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Lucas capítulo 9 é o nosso texto para esta manhã. Retornamos a uma seção que chamei de “o Paradoxo do Discipulado.” O paradoxo do discipulado, na verdade, está em Lucas 9.23-27. Deixe-me ler o texto para reacender seus pensamentos.

Lucas 9.23: “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo? Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos. Verdadeiramente, vos digo: alguns há dos que aqui se encontram que, de maneira nenhuma, passarão pela morte até que vejam o reino de Deus.”

No ano de 1988, foi lançado um livro que escrevi. O livro tem como título O Evangelho Segundo Jesus. Eu puxei esse livro da prateleira esta semana para ler. Não costumo ler meus próprios livros, mas eu precisava familiarizar-me com tudo o que escrevi há muitos anos, porque queria informações sobre o texto que estou falando nesta semana, e certamente na próxima semana também.

O Evangelho Segundo Jesus foi um livro que a editora declarou que teria um fraco impacto. Lembro-me da editora dizendo que venderiam cerca de 25 mil no primeiro ano. Mas eles venderam 300.000. Por que isso aconteceu? Existia algum excelente plano de marketing? Não havia nenhum plano de marketing. Mas esse tipo de livro encontrou caminho na leitura das pessoas que realmente nunca entenderam uma questão que foi enterrada sob o radar no evangelismo.

E essa questão veio à tona e se tornou tão volátil, e o livro teve uma reação explosiva. A simples verdade desse livro - que ainda é impresso em forma revisada - a simples verdade desse livro, é que a salvação e o discipulado são a mesma coisa, e que seguir a Jesus e ser salvo é a mesma coisa.

Ou para dizê-lo nas palavras do nosso texto, olhando o versículo 23: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.” Isso não é um convite para uma modalidade de vida cristã. Isso é um convite à salvação. Essa era a simples verdade do livro. Essa verdade estava tão obscurecida e tão enraizada sob a visão evangélica que, quando escrevi o livro, as pessoas acharam um escândalo dizer que para ser salvo você precisava negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz e obedecer a Cristo, isso porque a ideia dominante do evangelismo em muitas partes da América, e adotada por um seminário proeminente, muitas faculdades bíblicas e propagadas em púlpitos, era que para ser salvo, tudo o que você deveria fazer é acreditar em Jesus, e assim você seria salvo, e em algum lugar da estrada precisaria fazê-Lo Senhor da sua vida e levar a sério a obediência. Mas isso certamente não está conectado à salvação.

Lembro-me, quando criança, cresci ouvindo oradores aqui e ali, ou nos acampamentos e conferências onde era bastante comum dizer: “Você pode ter Jesus como Salvador, mas você O tem como Senhor? Você não acha que é hora de recebê-Lo como Senhor? Você deve falar seriamente sobre obedecer a Ele.”

Eu falava na semana dos fundadores do Instituto Bíblico Moody, anos atrás, quando essa controvérsia era intensa, e eu tive cinco sessões pela manhã quando abordei o tema de um verdadeiro convite à salvação que incorpora o discipulado, obediência, seguir a Cristo, e todas essas coisas. E houve outro orador que também falou em cinco sessões naquela semana, e dizia exatamente o contrário. Foi uma semana interessante.

Mas a orientação dele para aquela instituição foi: “Jesus, eu não quero ir para o inferno. Por favor perdoe meu pecado. Mantenha-me fora do inferno,” e algum dia depois, em sua vida, você precisa confessá-Lo como Senhor. E se você acabou de passar pelo primeiro estágio, estaria no reino, mas não teria os privilégios. Se você tomar o segundo passo, estará no reino e herdará o reino.

Na verdade, nunca esquecerei uma coisa que ouvi ele dizer naquela semana: “Vocês, jovens, neste ponto de suas vidas, nem se preocupem com esse nível em afirmar o Senhorio de Cristo, até que vocês estejam, digamos, no final dos trinta.”

Isso continua a ser um problema hoje. A simples mensagem desse livro - e tive de escrever uma sequência para mostrar que não é só O Evangelho Segundo Jesus, mas também O Evangelho Segundo os Apóstolos – por isso escrevi o segundo livro. A mensagem simples é esta: Salvação e discipulado são a mesma coisa, e que toda vez que Jesus falou - “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará” - Ele não estava chamando pessoas que já eram cristãs para um nível superior, Ele estava chamando pessoas que não eram cristãs para serem salvas.

O evangelho que Jesus proclamou foi um convite a segui-Lo como Senhor. Era um chamado para segui-Lo em submissa obediência. Era muito mais do que um seguro contra incêndio, era muito mais do que um pedido de oração, ou um pedido para alguém levantar a mão e caminhar em um corredor ou assinar um cartão, e também não era um pedido para que alguém fizesse algo simplesmente cerimonial para ficar fora do alcance da ira eterna de Deus. E enquanto o evangelho de Jesus era e é a oferta do perdão para todo pecado e a promessa da vida eterna, é um chamado à negação de si mesmo, ao mesmo tempo tomar sua cruz e seguir a Cristo, esse é nada mais e nada menos que um verdadeiro convite. De modo que quando o verdadeiro evangelho é apresentado, tem nisso uma inerente repreensão à superficialidade, uma repreensão ao despropósito, uma repreensão a visível hipocrisia.

O coração e a alma do evangelho, como Jesus pregou, assim como os apóstolos pregaram - se quiser obter mais detalhes, leia os dois volumes - o coração e a alma do que Deus oferece é o perdão do pecado e da vida eterna para aqueles cuja fé não é superficial, que é evidenciado profundamente por carregar a cruz, autonegação e submissão.

Houve esse movimento no evangelismo, e ainda está por perto. Acho que o livro teve um impacto, ajudando muitas pessoas que estavam confusas, mas o movimento ainda continua. Esse movimento separa a salvação da obediência, separa Jesus Salvador do Jesus Senhor, separa o crer do obedecer, separa a justificação da santificação. É incoerente, é um tipo de ênfase desconexa, um discernimento trágico e antibíblico. De fato, é um escândalo para o evangelho. É um escândalo do evangelismo.

Os pecadores são informados que se querem ser salvos e ir ao céu, só precisam aceitar Jesus Cristo, aceitar o fato de que Ele morreu por eles. Eles só precisam pedir a Jesus para entrar em seus corações ou convidá-Lo - frases comuns e não bíblicas, a propósito, adequadas para um evangelho de ilusão. Muito pouco é dito sobre como eles devem se avaliar.

Essas pessoas que defendem essa posição descartam a intenção real e evangelística do convite feito por Jesus. Eles transformam Jesus em um professor de vida profunda, ou um professor de vida superior, alguém que está dizendo a pessoas que já foram salvas: “Você precisa se apresentar e ser um discípulo. Você precisa crescer e levar a sério. Precisa começar a obedecer. Você precisa começar a negar a si mesmo.” Esse é o segundo nível da experiência da salvação. Então eles aproveitam tudo o que Jesus diz como: “Siga-me e negue-se, tome sua cruz, me obedeça e mantenha a Minha Palavra, mantenha meus mandamentos e Me ame e ame uns aos outros,” essa é a atitude de uma pessoa já salva, mas para esse tipo de evangelismo, é uma atitude de alguém que já é um cristão, e que avança para um segundo nível.

Então Jesus, em vez de ser um evangelista que prega o evangelho, torna-se um professor de uma vida mais arraigada. Uma espécie de orador de Keswick que quer mover as pessoas para outro nível de espiritualidade. Nenhuma distinção - nenhuma distinção - como essa distinção entre salvação e discipulado, tornando-as duas coisas diferentes, nenhuma distinção fez tanto para minar a autoridade e a precisão da mensagem evangelística de Jesus. Tudo o que caminha por essa linha de pensamento tira de Jesus a intenção evangelística do que Ele diz. E isso não é um problema pequeno.

Se Jesus disse: “Eu vim ao mundo para buscar e salvar o que estava perdido,” então devemos ter a certeza de que sabemos que o que Ele disse e o que tinha em mente. Ele não disse: “Eu vim para elevar aqueles que foram salvos.” Ele disse: “Eu vim para aqueles que estão perdidos.” Eu realmente não quero reinventar Jesus, e eu penso que é preciso uma enorme quantidade de imprudência para fazer isso.

Jim Boice, amigo precioso agora com o Senhor, uma grande perda para todos nós, escreveu um livro chamado "Convite de Cristo para o Discipulado.” Ele também escreveu o prefácio de O Evangelho Segundo Jesus, um dos dois prefácios no livro, porque ele certamente permaneceu na grande tradição daqueles que entendiam corretamente a Palavra de Deus, e ele ficou feliz em escrevê-lo. No livro chamado Convite de Cristo para o Discipulado tem um parágrafo que vale a pena citar.

Ele disse: “Este é um defeito comum, essa desconexão entre salvação e discipulado. Este é um defeito comum em tempos de prosperidade. Em dias de dificuldades, e em especial a perseguição, aqueles que estão no processo de se tornar cristãos analisam com cuidado o custo do discipulado, antes de tomar a cruz do Nazareno.”

Ele está absolutamente certo. Vou parar por um momento. Sim, ele está absolutamente certo. Onde há dificuldades e perseguições, não existe tal desconexão, porque tudo o que você tem a fazer é professar publicamente que Jesus é o seu Salvador, e isso é suficiente para lançá-lo na cadeia. Então, nesse ponto, você deve estar disposto a pagar um preço, talvez sua vida. Então ele está certo.

Ele diz: “Em tempos como esses” - ainda o citando - “os pregadores não seduzem as pessoas com falsas promessas de uma vida fácil, ou indulgência dos pecados. Mas nos bons tempos, o custo não parece tão alto e as pessoas tomam o nome de Cristo sem sofrer a radical transformação da vida e o que a verdadeira conversão implica.”

Então, o que estou dizendo é que essa visão só pode acontecer na América ou em alguma outra sociedade rica, alguma outra sociedade benigna no sentido de perseguição e execução de crentes. O chamado à salvação é um chamado para seguir a Cristo. É um chamado para seguir a Cristo com tanta devoção que você nega a si mesmo, toma sua cruz e obedece. É isso que significa ser salvo. Qualquer coisa menos do que isso não é fé salvadora.

Quando Jesus entregou a grande comissão, Ele disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações.” O quê? “Fazei discípulos.” Isso é o que fazemos. Um discípulo é um crente, um cristão. A palavra "discípulo" é usada em todo o livro de Atos para os crentes: Atos 6.1,2,7; 11.26; 14.20 e 22; 15.10. É apenas uma palavra para “crente.” Então quando Jesus chama alguém para ser um discípulo, Ele o está chamando para se tornar um cristão, um seguidor.

Os verdadeiros crentes são aqueles que vieram a Cristo para segui-Lo. São aqueles - lembre-se da última vez, em Lucas 14: "Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?” Eles não são superficiais como o solo rochoso, onde a semente entra e há uma resposta emocional, mas superficial, e pressão, e tribulação e perseguição vêm, e a planta morre porque não possui raiz verdadeira.

Eles não são como ervas daninhas do solo, onde o amor pelas coisas do mundo e o amor pelas riquezas ainda domina o coração, e assim a semente entra, e há uma resposta momentânea, mas a vida nunca se despojou de si mesma. E então o fruto nunca chega, e a planta murcha e morre.

A verdadeira salvação, o solo realmente bom, ocorre quando alguém entende que ao pedir ao Senhor Jesus que o salve do inferno, e perdoe seu pecado, e lhe dê vida eterna, está ao mesmo tempo se submetendo ao Seu Senhorio.

John Stott, anos atrás, em seu livro Cristianismo Básico, escreveu: “A paisagem cristã está repleta de destroços de torres semiconstruídas e abandonadas.” São as ruínas daqueles que começaram a construir e não conseguiram terminar, pois milhares de pessoas ainda ignoram o aviso de Cristo e se comprometem a segui-Lo sem primeiro fazer uma pausa para refletir sobre o custo de fazê-lo. O resultado é o grande escândalo da cristandade, hoje chamado de Cristianismo Nominal.

“Nos países em que a civilização cristã se espalhou, um grande número de pessoas se cobriu com uma camada decente, mas superficial do cristianismo. Eles se permitem envolver-se pouco, o suficiente para serem respeitáveis, mas não o suficiente para se sentirem desconfortáveis. Sua religião é uma grande almofada macia. Protege-os do duro aborrecimento da vida ao mudar de lugar, de forma a se adequar à sua conveniência. Não me admira que os cínicos falem de hipócritas na igreja e descartem a religião como escapismo.”

E de novo, ele está dizendo a mesma coisa que Boice disse. A civilização ocidental, com seu alto nível de conforto, é um lugar perfeito para que o cristianismo nominal exista. Nunca o vi na Europa Oriental. Você não o veria sob a opressão comunista, porque ser qualquer tipo de cristão custaria sua vida, então ninguém se tornava um cristão aparente, superficial e meio comprometido, porque isso traria o mesmo efeito que o real, faria você perder a vida. Então apenas aqueles que estão dispostos a fazer isso lá abraçam o evangelho.

O chamado à salvação, então, é um apelo ao compromisso total, nada conscientemente o retém, nada conscientemente o retém. E não há teste mais definitivo para ir do que este, e outros semelhantes a este, e ouvir dos lábios do próprio Senhor Jesus Cristo.

E vamos entender o que estamos falando aqui. Este é um convite à salvação. Você quer saber como testemunhar às pessoas? Como comunicar o evangelho? Aqui está. Foi assim que Jesus fez isso. E francamente, cai como uma bomba, é uma abordagem explosiva do evangelismo.

E foi assim que meu livro foi basicamente descrito, foi descrito como uma bomba lançada em 1988. E fez um buraco no território evangélico, e revelou sob a superfície a terrível, terrível fraqueza do evangelho que estava sendo pregada. Bem, está de volta hoje, odeio dizer. Esse cristianismo fácil está de volta hoje. Temos o mesmo tipo de evangelismo barato acontecendo hoje. Agora está pior ainda. Você nem precisa acreditar em Jesus, vai para o céu se você apenas pensar que existe um Deus lá, muito menos confessar Jesus como Senhor.

Mas esses não são os termos de Deus, esses não são os termos de Jesus. Jesus veio como protótipo divino de Evangelista. Ele nos deu o padrão de como evangelizar. E o que você faz, ao evangelizar, é levar alguém a perceber que ser salvo, seguir a Cristo, ser um verdadeiro discípulo, ser cristão, inclui estas três coisas: Negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz e segui-Lo. Essa é a dura mensagem do evangelismo.

Você diz: “Bem, as pessoas provavelmente não vão engolir isso.” Se não engolirem, então não podem ser salvas. Não podemos alterar os termos para obter o efeito desejado. Então vamos voltar ao texto, voltar ao princípio, apenas para afirmar o que definimos como base para nossos pés aqui.

Volte ao versículo 23: “Ele estava dizendo a todos,” falando aos 12 apóstolos, e também para os outros seguidores da multidão que estavam com ele. “Ele estava dizendo a todos” - você precisa entender esta verdade fundamental - ”Se alguém quer vir após mim.” Vamos parar aqui por um momento.

“Se alguém quer vir após mim,” é um convite ao evangelho. Você quer ser Meu verdadeiro seguidor? Você quer ser genuíno? “A si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.” Não se trata de você ter suas necessidades atendidas. Não se trata de você obter o que deseja. É você dizer "não" para todas as suas necessidades, desejos, esperanças, ambições, sonhos, projetos e planos. É sobre você abraçar a Mim. Não se trata de satisfação. Trata-se de sacrifício.

Há um nível de desespero aqui. Você diz: "Bem, as pessoas não vão engolir isso facilmente.” Bem, é claro que não. Mas então quem disse que a salvação seria fácil, ou mesmo possível sem ajuda do Espírito Santo? Mas há, no entanto, estes três ingredientes neste primeiro princípio. Vamos considerar um de cada vez, e isso nos ajudará a entender mais à medida que olharmos cada um deles.

Primeiro, há três ingredientes neste grande princípio. Estes são os três elementos complexos da fé salvadora. Ele declara que Jesus é o Senhor, o Cristo e Deus Salvador. Então você quer segui-Lo, não é? Você quer vir após Ele? Você crê, e diz: "Sim, Ele é o Senhor. Sim, Ele morreu. Sim. Ele ressuscitou." Então, você quer Me seguir?

Primeiro, isso requer autonegação, arnēsasthō, expressão forte, literalmente "rejeitar algo.” Você precisa negar a si mesmo. Essa palavra é usada para descrever a recusa de associação com alguém. Você precisa se negar a associar-se consigo mesmo. Muito extremo. É usado para rejeitar a companhia de alguém, literalmente, não quero a minha companhia.

Para que você venha a Cristo, e aqui está a primeira coisa. Você diz: "Eu não posso mais estar associado a mim mesmo. Não quero nada mais da minha própria vida.” Essa é a profundidade desse entendimento. Não é: “Eu gosto da minha vida, e eu gosto do meu mundo, e eu gosto da direção que tomei, mas Jesus poderia me fazer ir mais rápido e um pouco mais alto?”

Não é sobre isso. É sobre: “Sou tudo o que sou, e estou cansado do meu eu natural, depravado, impotente e pecaminoso. Estou me repudiando. Desejo nunca estar associado a mim mesmo. Eu vivo comigo e estou cansado de mim mesmo. Eu não quero mais de mim. Eu já tentei tudo o que sei fazer para dar certo na minha vida e não consigo. Estou surpreso com o meu fracasso. Estou decepcionado. Estou sobrecarregado com o meu vazio. Estou sobrecarregado com a minha pecaminosidade.”

Essa é a verdadeira conversão. O coração vê em si mesmo o pecado, apenas a impotência, o único fracasso, a indignidade, e busca ser resgatado. E realmente não define termos. Olha, estou numa situação desesperadora. Diga-me o que eu preciso fazer. O ego é expulso totalmente. Você abandona toda dependência de si mesmo, toda confiança em si mesmo, toda a confiança no que você é por natureza. Você abandona tudo e qualquer coisa.

É como o homem que comprou a pérola de excelente preço, vendeu tudo para comprar a pérola, a pérola é Cristo. E o homem que comprou o tesouro no campo vendeu tudo para comprar o tesouro no campo, literalmente desistindo de tudo o que ele era, de tudo o que ele acumulava, porque Cristo era tão mais precioso para ele. Está realmente chegando ao fim de si mesmo. É nesse momento que as pessoas são salvas. É quando elas realmente são salvas, quando elas chegam a essa compreensão muito clara de seu desespero espiritual.

Na verdade, vou dar uma ilustração disso em Filipenses, capítulo 3. Volte para o capítulo 3, de Filipenses, porque esta é apenas uma ilustração clássica do que estamos falando, dessa autonegação. O apóstolo Paulo é a ilustração, e aqui você tem o relato de sua conversão interna. Você tem o histórico externo, do fato de Atos 9, que é o fato da estrada de Damasco. Mas aqui está o que estava acontecendo no interior de Paulo. Este é o trabalho que Deus fez em sua vida, e esta é uma ótima ilustração de chegar ao fim de si mesmo.

Ele diz no versículo 4: "Se qualquer outro pensa" - a segunda metade do versículo - "Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais.” Se você quer falar de realizações, se quiser falar sobre conquistas, olhe, eu serei o primeiro da classe. Eu realizei mais do que qualquer outra pessoa.

Ele tinha trinta e poucos anos naquele momento, viveu toda a sua vida com a acumulação dessas realizações. "Circunciso ao oitavo dia" - de acordo com a prescrição do Antigo Testamento, ele era – “da nação Israel.” Ele passou pelo ritual certo, pertencia à raça correta das pessoas. Ele era "da tribo de Benjamim.” Pertencia a uma tribo de grande privilégio, uma tribo muito exaltada. Ele era "um hebreu dos hebreus," o que simplesmente significa que ele era kosher. Ele mantinha todas as tradições. No que diz respeito à lei, a sua paixão e devoção à lei era tão extrema quanto à que existia em Israel. Ele era "um fariseu.” Eles eram os legalistas. Eles eram os extremistas.

E ele foi o mais longe possível. “Quanto ao seu zelo,” zelo por sua religião, era tão zeloso pela pureza e proteção do judaísmo que foi "perseguidor da igreja,” pois a via como um ataque à verdade, como um ataque a Deus, como um ataque ao Antigo Testamento. E suas paixões eram tão grandes que ele literalmente tinha, lembre-se, papéis para que pudesse ir aos lugares e destruir os cristãos e jogá-los na prisão. “Quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei,” ele era “irrepreensível.” Este é um homem que acumulou todas essas realizações pessoais. Esta tem sido sua vida inteira. Ele passou sua vida tentando alcançar este ponto alto do zelo religioso e moralidade. E ele vem a Cristo.

Qual é a abordagem? Sou um bom homem. Sou tão bom quanto os homens podem ser? Sou dedicado à verdade das Escrituras como um homem pode ser? Eu sou tão meticuloso sobre o estudo das Escrituras como um homem pode ser? Eu sou tão apaixonado pela proteção da verdade como um homem pode ser? Eu fiz tudo? Cumpri o necessário? Completei tudo?

E agora ele conhece a Cristo, na estrada de Damasco. Ele compreende o evangelho. E imediatamente, no versículo 7, ele diz: “Mas o que, para mim, era lucro” - tudo foi para a coluna de ativos. Tudo foi como ganho, toda a sua vida conseguindo isso. Tudo foi ganho, “Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo.” Eles foram da coluna de ativos para a coluna de responsabilidade. Eles não eram neutros. Eles não eram limitados. Eles eram a perda.

Na verdade, você entende o nível de sua perda - o próximo versículo: “Sim, deveras considero tudo como perda.” Agora há autonegação. Não me importa o que seja, não ajuda. Não contribui. Não acrescenta nada. Você só tem de olhar para a sua vida inteira, não importa o quão religioso, quão zeloso, não importa como você manteve a tradição de seus pais, não importa o quão impertinente seja, você olha tudo e diz: “É tudo perda.” “Tudo isso, tudo o que está em mim é perda.” Por quê? Romanos 7.18: “Na minha carne, não habita” - o quê? - “bem nenhum.” E para ir um pouco mais, ele diz: “É tudo perda.” E no final do versículo 8, ele diz: "deveras considero tudo" - e a palavra grega é skubalon, "excremento,” a palavra mais grosseira que ele conseguiu encontrar. É isso que é.

Agora, há um homem que entende a autonegação. E nesse ponto em sua lista, ele nem sequer negou o fato de que ele amava o pecado, e ele amava a iniquidade e tudo isso. Ele não está apenas fazendo isso. Ele está se desviando do pior pecado em sua vida, que era autojustiça. Mesmo isso para ele era imundície, lixo.

Quando vi a Cristo, desisti de tudo o que era Paulo - tudo. E essa é a única forma de você vir. E pode não ser religião e justiça para você, pode ser imoralidade miserável, trapaça, qualquer outra coisa, mentir, roubar, qualquer outra forma de corrupção. Pode ser apenas que você seja consumido com suas próprias promessas e promessas para alcançar certas coisas em sua própria mente, a fim de alcançar um certo nível de autoestima e o que quer que seja.

Você vem e a primeira coisa que tem de perceber é que esta é a sua morte, de suas esperanças, seus sonhos suas ambições seus desejos. Não é possível tratar de conhecer todas as pequenas coisas que você quer, ter Jesus saindo da lâmpada e lhe concedendo os seus três desejos. É sobre sua própria morte.

É por isso que as bem-aventuranças, em Mateus 5, começam no versículo 3, e seguem: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.” O que é isso? Essa é a palavra que significa "falência espiritual.” Literalmente, é a palavra para a pobreza que significa "um mendigo.” Isso não significa que você tenha pouco. Significa que você não tem nada e não pode ganhar nada. Você está destituído. Então percebe que o que você tem não é nada. Você soma tudo, e é zero. É um lixo. Não é nada.

Então, esta é a virtude fundamental. Esta é a virtude fundamental do coração que virá a Cristo para a salvação: Falência, falência espiritual, destituição, desespero, miséria. Então, você não está dizendo: “Bem, talvez eu goste de Jesus como meu Salvador. Não sei se quero tê-Lo como meu Senhor. Gostaria de realizar algumas das minhas próprias ações.” Você já passou por isso. Chegou à falência espiritual. Você foi humilhado pela própria miséria. Você é como aquele publicano, em Lucas 18, que bate em seu peito e diz: “Deus, seja misericordioso comigo, um pecador.” Você é pobre de espírito. Você vem manso. Você vem de luto pelo seu pecado, dizem as bem-aventuranças. Você está com fome e sede de justiça. Você não está oferecendo termos e condições. Você vem sabendo quão desesperado e condenado está.

E então você entende o quão precioso é o perdão dEle e quão magnânimo é o dom da vida eterna. E você não está em condições de definir termos. Dessa carcaça vem o mel. Dessa morte vem a vida. Nós entramos no propósito do Salmo 34.18. “Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido.” É quando você foi literalmente esmagado em seu próprio espírito, você está no fim de si mesmo.

Você ouve poucas pregações que pretendem levar as pessoas a esse ponto. Salmo 51.17: “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” Deus está olhando para o abatido e aflito. Isaías 66. Quem está à procura de Deus? Aquele que é contrito - aquele que não é apenas contrito, aquele que está esmagado sob o impacto da palavra de Deus: "Que treme da minha palavra.”

Você vê, essa é a razão pela qual a lei foi dada, e essa é a razão pela qual o sermão do monte foi pregado. A lei foi dada para que ela pudesse esmagar os homens. Não foi dada como um padrão pelo qual os homens poderiam alcançar a salvação. Foi dada como um padrão pelo qual os homens reconhecessem a sua falência espiritual. Você tenta guardar a lei, não consegue. A lei, então, como Paulo diz, mata você.

É por isso que, quando você prega o evangelho, precisa pregar a lei. Você deve matar o pecador. Ele deve estar morto antes que ele possa estar vivo. É por isso que, quando ministramos o evangelho, temos de enfatizar essas realidades, para que não contribuamos para a superficialidade e o cristianismo nominal.

Assim, a lei foi dada para que pudesse ser um golpe esmagador entregue à cabeça do pecador que não pode manter a lei e é, portanto, amaldiçoado pela lei. Gálatas 3, Gálatas 3, se você violar a lei em um só lugar, você é culpado de toda a lei e está sob a ira eterna de Deus. A lei nos esmaga.

Mas, então, essa é a razão pela qual o sermão do monte é dado, e acredito que essa é a razão por que Espírito Santo o colocou no início do Novo Testamento. Você é trazido para o sermão do monte e o que o sermão do monte faz? Ele lhe dá a lei e explica a profundidade da lei, de modo que não é só para você não matar, mas também para não odiar. Isso é a mesma coisa. Não é só não cometer adultério, mas não o faça nem mesmo em seu coração, é a mesma coisa diante de Deus.

E a lei é reiterada e Jesus expõe as pessoas à lei e diz: "não só não guarda a lei no nível superficial, mas você certamente não consegue mantê-la em seu nível mais profundo. Você é culpado da violação da lei de Deus."

É por isso que dizemos que você nem sequer compreende o evangelho até que entenda a lei. É por isso que a pregação não pode ser algum tipo de estratégia de marketing para esquentar as pessoas até que eles decidam levar Jesus para suas vidas. A lei é uma experiência esmagadora e devastadora em que o pecador, trazido diante da lei de Deus, se revolta contra essa obra da lei e volta para o seu pecado, e quer ir para longe da exposição da lei quanto possível; ou ele é esmagado sob essa lei, a ponto de perceber a sua falência espiritual, e assim clama por perdão e misericórdia.

E naquele momento, quando ele faz isso, ele não está fazendo barganhas com Deus, entendendo sua destituição, percebendo que não tem nada em sua própria vida para se recomendar a Deus, nada de valor em tudo o que ele realizou; ele se acha à mercê de Deus, que pode providenciar para ele todas as riquezas celestiais de que a Palavra de Deus fala. Essa é a atitude. Você aceita a Cristo nos termos d’Ele, não nos seus.

O pecador orgulhoso quer Cristo e seu prazer. O pecador orgulhoso quer Cristo e sua cobiça. O pecador orgulhoso quer Cristo e sua imortalidade. Mas o pecador quebrantado está tão desesperado, que desistirá de tudo para ter a Cristo, Seu perdão, a vida eterna, esperança e libertação.

O maravilhoso livro de Thomas Watson sobre as bem-aventuranças diz: “Um castelo que há muito tem sido sitiado e está pronto para ser tomado vai se render em quaisquer termos para salvar sua vida. Ele, cujo coração tem sido uma guarnição para o diabo e tem mantido por muito tempo oposição contra Cristo, uma vez que Deus lhe trouxe à pobreza de espírito, e ele se vê condenado sem Cristo, deixa Deus vencer e tudo o que Deus pode oferecer, e simplesmente ele diz: 'Senhor, o que queres que eu faça?'” Essa é a atitude. É a atitude. E isso realmente se torna um modo de vida, torna-se um padrão de vida.

Você vem a Cristo com aquele desespero no final de si mesmo, ansioso pela autonegação porque sabe que não há valor em você. E então, uma vez que você se torna cristão, essa atitude vai estar lá. Ainda estará lá, pois se torna um modo de vida. À medida que cresce no conhecimento de Deus, no conhecimento de Cristo, as raízes da autonegação diminuem. Uma maneira de entender o que é o crescimento na graça é o crescimento decrescente. É crescimento para baixo. Ao crescer na graça, você tem uma opinião continuamente menor de si mesmo. Você pode detectar a maturidade espiritual de uma pessoa com bastante facilidade. O crescimento pela graça é decrescente, é a formação de uma baixa autoestima de nós mesmos. É uma percepção aprofundada do nosso nada. É um reconhecimento sincero e crescente de que somos totalmente indignos.

Eu estava aconselhando alguém, ontem, e essa pessoa disse: “Eu só quero ser capaz de fazer algo para o Senhor.” Concluindo, ela me disse: "como o senhor faz." E eu disse: “Bem, sabe, quanto mais sou um cristão, mais percebo que eu não faço nada para o Senhor. Eu não só não faço nada para o Senhor, como eu não posso fazer nada para o Senhor. E a maravilha das maravilhas é que o Senhor pode fazer o que Ele faz por meu intermédio.”

Então, você é um cristão, quando ainda é novo, diz: "Eu quero fazer algo para o Senhor,” amadurecendo ao longo dos anos, você se depara perguntando: "Deus, como é que me escolheu, me capacitou por sua Graça, a fazer qualquer coisa por meu intermédio?” A humildade é uma demonstração da maturidade espiritual de uma pessoa porque, quando você entra nesses termos, você cresce a partir daí. Você pensou que era humilde no momento da sua conversão; se você andou com o Senhor por muito tempo, você deverá sentir-se mais humilde do que era. Agora você entende o pecado profundo porque, mesmo depois de ser cristão, você entendeu que é parte do tecido que você é. E maravilha de maravilhas, o Senhor escolheu fazer as coisas por seu intermédio. A autonegação torna-se um padrão de vida.

Agora, o que isso significa como um cristão? Aqui estão algumas coisas práticas. Quando você é perdoado, ou abandonado, ou propositalmente deixado de lado - quando você não está perdoado, devo dizer - ou abandonado, ou propositalmente deixado de lado, e você está ferido e machucado com o insulto ou descuido, mas seu coração está feliz e você está contente por ser considerado digno de sofrer por Cristo, isso é morrer para si mesmo.

Quando o seu bem é mal falado, quando seus desejos são impedidos, seu conselho é desconsiderado, suas opiniões são ridiculizadas e você se recusa a deixar a ira se elevar em seu coração ou mesmo se defender, mas leva tudo com um silêncio paciente e leal, isso é morrer para si mesmo.

Quando você amorosa e pacientemente suporta qualquer desordem, qualquer irregularidade, ou qualquer aborrecimento, quando você pode ficar cara a cara com a tolice, extravagância, insensibilidade espiritual e suportá-la como Jesus suportou, isso é morrer para si mesmo.

Quando você está contente com qualquer alimento, qualquer oferta, qualquer roupa, qualquer clima, qualquer sociedade, qualquer solidão, qualquer interrupção pela vontade de Deus, isso é morrer para si mesmo.

Quando você nunca se importa em fazer referência a si mesmo, ou em registrar suas próprias boas obras ou buscar louvor, quando você pode amar verdadeiramente um desconhecido, isso significa morrer para si mesmo.

Quando você vê outro irmão prosperar e ter suas necessidades atendidas e pode sinceramente se alegrar com ele em espírito, e não sentir inveja, nem sequer perguntar a Deus enquanto suas próprias necessidades são muito maiores e em circunstâncias desesperadas, isso é morrer para si mesmo.

Quando você puder receber a correção e repreensão de alguém simples, e humildemente se submeter tanto interna como externamente, não se rebelando ou deixando o ressentimento crescer dentro do seu coração, isso é morrer para si mesmo.

Então, você vem a Cristo com uma atitude de autonegação e a partir daí começa a crescer para baixo. Nossa autonegação não é perfeita. A morte do nosso eu não é perfeita. Nós ressuscitamos nossos egos e nossas próprias vontades, e as externamos, e nos intrometemos na vontade de Deus, e temos de buscar a Sua graça e perdão quando fazemos isso, que é o mais profundo e mais puro, mais verdadeiro desejo e querer do nosso coração redimido, mesmo que esteja muito aquém do que gostaríamos que fosse.

Certamente, o segundo dos três que compõem o complexo dessa atitude essencial de seguir Jesus é tomar a cruz. Tomar a cruz. Jesus não só diz que você deve se negar, mas Ele acrescenta: “dia a dia tome a sua cruz.” Qualquer um que me seguir deve tomar sua cruz diariamente. Os registros do capítulo 14 e do versículo 27 - e isso é algo que Jesus disse com frequência, mas há outra declaração semelhante no capítulo 14. “E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo,” bem como nos outros evangelhos onde está registrado também.

Agora, o que isso significa, "Tomar a sua cruz?" Já ouvi tantas maluquices, estranhas, bizarras, e loucas sobre isso. Você sabe, sua sogra é a sua cruz, seu chefe é a sua cruz, seu carro é a sua cruz, sua torneira vazando é a sua cruz e todo mundo tem uma cruz. Seu adolescente rebelde é a sua cruz. Seja o que for.

Veja, não podemos interpretar dessa forma. Se você estivesse ouvindo Jesus naquele dia quando disse "você precisa tomar a sua cruz todos os dias,” o que aquelas pessoas iriam pensar? Elas nunca participaram de uma conferência de vida mais profunda. O que elas acham que Ele estava falando? Bem mais de 100 anos antes de Jesus ter andado na terra, o rei Alexandre Janeu crucificou 800 rebeldes em Jerusalém enquanto se divertia em público. Antíoco Epifânio, aquele governante grego durante o período intertestamentário, também crucificou muitos judeus por causa de uma revolta que se seguiu à morte de Herodes, o Grande. O cônsul romano Públio Quintilio Varo crucificou 2.000 judeus. Dizem que os romanos crucificaram 30 mil judeus na Palestina durante a era da vida de Jesus.

Quando Jesus disse “Tome sua cruz,” eles só pensaram em uma coisa: sofrimento horrível, dor e morte. Jesus está dizendo: “Essa é a forma como a sua extrema devoção tem de ser. Ter disposição de suportar a perseguição, de suportar o ódio, a hostilidade, a rejeição, o opróbrio, vergonha, sofrimento, até a morte." Eles sabiam exatamente do que Ele estava falando. E esteja pronto para fazê-lo todos os dias. Todos os dias. Quem no mundo poderia fazer um convite do Evangelho assim? Quem se levantaria diante de um grande estádio cheio de pessoas e diria: “Quantos de vocês estão dispostos agora a morrer se necessário por Jesus Cristo? Venha e seja salvo.” Isso é o que Ele pede, que literalmente negue a si mesmo, a todos os seus sonhos, esperanças, desejos, ambições, planos; e depois dizer: “Aqui está a minha vida, e se isso significa vida, certo. Se significa morte, certo. Não me importo. Estou tão desesperado. Eu quero o seu perdão. Eu quero a vida eterna. Seja qual for o preço, eu darei tudo.”

Acredite, os judeus estavam familiarizados com a crucificação. Isso estava sendo feito em sua própria terra. Estava sendo feito no Egito. Estava sendo feito na Pérsia, no oeste da Ásia, e em partes da Itália. Muitas vezes, o condenado carregava um pedaço da cruz, uma peça transversal, e às vezes a arrastava. A imagem é extremamente vívida. O que ele está falando não é uma experiência feliz. Não é: "Jesus te ama, ou Deus te ama, e tem um plano maravilhoso para sua vida.” Trata-se de levar uma cruz, a cruz na qual você mesmo pode ser executado.

Então eles não estão falando de alguma forma de identificação no sentido espiritual com a morte de Jesus. A mensagem é que você possivelmente terá de sofrer por me seguir. Quero dizer, Jesus disse isto, você sabe: “Se o mundo lhe odeia, não se surpreenda. Odiaram-me. Se o mundo lhe matar, não se surpreenda. Eles farão isso comigo. Você não espera ser tratado diferente do que seu professor, não é?”

Mateus 10: “Se você for Meu discípulo, prepare-se. O discípulo não está acima de seu professor. No entanto, como tratam o professor é como irão lhe tratar. Então perceba isto, você terá de me confessar diante dos homens, e terá de fazer isso, sabendo que isso pode lhe custar a liberdade, pode custar-lhe anos de sua vida, aprisionamento. Isso lhe custará o ódio, alienação, e até pode lhe custar o martírio.”

Assim, toda essa questão de seguir a Jesus é uma espécie de dizer “não” para si próprio e "não" para a segurança. Eu estou disposto a suportar o opróbrio de Cristo. Estou disposto a sofrer as consequências do que é ser cristão no ambiente em que participo. Essa é uma mensagem que é claramente compreendida por pessoas em muitas partes do mundo. Há mais cristãos hoje sendo martirizados do que nunca na história aos milhares todos os anos, principalmente sob regimes muçulmanos. Não há nenhum equívoco sobre isso com eles. Eles sabem o que significa o nome de Cristo. Eles sabiam disso nos anos de opressão comunista, na Europa Oriental. Eles sabiam exatamente o que custaria. Mas o evangelho era tão precioso, Cristo era tão precioso, a vida eterna era tão importante, o perdão do pecado era tão valioso, que estavam ansiosos e desejosos de pagar o que custasse.

Veja, a atitude que vem à verdadeira conversão é a atitude que diz que Jesus vale tudo e qualquer coisa. Não há nada nesta vida que seja temporal que possa até ser comparado ao valor do que é eterno. E assim é o evangelho, mas o convite não é: “Jesus quer lhe fazer feliz, saudável e rico,” Ele quer a sua vida, e ainda pode pedir sua morte.

Paulo diz aos anciãos de Efésios, em Atos 20: “E, agora, constrangido em meu espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que ali me acontecerá, senão que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribulações.” Então isto: “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo.” Não considero a minha vida importante. Isso é uma negação de si mesmo. Eu realmente não me importo. Não é sobre minha vida. “Para mim, viver é Cristo, morrer é lucro.” “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” Gálatas 2.20.

Então Paulo diz: “Eu não vivo mais. Ele vive. Se eu vivo, vivo para o Senhor. Se eu morrer, morro para o Senhor. Eu sou do Senhor.” É isso. São os termos da salvação.

O mundo foi hostil contra Ele. Eles vão ser hostis contra nós. Ele diz isso em Mateus 10.24-38, todo esse texto maravilhoso. Uma profissão pública de Cristo como Senhor e Salvador pode ter um custo, mas é também uma prova da minha autenticidade. Pode custar a minha família. Uma espada pode vir entre os membros da minha família, mas Jesus disse que veio trazer a espada. Eu não tenho nenhum interesse próprio que anule minha necessidade de Cristo. Você entende isso? Não tenho interesse próprio. Eu não tenho nenhuma ambição que anulará minha necessidade desesperada de Cristo. E se eu tiver de morrer todos os dias, então está bem. Esse é um pequeno preço a pagar porque o sofrimento deste mundo não é digno de ser comparado com a glória que me espera em Cristo.

Paulo disse, em 1Coríntios 15.31: “Dia após dia, morro.” Todos os dias ele acordava e sabia que podia ser o fim da sua vida. Em algum lugar havia uma conspiração, se já não em movimento, para tirar sua vida. Ele disse: "Todos os dias comigo é um dia à beira da morte.” Todo o sofrimento não é uma cruz. Sofrer o opróbrio de Cristo é a cruz. Sofrer pelo evangelho é a Cruz.

Você está disposto a sofrer pelo evangelho? Isso é importante para você? Porque isso é o que vai acontecer. Não haverá coroa, a menos que haja uma cruz. Então se você está vindo a Cristo e não está dizendo a si mesmo: "A vida eterna, a vida futura, o perdão do pecado, e o que Deus me preparou no céu, são tão preciosos para mim e tão valiosos, e estou tão cansado do que sou que estou disposto a desistir de tudo o que tenho, nada disso tem qualquer valor, e estou disposto se necessário a suportar a toda a vergonha de Jesus Cristo, não importam os custos, mesmo que custe minha vida.” Foi o que Jesus disse.

Então há um chamado sério aqui. Um chamado sério. A cruz então marca - a vontade de aceitar a cruz marca o verdadeiro discípulo. Você toma a cruz, e você a toma como forma de vida diariamente. É um modo de vida. O escritor de hinos disse: “Deve Jesus suportar a cruz sozinho, e todo o mundo seguir livre? Não, há uma cruz para todos, há uma cruz para mim. A cruz consagrada que irei suportar até que a morte me liberte; e então vou para casa vestir minha coroa, pois há uma coroa para mim.”

Então, você sabe, você olha sua vida e diz: "Oh, não importa o que é minha vida para mim. Agradeço a vida que o Senhor me deu. Estou ainda mais grato pela morte que me conduz para a próxima vida. Qualquer que seja o custo, o que eu tenho de desistir de mim mesmo, eu ansiosamente desisti, porque cheguei ao fim de mim mesmo e descobri que eu não tenho valor. Eu estou clamando para ser salvo como um homem que está se afogando e que não está discutindo sobre quais serão os termos depois que ele sair da água.

Em terceiro lugar, em Lucas 9, ele acrescenta a questão da obediência. Negar-se, tomar sua cruz e seguir-me. Literalmente, “Deixe que ele Me siga constantemente." É um padrão contínuo de obediência. Sua vontade está fora. A dEle está dentro. Você vai para onde Eu vou. Você diz o que Eu digo. Você faz o que Eu digo. Você faz o que Eu faço.

Você sabe, em Mateus 7, toda essa questão de obediência está no cerne do sermão do monte. Mateus 7.21: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” São os que fazem e não os que dizem. São as pessoas que obedecem. E, é claro, o evangelho de João é carregado com esse tipo de ênfase, onde Jesus fala sobre como a verdadeira fé verdadeira, a fé salvadora se manifesta na obediência.

Simplesmente - não posso levá-lo através de todos eles, mas João 14.21 é um. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda,” ou os obedece, “esse é o que me ama; e aquele que me ama e será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” É tudo sobre obediência. É sempre sobre obediência, sempre sobre seguir. O senhorio não é uma opção. A obediência não é algo que você faz depois de completar 35 anos.

João 15.10: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; se você não fizer isso, você não vai. Isso é simples. Capítulo 15, versículo 14: “Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando.” Se você fizer o que eu mando. Agora existem muitos outros.

Assim, se você está vindo, você está dizendo: “Eu estou no fim de mim mesmo. Eu lhe dou minha vida, qualquer que seja o preço. Mostre-me o que você quer que eu faça, e eu farei isso. É onde Paulo estava na estrada de Damasco. Ele diz: “O que você quer que eu faça? O que você quer que eu faça?" E essa é a atitude certa no ponto da conversão. O que eu faço agora? E você diz - Me pegou. Estou disposto a morrer por Ti e viver para Ti. Quero segui-Lo, então o que eu faço? Agora, isso coloca você em uma posição então para se submeter a isso, certo? É tudo sobre submissão. É um padrão de vida da autonegação, do carregamento da cruz, levando o opróbrio de Cristo e fiel obediência.

Agora, neste momento, não quero ser criticado por dizer algo que não estou dizendo, então me deixe esclarecer algo antes de encerrar. O que não estou dizendo é que para ser aceito por Deus, de alguma forma, você tem de negar-se a si mesmo, depois viver por conta própria, e negar-se por um tempo, e novamente viver por sua conta, mas ir na direção de estar disposto a dar sua vida, até a morte. E em seguida, vá para o terceiro lugar, em obediência leal às coisas de Deus e se você fizer isso, Deus virá e salvará você.

Ouça isto com muito cuidado. Esse complexo de realidades espirituais não é cronológico, não são cronologias. Não é um por um pouco e muda, vive por sua conta e após um lapso de tempo, muda novamente a viver como Jesus. Esse complexo de realidade espiritual não é cronológico. Eles são simplesmente uma mistura. Eles são os componentes lógicos da fé salvadora, que crê em Jesus como Senhor e Cristo, crê em Jesus como Salvador crucificado e ressuscitado, e assume essa atitude dentro dessa fé. Eles andam juntos. Eles são um complexo e seguem juntos.

A segunda coisa que eu quero que você entenda, não só que eles não são cronológicos, mas eles não são algo que você discute. Você não pode fazê-lo em seu próprio poder porque você se ama, você se protege, e você faz o que você quer. É assim que as pessoas caídas funcionam. Então algo dramático deve acontecer em você. Tem de haver uma quebra de todo seu senso de si mesmo. Tem de haver uma devastação do que é normalmente. E não pode vir de você. Tem de vir de fora de você, e essa é a obra poderosa do Espírito de Deus, que se move na vida de uma pessoa, convence a pessoa do pecado, quebra a autoconfiança, faz com que a pessoa que estava morta em ofensas e pecados reviva, comece a ver, comece a ouvir, comece a entender. Essa é a poderosa obra de Deus. Não distante de sua fé e não além de sua vontade, mas a obra de Deus através de sua vontade expressa em sua fé, uma poderosa obra de Deus.

“Então, quando você vai pregar o evangelho e você diz: Oh, rapaz, se eu fizer isso dessa maneira, ninguém vai responder.” Perceba isto, não importa como você fez. Ninguém poderia responder por conta própria, de qualquer forma. Então você também pode fazer o caminho certo para que eles tenham a verdadeira mensagem, se forem alertados pelo Espírito de Deus, eles podem então acreditar e ser salvos.

Então você quer ser um seguidor de Jesus? Bem, diga adeus a você mesmo, pegue sua cruz, e prossiga fazendo tudo o que Ele pede para você fazer. Esses são os termos. E você não está feliz por vivermos a graça nesses termos? Porque somos falhos. Mas o próprio desejo de fazer essas coisas é a evidência de uma alma transformada.

Pai, agradecemos novamente nesta manhã pela clareza da verdade. E oramos para que o Senhor nos use, em primeiro lugar, use essas verdades para nos ajudar a nos examinar para ver se estamos na fé. Se essas são as atitudes pelas quais nossos corações são dirigidos e governados, que demonstram que essa é a obra do Espírito de Deus em nós. E, em seguida, ajuda-nos a proclamar o evangelho, para sermos usado como um instrumento que leva o pecador ao fim de si mesmo, para o nível de desespero, para o quebrantamento que gera a autonegação, tomar a cruz e obediência leal. Usa-nos, Senhor, trabalha através de nós, quando nós mesmos não podemos fazer nada. No entanto, em nossa fraqueza, Tua força é perfeita. Por isso oramos por Tua glória, em nome de Cristo. Amém. Fim

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