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Que alegria é chegar agora neste momento ao estudo da Palavra de Deus. Abra a sua Bíblia comigo em Filipenses, capítulo 4. Chegamos ao último capítulo da carta de Paulo à igreja em Filipos para uma nova seção, na verdade a última grande parte do pensamento antes de algumas conclusões finais que ele traz no final. Chegamos ao que é uma seção muito importante nestes versículos, que nos ocupará neste dia do Senhor e no próximo. Agora, ao nos aproximarmos deste quarto capítulo, quero chamar sua atenção para os versículos 10 a 19. Quero tomar essa seção como uma unidade porque eu acredito que é uma unidade de pensamento. E enquanto explicamos o significado da Palavra de Deus, acredito que você achará isso extremamente prático em sua vida, como eu achei para minha própria vida.

Como introdução, deixe-me dizer que o contentamento é uma palavra muito, muito rica, e essa é a palavra que quero focar nesta seção. Na verdade, se eu fosse dar um título para a mensagem, eu chamaria de "O segredo do contentamento.” O contentamento não é apenas uma palavra rica, mas é também uma palavra bíblica. De fato, a Bíblia tem muito a dizer sobre essa questão de estar contente. Paulo disse, em 1Timóteo 6.6: “De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento,” e então, no versículo 8, ele disse: “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.” O escritor de Hebreus, no capítulo 13, versículo 5 diz: "Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei." A Bíblia, então, não apenas identifica o contentamento como uma virtude, mas fala do contentamento como uma ordem. Você deve se contentar com o que você tem. Você deve se contentar com comida e roupa. Você deve se contentar com seu salário. Você deve estar contente porque compreende que um Deus totalmente, completamente, infinitamente e sobrenaturalmente engenhoso, nunca o deixará ou o abandonará. O contentamento é uma virtude; o contentamento é uma ordem.

Francamente, a maioria das pessoas não sente isso. A maioria dos cristãos não o experimenta, obviamente, na medida em que Deus deseja que o façamos. Nós tendemos a ser um povo muito descontente. E eu tenho esse tipo de teoria pessoal que quanto mais você tem, mais descontente você se torna. Se isso for verdadeiro, então esta deve ser uma das sociedades das mais descontentes na história da raça humana. Somos chamados ao contentamento. Somos chamados a estar satisfeitos. Somos chamados a dizer que eu tenho o suficiente. A maioria de nós não experimenta isso.

Paulo experimentou. Paulo era um homem satisfeito. Ele era um homem contente. Vamos ler sobre seu contentamento, começando no versículo 10: “Alegrei-me, sobremaneira, no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado, o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade. Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome. Posso todas as coisas naquele que me fortalece. Todavia, fizestes bem, associando-vos na minha tribulação. E sabeis também vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros; porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas necessidades. Não que eu procure o donativo, mas o que realmente me interessa é o fruto que aumente o vosso crédito. Mas recebi tudo na totalidade e tenho abundância; Estou amplamente suprido, tendo recebido de Epafrodito o que você enviou, como um aroma perfumado, um sacrifício aceitável e agradável a Deus e meu Deus suprirá todas as suas necessidades de acordo com suas riquezas em glória em Cristo Jesus.”

Agora, quando você lê isso, fica imediatamente claro para você que este homem Paulo sabia o que era estar contente. Ele era um homem contente. E se olharmos muito de perto para esta parte específica da Escritura, e como ele compartilha seu próprio contentamento, podemos encontrar o segredo para o nosso próprio contentamento também.

Agora, deixe-me colocar isso num contexto. A maioria de nós, quando escreve uma carta para alguém que amamos profundamente, incluirá, em um ponto ou outro, alguma expressão de agradecimento por algo que eles fizeram por nós. Isso é bastante razoável, parte bastante comum da carta. Mas esse não é o caso aqui. O apóstolo Paulo, antes de concluir esta carta aos filipenses, a quem ele amava profundamente, quer expressar de certo modo sua gratidão pela bondade deles. Eles o amam desde o começo. Recentemente, haviam tido a oportunidade de compartilhar esse amor com ele, enviando Epafrodito, que é mencionado no versículo 18, e, junto com Epafrodito, enviaram alguns presentes para satisfazer suas necessidades: talvez algum dinheiro, talvez um pouco de comida, talvez algumas roupas. Eles enviaram para ele as coisas de que ele precisava. E toda esta seção, do versículo 10 ao 19, é realmente seu agradecimento pelo que eles enviaram. Todo o texto pretende ser uma declaração final de gratidão pelo dom generoso recebido pelas mãos de Epafrodito.

Agora, lembre-se, Paulo, ao escrever esta carta, é um prisioneiro. Ele está acorrentado a um soldado romano. Ele está encarcerado em algum apartamento provavelmente pequeno na cidade de Roma. Ele está em isolamento. Ele é incapaz de se movimentar. Ele perdeu a liberdade de trabalhar e ministrar com a capacidade que ele já teve. Ele está, portanto, muito necessitado, provavelmente existindo em nível de subsistência. Ele está aflito com a dificuldade de ser um cativo. E em meio a essa necessidade, os filipenses, que ouviram falar dela, enviaram sua oferta para satisfazer suas necessidades. Esta é, sem dúvida, a parte mais triste da vida de Paulo até este ponto, estando acorrentado a um soldado, capaz de tocar apenas alguns amigos que poderiam encontrá-lo, aguardando um julgamento diante de Nero, que poderia resultar em sua execução, tornando este um momento muito difícil. F.B. Meyer escreveu, alguns anos atrás: “Privado de todo conforto, e lançado como um homem solitário às margens da grande e estranha metrópole, com cada movimento de sua mão tocando um grilhão e nada diante dele, exceto a boca do leão ou a espada." Fechar aspas

Um momento muito difícil. O declínio, por assim dizer, quando ele tinha pouco ou nada do que esta vida considera benefícios. E estes queridos filipenses, tendo ouvido sobre sua necessidade, enviaram presentes, e ele expressa sua gratidão a eles. Assim, a intenção primordial desses versículos é uma expressão de ação de graças. Mas muito tipicamente paulina e certamente típica da inspiração do Espírito Santo, sob a superfície da expressão de agradecimento, está a visão de um homem contente enquanto o Espírito de Deus vai mais fundo do que o que lemos inicialmente para nos mostrar algo que é profundamente impactante em nossa própria vida. Aqui encontramos um homem contente; portanto, encontramos o exemplo de contentamento que tanto precisamos, se quisermos seguir.

Agora, lembre-se, nos primeiros nove versículos do capítulo 4, falamos sobre a estabilidade espiritual. E no versículo 9, Paulo se estabeleceu como o exemplo dessa estabilidade quando disse: “O que vocês aprenderam e receberam e ouviram e viram em mim, pratiquem estas coisas.” Deixem-me ser seu exemplo de estabilidade espiritual. Essa foi uma afirmação direta. Agora, de maneira indireta, quando o vemos expressando seu agradecimento, aprendemos que ele também é um exemplo não apenas de estabilidade espiritual, mas de contentamento. Observe o versículo 11, ele diz ali: “Eu aprendi a estar contente.” Através de experiências na vida, através da provisão de Deus, ele foi colocado em um processo que agora estava completo, e ele aprendeu a se contentar. Que coisa tremenda é aprender. Aqui está então o testemunho de um homem contente. E não há melhor maneira de ver esse contentamento do que ver como ele lida com sua própria angústia e os presentes que algumas pessoas dão a ele. Um ambiente perfeito para demonstrar o seu contentamento.

A propósito, deixe-me comentar pelo menos brevemente a palavra "contente.” É uma palavra maravilhosa. Isso remonta ao termo grego que significava ser autossuficiente, estar satisfeito, ter o suficiente. O termo realmente indica uma certa independência, uma certa falta de necessidade de auxílio ou ajuda. De fato, foi usado em alguns lugares fora das Escrituras para se referir a uma pessoa que se sustentava sem a ajuda de ninguém. Paulo está dizendo: “Aprendi a estar satisfeito, aprendi a ser suficiente em mim mesmo, e não em mim mesmo como a mim mesmo, mas em mim mesmo enquanto habitado por Cristo.” Ele alcançara o contentamento espiritual.

Essa autossuficiência particular foi tornada uma virtude na cultura grega pelos estoicos. Os estoicos acreditavam que esse conceito de contentamento era alcançado quando você tinha chegado ao ponto de total indiferença, quando você era indiferente a tudo, então e só então você seria contente. Em outras palavras, você meio que pensava em uma atitude do tipo “não me importo.” Um escritor antigo, Epicteto disse: "comece com uma xícara ou um utensílio doméstico, se quebrar diga: Não me importo. Passe para um cavalo ou um cão de estimação, se qualquer coisa acontecer a ele, diga: não me importo. Passe para você mesmo, e se você for ferido ou machucado de qualquer forma, diga: não me importo. E se você for ainda mais além o suficiente, e se você se esforçar bastante, chegará a um estado em poderá acompanhar as pessoas que mais ama no sofrimento e na morte, e dizer: não me importo.”

Agora, esse é o contentamento da indiferença. Esse é o contentamento estoico que acaba com o sentimento e anula a emoção. Como outro escritor disse: "Os estoicos fizeram do coração um deserto, e o chamaram de paz.” Não é disso que Paulo está falando. Quando ele fala sobre contentamento, ele pode usar a mesma palavra, autark, que os estoicos usaram, mas ele quer dizer algo muito diferente. Ele não quer dizer descuido sem paixão. Ele não quer dizer indiferença, pois ele era profundamente compassivo, ele se importava muito. Mas ele ainda estava contente. Assim, ele leva a ideia de contentamento muito mais longe do que foi levado até mesmo na cultura grega, onde a palavra encontrou seu significado. Paulo era contente.

Observe novamente no versículo 12, ele diz, no meio do versículo: "Eu aprendi o segredo.” Este é um verbo fascinante; é um verbo que é usado para falar de ser iniciado nas religiões de mistério, de ser iniciado nos cultos pagãos que guardavam certos segredos para apenas os iniciados saberem. Paulo pega essa palavra e diz: "Eu fui iniciado nos segredos do contentamento, eu aprendi o segredo de viver uma vida contente.” Verdadeiramente a paz de Deus, no versículo 7, era a sua porção. Verdadeiramente o Deus da paz, no versículo 9, era sua porção. Verdadeiramente ele estava experimentando, versículo 6, ele não estava ansioso por nada. Ele estava contente, estava satisfeito, ele tinha o suficiente, ele era suficiente.

Que declaração maravilhosa! "Eu estou contente!" Por que, Paulo? "Eu aprendi o segredo." Você diz: "Paulo, você nos faria um favor?" "Claro, qual?" "Compartilhe o segredo.” Qual é o segredo do contentamento? Isso é o que vamos aprender nesses versículos. Vamos aprender o segredo do contentamento, ele compartilha aqui. Isso vem direto do coração dele. E eu estou tão emocionado com o que Deus está me ensinando nesta passagem e eu sei que você também ficará quando começar a ver isso se desenrolar. Amado, nós vivemos em uma sociedade muito descontente. Esta sociedade está tão descontente que está doente de descontentamento. Somos mais descontentes do que sociedades desprivilegiadas. E existem boas razões para isso. E vamos discutir algumas delas nesta manhã. Precisamos aprender como estar contentes.

Pergunte a si mesmo: "Posso dizer em qualquer estado que estiver: estou contente?" Posso dizer que estou contente, independentemente das circunstâncias? Que estou perfeitamente em paz, satisfeito, tenho o suficiente? Se você não pode dizer isso, então você não obedeceu ao comando de Deus para se contentar. Você diz: "Mas, como?" Deixe-me dar-lhe os fios, se quiser, no tecido do contentamento.

Fio número um, confiança na providência de Deus, confiança na providência de Deus. Veja o versículo 10: “Alegrei-me, sobremaneira, no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado; o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade.” Deixe-me dar um pouco de fundo. Passaram-se dez anos desde que foi enviado a Paulo o último presente de Filipos, dez anos desde que chegou a Filipos, dez anos desde que pregou o evangelho ali, dez anos desde que foi preso, dez anos depois que o terremoto libertou todos os prisioneiros, dez anos desde que o carcereiro filipense foi convertido a Cristo com toda a sua família, dez anos desde que ele se mudou de lá para Tessalônica, e os filipenses lhe deram algum apoio, dez anos desde que ele deixou a Macedônia para a Acaia, as cidades de Atenas e Corinto, e os filipenses lhe enviaram outro presente depois que ele partiu. Dez anos desde a última expressão do amor deles. Ele era o fundador de sua igreja, eles tinham um laço de amor, mas por dez anos não houve nenhum apoio.‬‬

Tudo estava bem com Paulo. Ele compreendia isso. E ele diz: eu sei que não foi porque não estavam preocupados, mas foi porque vocês não tiveram o quê? Oportunidade, o fim do versículo. Vocês simplesmente não tiveram a oportunidade. A palavra é kairos, que significa a estação. Vocês nunca tiveram tempo, oportunidade, e não tempo cronológico. Vocês nunca tiveram aquele momento em que isso poderia acontecer. Nós não sabemos por que isso é verdade. Não sabemos por que eles não fizeram isso. Não sabemos se foi a pobreza deles, ou se foi o fato de que eles não sabiam quais eram as necessidades de Paulo, ou não conseguiam localizar Paulo. Mas, por alguma razão, eles não lhe enviaram nenhum apoio por quase dez anos, e ele simplesmente diz a eles: bem, vocês não tiveram a oportunidade de fazer isso. Eu não guardo isso contra vocês. Eu não repreendo vocês por isso. Eu compreendo. Vocês não tiveram oportunidade para isso até recentemente. E ele diz: "Mas eu me alegrei,” quando? Bem, quando Epafrodito veio depois de dez anos com um presente dos filipenses, esse foi um momento feliz. "Alegrei-me sobremaneira no Senhor,” diz ele. Sua alegria foi extensa quando esta expressão de amor veio, "que agora, finalmente, depois de toda esta longa espera,” está implícita no passado, "vocês renovaram sua preocupação por mim." Essa é uma palavra bonita, essa palavra "renovaram"; é um termo de horticultura, que significa florescer novamente. Seu amor floresceu novamente. Seu amor brotou novamente. Sempre esteve lá, mas não teve a oportunidade de florescer porque as flores são sazonais, e vocês não tiveram a estação. Ele diz, no versículo 10: "Vocês estavam preocupados,” e a implicação é o tempo todo, eu sei que vocês estavam preocupados comigo, eu não quero que vocês me entendam mal, eu sei que vocês estavam preocupados. Mas vocês nunca tiveram uma oportunidade.

Você diz: "Qual é a questão?" A questão é esta: o apóstolo Paulo tinha uma confiança paciente na providência soberana de Deus. Você vê que tudo é vida. Ele poderia seguir sem, e esperar no Senhor e ficar contente. Ele sabia que tudo estava nas mãos de Deus, e se Deus desse uma estação apropriada, e um tempo apropriado, e uma oportunidade apropriada, então as coisas que deveriam ser expressas seriam expressas. Não havia pânico no coração; não havia necessidade de manipular as pessoas. Não foi preciso mexer os pauzinhos, por assim dizer, para conseguir o que ele achava que queria ou precisava de alguém. Ele tinha certeza de que Deus, no devido tempo, ordenaria as circunstâncias para que sua necessidade fosse satisfeita. Ele sabia que não havia nada realmente entre ele e os filipenses que fosse negativo, e por isso ele não sentia qualquer responsabilidade em resolver o conflito. Ele apenas esperou pacientemente até que o Senhor fizesse acontecer.

Amado, eu apenas tomaria este pequeno versículo simples e meio que o catapultaria para o conceito da providência, e diria: olhe, a razão pela qual este homem estava contente era porque ele sabia que os tempos, as estações e as oportunidades da vida eram controladas por um Deus soberano. E até que você aprenda isso, você nunca ficará contente, até chegar ao lugar em sua vida onde entenderá que Deus é soberano e está ordenando tudo para seus santos propósitos, e está operando todas as coisas de acordo com o conselho de sua própria vontade, e fazendo todas as coisas cooperarem juntas para o bem. Até que você entenda isso, você sempre ficará descontente, porque assumirá a responsabilidade de organizar e ordenar sua própria vida, e frustrará a si mesmo se não puder controlar tudo.

Paulo tem um contentamento incrível. E baseou-se na ideia de que nunca houve uma oportunidade. Em outras palavras, Deus nunca providencialmente tornou isso possível. Há uma calma, uma tranquilidade, nesse tipo de fé. Se eu acredito que Deus é soberano, e ele é, se eu acredito que Deus ordena todas as circunstâncias para realizar o seu próprio santo propósito, então eu posso estar contente em qualquer situação porque tudo está sob controle. O descontentamento vem quando queremos controlar tudo. Isso geralmente é um resultado direto de uma falha em entender que tudo já está sob controle, e alguém melhor do que você está executando. Deus. Veja, Paulo estava totalmente confiante de que Deus estava no comando, e ordenaria que os eventos atendessem às suas necessidades.

Chamamos isso de providência. Deixe-me explicar o que é. Providência é um termo para indicar que Deus fornece, está ligado ao termo prover. Que Deus provê, mas na verdade significa mais do que isso. Significa que ele orquestra tudo para realizar o seu propósito. Agora, deixe-me mostrar o que isso significa por contraste. Existem duas maneiras pelas quais Deus pode agir no mundo. Uma é por milagre, e dois é pela providência. Muito bem. Se Deus quer fazer algo, digamos, na sociedade humana que, é claro, ele está fazendo em todos os momentos, ele tem duas oportunidades para fazê-lo. Uma é milagre. O que é um milagre? Aqui você tem o fluxo da vida natural, o curso natural das coisas. Deus apenas ergue um muro dos dois lados, interrompe o fluxo e injeta um milagre. Não tem explicação natural. Não tem nada a ver com o que é normal. Ele levanta alguém dos mortos. Ele cura alguém. Deus pode intervir na história, parar o fluxo da história normal e fazer um milagre. E então, coloque o fluxo de volta em movimento, assim como parar o Mar Vermelho até que seu povo pudesse atravessar. Ele interrompe o curso natural das coisas, injeta o que é sobrenatural e, em seguida, deixa a coisa fluir de novo. Isso é um milagre, uma invasão do natural que faz com que o natural cesse e seja invadido pelo sobrenatural.

A Providência, em segundo lugar, o modo como Deus age é tomar todos os diversos elementos do normal e orquestrá-los para realizar seu próprio propósito. Agora, qual lhe parece ser o mais difícil? Pessoalmente, acredito que a providência é um milagre maior do que um milagre. Deve ser fácil para Deus apenas dizer: “Aguente aí, eu quero fazer isso,” e faz. Muito mais fácil do que dizer: "Vamos ver, eu tenho 50 bilhões de circunstâncias que eu tenho de orquestrar para conseguir isso.” Isso é providência. Mas quando você começa a entender que o Deus soberano não é apenas soberano pela intervenção sobrenatural, mas é soberano pela orquestração natural, você tem confiança e tem contentamento. A pessoa satisfeita é a pessoa que sabe que Deus está ordenando tudo para o seu próprio propósito sagrado. Você está contente.

Paulo não está frustrado. Ele diz que vocês simplesmente não tiveram uma oportunidade, o que significa que Deus nunca fez acontecer. E se Deus não fez acontecer, isso não aconteceu. Se Deus quisesse que isso acontecesse, aconteceria. Não é fatalismo. É uma confiança na providência. Leia a história de José. Uma das grandes histórias da orquestração providencial de Deus das circunstâncias para efetuar seu próprio propósito. Leia a história de Ester, outra evidência da providência de Deus. Leia a história de Rute, outra evidência da providência de Deus. E as Escrituras estão repletas de tais ilustrações.

Paulo estava totalmente confiante de que Deus estava no comando. E enquanto Deus estivesse no comando, e Deus estivesse ordenando tudo para seus próprios propósitos, tudo ficaria bem. Então, ele estava contente. Amado, deixe-me dizer-lhe: é aqui que começa o contentamento. Você nunca conhecerá um coração contente até acreditar que um Deus soberano está ordenando tudo para o seu bem e para a sua glória. E uma vez que você chegue a essa conclusão, e encontre seu caminho para o modo como você vive, você experimentará o contentamento, mas não até que isso aconteça. Enquanto você sentir que as coisas estão fora de controle e que você tem de pegá-las, e fazê-las acontecer, você tem um problema, porque vai se frustrar no processo.

Você trabalha tão duro quanto pode e está contente que Deus está no controle dos resultados. Isso é contentamento. Paulo o tinha. Ele aparece de tempos em tempos. Ele sabia que o Deus a quem ele amava estava ordenando todos os eventos da vida. E essa verdade chega meio sorrateiramente no versículo 10. Mas ela é fundamental para o contentamento. Toda vez que vejo uma pessoa descontente, minha primeira reação é dar-lhe uma lição sobre a soberania de Deus. Não tentar consertar seu descontentamento com algum tipo de conselho, mas falar sobre o Deus em quem eles evidentemente não confiam, ou não conhecem, que está ordenando tudo de acordo com o seu próprio plano. E é por isso que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados de acordo com o seu propósito, porque ele está no comando.

Deixe-me dar-lhe um segundo princípio, um segundo fio no tecido do contentamento. Paulo estava contente, número um, por causa da confiança na providência de Deus; número dois, por causa da satisfação com o pouco, da satisfação com o pouco. Veja o versículo 11. Este é um tipo rápido de aviso após o versículo 10. Ele diz: "Não por causa da pobreza,” em outras palavras: "Oh, eu me alegrei quando o presente de vocês chegou, eu me alegrei tanto quando chegou,” não que eu precisasse disso, "não por causa da minha pobreza. Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.”

Bem, o que isso está nos dizendo? Isso está nos dizendo que ele estava satisfeito com o pouco. Ele mal tinha para sua subsistência. Sua necessidade era profunda e grande, mas ele não reconhecia nenhum descontentamento. Ele estava tão em paz com a providência de um Deus soberano, que estava contente. Ele estava tão satisfeito com tão pouco que não importava que ele fosse um prisioneiro, no sentido de que isso tirasse o seu contentamento, isso não aconteceu. Não importava que ele estivesse acorrentado a um soldado romano, que ele comesse mal, que ele ficasse em um lugar totalmente desprovido de conforto. Isso realmente não tocava seu contentamento; ele estava satisfeito com o pouco.

Agora, amado, quero que você saiba que isso realmente atinge esta cultura em que vivemos. Vivemos em uma cultura que não é contente e ponto final, com pouco ou muito. E minha teoria é que quanto mais as pessoas têm, mais descontentes elas são. Quer dizer, se você quiser, normalmente, encontrar uma pessoa miserável, infeliz e miserável, encontre um homem rico em algum lugar. A atitude das pessoas hoje é que suas necessidades nunca podem ser atendidas. As pessoas são compelidas a buscar satisfação para as necessidades, e isso é uma paixão que as consome, e elas nunca têm suas necessidades satisfeitas. A atitude das pessoas hoje é qualquer coisa, menos satisfação com o pouco.

Nós desenvolvemos a necessidade, penso eu, talvez como valor número um no sistema americano. Agora, eu poderia falar muito sobre isso, mas falarei um pouco, só para dar lhe dar uma base. Estamos desenvolvendo um conceito de vida que diz que "o todo da vida consiste em um processo para o homem satisfazer suas necessidades.” De onde veio isso? Freud, Maslow, outros psiquiatras. Isso vem do humanismo. Como não há Deus e o homem é supremo, o todo da existência simplesmente não é satisfazer a Deus, mas satisfazer a quem? Ao homem. E assim, quando você começa com uma premissa humanista de que o homem é supremo, e que deve estar realizado, que toda a vida é para satisfazer as necessidades do homem, acaba colocando o homem em um curso impossível. Agora ele vai passar a vida toda tentando satisfazer suas necessidades. Isso seria ótimo com a exceção de um fato, onde ele descobre quais são suas necessidades? Porque é óbvio que ele não ficou só com alimentação e roupas. Quem está definindo suas necessidades agora? A cultura. A cultura está definindo suas necessidades. Isso é muito diferente de Paulo. Paulo estava satisfeito com tão pouco alimento, roupas, e um lugar para dormir. E é exatamente isso que a Bíblia diz, eu leio estas passagens para você: “Fique contente com seu salário, fique contente com a comida e roupas, piedade com contentamento é um grande lucro, e perceba que aquele que tem todos os recursos nunca os deixará ou os abandonará,” por isso esteja contente com as necessidades básicas da vida.

Paulo estava lá, e estava contente, porque se satisfazia com muito pouco. Quando ele diz: "Não por causa da pobreza,” o que ele quer dizer é: "Eu realmente não tenho necessidades que não sejam atendidas.” Talvez elas não sejam atendidas tão plenamente quanto eu gostaria que fossem, mas elas foram atendidas. Ele é muito sensível a isso que fico maravilhado. Quando ele escreveu 1Coríntios, disse no capítulo 9 aos Coríntios: “Veja,” ele diz: “Eu tenho o direito de viver do evangelho porque eu prego o evangelho,” o que significa que por viver pregando, eu deveria ser sustentado pelas igrejas. Ele fala sobre soldados sendo sustentados quando lutam em guerras, e por que os pregadores não deveriam ser sustentados quando pregam mensagens? Então ele diz, eu tenho direito a isso. Mas ele diz: "Olha, eu não vou tirar nada de vocês porque eu não quero cobrá-los pelo que faço.” Por isso, ele diz, eu trabalho com minhas próprias mãos, não quero fazer o evangelho cobrável de vocês; eu não quero confundir o pensamento de vocês sobre meus motivos, por isso eu trabalho.

Aos tessalonicenses ele diz, capítulo 2 versículo 9: “Porque, vos recordais, irmãos, do nosso labor e fadiga; e de como, noite e dia labutando para não vivermos à custa de nenhum de vós, vos proclamamos o evangelho de Deus.” Aqui vem o pregador pregando aos tessalonicenses e, para não tê-los sustentando-o, ele trabalha dia e noite. E quando recebeu uma oferta, para mostrar a mentalidade deles, quando recebeu uma oferta, no capítulo 11, de 2Coríntios, ele se refere a ela, versículos 8 e 9, ele diz: “Despojei outras igrejas, recebendo salário, para vos poder servir.” Quando outras igrejas o sustentara, ele viu isso como um roubo. Isso não é estranho? Ele realmente não gostava de fazer isso. Ele diz: "e, estando entre vós, ao passar privações, não me fiz pesado a ninguém; pois os irmãos, quando vieram da Macedônia, supriram o que me faltava; e, em tudo, me guardei e me guardarei de vos ser pesado." Ele diz aos coríntios: não quero nunca ser um fardo, estou contente com muito pouco. Alguns outros queridos amigos vieram e atenderam minhas necessidades para que vocês não precisassem fazê-lo, e eu sinto como se os tivesse roubado. Rapaz, ele seria um péssimo televangelista. Quer dizer, esse cara está realmente hesitante em pedir dinheiro, sustento. Por quê? Porque ele estava muito confiante no cuidado providencial de Deus. Ele estava muito confiante de que Deus satisfaria suas necessidades, e porque não queria que as pessoas interpretassem mal seus motivos, e porque ele estava muito satisfeito com o pouco. Ele estava contente.

"Aprendi,” - aponta para o fato de que esta lição está na bagagem, pessoal, eu tenho isto aqui - "a estar contente, estar satisfeito, ser autossuficiente, suficiente em Cristo, em qualquer circunstância que eu esteja.” A palavra "contente,” a propósito, é a mesma palavra em 2Coríntios 9.8, traduzida por suficiência. Sou suficiente, sou independente, não tenho necessidades que não sejam atendidas. Ele não está negando as dificuldades. Ele não está negando as circunstâncias difíceis. Ele está simplesmente contente no cuidado providencial de Deus, e está satisfeito com muito, muito pouco.

Quão diferente isso é hoje. Quão diferente é. As pessoas que pregam o evangelho hoje acham que, de alguma forma, elas têm o direito de viver um estilo de vida muito acima da vida dos outros. Quão diferente dos que hoje se concentram incessantemente em suas necessidades. Paulo diz: “Necessidades? Não tenho necessidades, não tenho quaisquer desejos.” Alguém pode dizer: “Paulo, você precisa entrar em contato com as suas necessidades, rapaz. Você nem sabe quais são suas necessidades. Oh, você está em má forma, você não sabe disso?” “Não, eu pensei que estava em boa forma, na verdade. Eu tenho um pouco de comida, um pouco de bebida, um lugar para me deitar e um cobertor quente.” Percebe, a cultura em que vivemos é simplesmente impulsionada pela necessidade, porque a definição do homem é, o homem é o fim, portanto, a satisfação do homem é o objetivo final da vida, portanto, o homem deve satisfazer todas as suas necessidades. Agora, o que é realmente estranho nisso é como o homem define suas necessidades. Há um livro chamado "A necessidade, a nova religião.” Eu o li na noite passada, escrita por Tony Walter. Ele traz um ponto importante de que a principal diferença entre o cristianismo e o humanismo surge com a questão de saber se os seres humanos estão sozinhos no universo. “No cristianismo não estamos. Nós olhamos além de nós mesmos para o criador. O humanismo afirma que estamos sozinhos no universo e restringe nossos horizontes e nossa experiência, concentrando-nos nos seres humanos e em suas necessidades.” Fechar aspas. Essa é a nova religião, atender às necessidades.

Na verdade, você vê isso na televisão. Toda a ideia de televisão de uma só vez é produzir em você o descontentamento. Certo? Esta é a ideia. Eu não sei se você percebe isso, você entende o que é a televisão? Você entende que o objetivo da televisão é fazer com que você fique descontente para pensar que precisa de algo que não tem? Você entende isso? Você sabe que o objetivo da televisão não é colocar programas no ar? O objetivo da televisão é fazer com que você compre coisas de modo que a principal questão na televisão sejam os comerciais, e os programas estão ali simplesmente para levar você até lá para ver os comerciais. E se o programa não o leva até lá para ver o comercial, o programa está fora do ar, porque a ideia é apelar para o seu descontentamento, criar uma necessidade que você não sabia que você tinha e orientá-lo por essa necessidade de comprar alguma coisa. O programa é incidental. O comercial é o ponto alto.

Agora, o que torna isso tão insidioso é o seguinte: você nunca verá um comercial na televisão que lhe diga para ir à loja e comprar comida porque você precisa dela. Você sabe disso. Você nunca verá um comercial na televisão que implore a você para beber água, para dormir, para conseguir algo quente quando está frio. Você sabe disso. E os homens sempre encontrarão suas necessidades básicas. Eles o fizeram em todas as gerações anteriores a esta. Agora, temos toda uma nova abordagem.

Eu me lembro que cresci, ainda muito criança, ouvindo meu pai pregar muito sobre o fato de que o problema com muitos cristãos é que eles não estão contentes tendo suas necessidades satisfeitas. Eles estão tentando conseguir que suas necessidades sejam atendidas. Você já ouviu esse tipo de coisa? Claro. Você deve se contentar em ter suas necessidades satisfeitas e não em seus desejos, porque eu me lembro dele dizendo: "Nossos desejos sempre excedem nossas necessidades.” Você sabe que isso foi revertido? Você sabe que agora vivemos em uma sociedade em que nossas necessidades excedem nossos desejos? Você diz: "O que você quer dizer com isso?" Siga este pensamento: A televisão não nos atrai na base do "você não gostaria de ter isso?" Apela para nós na base do "você precisa disso.” Então, descubro agora que preciso de coisas que eu nem quero. Você já reparou nisso? Eu não os queria no passado, não os quero agora, mas preciso deles. Esse é um novo jogo de bola. Eu não posso dizer em um sermão: "Você não pode permitir que seus desejos excedam suas necessidades.” Isso não é mais verdade.

Tudo é uma necessidade. Você sabe que havia milhões de mulheres que não queriam ser liberadas, e que agora se veem com necessidade de serem liberadas? Você sabia disso? Você sabia que havia milhões de jovens que não queriam viver em liberação sexual até descobrirem que precisavam viver em liberação sexual, ou feririam seus egos reprimidos? Percebe, a coisa toda está pervertida. Uma vez que você tenha uma base humanista e diga que o objetivo da vida do homem é atender às suas necessidades, você dá ao demônio tudo o que ele precisa para sair, e então ele apenas redefine todas as suas necessidades. Os homossexuais precisam ser livres para viver como homossexuais. Os jovens precisam ter encontros sexuais intermináveis para liberar seus egos reprimidos. As mulheres precisam se revoltar contra a repressão de seus maridos e precisam de suas próprias carreiras. As mulheres não querem filhos, elas precisam de filhos. E seus filhos não querem certas coisas, eles precisam se expressar. Eles precisam ser libertados da escravidão da repressão dos pais.

Veja, a sociedade então começa a definir tudo como uma necessidade. Então, onde isso para? Porque a premissa é que vamos atender às necessidades porque é por isso que estamos aqui, para satisfazer a todas as nossas necessidades. E o que o cristianismo faz? Estupidamente, cegamente, ignorantemente acerta na mesma coisa e diz: "Ah, então essa é a teologia." E surge com saúde, riqueza e prosperidade e diz: “Bom, uma vez que todos nós precisamos ser ricos, e todos nós precisamos ser bem-sucedidos, e todos precisamos ser liberados, e todos nós, que devemos ser o que o evangelho é, então nós vamos buscar isso. Então, o que você tira disso? Uma cultura completamente descontente, e uma igreja completamente descontente. A ideia disso tudo é produzir descontentamento. É realmente trágico.

Mas, você vê, Paulo sabia disso. Paulo sabia que o principal objetivo do homem não era satisfazer suas necessidades, mas o principal objetivo do homem era adorar e desfrutar de Deus. Paulo sabia que a questão não era a satisfação da necessidade humana, mas que era viver para a glória do Deus que o criou. E assim, ele estava contente com muito pouco deste material terrestre, apenas com o que ele realmente precisava. E isso era o suficiente para satisfazê-lo.

Pessoal, não é fácil sairmos disso, não é nada fácil. Mas o pior é quando você começa a redefinir o evangelho, e faz de Deus esse grande gênio da satisfação das necessidades. Sabe, você vai esfregar sua lâmpada, ele vai pular e dar tudo o que você precisa, confissão positiva, o que for. Você vê isso na psicologia de hoje; todo mundo está correndo para conversar com o conselheiro, porque: "Eu tenho essas necessidades que não estão sendo atendidas no meu casamento." O quê? Seu marido não está alimentando você? Sua casa não está aquecida? "Ah, não, eu tenho necessidade de expressão e todas essas necessidades." Eu nem sabia que precisava de corujas com chifres até o Sierra Club aparecer, agora preciso de corujas com chifres. Eu também preciso de espaço verde; eu não sabia que precisava de espaço verde. Muitas pessoas em Nova York não sabem como é o espaço verde, mas precisam dele. Você tem de preservar o espaço verde, eu preciso dele. Eu não sei, quem está me dizendo o que eu preciso? De repente, essa cultura está traduzindo tudo o que ela quer de necessidade por definição, e depois diz ao homem: você precisa atender a essa necessidade ou você não terá plenitude em sua vida. Saia da minha frente! Eu estou indo atrás das minhas necessidades.

Como você vai levar os cristãos no meio disto a dizer: “Eu realmente não me importo se eu tenho pouco, eu não me importo se eu tenho muito, eu estou perfeitamente feliz, tudo que eu preciso é Deus?" Agora, perdemos isso. Perdemos essa satisfação com o pouco que Paulo conhecia. Eu vou lhe dizer, você nunca conhecerá o verdadeiro contentamento em seu coração até que você tenha uma total confiança, uma total confiança na providência de Deus que está ordenando todas as circunstâncias da vida para sua glória, e você não precisa manipular, e você não precisa perder a cabeça tentando controlar tudo. E, em segundo lugar, você nunca conhecerá o contentamento até que esteja satisfeito com o pouco, porque sua satisfação não depende do que o mundo define como o que você precisa.

Deixe-me dar-lhe um terceiro fio, apenas para concluir. Um terceiro fio no tecido do contentamento, que chamaremos de independência das circunstâncias, independência das circunstâncias. Agora, ele já fez alusão a isso no versículo 11, quando ele disse: “Em qualquer circunstância em que eu estiver, eu aprendi a estar contente.” Agora, ele quer expandir isso no versículo 12, então ele diz: “Eu sei como me dar bem com os meios humildes. Também sei viver em prosperidade, em qualquer circunstância.” E essa é a ideia principal. “Eu aprendi o segredo de estar satisfeito e passar fome, de tanto ter abundância como sofrer necessidade.”

O que ele está dizendo aqui? Ele está dizendo, veja, o terceiro elemento que você vê saindo de seu coração aqui, neste contentamento, é que ele não dependia das circunstâncias. Ele diz “em qualquer situação,” no versículo 11, e depois, no versículo 12, “em toda e qualquer circunstância, sou o mesmo. Eu sou o mesmo." É a parte do contentamento que é totalmente indiferente e independente de todas as circunstâncias. Amado, deixe-me dizer-lhe, a única coisa que rouba nosso contentamento com mais frequência são as más circunstâncias. Certo? E nós desmoronamos e perdemos nosso contentamento no sentido de suficiência, satisfação e paz porque somos vitimados pelas circunstâncias.

O que Paulo diz? "Eu sei como." Ele diz isso duas vezes neste versículo: “Eu sei como” e um pouco mais tarde: “Eu também sei como. Eu sei como, eu aprendi isso.” Ele diz: "Eu tenho o segredo, pessoal, estou vivendo isso aqui, sei como.” O que você sabe fazer, Paulo? "Eu sei como, primeiro, lidar bem com os recursos escassos." O que você quer dizer com isso? “Quero dizer, estou falando de coisas físicas.” Ele está falando aqui sobre comida, roupas, necessidades diárias. Eu sei como lidar bem com recursos escassos, a pobreza é o que ele tem em mente. Eu sei ser pobre. Eu sei como ter pouquíssimo sustento diário. E isso é muito, muito básico, apenas as necessidades básicas da vida. Então, ele diz: “Também sei viver em prosperidade,” ou em fartura, perisseuō, em abundância, estar satisfeito. E ele está falando novamente sobre bens terrenos e suprimentos terrestres.

“Ei, eu posso me dar bem com a pobreza; eu posso me dar bem com a prosperidade. Em toda e qualquer circunstância aprendi o segredo.” E então, ele continua. Qual segredo? "O segredo de estar satisfeito." Bem, essa é uma palavra interessante, chortazō, era usada para forragem de animais. É usada para alimentar e engordar animais. Ei, eu sei o que é ter uma grande refeição. Eu sei o que é comer bem. Eu sei o que é comer suntuosamente. Eu sei comer bem. E eu também sei o que é o quê? Estar com fome. Ele teve tempos de grande privação. Teve momentos em que não tinha comida suficiente para comer. Ele sabia disso. Ele experimentou isso. E então, fecha o versículo 12, dizendo: “já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez, mas a questão é: em tudo estou contente porque vivo independente das circunstâncias.”

Uau. Ele nunca foi uma vítima das circunstâncias. Ele tinha essa fé nas promessas de Deus. Ele sabia o que Jesus disse. “Você pode ter de chorar agora,” lembra disso em Lucas 6.21, “mas você vai rir mais tarde. Você pode ter fome agora, mas estará satisfeito mais tarde.” Seus olhos estavam na direção certa, ele estava procurando a glória futura. Ele nunca deixou as circunstâncias desta vida devastá-lo. Ele sofreu grandemente em seu físico. E, a propósito, ele é a pior ilustração imaginável do evangelho da prosperidade. Ele é o pior. Eu nunca ouvi ninguém que defenda esse ponto de vista que alguma vez pregasse sobre Paulo. Você não poderia fazer isso. Quer dizer, ele teve uma vida miserável. Ou seja, se você estivesse tentando vender o cristianismo pela experiência de Paulo, não conseguiria muitos compradores. Quero dizer, é mais ou menos assim, Atos 14.19, os judeus vieram de Antioquia e Icônio e, tendo instigado as multidões, apedrejaram Paulo e o arrastaram para fora da cidade, supondo que ele estivesse morto. Agora, alguém hoje diria: “Bem, ele não conseguiu agradá-los,” você sabe. Capítulo 16, em Atos, o capítulo 16 fala sobre Paulo e Silas, eles os prenderam, no versículo 19, arrastaram-nos para o mercado, os levaram perante magistrados, versículo 22, a multidão se levantou junto com eles, os magistrados principais tiraram as vestes deles, mandaram espancá-los com varas. Quando eles infligiram muitos golpes, eles os jogaram na prisão, ordenando ao carcereiro que os guardasse em segurança. E tendo recebido tal ordem, lançou-os na prisão interior e prendeu os pés no tronco. Capítulo 17, versículo 13: “Quando os judeus de Tessalônica descobriram que a palavra de Deus também fora anunciada por Paulo em Bereia, eles também chegaram ali agitando e tumultuando as multidões.” Capítulo 18, versículo 12: “Enquanto Gálio era procônsul da Acaia, os judeus de comum acordo se levantaram contra Paulo e o levaram perante o tribunal.” Capítulo 20, versículo 3, é assim que a história toda diz: “E lá ele passou três meses na Grécia, quando uma conspiração foi formada contra ele pelos judeus.” Isto é, um plano para matá-lo. "Ele estava prestes a zarpar para a Síria, ele resolveu voltar pela Macedônia."

É uma coisa após a outra. Ele finalmente vai para Jerusalém, na sequência do livro de Atos. Eles o colocam no templo. Eles o pegam e o jogam na cadeia. E ele acaba na prisão em Cesareia por um período prolongado de tempo. Eles o mandam até Roma. Ele acaba na prisão em Roma. O homem teve uma vida muito, muito difícil. Ele foi privado muitas e muitas vezes. Ele passou necessidade muitas e muitas vezes. Em 2Coríntios, capítulo 4, no versículo 11, ele diz: “Nós, que vivemos, somos constantemente entregues à morte por amor de Jesus.” Ele vivia à beira da morte o tempo todo. E então, no capítulo 6, ele diz, meio que narrando sua vida, capítulo 6, de 2Coríntios, diz no versículo 4: “na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns,” essa era a sua vida. E então, no capítulo 11, de 2Coríntios, você conhece aquele registro, ele diz: “Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes. Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos. em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez. Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas.”

Este cara não vivia de nenhuma fantasia. Este cara vivia um pesadelo. Este homem sabia o que era estar em circunstâncias difíceis, mas ele vivia acima delas. E isso é essencial para o contentamento. Como você pode viver acima delas? Você vive porque está olhando e colocando suas afeições nas coisas do alto e não nas coisas da terra, porque você tem por motivo de toda alegria o privilégio de sofrer por causa de Cristo. Em outras palavras, você tem uma visão celestial, você tem uma perspectiva eterna. Você está olhando para sua recompensa eterna. Ele resumiu quando disse: “Esta leve aflição não é digna de ser,” o quê? "Comparada com a glória que está por vir." Eu vivo na luz da glória por vir, não à luz da dor aqui. Ele era um homem contente. Por quê? Porque ele estava confiante na providência soberana de Deus, ele estava satisfeito com o muito pouco, e não aceitava os valores de necessidade de sua cultura, e ele era independente das circunstâncias porque suas afeições estavam em outro reino. Bem, vamos orar.

Pai, muito obrigado pela lembrança desta manhã da necessidade de estar contente em quaisquer condições em que nos encontrarmos. Ajuda-nos a confiar em tua providência soberana. Ajuda-nos a estar satisfeitos com o pouco. Ajuda-nos a elevar-nos acima das circunstâncias, a viver, por assim dizer, nos lugares celestiais. Senhor, torna-nos contentes, ministra-nos com o teu Espírito para nos conceder contentamento, em nome do Salvador. Amém.

FIM

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