida intransigente, inevitavelmente haverá um padrão incomum. Eles não fazem as coisas da maneira que todo mundo faz. Eles definirão seu padrão acima das massas, até mesmo acima dos cristãos. Apenas não vivem nesse plano normal. Ajustam os padrões que excedem sempre a norma. Eu recordo quando eu ainda era menino, apenas no ensino médio, comecei a ler sobre algumas pessoas que eram grandes em oração, e eu simplesmente não podia acreditar no compromisso que tinham com isso. E eu li algumas biografias de missionários, e este pessoal era simplesmente, eles não viviam a vida Cristã do jeito que qualquer pessoa que eu conhecia vivia. E tinha muitas pessoas que, você sabe, viviam bem certinho, mas parecia que aquelas pessoas simplesmente subiram para outro nível. Bem, olhe para o final do versículo 8 novamente. Ele diz que ‘não quero nenhuma porção da comida do rei; não quero o vinho que o rei bebe’. Vá até o versículo 8. Ele diz que, de fato, darei um passo adiante: “Apenas nos dê vegetais e água.” Agora, espere um minuto. Você não precisa comer o vinho do rei, nem a comida do rei, mas certamente poderia comer outra comida e certamente beber algum tipo de vinho adequado. Mas Daniel diz: “Olha, eu quero manter um padrão incomum, nem um pouco de vinho.” Ele era um abstinente total, abstinente, bebendo apenas água e nenhum tipo de carne, somente o que eles chamam de ‘pulso’, um tipo de feijão e sementes. É isso. Bem, você diz: “Daniel, isso não é realmente necessário.” Mas as pessoas que assumem o tipo de compromisso que ele fez, sempre querem viver no plano mais alto. Eles parecem escolher um padrão acima de todos os outros. Seus ministérios são um marco acima do resto. Eles têm um nível mais alto de compromisso. Eles têm uma vida de oração mais fiel. Eles estão um pouco mais comprometidos com um estudo profundo da Palavra de Deus. E posso ilustrar esse princípio apenas lidando com a questão do vinho, por exemplo, aqui. Agora, por que Daniel diz: “Eu não - eu não vou beber nenhum vinho”? E, a propósito, ele sustenta esse compromisso durante todo o processo. Por que ele faz isso? Não é exigido dele. De fato, o Antigo Testamento fala sobre ‘yayin’, que é uma palavra para “vinho” como uma parte muito comum da sociedade judaica. Falamos um pouco sobre isso, acredito. Como você sabe, era um vinho misto, que era diluído, e era apropriado para beber. De fato, as ofertas de bebidas foram usadas no sistema de sacrifício. Havia até um suprimento de vinho guardado no templo. Isaías 24 falou sobre o consumo de vinho estar associado ao canto e a momentos de alegria. Isaías 55, o vinho é realmente um símbolo da salvação. Assim, no Antigo Testamento, não era que o vinho em si - um vinho adequadamente misturado - fosse errado ou mau. Bem, por que ele escolhe esse padrão? Bem, é assim que acontece com esse tipo de compromisso. Deixe-me dar uma ilustração. Volte ao capítulo 10 de Levítico por um minuto - Levítico 10:8. “E o Senhor falou a Arão.” Agora, Arão não é como todo mundo. Arão é o sumo sacerdote, e a família de Arão era de sacerdotes. E assim o Senhor fala a Arão, e através de Arão a todos os que se envolveriam no sacerdócio, e Ele diz, com efeito: “Vinho ou bebida forte” - nem yayin ou shekar – “tu e teus filhos não bebereis quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações,para fazerdes diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo e para ensinardes aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem falado por intermédio de Moisés. Em outras palavras, não toque nisso, porque, se você o tocar, poderá se tornar vítima da tentação e perderá a capacidade de distinguir adequadamente entre santo e profano e de ensinar corretamente as pessoas. Você está em uma posição muito arriscada para brincar com isso. No capítulo 6 de Números, olhe comigo por um momento. Números o capítulo 6, “Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando alguém, seja homem seja mulher, fizer voto especial, o voto de nazireu” - que significa, por sinal, ‘ser separado’, não que seja de Nazaré, que é uma palavra diferente, mas quando você faz um voto da separação, para separar-se para o Senhor, “abster-se-á de vinho e de bebida forte; não beberá vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte, nem tomará beberagens de uvas, nem comerá uvas frescas nem secas. Por todos os dias do seu nazireado não comerá de coisa alguma que se faz da vinha, desde os caroços até as cascas.” Agora ouça, não era necessário que todos vivessem assim. Mas alguém que queria definir a sua vida de uma forma única como separado para Deus definiria um padrão incomum, percebe?Era uma questão de escolha. Mas uma vez estabelecido que você queria viver no plano mais alto, e quando você aproveitou a ocasião para fazê-lo, você estabeleceu um padrão incomum. Olhe comigo por um momento no 31º capítulo de Provérbios, o capítulo final, e você encontra uma coisa semelhante. Em Provérbios 31:4 “Não é” - agora ouça isso – “Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte.” E a propósito, Daniel bem pode ter vindo de uma família real, e então foi ensinado este tremendo princípio bíblico, e isso é parte integrante da razão pela qual ele nunca tocaria em vinho. Pode ter sido que ele já tinha feito esse compromisso como parte da família real. Mas “não é para reis, não é para príncipes, para que não bebam, e esqueçam a lei, e pervertam a justiça de qualquer um dos aflitos. Dai bebida forte aos que perecem.” Quando alguém está nos últimos espasmos e as agonias da morte, sede-os com isso. Mas não dê às pessoas que devem tomar decisões em um nível espiritual. Há um padrão incomum para a maior responsabilidade espiritual. Primeira Timóteo capítulo 5 nos leva ao pensamento do Novo Testamento sobre isso. E eu acho que é interessante ouvir o apóstolo Paulo dizer a Timóteo: “Não beba mais água, mas use um pouco de vinho para o bem do seu estômago.” Por que você acha que ele disse isso? “Não beba mais água?” Eu vou lhe dizer por que eu acredito que ele disse isso, porque Timóteo nunca bebeu nada além de água. O fato que Paulo tê-lo instruído a tomar um pouco de vinho, e dizer-lhe para não beber apenas água me indica que o Timóteo habitualmente não bebia vinho. Isso não era necessariamente uma ordem expressa para ele. Aquela era uma escolha que ele fez, um padrão incomum. Eu acredito no capítulo 1 de Lucas, que diz de João o Batista, “Não beberás vinho nem bebida forte.” Diz-nos que um presbítero em 1 Timóteo não deve ser dado ao vinho. Diz isso em Tito que ele não deve ser dado ao vinho. A questão é essa, pessoal. Aqueles que escolhem o mais alto e o melhor, aqueles que desejam viver no nível mais intransigente de compromisso, buscam um padrão incomum. E Daniel, com certeza, queria se distinguir dos glutões e dos bêbados da Babilônia, para não haver confusão. E assim ele não só diz: “Eu não vou beber o vinho do rei”, ele diz, “Eu não vou beber nenhum vinho de forma alguma, apenas água, apenas água.” E eu acho que hoje, eu sei na minha própria vida, que é uma escolha que eu fiz. Não me torna mais espiritual. É só que eu sinto que esse é um lugar em que eu posso estabelecer um padrão incomum para mim, para eu não ser arrastado para uma posição comprometedora, para eu poder evitar toda a aparência do mal. Então, Daniel, embora o rei o tenha ordenado, não bebeu. Quão mais fácil deve ser para nós quando não há tal comando em cima de nós e mesmo nenhuma necessidade. Grandes homens, você sabe - e eu tenho certeza que Daniel conhecia as leis de Deus sobre isso - grandes homens sucumbiram ao poder da bebida. Você só tem que olhar mais a fundo no livro de Daniel para ver Belsazar perder o Império Babilônico no meio de uma embriaguez. Você só tem que estudar história para perceber que com a idade de 33, Alexandre, o Grande perdeu o império mundial, porque ele já era um bêbado de pleno direito. Quando o duque de ferro da Inglaterra, chamado duque de Wellington, estava marchando com seu exército através da Península Ibérica, trouxeram a notícia ao seu quartel-general que à frente dele estava uma vasta loja de vinho espanhol que suas tropas poderiam desfrutar. Ele parou seu exército onde estavam. Ele enviou alguns dos seus homens na frente. E ele disse, “destruam tudo”. E eles explodiram a vinícola em pedaços, e então ele marchou com seu exército. Diz-se que a razão pela qual Napoleão Bonaparte perdeu a batalha em Waterloo para o vitorioso Duque de Wellington foi porque na noite anterior o marechal Ney gastou tempo demais com o seu copo favorito de vinho, e na manhã seguinte sua cabeça estava nublada, sua mente instável e ele tomou decisões erradas. Quando a França caiu na Segunda Guerra Mundial contra Hitler, marechal Petain disse: “A França foi derrotada porque seu exército estava bêbado.” E o governo de Vichy de 1940 disse que a razão para o colapso da fibra moral do exército francês foi devido ao álcool, puro e simples. Isso nunca fez nenhum favor a ninguém. Daniel tinha um padrão incomum. Uma vida realmente intransigente não vai brincar à beira do que é certo, ele vai escolher o mais alto e o mais nobre e o melhor. Deixe-me dar mais um. Uma vida intransigente é caracterizada por uma ousadia sem constrangimento, um padrão incomum e, em terceiro lugar, uma proteção sobrenatural. Isso é ótimo. Versículo 9, “Ora, Deus” - e eu amo essa duas palavras. Você entendeu isso? “Ora, Deus” - você sabe assim como eu, preste atenção, que quando alguém estabelece um padrão como Daniel, Deus estará ao seu lado, certo? Assim, é somente uma questão de tempo até que nós leiamos: “Ora, Deus.” Não demorou muito tempo. “Daniel resolveu firmemente em seu coração” no versículo 8, e Deus se moveu no versículo 9. Amado, se você não pegar mais nada, pegue isso, que Deus responderá a esse tipo de compromisso. Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos. Incrível. Agora, sabe, deixe-me falar sobre isso por um minuto. É axiomático, acho eu, que mesmo que as pessoas discordem de suas convicções, elas o admiram por segui-las, certo? Ou seja, todos amam alguém com caráter. Sabe, você está tão cansado de pessoas insolentes e pusilânimes, insignificantes, que vacilam sobre tudo, que fluem como destroços e refugo na maré, como pedaços de madeira encharcados de água sendo jogadas de um lado para o outro sob um píer. Você se cansa de pessoas que são covardes. É axiomático que, quando você encontra alguém com convicções, você o respeita, especialmente se as suas convicções são fortes, morais e conscienciosas. A integridade, eu acho, é uma coisa valiosa. Nós valorizamos a integridade. Mas essa não é a questão aqui. Não foi a integridade de Daniel que influenciou Aspenaz, o príncipe dos eunucos. Agora, você diz: “Bem, talvez fosse apenas porque Daniel era um cara muito legal.” Bem, eu acho que ele era. Eu acho que Daniel tinha uma personalidade graciosa e amorosa. Eu acho que isso será divulgado mais adiante nesta seção, pois vemos mais algumas coisas sobre ele. A maneira como ele fala é tão amorosa, e há uma delicadeza nele, e não insistia. Ele é apenas um tipo bonito de caráter que naturalmente acompanha um homem piedoso. Esperaríamos encontrar isso. Mas eu nem mesmo acho que foi a sua personalidade incrível. Portanto, não acho que tenha sido o valor humano colocado na integridade e assim por diante. Não acho que tenha sido a personalidade agradável do homem. Eu acho que a razão pela qual as coisas foram tão bem é a seguinte. “Ora, Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão.” Ato soberano de Deus. Isso é muito importante, pessoal. Deus está controlando tudo. Deus tinha um plano para Daniel. Deus tinha um propósito para Daniel. E Deus queria que Daniel fosse uma testemunha na Babilônia. Acredito que Daniel é a chave, em certo sentido, de grande parte do panorama da história do Natal. Eu questiono se haveria homens sábios vindos do oriente, se nunca houvesse um Daniel. Quer dizer, Deus tinha um plano de longo prazo para esse cara. Nos bastidores do retorno no final dos 70 anos, quando as pessoas voltam para sua terra, nos bastidores está o caráter e o ministério de Daniel, que eu acredito o fez passar como agente de Deus. Um homem incrível. Deus tinha um plano, e Deus - agora observe isso – apenas entrou no coração daquele sujeito e empurrou para lá o favor e a compaixão, e disse em Sua soberania: “Aspenaz, você vai amar o Daniel.” E ele o amou, e ele o amou. E eu não acho que ele sabia por que ele amou, mas amou. Isso é tremendo. E você sabe, mesmo Nabucodonosor, que era brilhante, que era poderoso, não podia fazer nada para influenciar ou mudar o plano de Deus. Deus colocou isso no coração daquele homem para ser gentil com Daniel. Agora ouçam-me. Você vive uma vida intransigente e desfruta de uma proteção sobrenatural. As pessoas dizem: “Oh, bem, se eu botar a minha cabeça para fora” - as pessoas às vezes me dizem isso, “você não ... você diz coisas, sabe? Você apenas fala o que pensa e diz o que a Bíblia diz. Você não se preocupa com o que vai acontecer?” Bem, posso me preocupar com isso por um minuto, mas isso passa muito rapidamente. Porque eu estou dizendo: “Olha Deus. Esta é a Tua palavra. Você me meteu nisso, agora me tire disso.” E acredito que, até chegar o momento em que Deus disser: “É hora de parar, MacArthur”, acredito que desfruto de uma proteção sobrenatural. É simplesmente assim que é. Eu acho que Deus protege aqueles que se comprometem com ele. Agora, o que é importante sobre isso é - agora ouça-me - geralmente fazemos concessões porque temos medo de nos meter em problemas, quando o fato é que se não fizermos concessões, Deus será nossa proteção em meio aos problemas. Mas assim que fizer concessões, você perde essa proteção sobrenatural e fica por sua conta. E então transigência leva a quê? A outra concessão, e outra, e então você está realmente preso, porque se você disser a verdade, eles saberão que você tem sido uma mentira o tempo todo. Sem concessões, esse é Daniel, e Deus o protegeu. Em 1 Reis 8:50, diz: “perdoa o teu povo, que houver pecado contra ti, todas as suas transgressões que houverem cometido contra ti; e move tu à compaixão os que os levaram cativos para que se compadeçam deles.” Aqui estão as pessoas dizendo: “Deus, dê-lhes compaixão.” E Deus fará isso, Deus fará isso. As pessoas dizem: “Sabe, se estivéssemos vivendo em uma sociedade opressiva e se estivéssemos - as pessoas estivessem nos atacando e atirando em nós por causa da nossa fé, e assim por diante, e assim por diante, continuaríamos falando a verdade?” Ouça, se não falarmos a verdade e fizermos concessões, estaremos por nossa conta. Se falarmos a verdade, não importa o que acontecer, então Deus é nosso protetor sobrenatural. E se Deus diz: “Você vive”, não há rei no mundo que possa tirar sua vida, certo? Nenhum. Rapaz, isso é fantástico. Não temos nada a temer. Você diz: “Bem, se eu realmente disser o que penso, se eu realmente defender a verdade, vou perder meu emprego.” Então, ceda e perca o recurso de Deus. Faz sentido? Quem você quer no seu time, seu chefe ou Deus? Não há um chefe no mundo que possa movê-lo até que Deus permita. Salmo 106.46. Eu só tenho que compartilhar isso com você, porque acho que resume toda a ideia. Ouça, isso é ótimo. Está falando aqui sobre como Deus se importa com o Seu povo. Isto é muito bom! “Ele os criou” - está falando sobre o Seu povo Israel – “fez também que lograssem compaixão de todos os que os levaram cativos.” Agora ouçam-me. Este não é apenas Aspenaz. Deus fez com que toda o monte de caldeus e babilônios se compadecesse do Seu povo. Você percebe que Deus não pode apenas influenciar um rei, Deus pode influenciar uma sociedade inteira? Por quê? Porque, o versículo 45 diz “lembrou-se, a favor deles, de sua aliança e se compadeceu, segundo a multidão de suas misericórdias.” E, amados, temos uma aliança com nosso Deus em Cristo, não temos? Se vivermos uma vida intransigente, Deus cuidará de nós. Eu sempre penso em Davi. Davi é tão bom, mas ele com certeza fez algumas coisas desagradáveis, e uma das coisas mais idiotas que ele já fez foi quando estava no país dos filisteus e entrou no palácio. E, claro, aqui estava ele, um arquiinimigo dos filisteus e ele está no palácio, e fica com medo. Em vez de dizer: “Eu sou Davi, o rei do povo de Deus. Eu sou Davi que fala por Jeová. Não hesitarei em dar o Seu testemunho.” Em vez de enfrentar essa situação pagã, ele fica com medo. Então, você sabe o que ele faz? Ele finge que está louco. É isso mesmo. Isso foi exatamente o que ele fez. Ele fingiu que estava louco. E a primeira coisa que ele fez foi começar a babar na barba. A Bíblia diz que ele babou por toda a barba. Agora a barba no oriente era um sinal de sua dignidade. Babar na sua barba era muito, muito indigno. Eu acho que ainda deixa muito a desejar. Mas, de qualquer forma, foi um comportamento muito indigno. Você sabe o que ele fez? Ele começou a babar na barba e agiu como um louco, e isso diz que ele continuava passando as mãos para cima e para baixo nos portões como se estivesse louco. E você diz para si mesmo: “Davi? O doce cantor de Israel? Quem escreveu todas as escrituras? Davi, cujas mãos estavam cobertas de sangue por causa de todas as vitórias que conquistara? Davi, o grande homem de Deus? Davi, aquele músico bonito que tinha todo coração de toda mulher na terra? Davi, essa figura majestosa? Davi, andando por aí babando e fazendo isso?” E você sabe o que o rei diz? ‘Olha, nós temos doidos suficientes nesta corte. Livrem-se desse cara.’ Foi isso que ele disse. E eles o mandaram embora dali e ele disse: “Oh, oh, meu plano deu certo.” E então ele rasteja para dentro de uma caverna no meio do nada, e ele escreve um salmo. E o salmo, com efeito, diz: “Deus, eu realmente fui um tolo, não fui? Eu fiz concessões.” E por toda a história, Deus registrou essa estupidez para que todos soubessem. Em vez de acreditar que você era meu libertador, e se eu tivesse vivido de uma maneira intransigente, descaradamente ousada, diante daquelas pessoas, se eu tivesse vivido em um padrão incomum, teria uma proteção sobrenatural. E aqueles filisteus não poderiam mais ter posto a mão em mim, assim como Golias, com sua grande e enorme espada filisteia, pôde fazer qualquer coisa contra meu pequeno punhado de pedras. Oh, quão rápido Davi esqueceu. Uma proteção sobrenatural é prometida para quem não fizer concessões. Há uma grande palavra. Você tem que ouvir. Provérbios 16.7, apenas ouça. “Sendo o caminho dos homens agradável ao Senhor,” - ouça isso - “este reconcilia com eles os seus inimigos.” Isso não é ótimo? “Sendo o caminho dos homens agradável ao Senhor, este reconcilia com eles os seus inimigos.” Assim, o que importa na vida então? Agradar ao Senhor. Viva com uma ousadia sem qualquer vergonha. Viva em um padrão incomum e obtenha uma proteção sobrenatural. Rapaz, é emocionante ter essa sensação de ser invencível. Amado, eu digo isso a você. O coração de todos os homens está nas mãos de Deus. Vê? O coração de todos os homens está nas mãos de Deus. Não alguns homens, o coração de todos os homens. E tudo que você precisa fazer é agradar a Deus e Ele controlará seus corações. Assim, a vida de Daniel retrata o que Deus fará por uma pessoa que é fielmente obediente a ele. A propósito, olhe para o versículo 9 por um momento. A palavra ‘favor’ é a palavra para ‘terno amor, compaixão’, etc. Realmente significa ‘amor infalível’. Ele tinha um tipo virtuoso de amor infalível, além de um nível interno, apenas uma afeição. Era ambos, um tipo verdadeiro de amor e um que conhecia emoção. Esse cara realmente amava Daniel. Oh, que situação é essa para Daniel! Sabe de uma coisa? Se você quer chegar a algum lugar no reino de Deus, não precisa fazer política. Apenas não faça concessões. Deixe Deus lhe colocar lá. Se Deus quer fazer você se destacar em uma sociedade, ou te elevar em uma igreja, ou te elevar em um ministério, ou te elevar em algum tipo de situação, viva uma vida intransigente, e deixe Deus trabalhar no coração de pessoas que irão conduzi-lo a esse lugar. Não procure por conta própria. Deus cuida especialmente de Seu povo fiel e intransigente. Eu penso no pequeno Moisés. O que Moisés sabe? Tudo o que ele sabe é que está boiando no rio Nilo. Ele não sabe de nada. A próxima coisa que ele sabe é que ele está morando no palácio do Faraó. Você diz: “Como ele chegou lá?” Ele simplesmente foi pego e colocado lá. E sabe de uma coisa? Até a própria mãe estava lá para cuidar dele. Quem planejou isso? Deus o fez. Não precisamos usar política, esforço próprio. Quando não fazemos concessões, temos uma proteção sobrenatural. Vamos nos curvar em oração. Pai, que grandes verdades aprendemos esta noite. Uma vida sem concessões. Oh, a bem-aventurança de uma vida intransigente com uma ousadia sem qualquer vergonha que nos convida a viver em um padrão incomum, que nos permite depender totalmente de uma proteção sobrenatural. E isso é apenas o começo, Senhor. Existem pelo menos cinco outras coisas neste capítulo. Quão majestoso, maravilhoso e emocionante saber que a Tua bênção é dada àquele que vive segundo Teus padrões. Obrigado, Pai, pelo que nos ensinou nesta noite. Faça de nós um povo intransigente com o mesmo tipo de amor, o mesmo tipo de gentileza, o mesmo tipo de ternura que vimos em Daniel. O mesmo tipo de gentileza e ternura que vemos em Jesus, mas nunca fazermos concessões ao que sabemos ser a verdade absoluta da Tua Palavra. Ajuda-nos a não viver da maneira que outras pessoas vivem. Ajuda-nos a escolher um padrão acima. Ajuda-nos a nunca ter vergonha. Para ecoar com o apóstolo Paulo: “Não tenho vergonha do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação.” Que nunca tenhamos vergonha, para que, quando Te virmos cara a cara, nunca Te envergonhes de nós. Obrigado, Senhor, por nos chamar a esta vida e nos prometer Tua proteção enquanto a vivemos. Para a glória de Cristo, oramos. Amém.

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