
Romanos capítulo 6, e vamos abrir nossas Bíblias neste capítulo e ver se podemos terminar o nosso estudo deste grande capítulo, pelo menos para esta série. E espero que possamos prosseguir num estudo pessoal por muitos anos ainda por vir. Agora, estamos olhando Romanos 6.15-23. Deixe-me ler para você.
“E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum! Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.
“Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte. Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna; porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”
Nos primeiros três capítulos da epístola de Paulo aos Romanos, ele apresentou a total pecaminosidade do pecado. Ele pintou uma imagem horrível, para dizer o mínimo. E os homens devem entender o pecado deles. Eles devem entender a pecaminosidade do pecado, senão eles nunca serão capazes de entender a graça perdoadora de Deus.
Agora, quando alguém se torna cristão, o poder do pecado é quebrado. A tirania do pecado é encerrada. E vimos isso aqui no capítulo 6 de Romanos. Quando Paulo apresenta a grande doutrina da justificação pela fé, nos capítulos 3 e 4, ele lança uma explicação de seus resultados nos capítulos 5, 6, 7 e 8.
Um desses resultados é a quebra do poder do pecado, a ruptura da tirania do pecado, a quebra da escravidão do pecado. Quando você se torna um cristão, a escravidão do pecado é quebrada. E é por isso que vemos duas vezes nesta passagem a declaração "libertados do pecado". Libertados do pecado. A boa notícia no versículo 18 e no versículo 22 é que fomos libertados do pecado.
Agora, a única maneira que isso tem de ter algum significado para nós é saber o que era ser um escravo do pecado, a respeito do que ele falou no versículo 17 e novamente no versículo 20. Deixe-me apenas lembrá-lo. O pecado, é claro, é o poder mais devastador, o mais debilitante, o mais degenerado que já entrou no fluxo humano. Ele mata todos e, em última instância, exceto pela intervenção da graça de Deus, envia todos para um inferno eterno.
A Bíblia chama isso de "coisas condenadas," Josué 7.13. É comparado na Escritura ao veneno de serpentes e ao mau cheiro da morte. É definido para nós em 1João 3.4 como "transgressão da lei de Deus". Agora, a Escritura caracteriza o pecado de muitas maneiras. E eu não quero voltar ao assunto que já cobrimos, mas apenas como um lembrete, deixe-me indicar algumas das maneiras pelas quais a Bíblia descreve o pecado.
Em primeiro lugar, diz que o pecado é contaminante. É uma poluição da alma. Você pode ver isso desta maneira: ele é para a alma o que a ferrugem é para o ouro. Ele é para a alma o que as cicatrizes são para uma bela face. Ele é para a alma o que uma mancha é para a seda, o que a poluição atmosférica é para um céu azulado. Ele é uma poluição. Isso torna a alma negra com a culpa. É um pano sangrento, em Isaías 30. É ferida de uma praga mortal em 1 Reis, capítulo 8. São roupas sujas em Zacarias, capítulo 3. E, mesmo Deus, de acordo com Zacarias 11.8, aborrece o pecador. Paulo chama isso, em 2Coríntios 7.1, de "impureza da carne e do espírito". Assim, o pecado é contaminante.
Em segundo lugar, a Bíblia nos diz que o pecado é rebelião. Ele pisoteia a Palavra de Deus. Ele se revolta contra a lei de Deus. O pecado é, como alguém disse, "o suposto assassino de Deus". Se o pecado cumprisse com seu objetivo, ele eliminaria Deus. Deus deixaria de existir se o pecador pudesse escolher.
Em terceiro lugar, o pecado é ingratidão. Romanos 1 diz: "Nem lhe deram graças". Como Absalão, que como filho de Davi, seu pai, o rei, o beijou e o levou ao coração, depois saiu e tramou uma traição contra seu próprio pai. Tendo recebido todos os tesouros de seu pai, ele se tornou um traidor. Assim, o pecador se entrega à bondade de Deus, se entrega aos tesouros de Deus, se entrega às bênçãos de Deus no mundo ao seu redor, e então trai a Deus servindo a Satanás, o arquiinimigo de Deus. O pecador então vive abusando de todos os dons de Deus.
Em quarto lugar, a Bíblia diz que o pecado é incurável. Jeremias 13.23 diz: "Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal." Em outras palavras, você não tem mais chance de mudar a sua natureza do que um leopardo o faz com suas manchas ou a pele de um etíope.
Paulo escreveu a Tito, no capítulo 1.15, e disse: "tanto a mente como a consciência deles" - essa é a parte interna deles, aquela mesma que desencadeia seu comportamento correto "estão contaminadas". John Flavel disse anos atrás: "Todas as lágrimas de um o pecador penitente devem ser derramadas tanto quanto as gotas da chuva, uma vez que a criação não pode evitar o pecado. As queimaduras eternas no inferno não podem purificar a consciência flamejante do menor pecado." O pecado é tão devastador, é tão destruidor, é tão incurável que até a eternidade no inferno não pode tirar isso.
A Bíblia também diz que o pecado é odiado por Deus. Em Jeremias 44, Deus diz: "Não façais esta coisa abominável que aborreço". O pecado também é avassalador. Ele prende como a escuridão se prende à noite. Ele domina a mente, diz em Romanos 1.21. Domina a vontade, diz em Jeremias 44.15-17. Ele domina as afeições, diz em João 3.19-21.
E então o pecado traz o controle satânico. Efésios 2 diz que aquele que é pecador caminha "de acordo com o príncipe da potestade do ar". Ele é filho da desobediência. Jesus disse em João 8.44, um filho do próprio diabo. E depois, o pecado traz miséria à vida. Em Jó 5.7 diz: "Mas o homem nasce para o enfado, como as faíscas das brasas voam para cima". Em Romanos 8, a criatura está sujeita ao vazio, à inutilidade. O pecado tira a honra do homem, tira sua paz, tira o significado de sua vida.
Então, finalmente, o pecado confia a alma ao inferno. Apocalipse 20 fala sobre todos aqueles que não conhecem a Deus e a Cristo, sendo lançados no lago de fogo.
Agora, tudo isso é apenas para lembrá-lo do que significa ser um escravo do pecado, uma existência horrível. E ainda é uma realidade para toda criatura que vem ao mundo, por causa da maldição, como vimos no quarto capítulo - ou melhor, no terceiro capítulo - em Adão. Agora, quando você entende o pecado e a sua pecaminosidade, então você desfruta do que significa ser livre do pecado. E que gloriosa libertação é.
E essa é a mensagem de Paulo nos versículos 15 a 23. E eu não quero voltar e rever tudo o que vimos no capítulo 6, mas você precisa conhecer o capítulo inteiro. Então, se você não esteve aqui, pegue essas fitas e estude a Palavra de Deus através deste capítulo maravilhoso.
Basta lembrar disto, que a discussão de Paulo é desencadeada por uma questão antagônica no versículo 15, e dissemos que essa era a questão do antagonista. Paulo já ouviu essa pergunta antes. Ele está pregando a graça, então alguém inevitavelmente chega e diz: "Oh, a graça. Em outras palavras, devemos pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça. Está certo isso? Estamos livres agora. Estamos debaixo da graça. Deus perdoa nosso pecado para que possamos sair e pecar tudo o que quisermos".
E esta é sempre a crítica do antagonista quanto à mensagem da graça, que a graça leva à iniquidade, a graça leva ao antinomianismo, a graça leva à liberdade ilimitada, a graça leva ao abuso. E assim as pessoas dizem: "Você não pode simplesmente pregar a graça. Você não pode liberar as pessoas. Você precisa pregar a lei e as regras ", e assim por diante. E então, a questão surge: nós pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? As pessoas que estão debaixo da graça irão à loucura em seu pecado? A resposta é: "Deus me livre! Não, não, não." E este é o segundo ponto, a resposta. E a resposta de Paulo é não, absolutamente não. A graça não é uma desculpa para o pecado. A graça nunca transforma alguém em um pecador descompromissado. Muito pelo contrário.
E isso nos leva ao axioma do versículo 16. E aqui está um princípio autoevidente. É apenas um princípio muito básico. "Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos". E você pode parar aqui, por um momento. Tudo o que ele está dizendo é que se você se ofereceu como servo de Deus em Cristo, então a própria definição dessa servidão é que você veio a obedecê-Lo, não desobedecê-Lo. Vocês não se ofereceram voluntariamente a Cristo para a desobediência, vocês, de boa vontade, se ofereceram a Ele para a obediência.
Assim, temos um novo senhor, e é evidente por esse axioma, nesse princípio óbvio, que quando você se ofereceu a Cristo, você se tornou obediente à justiça, diz o versículo 16. Agora, se você se ofereceu ao pecado como em sua vida anterior, que resultou na morte, ou se você se entrega à obediência que resulta em justiça, que é um fato evidente quando você se rende como escravo a alguém, você se comprometeu a obedecer. Então, quando você se torna um cristão, você não está se comprometendo com uma vida de desobediência, você está se comprometendo com uma vida de obediência. Isso é básico para a própria definição dos termos.
E não mais, então, de acordo com o versículo 16, o pecado é nosso senhor. Nosso novo senhor é a obediência. E estamos sujeitos ao Senhor que produz em nós a obediência à justiça.
Agora, ouça novamente algo que eu disse na semana passada e quero enfatizar novamente. Isso não é só um vínculo ético, é um milagre criativo. Em outras palavras, quando você se torna um cristão, você não está apenas eticamente vinculado à obediência, você é criativamente transformado em uma pessoa obediente. Então, não é apenas um dever que é um imperativo, é um fato. Um cristão é caracterizado pela obediência. Jesus disse: "Se você me ama, você vai ..." o quê? "guardar meus mandamentos". E a questão surge no Novo Testamento, se você não fizer isso, não importa o que você diga, você não o conhece, porque quando você vem a Cristo, você está afirmando sua identificação com o novo senhor, e você é transformado criativamente em alguém que obedece. Então, não é apenas um vínculo ético, é um milagre criativo. Você não apenas deve obedecer, você irá obedecer. É um estado.
Agora, se estávamos sujeitos ao pecado antes de chegarmos a Cristo, agora estamos sob a escravidão da obediência. A graça, então, nos dá um novo senhor. Agora, para nos ajudar a entender isso, passemos do axioma do versículo 16, para o argumento dos versículos 17-22. Consideramos isso, um pouco, da última vez, vamos ver se podemos não passar por isso.
Aqui está o argumento dele. Veja como ele detalha o que ele explicou no versículo 16. É um contraste prolongado entre as duas escravidões. Você é um escravo do pecado ou um escravo de Deus. Você é desobediente a Deus, ou é obediente. Você faz o que o pecado lhe diz, ou você faz o que Deus lhe diz. E vamos desenvolver isso à medida que avançarmos.
Mas, antes de mais nada, vamos dar uma olhada para a posição. O contraste flui da posição para a prática, para a promessa. Veja a posição das duas pessoas, esse é o estado delas. Versículo 17: "Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.”
Agora, o que ele está dizendo aqui é que há basicamente duas posições. Você pode ser um escravo do pecado ou um escravo da justiça. Essa é a posição. Existem apenas duas famílias. Toda pessoa está em uma dessas duas famílias. Ou a marca da sua vida é que você obedece ao pecado ou a marca da sua vida é que você obedece à justiça. Isso é identidade.
Agora observe novamente, no versículo 17, o que vimos da última vez. Você foi derramado em um molde, essa fôrma do ensino, a fôrma que é a ideia de um molde. Quando você se tornou um cristão, seu velho "eu" foi derretido e você foi recolocado em um novo molde, o molde que é constituído pelas doutrinas do evangelho. E então você foi derramado no molde do evangelho e você surgiu como uma nova criação. E o seu estilo de vida agora irá manifestar esse milagre que foi criado e você não responderá mais como alguém que está sob o senhorio de Satanás, mas você responderá como alguém que está sob o senhorio de Deus. Isso é o que significa em Efésios 2.10, quando diz que você foi criado para as boas obras. Você foi derramado em um novo molde. O antigo foi derretido. Foi-se. E você foi refeito.
Agora, isso não significa que admiramos a justiça. Isso não significa que desejamos a justiça. Isso não significa que estamos tentando ser justos. Isso não significa que estamos tentando praticar a justiça em nossa vida diária. Isso significa que nós estamos sob o poder, o controle e a influência da justiça. Nós fomos transformados. E você tem de entender isso. As pessoas ficam muito confusas nessa passagem se não entendem. Uma vez você foi tiranizado, você foi governado, você foi regido pelo pecado. E agora você é tiranizado, governado, e regido pela justiça. Deus planta em nós a semente incorruptível da justiça. Ela se torna nosso senhor. E 1João 3.9-10 diz que não podemos continuar pecando do jeito que fazíamos, de modo que essa pergunta é tola.
Devemos continuar no pecado porque estamos debaixo da graça? Claro que não. O fato de que estamos debaixo da graça exclui, até mesmo, que isso seja uma possibilidade. Terá de haver uma interrupção no nosso pecado. Graças a Deus por nossa família, porque quando entramos na família da obediência e justiça, a família do Senhor, fomos libertados da tirania do pecado. Isso é muito importante porque significa praticamente que você não precisa pecar. É esse o significado de tudo isso. O pecado já não é seu senhor. Você entendeu isso? Você não precisa mais pecar. E isso é o que torna essa coisa tão estúpida quando o fazemos. Nós não precisamos fazer isso.
Agora, antes de ser cristão, você tinha que pecar porque o pecado era seu senhor e você não tinha outra opção. E assim, tudo o que você fazia, mesmo o seu melhor, eram trapos imundos. Você apenas pecava, pecava, pecava, pecava. E mesmo quando você fazia uma boa ação, era má sua motivação porque não era para glorificar a Deus, provavelmente para se sentir bem consigo mesmo ou para se adequar a algum padrão ético. E qualquer coisa que esteja aquém da glória de Deus é pecado. Assim, era pecado, pecado, pecado, pecado. Quando você se tornou um cristão, o pecado não mais exerceu a tirania sobre você, como vimos. Grande pensamento.
Agora somos escravos de Deus. Agora somos servos da justiça. Agora somos chamados a obedecer. Vamos continuar no pecado e sem lei? Ridículo. Escute isto. Antes que você fosse cristão, você não era livre. As pessoas dizem: "Ah, eu não quero desistir da minha liberdade. Rapaz, não vou me tornar um cristão e ficar constrangido e tudo isso." Você não era livre. Você é um escravo com obrigações absolutas para com o pecado. É tudo o que você faz. As pessoas pensam que são livres. Elas não são livres. Isso não é liberdade.
Quando você se tornou um cristão você se tornou livre. Você está livre pela primeira vez em sua vida. Não é livre para fazer o que é errado. Mas livre para fazer o quê? O que é certo, pela primeira vez. Entendeu isso? Escreva aí em algum lugar. Isso é muito importante, muito básico. Quando você se torna cristão, você diz: "Ah, tenho liberdade em Cristo. Agora eu posso fazer o que quiser." Não, não. Não, você não é livre para pecar agora, você está apenas livre, pela primeira vez em sua vida, para fazer o que é certo. E essa é uma liberdade agradável.
O que significa é que antes de você ser salvo, você não tinha escolha, agora você tem uma escolha. E como o pecado não é seu senhor, você pode escolher o que é certo. Não é ótimo? Assim, os cristãos não são pessoas que são livres para fazer o que é errado, são pessoas que são livres pela primeira vez para fazer o certo. Agora, isso lhe dá uma perspectiva diferente sobre a liberdade cristã?
As pessoas dizem: "Rapaz, você sabe, agora você é um cristão, você está debaixo da graça. Não precisamos nos preocupar com isso, e não precisamos nos preocupar com aquilo, podemos fazer o que... " Esse não é o ponto. Na verdade, se você viver assim, eu questiono se você está debaixo da graça. A grande liberdade de ser cristão é a liberdade de fazer o que é certo pela primeira vez.
Assim, temos duas escravidões. E vimos a posição delas. Uma começa no nascimento e a outra começa no novo nascimento, e ou você está debaixo da escravidão do pecado ou debaixo da escravidão para a justiça. E se você é cristão, você foi libertado do pecado, você não pertence mais a esse antigo senhor, a justiça é o seu senhor, a obediência é seu senhor, o Senhor é o seu senhor e você foi criativamente feito para obedecer, e também está eticamente obrigado a obedecer. Você pode obedecer e você deve.
Agora, olhemos da posição para a prática, versículo 19. E esse é um começo interessante. Ele diz: "Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne". Essa é uma declaração muito interessante. Ele diz, e quero que você perceba que estou usando uma analogia aqui sobre senhores e escravos como um ajustamento para sua humanidade. Em outras palavras, pessoal, é difícil colocar dados milagrosos, incompreensíveis, eternos, sobrenaturais, nessas pequenas cabeças insignificantes. E Paulo diz: "Estou tentando acomodá-lo o melhor que posso. Então, eu estou falando da maneira dos homens." Em outras palavras, "eu vou trazê-lo para uma analogia humana de um escravo e um senhor, para que eu possa acomodar a enfermidade de sua humanidade ".
E penso que é importante que Paulo diga isso, porque em qualquer analogia que você já tenha encontrado, sempre há uma falha numa analogia humana, não há? E algumas pessoas estarão ouvindo essa história de escravo/senhor, e elas estarão tentando seguir essa analogia por toda a vida e ficariam confusas. E então ele diz: "Olha, isto é uma acomodação necessária por causa de nossa queda. Estamos apenas tentando entender isso da melhor maneira possível."
Assim, como uma nota, ele diz: "Eu falo dessa maneira por causa da fraqueza da sua carne". Agora, essa é uma palavra muito importante. Vamos vê-la novamente à medida que atravessamos Romanos, uma palavra muito importante. Significa "nossa mortalidade". É um termo paralelo ao termo que vimos no versículo 12, "seu corpo mortal". Seu corpo mortal. E é aí que o pecado encontra sua cabeça de ponte. E então ele diz que é por causa de sua mortalidade, seu corpo de pecado, sua humanidade, onde o pecado reside. Não é o novo "você', o "você" santificado sobre o qual falamos, e não o novo "você" ressuscitado caminhando em novidade da vida, e não a nova criação destinada para a eternidade, mas o pecado que está em seu corpo mortal, que está em sua humanidade, está na sua carne. A carne é a capacidade do homem influenciada pelo pecado.
E apesar de sermos cristãos, enquanto possuírmos humanidade, enquanto estivermos envolvidos nestes corpos caídos, lutaremos com o pecado. Não pecado na nova criação, mas pecado na carne, que encerra a nova criação até que sejamos glorificados. E vimos isso anteriormente em nosso estudo. E somos fracos em nossa compreensão. Somos fracos por causa da nossa queda. E assim Paulo nos acomoda com uma analogia humana.
Agora, ele prossegue no versículo 19. "Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação." Essa é uma grande, grande verdade. Agora ele não está mais falando sobre nossa posição, ele está falando sobre nossa prática. Ele já declarou que temos um novo senhor, versículo 18, que fomos libertados do pecado e nos tornamos servos da justiça. Essa é a nossa posição. Nós somos servos da justiça, respondemos à justiça, respondemos à obediência, respondemos a Deus, e agora, mais interessante, ele diz no versículo 19: "Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça".
Em outras palavras, ele diz: "Isto é quem você é", no versículo 18, e agora, no versículo 19, ele diz: "Agora aja como tal". Agora, aja como tal. Mantenha sua prática alinhada com sua posição. Ele não está falando sobre a natureza, a natureza de um indivíduo no versículo 19. Ele estava falando sobre isso nos versículos 17 e 18. Você é, por natureza, um servo do pecado ou pela nova natureza, um servo de Deus. Mas ele agora está falando sobre seu estilo de vida e ele está dizendo que seu estilo de vida deve acomodar sua natureza. Agora que você não precisa ser escravo do pecado, agora que você é um servo da justiça, aja como tal. E, claro, a carne quer entrar no caminho e descobriremos isso quando chegarmos ao capítulo 8, como você lida com a carne. Paulo basicamente diz "mate-a". E vamos descobrir como matar a carne quando chegarmos ao capítulo 8.
Mas o que ele está dizendo aqui é que, uma vez que você não precisa pecar, não peque. E a imagem é muito clara. Primeiramente, "Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade". No passado, isso descreve a primeira família, a família daqueles que estão no pecado posicionalmente. A prática deles é oferecer continuamente seus membros - novamente tem a ver com suas faculdades físicas, sua humanidade - ao pecado. Esse era o estilo de vida deles. Isso é tudo o que podem fazer. Eles oferecem seus membros escravos à impureza. Isso é básico. Essa é a vida para eles.
A palavra "membros" novamente, lembre-se que isso significa "partes corporais, a carne, o corpo mortal". Você vê, a pessoa no estado de pecado não tem escolha. Ela deve ceder, e essa palavra significa "apresentar" ou "oferecer". Ela dá seu corpo ao pecado. Até mesmo usa a palavra "impureza". Essa é a palavra para poluição interna. E então ele usa a palavra "iniquidade". Essa é a palavra para a ilegalidade externa.
Então, ele diz que antes de se tornar um cristão, quando você estava na família do pecado, você estava poluído por dentro e você era maligno do lado de fora. Você simplesmente se oferecia continuamente a isso, interna e externamente. Não há escolha envolvida, absolutamente nenhuma escolha. O corpo do pecado em uma pessoa não regenerada - agora ouça isto - está em completa harmonia com a natureza do homem. A natureza do homem é pecado. E o corpo do homem é pecaminoso. Então sua natureza e seu corpo estão em total harmonia. Sua alma e seu corpo estão de acordo sobre o pecado como seu senhor, e assim ele simplesmente peca, fazendo o mal continuamente - continuamente.
Agora, observe a progressão. Você oferece seus membros corporais ao pecado, à impureza e à maldade. E então o texto diz: "e à maldade", muito interessante. Adivinha a que o pecado leva? A quê? Ao pecado. Mais pecado. Pecado gera pecado. É câncer, pessoal. É um câncer. Ele se reproduz. É um senhor cruel.
Oscar Wilde, grande escritor, mente brilhante, homem muito estimado, estava secretamente envolvido em relacionamentos homossexuais e outros comportamentos desviantes, e foi descoberto. E ele escreveu: "Eu esqueci que o que um homem é em secreto, ele algum dia gritará em voz alta do telhado." Pecado gera pecado. É descoberto. Não há como detê-lo.
Eu sempre penso em Sinclair Lewis, que era muito popular no mundo literário, e ele quis zombar do cristianismo, então escreveu Elmer Gantry. E Elmer Gantry foi uma bomba nos pregadores cristãos e no evangelismo, fazendo com que o personagem caracterizado como debatedor da Bíblia, pregador de Jesus, fosse alcoólatra, fornicador, ladrão, tudo que é ruim. O mundo literário aplaudiu Sinclair Lewis, e poucas pessoas sabem que ele morreu alcoólatra em uma clínica de terceira categoria em algum lugar fora da cidade de Roma, totalmente devastado.
Você não se safa do pecado, ele gera a si mesmo. E é isso que ele está dizendo. Você estava debaixo do pecado e, como sua posição estava debaixo da escravidão do pecado, sua prática também estava lá e o pecado gerou o pecado, gerou o pecado, gerou o pecado, gerou o pecado, gerou o pecado, gerou o pecado e como veremos em um momento, há um final para tudo isso.
Mas Paulo diz o seguinte: "Agora você foi conduzido para um novo senhor." Como você fez no passado - veja no versículo 19 - agora, no presente, ofereça, renda seus membros corporais para a justiça que produz o quê? Santificação. Assim como seus membros eram 100% oferecidos ao pecado antes de Cristo, assim eles devem ser 100% oferecidos à justiça agora em Cristo. Lembre-se, a nova criação da alma é sem pecado, não sou eu, é o pecado que está em mim, na minha humanidade. As partes corporais, nossa mortalidade, nossa queda, nossa humanidade corruptível devem ser oferecidas. E, como eu disse anteriormente, pela primeira vez temos uma escolha. Essa é a nossa liberdade.
E então, chegamos ao capítulo 12 de Romanos como uma prévia e ouvimos estas palavras familiares: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso" o quê? "corpo". Onde está o problema? É o corpo, não é mesmo? E é por isso que ele não diz "apresentem suas almas". Sua alma é uma nova criação. Ele não diz "apresentem o seu homem interior". Isso já foi transformado. Apresente o que seu? Seu corpo. Porque é aí que o campo de batalha reside, na sua queda, na sua humanidade. E é por isso que Paulo diz também ao Coríntios: "Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão". Você deve realmente controlá-lo. Leia 1Tessalonicenses, capítulo 4, e veja como o corpo tende a nos arrastar para o mal.
E assim, ele diz que vocês se ofereceram dessa forma: "assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça". Você fará isso porque você é novo, mas faça isso sempre porque você pode. Você compreende isso? Você vai fazer isso, mas faça-o o tempo todo. Você vai fazer isso em algum momento. Você vai fazer isso porque você é novo, mas faça isso o tempo todo. Em outras palavras - ouça com atenção - quando você foi salvo em Jesus Cristo, a graça de Deus não foi dada a você para permitir que você cometesse pecado e seguisse com isso, mas para que você fosse bem-sucedido e assim você nunca teria de pecar. Você entende isso? Grande diferença. Não acho que muitas pessoas entendam isso.
Assim, a ideia toda de ser cristão não é a impunidade do pecado, a ideia toda de ser cristão é que você simplesmente não peca. Você diz: "Agora espere um minuto. Podemos fazer isso?" Tecnicamente, sim. Praticamente, não. Porque a nossa queda atravessa nosso caminho. Mas queremos fazê-lo cada vez mais. E veja a progressão aqui. "Assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça ..." para o quê? "para a santificação". "Justiça" significa "fazer o certo". A justiça está fazendo o certo. A santidade é um estado de perfeição. Como a maldade leva à maldade, fazer o certo conduz à perfeição espiritual, à realização espiritual, a estar completamente separado do pecado. Isso é o que significa santidade.
Martyn Lloyd Jones, que muitas vezes captura os pensamentos de uma maneira muito vívida, diz: "Enquanto você continuar a viver a vida justa e praticá-la com todas as suas forças e energia, e todo o seu tempo e tudo o mais, você verá que a processo no qual estava antes, em que você ia de mal a pior e tornando-se cada vez mais vil, foi totalmente revertido. Você se tornará cada vez mais limpo, cada vez mais puro, cada vez mais santo, e se conformará cada vez mais à imagem do Filho de Deus".
Agora, veja, essa é a diferença, não é mesmo? Essa é a diferença do trabalho intenso dessa nova natureza em contraposição com o trabalho intenso da velha natureza. Essa é a diferença, na segunda metade de Romanos 6, em estar debaixo do Mestre, o Senhor, e debaixo do senhor, o pecado. Portanto, progredimos para uma pureza cada vez maior, para uma santidade cada vez maior, enquanto os pecadores descem, descem, descem, descem.
Deixe-me adicionar uma nota de rodapé. Ninguém fica estático. E os cristãos que se permitem pecar sob a compreensão errada da graça, ou porque dão ocasião à carne, acharão que atua neles o mesmo princípio que está em ação em um incrédulo, o pecado levará ao pecado, ao pecado, ao pecado, ao pecado. Assim, cada escravidão é uma escravidão em desenvolvimento. Nenhuma fica estática.
Quando Israel estava no Egito - para emprestar uma analogia se eu puder - Deus deu a Faraó uma ordem. A maioria das pessoas conhece a ordem "Deixa meu povo" o quê? "ir." Você sabe do resto? Isso não foi tudo. Ouça o que Deus disse. "Deixe o meu povo ir para que possam Me servir". Você não entende a ordem se você não entender essa parte. "Deixe o meu povo ir para que eles possam Me servir". Ninguém foi libertado da escravidão para fazer o que eles queriam. Quando fomos libertados da escravidão, foi para fazermos o que Deus quer.
Ele não disse: "Deixe o meu povo ir para que eles possam viver por aí o resto de sua vida". Não era para deixá-los ir e vagar por seu próprio capricho e fazerem o que quisessem. O plano de Deus para eles era que pudessem ser libertados da escravidão de seus senhores cruéis no Egito, a fim de se comprometerem com um novo senhor e servi-lo. Aliás, levou uma geração inteira para aprenderem isso. Portanto, não fomos libertados do pecado para fazer o que queremos, fomos libertados do pecado para fazer o que Ele quer. Então, a pergunta feita no versículo 15 é uma pergunta ridícula.
Agora, finalmente, o contraste de Paulo vai um passo mais adiante, e ele fala sobre a promessa. Onde essas duas escravidões terminam? Porque elas definitivamente acabam em dois lugares diferentes. Veja o versículo 20. Em primeiro lugar, onde o pecado acaba? "Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas” é o quê? “a morte."
Observe esses dois versículos. Eles são muito simples e, no entanto, eles são muito profundos. Ele diz: "Quando vocês eram servos ou escravos do pecado -" em sua vida anterior, naquela posição, tendo se oferecido àquela vida "vocês estavam livres da justiça". Você estava totalmente solto em relação à justiça. Você não tinha nenhum motivo para responder à justiça. Você não tinha necessidade. A justiça não lhe exigia nada porque você não tinha capacidade. Bom, que declaração incrível. Você não pode responder às exigências da justiça. Elas não estão vinculadas a você. Não devemos subir e descer a rua e dizer: "Agora, todos vocês, vocês precisam respeitar as leis de Deus". Eles não têm motivo para isso. Eles não precisam disso. Você quer saber outra coisa? Ela também não vai lhes fazer nenhum bem. Eles são livres da justiça. Eles não têm responsabilidade para com a justiça. Eles são controlados e governados pelo pecado, e tudo o que podem fazer é pecar. Eles têm um senhor, a justiça não se aplica a eles, porque eles não têm nada em sua natureza que possa fazer com que eles respondam. Você entende isso?
Essa é uma afirmação tremenda. Porque há pessoas que não conhecem a Cristo que pensam que são boas pessoas. A verdade é que elas são escravas do pecado e são totalmente alheias à justiça. Elas não têm motivação para responder à justiça. Rapaz, que afirmação. O mundo está cheio de pessoas que pensam que são boas pessoas. Elas pensam que fazem coisas certas, coisas boas e honestas. E em nível humano, até que fazem. Mas quando Deus começa a falar sobre os padrões que são os Seus padrões, elas são totalmente alheias à justiça. Elas não são obrigadas a obedecer a justiça, não são obrigadas a manter a lei justa, não há necessidade disso porque não têm capacidade para isso.
Na verdade, você sabe, Paulo tem uma boa palavra para a auto-justiça, para o homem que está fazendo o seu melhor independente de Deus. Você sabe como ele chamou isso? Estrume. Interessante, não é mesmo? Se você se perguntar onde está isso, está em Filipenses 3.7-8. E, para mim, esse versículo 20 é simplesmente uma afirmação chocante, chocante. As pessoas sem Jesus Cristo não têm nenhuma obrigação para com a justiça porque não conseguem cumpri-la. Então, quando digo que você é um escravo do pecado ou um escravo da justiça, rapaz, é exatamente o que Paulo está dizendo aqui. E ninguém fica isento.
E veja o que ele diz no versículo 21. "Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais" Que fruto você produziu? Bom, a resposta para isso é nenhum. A único fruto que você produziu quando você não era regenerado foi o fruto de que agora você, o quê? Se envergonha. Ah, você sabe, você vê um sujeito sem Cristo e, rapaz, ele está falando de algo muito grande. "Rapaz, você deveria ter ouvido o que eu ouvi, moço, eu fiz esse negócio". Ele fala sobre todo o seu pecado e se orgulha de todas essas coisas. "Rapaz, eu enganei assim e assim por diante. Eu tenho esse pequeno negócio aqui. E eu fiz isso com essa pessoa." E ele se vangloria em seu pecado e, rapaz, quando ele vem a Jesus Cristo, todos os resultados e o produto de seu pecado são motivo para o quê? Para se envergonhar.
Então, Paulo diz: "Olha, não faça uma pergunta tão estúpida como:" Agora que estamos debaixo da graça, continuaremos no pecado?" Nós olhamos para trás, para aquele tempo, e olhamos para todo o fruto do nosso pecado e a única coisa que nos vem é - o quê? - vergonha."
Eu sempre fico feliz quando alguém vai dar seu testemunho, que veio a Jesus Cristo e que pode ter saído de algum contexto pecaminoso, horrível e sórdido, e quando alguém realmente vem a Jesus Cristo, essa é a última coisa sobre a qual eles querem falar. Ah, eles podem querer dizer-lhe como o Senhor os livrou das drogas, do crime ou de algum pecado maligno e assim por diante, mas eles não sentem mais prazer nesse pecado. É uma vergonha para eles. Então, se isso é verdade, por que queremos vir a Cristo e depois continuar a pecar quando o único fruto disso é algo de que nos envergonhamos?
João Calvino disse: "Assim que os piedosos começam a ser iluminados pelo Espírito de Cristo e a pregação do evangelho, eles reconhecem livremente que toda a sua vida passada, que viveram sem Cristo, é digna de condenação. Longe de tentarem se desculpar, eles estão realmente envergonhados de si mesmos. Na verdade, eles vão mais longe e continuam a ter sua desgraça em mente para que a vergonha possa torná-los mais verdadeiros e voluntariamente humildes diante de Deus".
Bem, essa é uma bela declaração. O fruto do pecado não faz nada além de encher de vergonha. Você teve essa reação em sua vida. Você pode olhar para trás em sua vida antes de Jesus Cristo e você pode ter muito do que se envergonhar. Você não gostaria de falar sobre isso. Você não se gloria com isso. Mas as pessoas que não conhecem a Cristo, você vê, elas se gloriam no que você tem vergonha. E onde tudo isso conduz? Versículo 21, o fim dessas coisas é a morte.
Por que, afinal de contas, um cristão, justificado pela graça por meio da fé, trazido a Jesus Cristo e tendo a opção de fazer o bem, escolheria pecar quando o pecado apenas gera pecado, morte e vergonha, do qual ele foi libertado? Sabe, Paulo estava realmente criando um caso aqui, pessoal. Se pecamos, somos realmente estúpidos. E assim, a maneira como o diabo tenta nos levar ao pecado é fazer com que não - o quê? - pensemos. Isso leva à morte.
Que morte é essa? Segunda morte, morte espiritual e inferno, a morte da alma. É para aí que o pecado leva. Esse é seu fruto. Agora, se tudo que você pode produzir com o pecado é um fruto que traz vergonha, morte espiritual e eterna, se o pecado é um assassino vergonhoso da alma, então, qual a razão para sempre oferecer seu corpo ao pecado? Não tem motivo. Não tem motivo para isso.
Mas, e o segundo senhor? Olhe para o versículo 22. "Agora, porém, libertados do pecado..." Não tenho como expressar o quanto passei a amar essa afirmação. Eu a li muitas vezes. Eu ensinei Romanos - alguns de vocês podem se lembrar - em 1969, aqui. Nós atravessamos isso em um capítulo. Aqueles eram dias em que eu era jovem e tolo. Esgotei todo o meu conhecimento naquela velocidade. Mas quando me detive sobre isto, "sendo libertados do pecado", ah, isso simplesmente traz alegria ao meu coração. E eu estava pensando de novo, olhe comigo em 4.6. E Paulo diz: "E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras: Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado." Essa é a primeira parte.
Oh, que bênção! Deus não imputa o pecado contra nós. Isso é uma coisa. Mas aqui no capítulo 6, que bênção dupla! Deus não apenas não imputa pecado contra nós, mas nos liberta de sua tirania. Só em saber que não tenho de pecar, não estou mais submisso a ele, é tão bom!
Então, versículo 22: "Agora, porém, libertados do pecado", não significa que você está livre de pecar. Isso significa que você está livre da sua tirania. Você não tem de pecar. E vocês foram "transformados em servos de Deus". Há essa palavra escravo novamente. "Você produz seu fruto -" um fruto completamente diferente. "Fruto" significa "produto". "Fruto" significa "resultado". E qual é o nosso fruto? Qual é? A santificação.
Agora, novamente, isso não é apenas um dever, isso é o que você deve fazer, é um fato. Eu acredito que se você é realmente salvo e a vida divina está em você e você é uma nova criação, a santidade é manifestada. Eu acredito. Eu acredito que você não pode ter um cristão sem fruto. Bom, você pode ter de olhar por muito tempo e encontrar uma uva estragada aqui e ali, mas tem de haver algumas uvas. Tem que haver algum fruto. Seu fruto para a santificação.
Não sei como você se sente sobre a palavra "santidade". É uma bela palavra. Acho que a amo porque é o atributo mais glorioso de Deus. Isaías 6 apresenta Deus como sendo santo, santo, santo, e pensar que podemos ser como Deus - maravilhoso. Não podemos ser Deus, mas podemos ser como ele quando andamos em santidade.
Então, fomos libertados do pecado. Não há reivindicação sobre nós. E nos tornamos servos de Deus e temos um novo produto, um novo fim, e isso é santidade. E para o que isso leva? O fim, a vida eterna. O final do versículo 21, o quê? O fim dessas coisas é o quê? Morte, versículo 21. O fim no versículo 22, vida eterna.
Isto eu chamo de promessas. Comece com a posição, você é escravo do pecado ou escravo de Deus. A prática, sua vida está progredindo ou para ser cada vez mais vil; ou mais santa e mais santa e mais santa. E então a promessa, o fim aqui é a morte, o fim aqui é a vida eterna.
Agora, posso apenas ressaltar que a vida eterna não é tanto uma quantidade de vida, mas sim uma qualidade de vida? Não é que isso signifique que você só vai viver para sempre, porque não significaria nada viver para sempre, a menos que a qualidade da vida valesse a pena viver para sempre, certo? E assim é uma qualidade de vida. Nós entramos em um tipo eterno de vida. O que significa é um tipo de vida sobrenatural, um tipo eterno de vida que pertence a Deus. A vida de Deus em nós, vida abundante. E então, é assim que Paulo traça o contraste.
Então, ele se move através do antagonista, a resposta, então ele estabelece o axioma no versículo 16, depois vem o argumento nos versículos 17-22. E, finalmente, o absoluto. O absoluto. E você conhece este versículo, talvez desde criança. Versículo 23. Agora ouça. Isto é para dizer que há uma razão pela qual o pecado, como princípio na vida de uma pessoa dominando-a, leva-a a ser cada vez mais vil, e, finalmente, à morte eterna.
E há uma razão pela qual a justiça numa vida leva alguém a ser mais santo, mais santo e mais santo, e a entrar na plenitude da vida eterna. E a razão é porque existe uma lei absoluta e essa lei funciona inexoravelmente. E aqui está. "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna" e depois o golpe da graça de todo o capítulo, "em Cristo Jesus, nosso Senhor ". Esse é o inexorável e divino absoluto. Não há possibilidade de uma violação. É assim que a coisa funciona. E ninguém contorna a lei absoluta. A razão pela qual o pecado se torna cumulativo, terminando na morte, é porque o salário do pecado é a morte.
Agora, o que isso significa? A palavra "salário" é uma palavra muito interessante. É exatamente o que parece. Isso significa "algo que você fez por merecer". Na verdade, a palavra é usada comumente nas rações que eram entregues aos soldados pelo seu serviço militar em troca de seu dever. Era apenas uma compensação pelo serviço prestado. Salários, assim como você pega seu holerite. A ideia é esta. Você ganha a morte. Isso mesmo, você ganha a morte. Quando Deus traz morte eterna, inferno para sempre, sobre uma vida, é porque a pessoa fez por merecer isso. É justo, é justo, é uma compensação adequada para o pecado, porque existe uma lei inexorável no universo que diz que o pagamento pelo pecado é a morte.
É como qualquer outra lei. A lei da gravidade. A lei da gravidade diz que você pula de alguma coisa, você desce. Essa é uma lei. É assim que o universo é feito. E se Deus criou leis em uma dimensão física, pode haver leis também no espiritual e aqui está uma delas. O salário do pecado é a morte. A recompensa pelo pecado é a morte, a morte eterna, a morte espiritual. É o que você ganhou.
Na verdade, deixe-me dizer de outra forma. A justiça é obrigada a pagar ou seria como defraudar o trabalhador de seu salário. Quando Deus dá a morte eterna a uma alma, Ele está lhe dando aquilo pelo que ele trabalhou, o que fez conquistou, o que ele merece, aquilo que é a compensação divina para sua vida.
Deixe-me explicar de outra forma. Se Deus não lhe desse o inferno eterno, isso seria injusto. E Deus não pode ser injusto. Se você ganhar a morte por seu pecado, você a receberá. E aqueles que esperam o perdão, aqueles que esperam a libertação sem Cristo esperam que Deus seja injusto. E Deus não seria injusto.
Há outro lado do absoluto, graças a Deus. Diz assim: "mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna". A vida eterna não é um salário. Você notou a mudança? É um o quê? Um presente. Você pode ganhar a vida eterna? Não, é um presente. Na verdade, literalmente, é um presente gratuito. Você poderia escrever isso lá. Ali diz: "O presente gratuito de Deus". Apenas para que ninguém se confunda, é um presente gratuito. Você não pode ganhar com seu trabalho. Você não pode ganhar por sua religiosidade. Você não pode ganhar, e ponto final. E isso nos leva de volta a Efésios 2.8-9. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é" o quê? "dom de Deus, não de obras, para que ninguém se glorie." Sem mérito, sem conquista, sem merecimento. É um presente.
Então, se você quer o que merece, Deus o dará a você. Mas se você quer o que não merece, Deus também dará isso a você. Você diz: "Como faço para conseguir isso?" Rapaz, que capítulo! Não quero ser escravo do pecado. Não quero deixar de ser capaz de fazer o que é certo. Não quero ir do pecado, ao pecado, ao pecado, de me tornar cada vez mais vil, acabando finalmente na morte eterna. Eu não quero fazer isso. Quero o dom da vida eterna. Como eu consigo isso?
Bom, como o capítulo termina? O que ele diz? "Em Cristo Jesus, nosso Senhor". É o grande clímax do capítulo. Quero dizer, o capítulo é tão poderoso, você sabe que ao final só precisa de uma lembrança de como obtém isso. "Em Cristo Jesus, nosso Senhor." Há outra opção? Nenhuma outra opção. "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos", Atos 4.12. Nenhum outro nome. Nenhum outro nome. Jesus disse: "Eu sou a porta, o único caminho para entrar é por meu intermédio". Jesus disse:" Ninguém vem ao Pai senão por Mim". A declaração mais intolerante já feita. E também a mais verdadeira. Você pode ser intolerante quando está certo. Jesus disse: "Eu sou o caminho. Eu sou o único caminho". Por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor.
Eu não consigo - eu apenas - eu não saberia o que mais dizer ao mundo para oferecer-lhes o dom da salvação do que apenas dizer-lhes o que está neste capítulo. É espantoso, para mim, ser libertado do pecado, herdar a vida eterna, libertar-me da escravidão do pecado e da culpa, e todas essas coisas, e estar livre para fazer o que é certo e glorificar a Deus. E em vez de olhar para uma vida com coisas para se envergonhar, você olha para uma vida cheia de coisas para agradecer. Em vez de antecipar a morte, a morte eterna, você antecipa a vida, a vida eterna por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor.
Então, o sexto capítulo nos ensinou, nos primeiros 14 versículos, que somos um com Cristo, porque morremos com ele, ressuscitamos com Ele e, como novas criações com a vida da ressurreição, caminhamos em novidade da vida. Portanto, devemos nos oferecer a esse novo princípio de vida, oferecendo nossa queda, nossa humanidade, nossos corpos mortais para esse novo poder de vida. E então, na segunda metade, ele usa uma analogia diferente para dizer o mesmo. Nós fomos escravos do pecado, agora nos tornamos escravos da justiça. Então, em certo sentido, morremos para andar em novidade da vida. Em outro sentido, temos um novo senhor. Ambos dizem a mesma coisa. A salvação não o deixa livre para pecar, liberta-o do pecado pela primeira vez em sua vida para fazer o que é certo. A salvação pega homens ímpios e os torna santos. A salvação é um chamado do pecado para a santidade.
E nenhum evangelismo pode ficar sem esse tipo de afirmação. Qualquer coisa além desse tipo de apresentação do evangelho, acredito, é uma graça barata. Eu acredito que temos de dizer às pessoas: "Olhe, considere o custo. Quando você vem a Jesus Cristo, Ele está chamando você do pecado para a santidade. E se você não está disposto a entrar nesses termos, não há outros termos disponíveis".
Jesus não está à procura de pessoas que desejam adicioná-lo ao seu pecado. Ele não está à procura de pessoas que desejam adicioná-lo ao seu estilo de vida. Ele está chamando homens que queiram morrer e ressuscitar. Ele está chamando homens e mulheres que queiram dizer não ao atual senhor e sim a um novo senhor. A graça cobre o pecado. Isso mesmo. Mas nunca o tolera. E, além disso, transforma o pecador.
Deixe-me concluir com isto. Dietrich Bonhoeffer, teólogo alemão, pensador, que às vezes estava um pouco distante do alvo, e às vezes acertava o alvo, escreveu isto. "A graça barata significa a justificação do pecado sem a justificação do pecador que se afasta do pecado e de quem o pecado se afasta. A graça barata não é o tipo de perdão do pecado que nos liberta dos laços do pecado. A graça barata é graça sem discipulado, graça sem a cruz, graça sem Jesus Cristo. A graça cara é a graça de Cristo, que agora prevalece sobre o discípulo para que deixe tudo e O siga".
Quando falava sobre a graça, Lutero sempre sugeriu como corolário aquilo que lhe custou a própria vida, a vida que pela primeira vez foi submetida à absoluta obediência de Cristo. Felizes são aqueles que sabem que a graça pode viver no mundo sem ser dele, que ao seguir a Jesus Cristo, estão tão seguros de sua cidadania celestial que eles são verdadeiramente livres para viver suas vidas neste mundo.
Esse é o tipo de graça para a qual Deus nos chama em Cristo. O que significa ser um cristão? O capítulo 5 diz que significava estar seguro. O capítulo 6 diz que significa ser libertado do pecado. O capítulo 7 nos diz que ainda há uma batalha. E o capítulo 8 nos dirá como ganhá-la. Vamos orar.
Senhor, somos tão agradecidos nesta noite pela Tua Palavra. Quão rica! Agradecemos pela nossa libertação do pecado. E se fomos indiferentes nesta noite, perdoa-nos. Oh, que presente glorioso. E como tratamos de forma tão banal esse tesouro inestimável. Com que facilidade permitimos que a carne se sobressaia e zombe da nossa liberdade.
Obrigado por nos lembrar, Senhor, de que somos escravos da obediência, como Paulo diz em um versículo, escravos da justiça, como ele diz em outro, escravos de Deus, como ele diz ainda em outro. Um e o mesmo. E libertados da tirania do pecado. Obrigado por isso. E que possamos viver na prática o que somos em posição, e nunca retornemos às coisas que produziam vergonha e morte, mas sempre para as coisas que produzem justiça, santidade e vida.
Com suas cabeças inclinadas por um momento, se você nunca veio a Jesus Cristo, recebendo-o como seu Salvador e Senhor, você não está livre do pecado e isso o matará. Mas Jesus oferece Sua liberdade a você se você lhe der sua vida, se você crer que Ele, Deus em carne humana, morreu e ressuscitou por você. Abra seu coração agora para Ele. Diga: "Quero ser livre do pecado, e quero ser escravo da justiça, possuidor da vida eterna".
Você que é cristão, reafirme a Deus sua gratidão pela liberdade que Ele lhe deu. Diga-lhe que você agradece porque você não tem de pecar, que você foi libertado da escravidão e da tirania desse antigo senhor. E então peça perdão a Deus pelos momentos em que você obedeceu a um senhor que não tem nenhuma reivindicação sobre você, e porque, em sua humanidade, você pecou. E então, peça-Lhe para guiá-lo no caminho da santidade, que você possa cumprir em sua vida tudo o que Ele deseja quanto a pureza e obediência.
Pai, pedimos que Tu faças a Tua obra em todos os corações, para que possamos verdadeiramente entender o que significa ser livres, para nos alegrarmos com essa liberdade, que alguns possam ser libertados nesta noite, é nossa oração em nome de Cristo. Amém.
FIM

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