
Nesta manhã, embarcamos em uma maravilhosa nova experiência espiritual, enquanto o Senhor nos fala através da carta de Paulo aos filipenses. Confio que você tenha sua Bíblia com você e a abra no primeiro capítulo. E nesta manhã é meu desejo apresentar a você esta maravilhosa epístola. Deixe-me ler os versículos 1 e 2, apenas como ponto de partida, enquanto nos esforçamos para apresentar a carta de Paulo. “Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, incluindo os superintendentes e diáconos: graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.” Ao nos aproximarmos desta epístola, que eu chamei de "A epístola da alegria,” eu confio e oro para que Deus molde nosso coração, nossa vida e nossas atitudes através desta experiência. Quatro breves capítulos. O tema destes capítulos é alegria; Paulo a menciona pelo menos 16 vezes nestes quatro capítulos. Ele também menciona Cristo 50 vezes. E isso acontece porque a sua alegria é encontrada em Cristo, e assim é a nossa alegria.
Vivemos em um mundo um tanto triste, um mundo que conhece o desespero, depressão, insatisfação; que anseia por coisas que nunca acontecem. É uma triste realidade, com um futuro ainda mais triste, porque temos um mundo de tristeza, sem esperança de que qualquer coisa deva necessariamente mudar. Os longos anos de vida tornam-se inevitavelmente longos anos de tristeza, pontuados por momentos de felicidade, momentos que se tornam cada vez menos frequentes com o envelhecimento. E é provavelmente por isso que a taxa percentual mais elevada de suicídio está entre os que têm mais de 65 anos, pois a duração dos anos e os momentos decrescentes de felicidade provocam uma tristeza mórbida e uma falta de satisfação com a vida.
Os homens falam de felicidade e talvez devêssemos definir a felicidade, pelo menos de um modo muito simples. Felicidade é uma atitude de satisfação ou deleite baseada em alguma circunstância presente. A felicidade está relacionada aos acontecimentos. A felicidade está relacionada ao acaso. A felicidade está relacionada à sorte, que é uma palavra que basicamente transmite a ideia do acaso. Felicidade é aquilo que você realmente não pode planejar e programar; pode acontecer, pode não acontecer, e parece tão elusivo. Mas isso está relacionado ao prazer ou satisfação que está ligado a um acontecimento ocasional, uma circunstância casual. E isso é o melhor que os homens podem fazer. Por outro lado, quando falamos de alegria, não estamos falando de algo relacionado ao acaso. Não estamos falando de algo relacionado às circunstâncias. Estamos falando de uma profunda confiança de que tudo está bem, não importa qual seja a circunstância, não importa qual seja a dificuldade, não importa qual seja o problema. E isso é muito diferente da felicidade.
A alegria, para ser entendida no sentido bíblico, deve ser entendida como relacionada a Deus. Deve ser entendida como aquilo que se torna seu em Cristo. Deve ser entendida como uma posse permanente de todo crente, e não algum deleite caprichoso que vem e vai quando o acaso pode oferecer uma oportunidade. Estamos falando de alegria; muito, muito diferente de felicidade. Minha definição favorita de alegria é esta: alegria é a bandeira que balança no castelo do coração quando o Rei está em residência lá. Alegria é a bandeira que balança no castelo do coração quando o rei está em residência lá. Eu amo isso, e é isso mesmo. E creio que somente os cristãos conhecem a alegria verdadeira e duradoura. O verbo “alegrar-se” aparece 74 vezes no Novo Testamento. O substantivo “alegria” aparece 59 vezes no Novo Testamento. É parte integrante da experiência cristã.
Se me permitem, em alguns momentos gostaria de lhes dar uma teologia da alegria. Vou começar com uma frase e continuar adicionando a essa frase até que se torne uma teologia composta de alegria. Primeiro de tudo, a alegria vem de Deus. É um dom de Deus. No Salmo 4, versículos 7 e 8, diz: “Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles.” E o salmista está dizendo: “Tu me deste alegria, dá-me alegria por causa do meu relacionamento de segurança contigo.” E o que lemos no Salmo 16.11 deveria ser acrescentado àquele no Salmo 4: “Na Tua presença há plenitude de alegria.” Deus é a fonte da alegria. Assim, começamos nossa teologia da alegria dizendo: “A alegria é um dom de Deus.” Agora, deixe-me acrescentar a isso. A alegria é um dom de Deus para aqueles que creem no evangelho. A alegria é um dom de Deus para aqueles que creem no evangelho. Naquele dia maravilhoso, na área rural da Galileia, quando o anjo apareceu para anunciar a chegada do nascimento de um Salvador, o anjo disse: “Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” É o evangelho que traz essa alegria, ou que transmite essa alegria ao coração humano.
A alegria é um dom de Deus para aqueles que creem no evangelho, que creem no Senhor Jesus Cristo. No maravilhoso registro do evangelho de João, no capítulo 15, ele diz no versículo 11: “Estas coisas vos disse para que a minha alegria esteja em vós e que a vossa alegria seja completa.” Cristo veio proclamar um evangelho que daria alegria aos homens. Então a alegria é um dom de Deus para aqueles que creem no evangelho. Deixe-me adicionar outra parte a esta sentença. A alegria é um dom de Deus para aqueles que creem no evangelho, e é produzida neles pelo Espírito Santo - é produzida neles pelo Espírito Santo. Em Romanos, capítulo 14, há uma pequena frase maravilhosa que talvez você tenha lido, mas talvez não tenha entendido. Diz no versículo 17, de Romanos 14, que “o reino de Deus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo.” E Gálatas 5.22 diz: “O fruto do Espírito é amor, alegria” – assim, a alegria é um dom de Deus para aqueles que creem, sendo produzida neles pelo Espírito Santo. O Espírito residente traz ao coração justiça, paz e alegria.
Deixe-me acrescentar mais um elemento à nossa sentença. A verdadeira alegria é um dom de Deus que vem para aqueles que creem no evangelho, sendo produzida neles pelo Espírito Santo quando o crente recebe e obedece à Palavra - quando o crente recebe e obedece à Palavra. Jeremias 15.16: “Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração.” E no caminho de Emaús, os discípulos com Jesus disseram a si mesmos: “Não é verdade que o coração nos ardia no peito” – uma expressão de alegria – “quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras?” E 1João 1.4 diz: “Estas coisas, pois, vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa.” Quando você recebe e aplica esta palavra, você experimenta alegria plena.
Assim, a verdadeira alegria que o crente conhece é um dom de Deus para aqueles que creem, sendo produzida neles pelo Espírito Santo ao receber e obedecer à Palavra. Deixe-me adicionar outro pensamento. A verdadeira alegria é uma presente de Deus para aqueles que creem no evangelho, sendo produzida neles pelo Espírito Santo, quando creem e recebem a Palavra, ou quando a recebem e a aplicam, e ela é misturada com provações - sendo misturada com provações. Um elemento muito importante, muito importante; você nunca experimentará a realidade da verdadeira alegria a menos que fique muito clara em contraste com as provações. É, em um sentido muito real, conhecido apenas por seu contraste - tristeza, dor, dificuldade. Primeira aos Tessalonicenses 1.6 diz: "Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor” – ouça isto – “tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo." Isso resume tudo: o Espírito Santo, a tribulação, a palavra, a alegria. Em 2Coríntios, você se lembra do capítulo 6, do versículo 10: “entristecidos, mas sempre alegres.” Em outras palavras, você está passando por circunstâncias dolorosas, mas sempre se regozijando. Você se lembra das palavras de Tiago, no capítulo 1, versículo 2: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações.” E as palavras de Pedro, 1Pedro, capítulo 1: “Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações.”
A verdadeira alegria é um dom de Deus para aqueles que creem no evangelho, sendo produzida neles pelo Espírito Santo ao receber e obedecer a Escritura, sendo misturada com várias provações. E um pensamento final em nossa pequena teologia. A verdadeira alegria é um dom de Deus para aqueles que creem no evangelho, sendo produzida neles pelo Espírito Santo quando recebem e obedecem à Palavra, misturada com provações - e colocam sua esperança na glória futura - e colocam sua esperança na glória futura. De acordo com Romanos 12.12, “Alegrem-se na esperança.” O texto de 1Pedro, capítulo 4, versículo 13 diz: “alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando.” Em outras palavras, persista com alegria agora, porque você conhece a alegria que está por vir. E Judas 24 diz: “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória.” Essa é a alegria do crente. Essa é a teologia da alegria. É um dom de Deus para aqueles que creem no evangelho, e é produzida neles pelo Espírito Santo quando recebem e obedecem às Escrituras, é misturada com provações, e colocam sua esperança e coração na glória futura. Essa é a teologia da alegria em uma frase.
Pedro resume isso magnificamente, penso eu, em 1Pedro 1.8: “a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória.” E Pedro está escrevendo aos cristãos perseguidos, como veremos nesta noite. Mas você se alegra com a alegria inexprimível porque a sua alegria é um dom de Deus que é produzido pelo Espírito quando você responde à Palavra, misturada com provações, e coloca sua afeição na glória futura. Este é o tema desta pequena carta maravilhosa - a alegria do crente. É a epístola da alegria. Paulo está escrevendo para os filipenses. Ele ama os filipenses e eles o amam. De fato, é minha convicção pessoal que o laço de amor entre Paulo e os filipenses excedeu o vínculo de amor entre ele e qualquer outra igreja. Havia algo tão profundo e tão especial em seu relacionamento de amor que, na situação em que ele está prisioneiro, e menciona seu encarceramento quatro vezes no capítulo 1, ele está basicamente escrevendo para os filipenses porque está preocupado com a tristeza deles.
Há outras coisas com as quais ele está preocupado. Ele está preocupado com a união deles. Ele está preocupado com a fidelidade deles. Ele está preocupado com muitas coisas que vêm através da carta. Mas do ponto de vista relacional, sua profunda preocupação é que essas pessoas que o amam tanto ficarão tristes porque ele é um prisioneiro. Elas ficarão tristes por causa de suas circunstâncias. Elas ficarão tristes por causa de sua privação. Elas ficarão tristes por causa do portento da perda de sua vida. E ele escreve para dizer-lhes, com efeito: "Vejam, eu me regozijo, por isso, não façam menos." E, portanto, a epístola destina-se a transmitir a alegria de seu autor. Vamos começar apenas olhando para essa introdução, e não vamos nos aprofundar muito no texto em si, é um texto muito simples. Mas eu gostaria de dar a você algum histórico que acho que fará com que esta linda epístola seja tão real para você. Três coisas para notar nos dois primeiros versículos: os servos, os santos e a saudação. Os servos e os santos estão no versículo 1, a saudação, no versículo 2. Vamos começar com os servos: “Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus.” Quase não precisamos dizer nada sobre isso. Nós todos conhecemos Paulo. Nós todos conhecemos Timóteo. Todos nós entendemos o que é ser servo de Cristo Jesus. Mas deixe-me tocar levemente nos servos. Paulo, o apóstolo amado, Paulo se converteu na estrada de Damasco, Paulo, o mais nobre servo de Cristo que o mundo já conheceu, Paulo, aquele homem notável que o Espírito de Deus usou para escrever 13 das epístolas do Novo Testamento, Paulo, que se torna o modelo e o exemplo de todo cristão, ele é o autor.
Talvez a descrição mais concisa de Paulo em qualquer lugar seja dada nesta carta. Se você olhar para o capítulo 3 por um momento, chamo sua atenção para o versículo 4. No versículo 4: “Bem que eu poderia confiar também na carne,” diz ele, relacionando-se a alguns cuja confiança está estritamente na carne e não no Senhor, diz ele, “e qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais.” Se você for comparar credenciais carnais, se você colocar sua confiança em sua humanidade, em suas credenciais humanas, diz ele, aqui estão as minhas, versículo 5. “Fui circuncidado ao oitavo dia” - esse é o padrão prescrito para um menino judeu - “da nação de Israel” - o povo escolhido de Deus - “da tribo de Benjamim” - uma das tribos nobres - “um hebreu de hebreus.” Em outras palavras, entre meus pares, eu era considerado o epítome do que um hebreu era e é. “Quanto à lei, fariseu.”
Agora, essas são algumas credenciais. Ele saltou através de todos os arcos no judaísmo - circuncidado ao oitavo dia, pertencente à nação de Israel, da tribo de Benjamim, entre os hebreus considerados como sendo um hebreu verdadeiro, um hebreu nobre, um hebreu exemplar. No que diz respeito à lei, ele adotou o critério mais zeloso da lei e tornou-se fariseu. Versículo 6: “quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível.” Seus próprios pares - não Deus - seus próprios pares o consideraram inocente. Eles encontraram um homem que vivia de acordo com a lei, um homem de tremenda integridade religiosa, em seu próprio sistema. “Mas” - versículo 7 - “o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo.” Nesses versículos você tem Paulo – esse é ele – esse é ele.
Ele era judeu. Ele era um judeu zeloso. Ele era um judeu legalista. Ele era fariseu. Ele guardava a lei como qualquer homem poderia guardar a lei. Ele era irrepreensível entre seus pares. E ele destruiu todas aquelas credenciais humanas, considerando-as como lixo, para que ele pudesse ganhar a Cristo, porque, no versículo 9, ele queria “ser encontrado nEle, não tendo uma justiça própria, derivada da lei, mas aquilo que é pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus na base da fé.” E assim ele se entregou a Cristo. Esse é o Paulo. E então ele passou o resto de sua vida proclamando isso. Esse é Paulo.
E quanto a Timóteo? Timóteo foi o filho de Paulo na fé, apresentado a ele, conforme registrado em Atos, capítulo 16, quando Paulo visitou Derbe, em Listra, na área ao redor da Galácia. Ele encontrou este jovem, tomou-o como seu protegido, treinou-o, ensinou-lhe. Ele se tornou um filho de verdade para Paulo. Timóteo era seu querido companheiro, aquele a quem ele realmente daria o legado do futuro ministério quando ele deixasse este mundo. Nós conhecemos Timóteo. Nós passamos três anos com ele em 1 e 2Timóteo, então não vamos discutir o assunto. A propósito, essas duas cartas que acabamos de estudar foram escritas apenas alguns anos depois de Filipenses. Esta foi escrita durante o primeiro encarceramento romano de Paulo. A epístola de 1Timóteo foi escrita após sua libertação, e 2Timóteo foi escrita durante sua segunda e última prisão, apenas alguns anos depois disso. Mas, novamente, se queremos apenas uma breve introdução de Timóteo, encontramos uma maravilhosa na mesma epístola, capítulo 2, versículo 19.
Aqui, Paulo nos apresenta a Timóteo de maneira concisa. Nós descobrimos realmente tudo o que precisamos saber sobre ele. “Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação.” Timóteo irá, e ele vai descobrir o que está acontecendo com vocês, e ele vai encorajar-me quando ele falar comigo. Timóteo é meu mensageiro. E a razão pela qual eu o estou enviando, e aqui encontramos um pouco sobre Timóteo, versículo 20, “Porque a ninguém tenho de igual sentimento que, sinceramente, cuide dos vossos interesses.” Ele é um clone. Não há ninguém como ele. Seu coração bate com o meu coração. Seu sangue flui com meu sangue. E eu o estou enviando porque ele é de espírito parecido comigo. Não só isso, ele está genuinamente preocupado com vocês. Ele está compassivamente preocupado com vocês. E isso é porque obviamente ele estava lá quando a igreja em Filipos foi iniciada. Ele estava lá. Ele estava nessa segunda jornada missionária. E ele fez algumas outras visitas de volta. E havia um vínculo entre Timóteo e eles também. Ele disse no versículo 21: “pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.” Que pensamento trágico é esse. Aqui está o apóstolo Paulo dizendo: "Eu não tenho ninguém para mandar além de Timóteo, porque todas as outras pessoas ao meu redor procuram seus próprios interesses. Timóteo é o único que tem meu coração - que tesouro. Estou enviando-o.
“É quem espero enviar,” ele diz no versículo 23, “tão logo tenha eu visto a minha situação. E estou persuadido no Senhor de que também eu mesmo, brevemente, irei.” Tudo o que você precisa saber sobre Timóteo é que quando Paulo olhou ao redor e viu quem estava perto, ele disse: “Ele é o único que tem espírito semelhante. Ele é o único cujo coração bate com o meu coração. Ele é o único como eu. Ele é o único que eu posso enviar.” Isso vai lhe falar sobre Timóteo. Timóteo foi coautor de Filipenses? Não. A implicação aqui não é Paulo e Timóteo como escritores, mas Paulo e Timóteo como servos em Cristo Jesus, que estão juntos enquanto Paulo está escrevendo. Você diz: “Como você sabe disso?” Porque a partir do versículo 3, todos os pronomes estão na primeira pessoa do singular. Nunca é "nós,” é sempre "eu.” Eu, meu, meu, no versículo 3, meu, no versículo 4, eu, no versículo 12 - é assim até o fim. Paulo é o autor, Timóteo é o companheiro. Bem, por que ele adiciona o nome de Timóteo? É importante que ele adicione o nome de Timóteo? Sim. É importante por vários motivos.
Primeiro: Timóteo era bem conhecido dos filipenses e bem-amado pelos filipenses. Como eu disse, ele estava lá quando a igreja foi iniciada em Atos 16; é o mesmo capítulo da vinda de Timóteo com Paulo. Timóteo vem com ele nos versículos de 1 a 3, e quando você está no versículo 11, eles estão em Filipos e a igreja nasce. Assim, os cristãos filipenses conheciam Timóteo desde o começo. Além disso, como Paulo ia enviar Timóteo e queria que este tivesse a melhor recepção, ele inclui Timóteo como um verdadeiro cooperador, incluindo-o na saudação inicial. Ele é um verdadeiro colaborador do apóstolo. E mais tarde, ele expande ainda mais quando diz: "Ele é o único que tem um espírito parecido com o meu."
E em terceiro lugar, é muito possível também que Timóteo fosse o secretário a quem Paulo ditou Filipenses. Sabemos que Paulo ditava suas cartas. Oh, houve ocasiões em que ele escreveu, mas muitas das cartas que conhecemos foram ditadas. Por exemplo, não sei se você se lembra de ter lido em Romanos, capítulo 16, bem no final do capítulo, versículo 22, diz: “Eu, Tércio, que escrevi esta epístola, vos saúdo no Senhor.” Isso não significa que Tércio era o autor. O versículo 1, de Romanos, capítulo 1, diz que Paulo foi o autor. Tércio era o secretário, o amanuense, que a escreveu. Em 1Coríntios 16.21, Paulo termina dizendo: “A saudação, escrevo-a eu, Paulo, de próprio punho.” Em outras palavras, alguém escreveu tudo isso enquanto eu ditava, mas estou assinando meu próprio nome no final. Ele faz a mesma coisa em Colossenses 4.18, em Gálatas 6.11 e em 2Tessalonicenses 3.17. Então era costume que Paulo ditasse; pode bem ter sido que Timóteo fosse o secretário.
Ele era seu companheiro. Ele queria que eles, em Filipos, soubessem que ele era estimado como um colega de trabalho para que, quando ele fosse, o aceitassem como tal - e certamente o aceitariam, por causa do vínculo de amor que já existia, mas isso apenas reforça isso. E talvez tenha sido ele quem escreveu o que Paulo ditou. Timóteo havia se tornado uma parte vital da vida de Paulo, servindo ao lado dele por anos. E agora ele está disponível para Paulo. Paulo é um prisioneiro, está na prisão. Ele menciona isso quatro vezes no capítulo 1. Timóteo não é um prisioneiro, até onde sabemos. Mas Timóteo pode vir e ver Paulo, trabalhar ao seu lado e ajudar Paulo. A natureza de sua prisão permitiu-lhe esse privilégio. Observe o título que Paulo escolheu para os dois: “Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus.” Esse título, a propósito, é usado por Tiago, Tiago 1.1; por Pedro, 2Pedro 1.1; e por Judas, no versículo 1. Assim, os escritores da Escritura adoram se chamar de escravos de Cristo. O termo doulos transmite a ideia de posse, propriedade, fidelidade, dependência, sujeição, lealdade; tudo o que achamos que um escravo seria capaz de transmitir.
Ele enfatiza, no entanto, algo que você não pode entender, e isso é serviço voluntário. Você consegue captar esse pensamento? Serviço disposto. Pensamos em escravos na língua portuguesa, pensamos em comportamento forçado, deveres involuntários, sujeição abusiva, mas essa não é a ideia. Um escravo era um escravo ligado ao indivíduo. E muitas vezes era o caso que essa ligação era por afeto, amor e um senso de estima, não algum tipo de medo abjeto. Por exemplo, você se lembra em Êxodo, capítulo 21, versículo 5, que a lei de Deus previa um escravo que queria se ligar permanentemente ao seu senhor? Muitos dos escravos da antiga nação de Israel amavam profunda e ternamente seus senhores e, como resultado, eles queriam servir seu mestre para a vida toda. Se um escravo assim o desejasse, ele iria até seu dono e diria: “Eu quero servir a você por toda a vida.” E o mestre então seguiria a lei de Deus, que dizia: “Leve seu escravo à porta, puxe o lóbulo de sua orelha, e introduza um espinho ou um furador em sua orelha. E o piercing da orelha e o buraco na orelha serão o sinal e o símbolo para todos os que o veem que este homem é um escravo por amor.” Este é um servo do amor que escolheu uma ligação vitalícia com quem ele deseja servir.
Então Paulo e Timóteo não se veem como escravos de algum modo abjeto, tendo de fazer algo que não querem, mas como servos de Jesus Cristo, servindo com alegria, por disposição, por afeto, por amor. Observe, por favor, “servos de Cristo Jesus” - esse sempre foi o foco de Paulo. Seu serviço foi sempre para Cristo - sempre para Cristo. Ele não era um servo da igreja. Ele não era um servo dos líderes da igreja. Ele não era servo de Roma, embora fosse prisioneiro de Roma. Ele era servo de Cristo Jesus - sempre ligando sua vida a Cristo. E essa é uma percepção ministerial absolutamente necessária para quem serve ao Senhor. Se você se prende às pessoas, elas irão desapontá-lo. Se você se unir à igreja, eles irão desapontá-lo na igreja. Se você se unir ao Senhor, nunca ficará desapontado. Se você decidir avaliar seu ministério com base na opinião das pessoas, você se desviará. Com base na opinião ou no sucesso da igreja, você se desviará. Mas se você escolher avaliar sua vida e ministério entre você e o Senhor, nunca se desviará, porque sempre saberá onde está.
O serviço a Cristo é a liberdade perfeita. O serviço a Cristo é a liberdade perfeita. Paulo diz, no versículo 7: “minhas algemas;” no versículo 13: “estou preso;” versículo 14: “minhas algemas;” versículo 17: “na prisão,” ou cadeias, ou amarras. Mas apesar de tudo isso, ele não era escravo de Roma; ele era o servo de Jesus Cristo. Era Jesus Cristo que atenderia a todas as suas necessidades. Era Jesus Cristo quem escolheria todos os seus deveres, como 2Samuel 15.15, onde diz tão maravilhosamente: “Teu servo está pronto para fazer o que quer que meu Senhor, o Rei, determine.” Era Jesus Cristo quem proveria todas as suas necessidades, que disse: "Minha graça é suficiente para você." Ele serviu a Jesus Cristo.
Agora, ele era um prisioneiro neste momento, e durante esse aprisionamento ele escreveu quatro epístolas. Nós as conhecemos como as “epístolas da prisão.” Elas são chamadas assim porque, obviamente, foram escritas da prisão. Elas são Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom, aquela pequena carta. Se você ler Filipenses, ele diz que está na prisão. Se você ler Efésios, ele diz que está na prisão. Se você ler Colossenses, ele diz que está na prisão. Se você ler Filemom, ele diz que está na prisão. Não temos dificuldade em discernir onde ele está enquanto escreve - quatro cartas. Agora, alguns têm sugerido que ele pode ter estado na prisão em Éfeso; mas essa informação é inconsistente. Outros dizem que ele pode ter estado na prisão em Cesareia. Também acho que é inconsistente. É melhor vê-lo como na prisão em Roma, quando ele escreve todas as quatro. Por que Roma? O capítulo 1, versículo 13, menciona “toda a guarda pretoriana,” que seria mais adequada à situação em Roma do que a Éfeso ou Cesareia. E então, no capítulo 4, versículo 22: “Todos os santos vos saúdam, especialmente os da casa de César,” também seria melhor adaptado a Roma, e haveria a casa de César.
Além disso, no capítulo 1, versículos 14 a 18, ele fala sobre todos os pregadores que estão pregando a Cristo honestamente ou contenciosamente, ou ajudando Paulo ou adicionando aflição à sua situação já difícil. E o fato de haver muitos pregadores seria de alguma forma indicativo de uma grande cidade como Roma, em vez de um lugar menor. Além disso, no capítulo 1, ele parece estar esperando por um veredito decisivo. Ele diz: "Eu posso viver, eu posso morrer, eu sou duramente pressionado, eu gostaria de ir e estar com Cristo, eu gostaria de ficar e estar com vocês, o que parece mais necessário para o seu bem." Ele parece ter estado no limiar de alguma decisão sobre o seu destino. No capítulo 2, versículo 17, ele diz: “Se é agora que devo ser derramado como oferta de libação, no sacrifício e serviço de sua fé, eu me regozijo.” Em outras palavras, “Se esta é a hora de eu morrer, tudo bem. Por outro lado,” versículo 24: “Mas confio no Senhor que também eu mesmo em breve irei até aí” - parece-me que ele estava indicando morte ou liberação muito rapidamente. Se isso fosse verdade, é melhor vê-lo em Roma, porque Roma é o lugar onde tal adjudicação aconteceria, onde tal veredito aconteceria. Ele seria então libertado de Roma, pela corte romana.
Então, é melhor supor que ele esteja em Roma. Ele está acorrentado em cativeiro de alguma forma, com liberdade suficiente para receber aqueles que querem vir e trabalhar ao lado dele, neste caso, Timóteo. Ele espera sua soltura iminentemente para que possa estar com os filipenses caso não tirem a vida dele. Assim, supomos que isto está em algum lugar por volta de 64 d.C., e que esta é a última das quatro epístolas da prisão, na qual ele está esperando a morte ou a libertação. Então esse é Paulo, esse é Timóteo, essa é a situação, os servos.
E os santos? Ouça com atenção agora. E os santos? Quem são eles? O versículo 1 diz: “A todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, inclusive os superintendentes e diáconos.” Ele inclui os líderes da igreja, a força guiadora espiritual e o grupo de serviço da igreja. Mas ele está escrevendo, por favor observe, para os santos - para os santos. Essa palavra maravilhosa foi tão embaçada pelo nosso tipo de compreensão cultural que perdemos de vista o que é um santo. Algumas pessoas pensam que um santo é uma pessoa que se transforma em uma estátua, alguém que é canonizado. Ou como um garotinho disse: “Eles são pessoas mortas que você coloca na parede da igreja para impedir que a luz passe.” Agora, isso pode ser mais verdadeiro do que gostaríamos de admitir, que algumas vezes somos chamados de santos. São pouco mais do que pessoas mortas que impedem a luz de passar. Mas todas essas coisas representam algum tipo de compreensão cultural do que é um santo. Nós falamos sobre Santo Isto e Santo Aquilo, e na rua há a Igreja Santa Genoveva, e o que essas pessoas não sabem lá, é que existem milhares de santos vivendo aqui, e eles provavelmente não nos reconhecem pelo que realmente somos.
A questão é que a palavra "santo" é uma designação usada nas Escrituras de todo e qualquer daqueles que têm nova vida em Cristo; todos os cristãos são santos. Atos, capítulo 9, versículo 13: “Ananias respondeu: Senhor, tenho ouvido falar de muitos sobre este homem” - falando sobre Saulo ou Paulo - “quanto mal ele fez aos Teus santos em Jerusalém.” É sinônimo de cristão, é sinônimo de crente. Versículo 32: “Pedro estava viajando por essas partes; ele desceu aos santos que viviam em Lida.” Só mais uma palavra para um cristão; somos todos santos. Meu avô costumava dizer: "Existem apenas dois tipos de pessoas no mundo, os santos e os não santos,” ou você é um ou outro. Agora, a palavra "santo" significa separado, único, diferente, reservado. Basicamente, a palavra poderia ser traduzida por "santificado.” Ela está conectada à palavra hebraica qadosh, que significa a mesma coisa: única, diferente, separado. Não são mártires mortos, nem canonizados, nem pessoas superpiedosas, todos crentes. A carta aos Coríntios, observe, 1Coríntios foi escrita para os santos que são chamados, e se os Coríntios eram santos, pessoal, há muita amplitude nesse termo - muita. Efésios 1.1 foi escrito aos santos, em Éfeso.
Agora, como você define um santo? Os santos em Cristo Jesus - somos santos, santificados pela salvação de Cristo. Nós fomos feitos justos. Recebemos a vida de Deus. Fomos feitos separados, únicos e diferentes do resto do mundo. Nós somos os santos. Temos todo o direito de sermos identificados como santos. Somos santos em Cristo Jesus. Essa é uma frase que Paulo absolutamente adora. Você nunca conheceu um budista que disse: "Estou em Buda.” Ele pode adorar Buda, mas não está em Buda. Você nunca conheceu um muçulmano que disse: "Estou em Maomé.” Você nunca conheceu um cientista cristão que disse: "Estou em Mary Baker Eddy.” Você nunca conheceu um mórmon que disse: "Estou em Joseph Smith - Estou em Brigham Young.” Eles podem seguir os ensinamentos de algum líder, mas somente nós estamos em Cristo, fundidos juntos, com a mesma vida em comum. É por isso que estamos separados. Fomos sepultados com Ele por Sua morte, e ressuscitamos Nele para andar em novidade de vida. Nossa vida é a vida dele. “Eu estou crucificado com Cristo, no entanto, eu vivo, mas não eu, mas Cristo vive em mim.” E todos nós estamos ligados a uma vida, a vida de Cristo.
Assim ele escreve, então, para os crentes que estão em Cristo, que são chamados - legitimamente - santos, porque foram separados, santos e separados do resto do mundo, através da obra salvadora de Deus. E onde eles moram? Em Filipos. Isso é importante? É. A cidade tinha alguns distintivos; ouça agora. Desde a época dos fenícios, ela possuía enormes minas de ouro e prata. Quando descobriram ouro e prata pela primeira vez, é claro, tornou-se uma cidade em crescimento. E as pessoas correram para aquela área antes que houvesse uma cidade lá e começaram a minerar a área. E devido à tremenda descoberta de ouro e prata, o local tornou-se um centro comercial no mundo antigo, um grande centro comercial. Sua localização é extremamente estratégica. É bem no topo do Mar Egeu, bem no topo. E você sabe que a Ásia Menor mergulha no Mediterrâneo, que a Grécia mergulha no Mediterrâneo, que a Itália mergulha no Mediterrâneo, então qualquer estrada que vai de leste a oeste tem de atravessar o topo dos mares Egeu e Adriático, que surge assim entre a Grécia, a Itália e a Ásia Menor. Assim, todas as principais estradas corriam para a borda superior do Mar Egeu e do Mar Adriático, que significa que corriam diretamente através de Filipos.
Além disso, havia uma série de montanhas, e a passagem da Ásia para a Europa atravessava aquelas montanhas. Essa era a única maneira de passar sem subir todos os picos, e a passagem era Filipos. Localizava-se estrategicamente na passagem entre a Ásia e a Europa, o Oriente e o Ocidente. Atravessando aquele desfiladeiro, por 800 quilômetros, da Grécia até a Itália, estava a Via Egnácia. Quando atingia a Itália e se dirigia para Roma, ficou conhecida como a Via Ápia, com a qual todos aqueles que estudam a história romana estão identificados. Foi construída em 146 a.C. A Via Egnácia era a rota comercial de leste a oeste; Filipos ficava exatamente na rota comercial. Era um local estratégico na Europa, um local estratégico para construir uma cidade. A cidade em si foi construída por Filipe, da Macedônia, pai de Alexandre, o Grande. E a razão pela qual ele a construiu foi para comandar a passagem - para comandar a estrada. Uma das batalhas mais decisivas da história foi travada muito mais tarde; foi em Filipos que Antônio derrotou Bruto e Cássio, e assim decidiu todo o futuro do Império Romano - cidade muito estratégica.
Em terceiro lugar, era uma colônia romana. Não só possuía minas de ouro e prata - que, a propósito, no tempo do apóstolo Paulo haviam se exaurido, e elas não estavam mais funcionando, mas ainda assim haviam servido de base para o empreendimento comercial, e o comércio a empresa ainda estava em andamento. E não só estava em uma localização estratégica chave, mas em terceiro lugar, era uma colônia romana. E ser uma colônia romana era realmente a própria dignidade de uma cidade. Colônias romanas tinham significado militar. Elas faziam parte do assentamento romano para criar a Pax Romana ou a Paz Romana. A maneira como Roma fundou Filipos foi a maneira como fundaram a maioria das cidades. Eles encontravam uma cidade que fosse estratégica para eles. Já era uma cidade grega, mas eles queriam que fosse uma colônia romana, então levaram cerca de 300 soldados, soldados veteranos, perto da aposentadoria, despacharam eles com suas famílias, e eles deveriam se estabelecer bem no meio daquela cidade, começar a governar aquela cidade, liderar essa cidade e transformá-la em uma colônia romana. E foi o que aconteceu; alguns soldados romanos veteranos vieram com suas famílias, talvez alguns outros, e se estabeleceram ali com a cultura romana, o estilo de vida romano.
As pessoas de uma colônia romana gostavam de três coisas: gostavam do que a língua latina chamava de libertas, o que significa autogoverno. Eles não eram governados por Roma. Eram governados por eles mesmos. O governo romano lhes dava esse privilégio, tendo ordenado o seu governo pelo estabelecimento de seus soldados. Em segundo lugar, eles gostavam do que a língua latina chama de immunitas, ou imunidade. Isso significava que eles nunca seriam taxados por Roma. Então eles estavam livres de impostos e estavam livres do governo de Roma. Em terceiro lugar, eles desfrutavam do ius italicum, os direitos dos cidadãos romanos. Eles tinham todos os direitos de quem vivia em Roma.
Os governantes da cidade eram chamados de praetors; traduzimos essa palavra por magistrados. E os policiais eram chamados de lictors e eram eles que cuidavam dos infratores da lei. Eles imitavam o estilo de vida romano. Eles imitavam a cultura romana em todos os sentidos. William Barclay diz: “Essas colônias tinham uma grande característica: onde quer que estivessem, eram pequenos fragmentos de Roma, e seu orgulho pela cidadania romana era sua característica dominante. A língua romana era falada. A roupa romana era usada. Os costumes romanos eram observados. Seus magistrados possuíam títulos romanos e realizavam as mesmas cerimônias executadas na própria Roma. Onde quer que estivessem, essas colônias eram teimosamente e inalteravelmente romanas. Eles nunca teriam sonhado em ser assimilados pelo povo no meio de quem se estabeleceram. Eles eram partes de Roma, cidades em miniatura de Roma, e nunca se esqueceram disso,” fim da citação. Eles estavam orgulhosos de serem cidadãos romanos.
Agora, apesar de tudo sobre Filipos, não é por isso que era famosa. Isso não colocou permanentemente esta cidade no mapa do mundo e no mapa da história. Sim, era um lugar de prestígio; seu nome romano oficial era Colônia Julia Augusta Filipense; é um nome bem grande para um pequeno lugar. Muito honrado, mas não é por isso que é bem lembrado. Algumas cidades são bem lembradas porque foram cidades honradas. Paulo Rees escreveu: “Pela continuidade ao longo dos séculos, essa é a distinção de Roma. Pela glória arquitetônica e elegância luxuosa, tal foi o pedido da Babilônia pela imortalidade. Pelo brilho cultural, tal foi a reivindicação de Atenas pela lembrança do mundo. Por uma qualidade distintiva em seus cidadãos, tal é a fama persistente de Esparta. Por uma extraordinária tradição de fé e devoção religiosas, tal é a reputação imortal em que Jerusalém é mantida. Mas na antiga Macedônia, não muito longe da costa ocidental do Mar Egeu, ficava uma cidade que vive na memória humana por nenhuma dessas razões,” fim da citação.
Mas por que ela vive? Eu lhe direi por quê: porque o apóstolo Paulo, sob a inspiração do Espírito Santo, escreveu esta pequena carta para aquela cidade e a imortalizou – a imortalizou. E é por isso que é conhecida - esta pequena carta, esta epístola da alegria. Como tudo começou? Vamos voltar a Atos 16, de forma tão breve. E planejei ter mais tempo para lhe mostrar o começo da igreja; temos um pouco de tempo, vamos ver isso muito rapidamente. Atos 16, Paulo tinha acabado de levar Timóteo com ele, versículos de 1 a 3. Eles se moviam em seu ministério, indo de um lugar para outro. Eles finalmente chegaram a Troas, que era o último ponto da terra. E eles ficaram ali, de frente para o mar Egeu, olhando para o outro lado e perguntando: "Aonde vamos?" E então veio aquela visão maravilhosa, versículo 9: "Um homem da Macedônia de pé e apelando para ele e dizendo: Venha para a Macedônia e ajuda-nos.” E Deus estava chamando o cristianismo, da Ásia para a Europa. Deus estava chamando o cristianismo para a Europa. E assim que o chamado macedônio chegou em Trôade, também conhecida como Alexandria Troas, fundada no século 4 a.C., uma cidade grega livre até que Augusto a tornou uma colônia romana. Ficava a cerca de 16 quilômetros da famosa cidade de Troia que conhecemos.
Assim, lá estão eles, em Trôade, o chamado para entrar na Europa, e assim eles partem em um navio. Versículo 11: "Eles partiram para o mar, de Trôade" e um curso reto a noroeste leva você a Samotrácia, que é uma ilha - uma ilha que se eleva a 1.500 metros acima do nível do mar. É uma ilha montanhosa. Eles foram lá no primeiro dia. No segundo dia, foram de Samotrácia para Neápoles. Neápoles é a cidade portuária de Filipos, Filipos fica a 16 quilômetros rumo ao interior. Então eles, versículo 12, percorreram os 16 quilômetros, de Neápolis “a Filipos, cidade da Macedônia, primeira do distrito” – aqui está – “e colônia romana. Nesta cidade, permanecemos alguns dias” - Paulo, Silas, Timóteo, Lucas.
No dia de sábado, é claro, o costume de Paulo de ir a uma cidade era ir a que lugar? À sinagoga - não havia uma sinagoga. São necessários dez homens judeus para ter uma sinagoga. Nenhuma cidade poderia ter uma sinagoga a menos que tivesse dez homens. Até onde sabemos, esta cidade não tinha nenhum homem judeu que seja mencionado - talvez alguns. Dez fazem um minyan. Você tem um minyan, você pode ter uma sinagoga. Eles não tinham isso. Assim, “no dia de sábado, saímos do portão para a beira do rio.” Por que iriam para as margens do rio? Porque se houvesse algum judeu, eles sabiam que os judeus iriam no sábado ao rio. Por quê? Porque o Salmo 137 diz que o povo, quando estava em cativeiro na Babilônia, foi à beira do rio e chorou. E se tornou um costume para os judeus em cativeiro, no exílio, irem ao rio e chorarem porque estavam longe de sua terra natal. E crescia a tradição de que onde não havia templo, e não havia sinagoga, os judeus encontravam as margens de um rio, como faziam no cativeiro, e choravam por sua situação; ali não havia templo, eles não estavam em Jerusalém, e não havia nem mesmo uma sinagoga para eles fazerem parte. Assim, Paulo sabia que, como queria encontrar os judeus, os encontraria, se houvesse algum, às margens do rio no sábado, e foi o que aconteceu.
Havia um lugar de oração, que era o que eles fariam à beira do rio. Eles se sentaram e começaram a falar com as mulheres que haviam se reunido - aparentemente nenhum homem. Algumas mulheres judias viviam naquela cidade; uma delas, chamada Lídia, era de Tiatira. Ela tinha um negócio de vender púrpura. Ela era uma verdadeira adoradora de Deus e “o Senhor abriu o coração para responder às coisas ditas por Paulo. Ela e sua família foram batizados.” Assim, é onde a igreja começou. Começou com algumas mulheres à beira do rio. Ouça, a primeira pessoa a quem o Senhor revelou Sua messianidade foi uma mulher samaritana, e a primeira convertida europeia foi uma mulher. O evangelho entrou na Europa por intermédio desta mulher, Lídia, a primeira convertida europeia. E ela nos constrangeu, versículo 15: “Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa e aí ficai.” Se você acha que minha conversão é real - aparentemente isso era assunto para discussão até naqueles dias. "E ela nos constrangeu a isso." Ela deve ter sido uma mulher persuasiva; talvez ela tivesse um bom negócio de vendas porque era persuasiva. E eles ficaram com ela, e a igreja nasceu com uma mulher judia, despojada, à beira de um rio, e sua casa.
Logo depois disso, eles estavam indo para o local de oração, diz o versículo 16, provavelmente no sábado seguinte. Nós não sabemos quanto tempo. Eles estavam voltando para a beira do rio, e uma escrava veio com um espírito de adivinhação, uma escrava mística possuída por demônios. Ela era possessa por demônios. E eu poderia tomar tempo para entrar em todos os detalhes de sua possessão demoníaca. É fascinante. Você pode pegar a fita sobre Atos 16, e pode ler e ouvir por si mesmo. Mas é uma coisa tremendamente perspicaz. Esse mundo estava cheio do ocultismo. E esta menina, diz no final do capítulo, estava ganhando - o final do versículo, versículo 16, estava ganhando muito dinheiro para seus mestres pela adivinhação. A palavra real é por frenesi. Ela entrava em frenesi quando os demônios assumiam o controle dela, e ela estava ganhando dinheiro para seus mestres. Ela seguia Paulo. Ela continuou clamando: “Esses homens são servos do Deus Altíssimo, que estão proclamando a vocês o caminho da salvação.”
Aquilo era verdade? Absolutamente verdade - absolutamente verdade. Tudo o que ela disse era verdade. Eu quero que vocês saibam, pessoal, o momento de maior perigo na vida da igreja é a hora em que Satanás diz a verdade. Grande perigo; e é isso que torna os falsos mestres tão devastadores e perigosos. Eles são perigosos quando dizem a verdade, não é mesmo? Eles não são perigosos quando mentem, porque sabemos que estão mentindo. Mas eles são perigosos quando dizem a verdade. E assim, a chave para ser um falso mestre de sucesso é dizer o máximo de verdade possível. Paulo não precisa disso - nem Jesus - então ele se vira e expulsa os demônios dela.
Bem, isso enfureceu os mestres da jovem porque eles perderam o lucro, versículo 19. Eles viram que a esperança do lucro havia acabado; pegaram Paulo e Silas, arrastaram-nos para a praça, diante das autoridades. Aparentemente, não pegaram Timóteo e Lucas, por algum motivo. Levaram aqueles dois que eram os porta-vozes. E disseram: “Estes homens, sendo judeus, perturbam a nossa cidade” - antissemitismo – antissemitismo – “propagando costumes que não podemos aceitar, nem praticar, porque somos romanos.” E esta é a orgulhosa mentalidade da colônia romana: “Eles estão violando nossos costumes romanos.” E então o poder da máfia toma conta, e você tem uma multidão de linchadores, e toda a multidão se levantou, e "os magistrados" - que são os praetors - "rasgando-lhes as roupas, mandaram açoitá-los com varas" – entregaram-nos aos lictors. “E, depois de lhes darem muitos açoites, os lançaram na prisão, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança.” É claro que ele pagaria com sua vida se os perdesse. “Este, recebendo tal ordem, levou-os para o cárcere interior e prendeu os pés deles no tronco.”
Agora você precisa entender o problema aqui. Eles tinham acabado de ser esfolados por um feixe de varas nas mãos de especialistas que lhe deixaram as costas dilaceradas, o que muitas vezes causava intensa hemorragia, lesões em órgãos, esmagavam vértebras, esmagavam costelas e podiam causar a morte. Assim, esses homens doloridos, sangrando e mancando são levados, jogados em uma cela escura e profunda no calabouço interno, e então são colocados em troncos. Não é o tipo de ação em que pensamos - pensamos no português, em que você pinga as mãos, meio que enfia os pés, enfia a cabeça e se senta assim. As ações que os romanos usavam tinham uma série de buracos que se estendiam ainda mais. Dependendo do tamanho do indivíduo, eles esticavam as pernas até a extremidade mais distante possível, e então as trancavam nesses buracos. E então eles esticavam os braços para a mesma extremidade e os trancavam lá. E nessa condição, eles foram colocados naquele calabouço interno, doloridos, sangrando, sentados em uma cela escura, sentindo câimbras inimagináveis, junto com a imundície da cela, os ratos, em seus próprios excrementos - o que quer que fosse, essa era a condição. E por quê? Porque aqueles homens perderam seu dinheiro quando perderam a garota endemoniada.
A propósito, algo em mim quer acreditar que aquela garota possuída por demônios não foi apenas meio liberta, mas que ela não apenas foi liberta de um demônio, mas ela foi apresentada a Cristo. Espero encontrá-la no céu. Lá estão eles na cadeia. E qual é a atitude deles na cadeia? Versículo 25: “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e” - o quê? - “cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam.” Então você acha que tem problemas? A igreja em Filipos nasceu da alegria - nasceu da alegria. E eu vou lhe dizer uma coisa, é uma alegria não relacionada às circunstâncias. Eles estavam sozinhos. Eles estavam com dor. Eles enfrentaram a perda de sua vida. E eles se alegraram. Isso é alegria, isso não é felicidade, é alegria - é alegria - tão profunda e tão profunda que nada a toca. Eles conheciam a alegria que é um dom de Deus para aqueles que creem, que é produzida neles pelo Espírito Santo, porque estavam dispostos a obedecer a Deus, misturada com provações, e eles colocaram sua esperança na glória futura. É por isso que eles conheciam essa alegria.
No meio da noite, enquanto cantavam louvores e todos os prisioneiros escutavam, o Senhor decidiu sacudir o lugar. Agitou o lugar todo, todas as portas se abriram, todas as cadeias se quebraram, todos os troncos se partiram; todo mundo estava solto. O carcereiro percebeu isso, versículo 27, e decidiu se matar em vez de ser humilhado publicamente por uma execução por ter perdido seus prisioneiros. Prestes a cometer suicídio, Paulo grita com voz alta, 28, diz: "Não faça mal a si mesmo, estamos todos aqui." Que líder - que líder – protegeu o lugar todo. “Ele pediu luzes, entrou correndo; tremendo de medo, caiu diante de Paulo e Silas. E depois que os tirou, o soldado disse: “Senhores, o que devo fazer para ser salvo?” Você diz: “Como ele sabia que pergunta fazer?” Bem, talvez ele tivesse ouvido Paulo pregar, e talvez ele tenha ouvido, certamente ele ouviu Paulo cantar e seguramente eles cantaram o evangelho. Você sabe o que aqueles primeiros hinos eram? Eles eram como cantar o Credo dos Apóstolos. Eles não eram aquelas músicas espirituais de arrepiar. Eles diziam: "Castelo forte é o nosso Deus,” que cantamos nesta manhã. Eles provavelmente estavam cantando o evangelho.
Ele ouviu isso. Ele sabia o suficiente. “Ele disse: Senhor, o que devo fazer para ser salvo? Eles disseram: Creia no Senhor Jesus e você será salvo, você e sua família.” E algumas pessoas dizem: “Veja, é tão simples, apenas creia.” Mas há muita coisa nessa crença. Que tipo de fé? E quem é o Senhor Jesus? E o versículo 32 diz: “E lhe pregaram a palavra de Deus e a todos os de sua casa.” Eles tiveram de explicar o que tudo isso significava. “E ele os levou na mesma hora da noite, lavou suas feridas,” e eles tiveram um batismo. Ele batizou o carcereiro e toda a sua casa. “Ele os levou para sua casa, preparou a comida diante deles, muito se alegrou, acreditando em Deus com toda a sua casa.” Esse é o nascimento da igreja de Filipos. Especial, não é mesmo? Tudo começou com uma senhora em sua casa, perto de um rio, e o carcereiro e sua família em uma cela, e eles se reuniram.
Versículo 40: “Eles os soltam.” Você sabe por que eles os deixam ir? Eles descobriram que Paulo era romano. Ele era romano. Eles poderiam realmente estar em apuros por fazer isso para um cidadão romano. Eles disseram: “Apenas saia da cidade - por favor, saia da cidade,” versículo 39, “Saia desta cidade, não queremos que isso volte a Roma.” “Eles saíram da prisão e entraram na casa de Lídia e, vendo os irmãos, animaram-nos e retiraram-se.” A igreja está agora se reunindo na casa de Lídia; esse é o nascimento da igreja. Eles tinham um vínculo com Paulo que era maravilhoso. Eles o viram em uma extremidade terrível. Eles amavam Paulo. Lídia e sua família o amavam, o carcereiro e sua família amavam Paulo. Havia um laço ali. Não havia muitos judeus ali, então eles não tinham de lidar com o elemento judaizante; provavelmente é por isso que não há grandes problemas na carta de Filipos para tratar, porque essa igreja não estava sob o ataque dos judaizantes. Eles eram apenas alguns crentes no meio do paganismo. As linhas foram desenhadas com muita clareza. E durante toda esta carta, há alguns avisos, algumas exortações e encorajamentos, mas nenhum problema na igreja é discutido. Isso deve ser em parte devido ao fato de que não havia lá sinagoga judaica para ameaçar a igreja.
Foi assim que a igreja nasceu. Nasceu em alegria. É de admirar que Paulo queira escrever de volta para eles e dizer: “Agora, olhemos, começamos com alegria, e eu só quero que você saiba que ainda temos de manter essa alegria, então eu quero os santos e” - por favor observe - “os superintendentes e diáconos” - os dois papéis que a igreja tem em sua liderança e serviço que são definidos no Novo Testamento, superintendentes, anciãos, pastores, mesma ideia, diáconos, aqueles que servem em qualquer capacidade. Eu não vou entrar nisso, nós cobrimos esse assunto em detalhes em nosso estudo de 1 e 2Timóteo - mas ele escreve para esses preciosos santos. A igreja já cresceu a ponto de ter presbíteros e diáconos. Vários anos se passaram, a igreja está florescendo. Tem sua estrutura; tem sua liderança. Existem aqueles na liderança, os superintendentes. Há aqueles em serviço, os diáconos. Então, ele está simplesmente dizendo: "Agradeço a Deus por vocês e estou lhes escrevendo porque quero que saibam sobre meu coração, minha alegria.”
Foi cerca de dois anos depois disso que Paulo escreveu 1 e 2Timóteo, e em 1 e 2Timóteo ele define detalhadamente os padrões para superintendentes e diáconos. Aqui ele apenas os cumprimenta - apenas os cumprimenta. Então esses são os santos em Filipos. Eles são pessoas amadas. Deixe-me apenas falar muito brevemente sobre o vínculo que eles tinham, e eu vou acabar por aqui. Você olharia para o capítulo 4 por um momento, e eu vou apenas mencionar isso? No versículo 10, ele diz: “Alegrei-me, sobremaneira, no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado.” Eles lhe enviaram um presente - eles lhe enviaram um presente. Mas eles estavam sempre fazendo isso; veja o versículo 16: “porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas necessidades. Não que eu procure o donativo, mas o que realmente me interessa é o fruto que aumente o vosso crédito.” Esta igreja estava sempre lhe enviando presentes. Foi só os filipenses que lhe enviaram um presente quando ele seguiu em frente e chegou a Corinto por Atenas, 2Coríntios 11.9. Foram os filipenses que lhe enviaram um presente em Tessalônica. Foram os filipenses que lhe enviaram um presente agora, junto com a provável chegada de Epafrodito. Eles o amavam e expressavam seu amor dando presentes a ele.
Anos se passaram desde o último presente - alguns estimam até seis anos - e ele recebe outro presente. E ele escreve esta carta para lhes agradecer pelo presente e lhes dizer: "Não se preocupem comigo, estou me regozijando - estou me regozijando.” Eles eram uma igreja generosa. Eles podem estar entre os pobres da Macedônia, que ofertaram em meio à sua profunda pobreza, mencionada em 2Coríntios 8.1 a 5; com certeza eles eram. E ele amava tanto essas pessoas. Capítulo 2, versículo 24, ele diz: “Quando eu sair da prisão, vou vê-los,” e acho que ele foi. Está claro que ele o fez. Quando ele deixou essa prisão, esse aprisionamento, ele foi para Éfeso, colocou Timóteo na igreja em Éfeso, partiu e foi para Filipos, e creio que foi em Filipos que ele escreveu 1Timóteo e Tito. E então ele escreveu 2Timóteo quando o capturaram, o levaram prisioneiro. Epafrodito veio com o presente. Infelizmente, Epafrodito foi enviado para encorajar Paulo, mas Paulo estava tão preocupado com Epafrodito e os filipenses que ele o envia de volta, provavelmente com esta carta. Ele só quer que eles saibam que ele está bem - ele está bem.
Isso nos leva à saudação e não precisamos falar muito sobre isso. Você vê? "Graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo,” isso é apenas uma saudação. Graça, charis, paz, eirēnē, o hebraico shalom - “Desejo-lhes graça, desejo-lhes paz.” A graça é o dom de Deus, a paz é o resultado. Por causa da graça, nós temos paz. Desejo-lhes graça, desejo-lhes paz. A fonte é Deus Pai, a fonte é o Senhor Jesus Cristo. Eu desejo o melhor para vocês. É uma saudação comum. Ele a deu em Romanos 1.7, ele a deu em 1Coríntios 1.3, 2Coríntios 1.2, Colossenses 1.3, Efésios 1.2, 2Tessalonicenses 1.1, Filemom 1.2 e 3. É uma saudação familiar. Mas diz, em resumo, quero o melhor para vocês - quero o melhor para vocês, o melhor de Deus. Você vê, aqui está um homem que está preocupado com os outros, que está perdido em sua preocupação pelos outros. E ele lhes escreve para dizer: “Obrigado pelo seu presente. Eu não preciso disso, mas estou tão feliz que vocês me amem tanto assim. Obrigado por Epafrodito, mas vou mandá-lo de volta, porque vocês precisam mais dele. Não se preocupem comigo, estou me regozijando.
Ouça isto. No capítulo 1, ele diz: “As pessoas me desapontaram, mas eu me regozijo.” No capítulo 2, ele diz: “Os planos me decepcionaram um pouco. Estou enviando Epafrodito, vou mandar Timóteo, vou ficar sozinho, ainda estou me regozijando.” Capítulo 3: “Perdi todos os meus pertences, ainda estou me regozijando.” Capítulo 4: “Estou em circunstâncias muito, muito difíceis, ainda estou me regozijando.” Essa é a sua mensagem. E nós vamos aprender nesses quatro capítulos que as pessoas vão falhar com você, os planos vão falhar com você, as posses vão falhar com você, e as circunstâncias vão falhar com você, mas isso nunca precisa tocar sua alegria. E antes de terminarmos, você entenderá o porquê. Vamos nos curvar juntos em oração.
Pai, acreditamos em nosso coração que esta é a mais terna de todas as epístolas. É uma carta para inspirar alegria. Eu oro, ó Deus, que isso ocorra em nossa igreja. Por favor, conceda-nos isso; para que possamos ter alegria indescritível, inexprimível e cheia de glória, em nome de Cristo. Amém.
FIM

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