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No nosso estudo da Bíblia hoje à noite, vamos examinar o capítulo 3 de Tiago e novamente o assunto será “Domando a língua”. Eu posso ver pela presença hoje à noite que na semana passada o estudo foi um pouco severo demais. Não, são dias de muitos afazeres, e eu sei como são as férias, a família e todos os tipos de ocupações acontecendo. Eu gostaria que não fosse assim, mas às vezes o ensino da Palavra de Deus ocupa um segundo lugar; certamente nesta época do ano, deveria ser a primeira coisa em nosso coração. Mas, ao voltarmos a Tiago, capítulo 3, enquanto estudava, fiquei pensando sobre toda essa idéia da língua. E olhei para a minha própria infância.

Uma das coisas de que me lembro muito bem e que ecoam pelos corredores da minha memória é algo que minha mãe costumava dizer frequentemente para mim. Era mais ou menos assim: "Johnny, se eu ouvir você dizer algo assim de novo, vou lavar sua boca com sabão." Já ouviu isso? Muito bom! Eu não sei o que se diz hoje em dia. Não tenho certeza se alguém anda definindo limites do que seria um linguajar aceitável ou não da maneira como faziam comigo quando eu era criança. Mas em nossa família, quaisquer palavrões ou palavras infames ou grosseiras eram bastante raras, mas se acontecessem, quando eram impróprias, minha mãe provavelmente lavaria minha boca com sabão.

Quero que saibam que ainda posso sentir o gosto daquilo. Foi o sabão Fels Naptha o tipo que ela escolheu. Sabão muito amargo e com soda cáustica, e isso realmente me afetou. De fato, até hoje não tenho absolutamente nenhuma tolerância com o ato de falar mal, falar ofensivamente ou falar palavrões, e acho que isso pode estar relacionado não apenas à minha teologia, mas ao fato de minha boca ter sido lavada com sabão em várias ocasiões. Sabe, posso afirmar que minha mãe uma longa linhagem de pessoas que defendiam uma fala pura. Do ponto de vista humano, Tiago certamente está no topo dessa fila, porque a passagem dele aqui é a mais definitiva na Bíblia em relação ao linguajar puro.

Se Tiago estivesse vivo e talvez pudesse falar conosco hoje, ele enfatizaria, talvez como sempre na história do mundo, a necessidade de as pessoas lavarem a boca espiritualmente, se não literalmente. E tenho certeza de que Tiago se exercitou muito nessa questão do linguajar puro porque entendeu que seu Senhor também era exímio nesse quesito. Ele entendeu o que vimos na semana passada, em Mateus 12, onde Jesus disse que seríamos responsáveis perante Deus por cada palavra ociosa. Não apenas palavras ruins, mas palavras ociosas, descuidadas, palavras que não servem a nenhum propósito bom e positivo. E conhecer a maneira como o Senhor tratou o discurso do mal deu-lhe grande ímpeto para tratá-lo da mesma maneira.

Assim, tal como Jesus ensinou que o linguajar precisa ser puro, Tiago também ensinou que o linguajar tem de ser puro. E assim como Jesus ensinou que o coração se revela pela boca, Tiago também ensina a mesma coisa, e quero que você entenda isso. Como vimos da última vez, Jesus diz em Mateus 12.34 a 37 que vocêserá justificado pelo seu modo de falar, ou será condenado pelo seu modo de falar. Em outras palavras, seu linguajar revela tanto do seu coração que, seu destino eterno pode ser determinado com base na maneira como fala. A língua fornece a evidência do que seu coração realmente é – o que é muito, muito importante. O novo nascimento, a regeneração, a salvação com a consequente transformação e santificação fazem de você uma nova criação; e um novo modo de falar faz parte de ser uma nova criação.

Os cristãos falam de maneira diferente do que as outras pessoas - não são perfeitos, mas certamente diferentes. Ouça o que o apóstolo Paulo disse em Colossenses 3, um texto muito importante. “Se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele em glória.” Note que Paulo diz que você morreu e que agora tem uma nova vida escondida com Cristo em Deus. Portanto, com sua nova vida você deve concentrar-se nas coisas de cima, não nas que estão na terra.

“Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria. Por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência].” A implicação é que, sendo você uma nova criação, precisa de uma abordagem de vida totalmente nova, natureza transformada e comportamento transformado. Então ele diz no versículo 8: “Agora, porém, despojai-vos igualmente de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem obscena do vosso falar”. Descarte tudo isso; aquilo não têm lugar na vida de um crente. “Não mintais uns aos outros” - esse é outro tipo de discurso ilícito - “uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou".

Então agora que você é um crente, você tem um novo coração. Agora que você tem um novo coração, deve ter um novo comportamento. Esse novo comportamento também envolve um novo linguajar – [um novo linguajar]. De fato, a melhor descrição desse seu linguajar está no versículo 16: “Habite ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. Portanto, seu linguajar é radicalmente afetado por sua nova natureza, por sua transformação. O novo homem em Cristo tem uma nova boca, uma nova língua, um novo modo de falar.

Portanto, a língua torna-se um tipo genuíno de teste do coração. Voltando ao capítulo 1 de Tiago, lembra-se do versículo 26? "Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes enganando o próprio coração, a sua religião é vã." A menos que sua suposta salvação se manifeste na maneira como você fala, sua salvação não passa de autoengano. Assim, diríamos, como Tiago disse no capítulo 2, que a fé produz obras. Uma das obras que a fé produz é o modo de falar para a honra de Deus. Vamos então falar brevemente sobre isso para que você entenda claramente algumas distinções teológicas.

Verdadeiros crentes - marque isto, palavra é disso que se trata - verdadeiros crentes terão uma linguagem santificada. Entendeu isso? Verdadeiros crentes, verdadeiros cristãos, pessoas totalmente transformadas, aqueles que foram feitos novos em Cristo, terão uma linguagem santificada. Deixe-me adicionar algo a isso. Os verdadeiros crentes devem ter uma língua santificada. Entendeu isso? Terão uma língua santificada. Verdadeiros crentes devem ter uma linguagem santificada. Você dirá: “Bem, agora espere um minuto”. Se já a temos, então por que nos diz que devemos tê-la? Porque a primeira é uma realidade soberana no novo nascimento, e a outra é uma responsabilidade humana que precisamos cumprir; e essa é a incrível tensão e o paradoxo da nossa experiência cristã.

Se verdadeiramente formos novos em Cristo, teremos uma maneira de falar pura. E se formos verdadeiramente novos em Cristo, assumiremos a responsabilidade de garantir que tenhamos um linguajar puro. Esse é um paradoxo bíblico constante. Se você entender isso - e chegamos a isso muitas vezes em nosso estudo da Bíblia - se, pois, entender isso, você estará realmente a caminho de entender um mistério. Você não poderá entendê-lo completamente, mas vou descrevê-lo assim: Somos salvos pela graça soberana, certo? Escolhidos nele antes da fundação do mundo, ainda assim devemos crer. Somos mantidos seguros por Deus em seu decreto soberano, mas devemos perseverar. Vivemos pelo poder soberano - não eu, mas Cristo vivendo em mim - mas devemos obedecer.

E, como Tiago diria, porque somos novas criaturas suportaremos provações e precisamos suportá-las. Receberemos a Palavra e lhe obedeceremos, [e devemos receber a Palavra e obedecer-lhe]. Seremos gentis com os necessitados, sem parcialidade, e devemos ser gentis sem parcialidade com os necessitados. Vamos produzir boas obras sim devemos produzi-las. Em outras palavras, você nunca será realmente capaz de resolver o fato de que aquilo que Deus diz ser verdadeiro para você precisa ser verdadeiro para você. Só porque Deus disse, isso não significa que podemos deitar-nos tranquilos e torcer para que aconteça. Esse é realmente o mistério dos aparentes paradoxos da experiência cristã. Onde houver fé genuína e viva, verdadeira regeneração e transformação, esse será o resultado - precisam ser[ o resultado].

Deus os produzirá em nós, mas ele os produzirá em nós por meio do nosso compromisso com eles. Dá para entender isso? É o melhor que podemos conseguir. Então, quando Tiago fala da língua, ele fala da verdade que a língua revelará a condição do coração e, ao mesmo tempo, nos chama a fazer tudo o que pudermos para garantir que ela realmente faça isso. Não basta acomodar-se e dizer: “Bem, Deus diz que sou uma nova criação. Tudo acontecerá por si só”. Deus diz que você é uma nova criação e tudo acontecerá, mas não por si só, e sim por meio do seu compromisso energizado pelo Espírito – isso é básico. Portanto, embora essa passagem explore isso e seja uma declaração sobre o caráter da fé viva revelada por nossa fala, também é um chamado para corrigirmos nossa fala, porque os dois andam de mãos dadas.

O que Deus diz ser verdade para nós, deve ser verdade em nós. Deus cuida do "será" e nós, em submissão ao Seu poder, cuidamos do "tem de ser". Em seguida, Tiago expõe cinco razões imperiosas para controlar nossa língua –cinco razões imperiosas - lembra-se de quais foram as duas primeiras que já examinamos da última vez? Primeira: seu potencial para o quê? Condenar. Versículos 1 e 2: “Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo. Porque todos tropeçamos em muitas coisas.” Tiago diz aqui que a língua tem um tremendo potencial para causar julgamento, e ele usa os mestres como ilustração.

Ele diz: “Ninguém se apresse para o ministério de ensino”. Como a língua tem muito potencial para condená-lo, você não quererá entrar em nenhum tipo de situação em que use a língua, a menos que compreenda o perigo potencial que existe ali. Não se apresse em ser mestre das Sagradas Escrituras porque ninguém pode evitar ofender com a língua. E quando você for professor e ofender com a língua, as implicações são profundas. Agora observe, por favor, que ele não diz “ninguém seja professor”; ele diz “não sejam muitos os mestres”. Para aqueles que são chamados, [aqueles] que são talentosos e [aqueles que são] preparados, tudo bem; mas no mais é melhor você ficar longe disso por causa do tremendo potencial da língua para dizer a coisa errada, para deturpar a verdade de Deus e, portanto, trazer a você um grande julgamento.

Agora permita-me apresentar minha visão pessoal por um minuto. É realmente minha convicção - e não digo isso com muita frequência, mas é minha convicção - que há excessivas pessoas ensinando a Bíblia hoje – um grande excesso. Não digo que exista alguma passagem bíblica para provar isso, mas creio que isso que Tiago diz aqui pressupõe que muitas pessoas invadirão as fileiras dos mestres sem realmente pertencer a elas, e trarão sobre si algumas circunstâncias muito graves em termos de punição de Deus - castigo ou qualquer outra coisa. É minha convicção que existem muitas pessoas ensinando a Palavra de Deus mal-aconselhadas a fazê-lo, mal-equipadas, mal-preparadas e que, por causa dos erros em seus ensinamentos, trazem sobre si um julgamento mais rigoroso do que jamais experimentariam se nunca ensinassem.

Precisamos de menos mestres. Estou convencido de que precisamos de menos igrejas. Precisamos de mais mestres excelentes e mais igrejas excelentes. E Tiago pede a mesma coisa - um senso da seriedade na questão do ensino devido ao potencial da língua para erros sérios e graves. Portanto, a língua deve ser controlada devido ao seu potencial para condenar. Em segundo lugar, a língua deve ser controlada por causa do seu poder de controlar. Se você não a controlar, ela poderá passar a controlar tudo. Versículo 2: “Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo. Ora, se pomos freio na boca dos cavalos para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro Observai igualmente os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro. Assim, também a língua, pequeno órgão” - muito pequeno – “se gaba de grandes coisas." Portanto, Tiago diz aqui: “Veja, a língua tem um tremendo poder de controle”. É como a pressão na língua controla todo o corpo do cavalo. É como um leme que, guiado pelo timoneiro, manobra todo o grande navio. A língua é um membro pequeno capaz de grandes coisas e que tem todos os motivos para se gabar de grandes coisas porque pode gerar efeitos de longo alcance, embora seja pequena. Somente uma pessoa absolutamente perfeita e sem pecado nunca ofenderá com sua língua, e somente Jesus foi capaz de cumprir isso.

Um crente maduro, se andar em conformidade com Cristo tanto quanto for humanamente possível, controlará sua língua. Mas nós, que estamos nesta carne humana, todos pecamos com a nossa língua, e a língua tem um tremendo poder de controle. De fato, o que vimos da última vez é que Tiago diz: "Controle sua língua", e esse é o seu membro mais pecador. Se você controlar a língua, controlará todo o resto, porque a dinâmica espiritual que controla sua língua controlará todas as batalhas espirituais menores com as várias outras partes de sua condição humana. Portanto, quando você aplica os meios da graça à disciplina e à santificação da língua, ela cobre todas as outras áreas porque a língua é a líder do pecado.

Você peca com ela com mais frequência do que com qualquer outra parte do seu corpo. Você pode pecar com a sua língua simplesmente dizendo algo. Como eu disse da última vez, você não pode fazer tudo, mas pode dizer qualquer coisa. Você peca mais facilmente com a língua, assim como eu. Pecamos mais facilmente com a língua. Pecaqmos mais fortemente com a língua. Portanto, devemos controlar a língua devido ao seu potencial de condenar e ao seu poder de controlar. Em terceiro lugar - e é aqui que queremos emendar na última vez – é muito interessante, versículos 5 e 6 - por causa de sua capacidade de corromper. A língua é muito perigosa. Nos versículos 2 a 5, ele dizia simplesmente que a língua controla. Ele não disse que aquilo era ruim. Ele não disse que era bom.

Ele apenas disse que a língua é um membro controlador. Ela domina uma pessoa e é a chave do seu comportamento; e por causa do seu poder de controlar, deve ser controlada. Agora ele mostra que, devido ao seu poder de controlar, a línguaé uma coisa tremendamente perigosa. O poder de controlar a língua nem sempre é bom. De fato, muitas vezes é ruim, e um evidente tom negativo domina as palavras de Tiago quando ele fala do poder da língua e de seu perigo. Veja novamente o versículo 5. Ele havia dito: "Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas". Então ele diz - e é aqui que o versículo deve começar - a palavra "vede". É claramente uma cisão. “Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva”, diz a Autorizada!

Agora, isso é uma advertência sobre perigo da língua. Ela tem uma potência terrível para destruir. O texto realmente diz - entenda - “Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva!” ou literalmente: “Tal qual o tamanho da floresta, assim o tamanho do fogo que ela acende”. O contraste é impressionante. Um incêndio florestal pode ser aceso por um pequeno cigarro e incendiar milhares e dezenas de milhares de hectares. O fogo é uma coisa fascinante. Pode-se usar uma pequena chama para pôr abaixo uma cidade inteira num incêndio. O fogo tem uma capacidade incrível. A água não pode se multiplicar. Se você tomar um copo de água e derramar, não se tornará uma inundação. Não pode. Mas se você tiver um fósforo, poderá provocar um incêndio florestal ou incendiar uma cidade inteira, porque o fogo pode se multiplicar.

E a língua não é como a água, é como o fogo; o que se diz pode colocar uma floresta inteira em chamas. E a imagem aqui é vívida, porque, no mato seco da Palestina, uma pequena faísca que voasse de um incêndio na noite fria poderia tocar o solo seco na estação seca e acender uma chama literalmente capaz de cobrir a paisagem e destruir tudo em seu caminho. Sabemos disso na Califórnia, porque o terreno aqui é quase o mesmo que na terra da Palestina. O Salmo 83 diz: “Deus meu, faze-os como folhas impelidas por um remoinho, como a palha ao léu do vento. Como o fogo devora um bosque e a chama abrasa os montes". O salmista alude ao fato de que uma pequena chama pode incendiar uma montanha inteira, pôr uma floresta inteira em chamas.

Bem, isso é evidente. É o que chamamos de axioma ou truísmo. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva! Em Chicago, no dia 8 de outubro de 1871, às 20:30, uma faísca se acendeu no celeiro da sra. O'Leary. E antes que acabasse, aquela faísca, vinda supostamente de uma vaca no celeiro da sra. O'Leary, queimou 17.500 prédios. Trezentas pessoas morreram queimadas, 125.000 ficaram desabrigadas e, em 1871, estimaram o dano em US$ 400 milhões - uma centelha. Li em 1903 – não li em 1903, eu nem estava aí em 1903. Li QUE em 1903 – corrija-se - uma panela de arroz ferveu e transbordou em um fogão a carvão em uma pequena casa na Coreia e, até que aquele pequeno fogo de carvão terminasse de causar seu dano, 3.000 prédios foram totalmente queimados até ao chão em uma área de dois quilômetros quadrados e meio.

Isso ilustra o poder do fogo, e você entende isso. Então o que Tiago diz no versículo 5 é: "Uau" - ”vede” significa "Uau", uma exclamação, "quão grande é o fogo que uma pequena chama pode acender." E então, no versículo 6, ele argumenta: "E a língua é" - o quê? - "um fogo". A língua é fogo. Provérbios 15:28 diz: "A boca dos perversos transborda maldades." Aqui se vê a boca dos ímpios como fogo. Provérbios 16:27 diz: "O homem depravado cava o mal, e nos seus lábios há como que fogo ardente". Tudo o que sua boca ardente toca é incendiado, e o fogo se espalha. Provérbios 26:20 diz: "Sem lenha, o fogo se apaga; e, não havendo maldizente, cessa a contenda".

A imagem aqui é que o maldizente, ou aquele que repassa o mau relato da calúnia, da fofoca ou da mentira, é como a madeira que alimenta o fogo. A mesma passagem de Provérbios diz no versículo 21: “Como o carvão é para a brasa e a lenha para o fogo, assim é o homem contencioso para acender rixas." A palavra "acender" significa pôr fogo. É novamente a imagem de fofocas, calúnias e contendas como um incêndio que arrasa. No Salmo 52:2, "a tua língua urde planos de destruição; é qual navalha afiada". Essa também é uma imagem fascinante. A língua é como uma navalha: ela corta. Nunca esquecerei quando peguei o Los Angeles Times quando eu era estudante universitário e li sobre um sujeito que pegou uma garota que era prostituta numa rua de East LA e a levou para entregar-se à sua carne.

Ele se inclinou para beijá-la e ela tinha entre os lábios uma lâmina de barbear com a qual cortou instantaneamente os lábios dele, o lábio superior e o lábio inferior. Uma coisa absolutamente inacreditável - essa era sua maneira de se vingar de homens que de alguma forma a machucaram no passado. E nunca penso nisso sem pensar no fato de que a única coisa mais devastadora, perigosa e poderosa do que aquela lâmina de barbear é a língua. A língua é uma lâmina de barbear, "uma navalha afiada", dizem os Salmos. A língua é um fogo que acende e queima. O mesmo Salmo 52:2, que diz que a língua é uma lâmina afiada, também diz nos versículos 3 e 4: “Amas o mal antes que o bem; preferes mentir a falar retamente”.

Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta. Deus te destruirá para sempre, ele te levará embora e te arrancará da tua morada.” Deus julgará aqueles cujas línguas causam danos. Em Salmo 57:4, o salmista diz: “Acha-se a minha alma entre leões, ávidos de devorar os filhos dos homens; lanças e flechas são os seus dentes, espada afiada, a sua.” Em Jó 19:2, Jó diz: "Até quando afligireis a minha alma e me quebrantareis com palavras?" O poder devastador de uma língua para começar um boato, espalhar uma mentira maligna, com intenção maligna, é um incêndio que não pode ser detido.

Lembro-me de tantas vezes que meu pai me disse: "Meu maior medo no ministério é o que as pessoas podem dizer". Esse é, e ainda tenho certeza, o maior medo dele - que alguém possa dizer algo que não seja verdadeiro e destruir totalmente seu ministério. E ele costumava me dizer: “As pessoas podem dizer qualquer coisa. Qualquer coisa. Ore para que Deus o proteja do mal das línguas das pessoas, que o caluniam, e você nunca possa recuperar o dano que causam.” A língua é fogo. É uma coisa devastadora, a língua, e deve ser mantida sob controle.

Morgan Blake, um escritor esportivo do Atlanta Journal, escreveu uma declaração interessante.

Ele disse: “Sou mais mortal do que a casca gritante do Howitzer. Venço sem matar. Derrubo casas, quebro corações e destruo vidas. Viajo nas asas do vento. Nenhuma inocência é forte o suficiente para me intimidar. Nenhuma pureza é pura o suficiente para me assustar. Não tenho respeito pela verdade, nem respeito pela justiça, nem piedade dos indefesos. Minhas vítimas são tão numerosas quanto as areias do mar, e muitas vezes inocentes. Nunca esqueço e raramente perdoo, e meu nome é fofoca”. É por isso que Provérbios 10, versículo 19, diz: "O que modera os lábios é prudente." Não seja combustível para o fogo de ninguém. Não seja a lenha ou o carvão que mantém o fogo aceso.

E então observe novamente o versículo 6. Esta, acredito, é a afirmação mais forte já feita sobre o perigo da boca. De fato, a afirmação é tão forte que não tenho certeza de que posso transmitir a você tudo o que eu gostaria. Minhas habilidades na linguagem não são boas o suficiente para eu ser prosaico o suficiente para transmitir isso. Mas vou confiar que o Espírito de Deus fará isso. Esta é a declaração mais poderosa sobre o perigo da língua já feita. Diz: "A língua é fogo", e então isto: "Um mundo - ou um sistema, kosmos - de iniquidade" É um kosmos de iniquidade. Existem quatro elementos aqui. “Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno."

A afirmação é avassaladora. Ela tem quatro partes e eu quero que você acompanhe com atenção, porque elas nos alertam sobre os perigos da língua. Primeiro: é um mundo de iniquidade. Esse é um título estranho para uma língua - um kosmos. Kosmos frequentemente traduzimos isso por "mundo", mas é mundo não no sentido da terra, não no sentido da terra física, mas do sistema do mal. E o que ele diz é que a língua é um sistema iníquo. É uma ordem injusta, hostil e rebelde dentro de nossa humanidade. É todo um mal potencial que fica aquém do padrão de Deus. É o ponto focal da injustiça comportamental dentro do homem. Inflama todas as nossas capacidades em seu esforço para trazer a pessoa inteira para o seu sistema perverso.

Um comentarista disse: "É o microcosmo do mal entre nossos membros". A língua é um sistema vil, miserável e perverso em sua humanidade carnal. Nenhuma outra parte do corpo possui um potencial desastroso tão abrangente quanto a língua. Portanto, antes de tudo, por si só e por si mesma é um sistema de iniquidade. É uma rede que gera o mal. Em segundo lugar - observe como isso começa a se expandir agora. Em segundo lugar, a língua é citada entre os nossos membros como aquela que contamina todo o corpo. É por si só um sistema do mal que contamina todo o corpo. É como fumaça de um incêndio; mancha tudo o que não queima. Mancha tudo. Lembro-me de que, quando estava na faculdade, uma loja se incendiou e todos comentaram: "Ei, eles estão fazendo uma liquidação".

Eu precisava de um casaco esporte e não tinha muito dinheiro, e eles tinham um por US$ 9,00. Disseram que foi danificado pela fumaça. Pensei: “Tudo bem, vou tirá-lo da loja e usá-lo por alguns dias, e ela desaparece. E vou pendurá-lo no ar frio”, ou o que seja. Nunca esquecerei, desde que adquiri aquele casaco eu o detestei, mas tendo um guarda-roupa limitado, muitas vezes o usava - ele cheirava como se estivesse pegando fogo. E eu sei que todos os que conheci pensavam que eu fosse um fumante pesado. E como a fumaça de um incêndio - eu até me lembro da cor azul clara – ele era um bocado feio. Mas era como fumaça que mancha tudo que não queima. Assim, a língua é um fogo furioso e, o que não pode consumir, manchará com sua fumaça podre e suja.

Portanto, você tem em seu corpo, atrás dos dentes e cercado pela boca, esse sistema de iniquidade que quer fugir - e você já ouviu isso muitas vezes. E o que ele faz é manchar toda a sua pessoa com a fumaça suja, se não as chamas, de suas más intenções. Tiago diz que ela está entre nossos membros, em meio aos nossos membros ou nosso físico. Isto é, está inclusa em todas as nossas capacidades humanas, e a língua mancha tudo. Ele fala em “contaminação”. Essa é uma palavra muito vívida. Aparece em Judas 23 e significa poluir -: “Salvai-os, arrebatando-os do fogo, detestando até a roupa contaminada pela carne”, algo que se tornou nojento, mau ou miserável.

Portanto, tome nota disso - uma língua imunda resulta em uma pessoa imunda. Uma língua suja mancha toda a pessoa. Qualquer mundo de iniquidade solto na sua boca queima ou mancha de fumaça toda a sua pessoa. É disso que fala Marcos 7, versículo 20,: "O que sai do homem, isso é o que o contamina." Versículo 23. "Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem." E o que são essas coisas? Bem, ele menciona entre eles o engano, a lascívia, a blasfêmia, o orgulho, a loucura, e esses envolvem pecados da língua. E até os outros pecados podem ter relação com a língua. Assim, uma pessoa é moralmente manchada por uma pincelada da língua. A palavra "corpo" aqui - consta ali que contamina todo o corpo - significa simplesmente a pessoa inteira. Corpo consta do mesmo modo como alma; não significa apenas o corpo físico, significa a pessoa total.

Então, antes de tudo, na sua boca você abriga um sistema de iniquidade. Em segundo lugar, aquilo mancha e queima toda a sua pessoa. E em terceiro lugar - isso é realmente incrível - se expande novamente. "Põe em chamas toda a carreira da existência humana", diz a versão Autorizada. Uma tradução melhor seria: ““põe fogo no círculo da vida”. O que isso significa? O pensamento se expande. Primeiro, é o sistema de maldade. Segundo, mancha toda a pessoa. Agora incendeia, e o grego diz "a roda do nascimento" ou "o círculo da vida". O que significa isso? Toda o maquinismo da sua vida. Não apenas mancha você, mas toca tudo o que você toca. Afeta toda o maquinismo da sua vida. Vai além do corpo para tocar todos que participam do círculo da sua vida.

As pessoas o conhecem pela maneira como você fala, certo? Conhecem você pela maneira como fala. A língua vai além da boca para manchar o corpo. Ela vai além do seu corpo para tocar toda a rede de pessoas que são tocadas por você. Fofocas - aquela coisa repulsiva, boatos, calúnias, acusações falsas, mentiras, discursos malignos podem manchar, poluir e destruir toda uma família, um grupo inteiro de pessoas, uma escola, uma igreja, uma comunidade. E então ele fala de um quarto fator: a afirmação mais devastadora sobre o perigo da língua. Ele diz finalmente, no final do versículo 6, "como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno". Tempo presente; por assim dizer, ela é habitualmente iluminada pelo inferno. Gente, que pensamento vívido, vívido.

A palavra "inferno" aqui é Geenna, e esse precisa ser explicado. É usado em todo o Novo Testamento apenas nos evangelhos, com esta única exceção: esta é a única vez que aparece fora dos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Há registros de que o Senhor o usou pelo menos dez vezes, e ele sempre usou a palavra Geenna para se referir ao lugar eterno de queima para onde as almas condenadas irão. E você pode conferir em Mateus e em Lucas as vezes em que ele o usou. É o lugar onde o fogo nunca se apaga, onde o verme nunca morre, onde a sede nunca cessa. É aquele lugar eternamente em chamas. Mas o que significa a palavra Geenna?

É traduzida como "inferno", mas seria possível dizer simplesmente: "É incendiada por Geenna". O que é Geenna? Ao sudoeste de Jerusalém visitei o precipício do monte Sião. Olhando de lá para o sul - e alguns de vocês já estiveram lá - enxerga-se um vale profundo que desce diretamente de um penhasco, um vale profundo e baixo, conhecido como o "Vale de Hinom". Geena é o vale do Hinom. É a palavra grega para o hebraico "Vale do Hinom", Geenna. Agora deixe-me falar sobre esse lugar. Em 2 Reis 23:10 - você não precisa abrir, mas em 2 Reis 23:10, o rei Josias - lembra-se do jovem Josias que veio e trouxe um grande avivamento, trazendo o povo de Israel de volta a Deus?

Uma das coisas que ele fez foi abolir a idolatria. Uma das formas de idolatria era o sacrifício humano. Os adoradores de Moloque, M-O-L-O-Q-U-E, adoravam esse falso ídolo oferecendo seus filhos em um fogo que queimaria, literalmente sacrifícios humanos. Quando Josias se tornou rei em Judá, ele fez com que todos os adoradores de Moloque parassem de queimar seus filhos vivos. A propósito, o deus Moloque era um touro - um touro que tinha braços estendidos, e esses braços estendidos continham um fogo, e as crianças pequenas eram deitadas nos braços de Moloque e queimadas como sacrifício humano. Josias acabou com esses sacrifícios, e eles ocorriam no vale de Hinom.

Assim, desde os primórdios o vale de Hinom era um lugar de queima com o mau cheiro da carne de criancinhas. Os judeus, então, passaram a considerar o lugar com profundo ódio. E aquele profundo vale que despenca do platô de Jerusalém, tornou-se o lixão da cidade. Lixo, rejeito, cadáveres de animais e criminosos eram jogados no vale de Hinom ou na Geenna. Agora, para queimar esse lixo - e Jerusalém tinha bastante - e para queimar os cadáveres de animais e criminosos que eram jogados lá, o fogo queimava o tempo todo. Tinha um mau-cheiro doentio, a combinação de lixo e carne queimada e ficou conhecido como "Geenna de Fogo", porque o fogo nunca se apagava.

E assim a Gehenna tornou-se um símbolo adequado do fogo sempre ardente e dos vermes rastejantes para ilustrar o futuro inferno dos ímpios. Somente naquele inferno, disse Jesus, "o fogo nunca se apaga", finalmente. Podemos então dizer que o inferno é o monte de lixo eterno do universo. Observe, então, que a língua é um sistema do mal por si só, mas afeta a pessoa toda expelindo sua imundície, e põe sua mancha e seu fogo imundos em todo o maquinismo da vida, tão abrangente quanto a rede da influência de uma pessoa; e o que começa tudo é incendiado pelo próprio inferno. Em outras palavras, por trás de tudo está Satanás.

Essa língua que você e eu temos é uma ferramenta de Satanás para poluir toda a sua pessoa, corromper todo o círculo da sua vida, e tudo sai do poço do inferno e leva de volta ao poço do inferno. Não há dúvida de que é uma descrição bastante forte, não é mesmo? Que descrição do perigo da língua para corromper; perigosa, muito perigosa. Não é de admirar então que Tiago esteja tão preocupado em colocarmos a língua sob controle para a honra de Deus, tendo em vista seu tremendo potencial. Lembre-se de Salmo 55:21, onde Davi diz: "A sua boca era mais macia que a manteiga, porém no coração havia guerra; as suas palavras eram mais brandas que o azeite; contudo, eram espadas desembainhadas”.

Às vezes a língua é tão sutil que pensamos que ela busca tanto o bem como o mal. Ela precisa ser controlada. Todo crente percebe que em suas quedas, em sua carne, em sua humanidade, ainda permanece o poder devastador da língua. Sua língua, querido amigo, ainda não está glorificada. Não seria maravilhoso ter uma língua glorificada que nada faz senão louvar a Deus e falar em retidão? Portanto devemos controlar a língua por causa do seu potencial de condenar e de controlar. Quarto: Note os versículos 7 e 8. Apenas um ponto muito breve e direto, e tentarei concentrar-m nesses dois últimos, apenas para manter seu pensamento alinhado.

Chamo isso de primitivismo a combater. O que chamo de primitivismo é que ela é primitivo, selvagem, indomada, bárbara, incivilizada, indisciplinada, irreprimível, irresponsável - e a língua combaterá todos os esforços para controlá-la. Já reparou nisso? Ela quer controlar, não ser controlada. Portanto, observe o que ele diz nos versículos 7 e 8. "Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero." Pois bem, ele diz que a língua é indomável. É primitiva nesse sentido. É incivilizada, indisciplinada, humanamente indomável, e é por isso que é tão perigosa.

E línguas não-regeneradas são ainda mais perigosas. É incrível - é incrível como um homem que queria processar a Grace Community Church pôde usar sua língua para incendiar o mundo e desacreditar tudo o que defendemos. Mas é isso que acontece. E a língua não pode ser domada. Tiago diz que Deus deu ao homem o poder de controlar os animais - volte ao capítulo 1 de Gênesis. Mesmo após a queda, Deus assegurou a Noé que ele seria capaz de colocar todos os animais na arca. Quando disse: “Você os trará de dois em dois”, Deus deu a Noé a capacidade de controlar esses animais para garantir que chegassem lá dois a dois. E hoje o homem ainda domina, o homem ainda é capaz de domar animais.

Você já esteve no circo e viu leões domados? Viu um indivíduo enfiar a cabeça na boca de um leão? Já viu pessoas montando baleias assassinas? Ou seja, na maioria das vezes o homem é capaz de domar os animais selvagens - ferozes, grandes e fortes, mesmo os mais ferozes, os mais mortais. Já vi pessoas, e talvez você também, com cobras rastejando por elas, capazes de domá-las. E assim ele se refere no no versículo 7 a todo tipo, physis, a todas as espécies; e então cita dois que andam e voam. Ele cita aqueles que andam e voam e depois os que nadam e rastejam. Os que andam e voam são quadrúpedes e aves, e os que rastejam e nadam são cobras e seres marinhos.

É claro que os animais mais nobres são aqueles que andam e voam, e os menos nobres são os que nadam e rastejam. Feras, essa palavra feras - thrion - nunca é usada para animais domesticados. Mas o homem pode domar os animais selvagens. E ele pode domar os pássaros, pode domar os répteis e pode domar as criaturas do mar. Todos sabemos disso. Eles são todos domados - tempo presente - continuamente, sendo subjugados e, ao longo da história do homem, foram subjugados. No entanto, ninguém pode domar a língua. Ninguém entre os homens pode domar a língua. Ninguém é capaz de fazê-lo - dynamai - ninguém tem o poder de fazer isso. Mesmo entre os crentes, a língua sai da sua gaiola, não é? Não podemos controlá-la.

Tiago não diz - note isto - não diz que ela não pode ser domada; ele diz que o homem não pode domá-la. Há uma diferença. Deu para entender isso? Ele não diz que não pode ser domada, ele diz que o homem não pode domá-la. Quem pode domá-la? Deus pode, por seu poder. Se o primeiro pecado registrado após a Queda veio de uma língua indomável e aconteceu quando Adão culpou a Deus, o primeiro ato da nova criação e da igreja foi domar a língua, porque a primeira coisa que aconteceu depois que o Espírito Santo veio quando todos receberam, por assim dizer, línguas de fogo subdivididas, e todos imediatamente expuseram as maravilhosas obras de Deus. O primeiro pecado foi um pecado da língua e, no nascimento da igreja, a língua purificada falou das maravilhosas obras de Deus.

Mas aqui Tiago diz que a seriedade da incapacidade do homem de controlar sua língua selvagem e feroz ocorre por ela ser um mal incontido. Está sempre pronta a romper os limites. Ela luta contra a restrição. Não quer ser contida. Incontido é a mesma palavra traduzida como "inconstante" ou instável em Tiago 1:8: akatastatos, e então ele diz que é um veneno do mal ou um veneno mortífero. Não é apenas como um animal enjaulado, um monstro de inconsistência, querendo se libertar de suas restrições, mas quando escapa, carrega um veneno mortal, como a língua de uma cobra. Romanos 3:13 diz: "com a língua urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios." Lembra-se do Salmo 140, versículo 3? "Aguçam a língua como a serpente; sob os lábios têm veneno de áspide." A língua é como uma cobra mortal; vomita veneno mortal. A língua é uma assassina.

Salmo 64 (apenas os primeiros dez versículos deste Salmo), diz o seguinte: “Ouve, ó Deus, a minha voz nas minhas perplexidades; preserva-me a vida do terror do inimigo. Esconde-me da conspiração dos malfeitores e do tumulto dos que praticam a iniquidade, os quais afiam a língua como espada e apontam, quais flechas, palavras amargas para, às ocultas, atingirem o íntegro” - os perfeitos, os justos – “contra ele disparam repentinamente e não temem. Teimam no mau propósito; falam em secretamente armar ciladas; dizem: Quem nos verá? Projetam iniquidade, inquirem tudo o que se pode excogitar; é um abismo o pensamento e o coração de cada um deles. Mas Deus desfere contra eles uma seta; de súbito se acharão feridos. Dessarte serão levados a tropeçar; a própria língua se voltará contra eles; todos os que os veem meneiam a cabeça." E ele continua a partir daí. Deus vai virar a língua deles contra eles. Mas suas línguas são como flechas, lanças e espadas. A língua é assassina. Você se lembra dos príncipes de Amom, de boca de serpente, que mentiram contra Davi, acusando-o de hipocrisia em homenagem a Naás, seu rei, e seu filho Hanum?

O resultado foi que o rei reuniu um exército de milhares e adicionou mercenários com 30.000 soldados a pé, além de outros, e os enviou para destruir Davi por causa dessa mentira, sem motivo. E o resultado foi um terrível massacre de 700 carros de guerra sírios e 40.000 cavaleiros, e seu comandante, tudo por causa da mentira de um homem. E você lembra como no livro de Ester a língua venenosa de Hamã foi a ferramenta satânica para o extermínio dos judeus pelos medo-persas?Deus então os salvou por intermédio de Mordecai e Ester. E Hamã, que engendrou tudo com sua língua maligna, foi enforcado na forca que ele havia feito para os judeus.

E você se lembra dos homens de língua feroz que mentiram ao rei Zedequias sobre Jeremias para que o jogassem em uma cova, onde ele afundou na lama - Jeremias 38? Lembra-se dos lábios inquietos, debochados e venenosos dos líderes judeus, que acusaram o maior profeta de todos os tempos, João Batista, de ter um demônio, e acusaram o impecável Filho de Deus de ser um glutão, bêbado, amigo de párias e um pecador possuído por demônios. O resultado disso foi que João Batista e Cristo foram assassinados. Muitas pessoas morreram por causa do veneno mortal da língua, até nosso próprio Senhor. Os que odeiam o evangelho, com língua de fogo secretamente induziram os homens a mentir sobre Estêvão e disseram que ele teria blasfemado contra Moisés e contra Deus.

E eles agitaram o povo com suas palavras e o apedrejaram até a morte. Atos, capítulo 6, nos diz isso. E quando Paulo chegou a Jerusalém, em Atos 21, os judeus da Ásia incitaram o povo contra ele, acusando-o falsamente de trazer um gentio ao templo. Arrastaram Paulo para matá-lo, mas ele foi resgatado pelos romanos enquanto tentavam espancá-lo até a morte. Ele passou os dois anos seguintes na prisão. E a história continua - o poder e o perigo da língua é um veneno mortal, mortal - uma arma mortal, matando a reputação, matando a alegria, matando a paz, matando o amor, matando tudo em seu rastro.

Portanto, a língua deve ser controlada por causa de seu potencial de condenar, seu poder de controlar, seu perigo de corromper e seu primitivismo de combate. Ela luta contra tudo. Finalmente - e esse foi um "P" muito difícil de encontrar em nosso esboço - a perfídia. Significa traição, significa deliberação, significa quebra de confiança, quebra deliberada de confiança. Significa falta de fé, hipocrisia, inconsistência, duplicidade. A língua e sua perfídia em fazer concessões - a língua é hipócrita. Oh, é hipócrita. Vai dizer uma coisa uma vez e depois outra coisa. Não vai? Não é assim? Claro! Observe que a língua pode ser nobre (versículo 9): “Com ela”, isto é, com a língua, “bendizemos o Senhor e Pai”.

Não é maravilhoso? Sua língua, minha língua, pode ser usada para bendizer o Senhor e Pai. A propósito, isso é muito relevante para os judeus a quem Tiago escreve porque sempre que mencionam o nome de Deus, acrescentam as seguintes palavras: "Bendito seja Ele, bendito seja Ele." E assim, com a língua deles estavam sempre e sempre bendizendo a Deus. Três vezes por dia eles tinham de repetir a Shemoneh Esrei, as dezoito orações chamadas elogios ou bênçãos, e cada uma dessas dezoito orações que eles diziam três vezes ao dia terminava com “Bendito sejas tu, ó Deus”. Era costume o judeu bendizer a Deus o tempo todo com a língua. Os salmos estão cheios de tais bênçãos.

A função mais maravilhosa da língua é bendizer a Deus; assim, no versículo 9, ele diz: “Com ela bendizemos ao Senhor e Pai; também” - segue adiante - “com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus”. Existe essa duplicidade. Existe a hipocrisia. Há a perfídia da língua, sua traição. A mesma língua que abençoa a Deus amaldiçoa os que são feitos à sua imagem, os calunia, critica, acusa, abusa deles com raiva, ciúme, inveja, ódio e amargura. Amaldiçoar significa desejar o mal a alguém, e o homem é feito à semelhança de Deus. A propósito, é uma semelhança indestrutível. Foi arruinada, mas é uma semelhança indestrutível.

Mesmo o homem caído e pecador ainda tem a semelhança de Deus - em que sentido? Em que, como Deus, o homem é racional, como Deus o homem é pessoal, como Deus o homem é moral, como Deus o homem é autoconsciente. O homem tem vontade, consciência e razão. O homem pode saber, o homem pode amar, o homem pode agir com base no pensamento racional, com motivo e intenção. Assim ele é feito à imagem de Deus. Como então o homem pode abençoar a Deus e amaldiçoar o homem, quando o homem é feito à imagem de Deus? Assim, no versículo 10 ele diz: “De uma só boca procede bênção e maldição” - bênção e maldição da mesma boca! Muito bem! E há ilustração após ilustração sobre isso, não apenas nas Escrituras, mas certamente na vida de todos nós.

Ora, as mesmas bocas dos fariseus que abençoavam a Deus, no mesmo fôlego amaldiçoaram a Cristo. Aí sempre penso na boca de Pedro, que diz: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo", para algumas semanas depois amaldiçoar venenosamente, dizendo: "Eu não conheço o homem" - a mesma boca. A boca do apóstolo Paulo fala uma verdade gloriosa e maravilhosa e, em Atos 23, amaldiçoa o sumo sacerdote de Deus em linguagem que não tem lugar na boca de um servo de Deus - "Deus há de ferir-te, parede branqueada!", diz ele. Da mesma boca, da minha, da sua boca, da boca de todos nós vêm bênção e maldição. E assim ele diz no final do versículo 10: "Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim". Isso não está certo.

Aliás, isso é uma negativa forte. Aparece somente aqui em todo o Novo Testamento - muito forte, ou chrē. "Não está certo", diz ele. Isso não está certo. Qualquer discurso profano é inconsistente, é inaceitável, é uma concessão. Deus nos salvou, e quando nos salvou, transformou-nos, e quando nos transformou, deu-nos capacidade para um novo modo de falar, e espera que falemos dessa maneira. É uma flexibilidade impossível de tolerar. Tiago ilustra o óbvio com três figuras. Versículo 11: “Acaso pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso?” Qual a resposta? A resposta é não.

“Pode a fonte jorrar” - o verbo “jorrar” significa irromper ou fluir - “da mesma abertura” - a mesma opē, o mesmo buraco ou fenda na rocha, “água doce e água amarga”? Claro que não, é impossível. E a pergunta aqui espera uma resposta "não"; mēti espera uma resposta “não.” Não pode ser glykos - que é "doce" no grego - e também pikros, que não pode ser bebido. Essa é uma ilustração simples, não é mesmo? Você não pode ter uma fonte jorrando água doce e amarga. Versículo 12: “Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas?" Que tal isto: "Uma videira, figos?” Totalmente impossível - totalmente impossível. Deixe a natureza ensinar a você o que é óbvio. Não se pode ter água doce e amarga saindo da mesma fonte, não se podem ter azeitonas de uma figueira e não se podem ter figos em uma videira.

E então vem a declaração que de fato encerra a passagem. Versículo 12: “Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce.” Isso é uma conclusão, meus amigos, não uma pergunta. Ele diz que um coração limpo, um coração puro, não pode produzir água amarga, e um coração amargo não pode produzir água fresca. Então, o sabor do produto informa a natureza de sua fonte, certo? Com isso ele volta ao ponto em que começou. Os verdadeiros crentes serão revelados por seu modo de falar. E se você é um verdadeiro crente, deve poder ser reconhecido pelo seu linguajar, pelo seu modo de falar. Você dirá: "Bem, espere um minuto, de vez em quando há um pouco de água amarga entre as puras". Sei disso.

Mas Tiago está desenhando linhas exatas para nós, e ele está dizendo que é um axioma que a água salgada não pode sair de uma fonte de água doce. E é um truísmo em sua vida que, se você foi transformado por Cristo, seu modo de falar o mostrará. É isso o que ele está dizendo. Um figo deve ter uma figueira na sua origem. Uma uva deve ter uma videira na sua origem. Uma azeitona deve ter uma oliveira na sua origem. A água salgada tem o sal como fonte. Água doce tem água doce como fonte. Palavras amargas vêm de um coração amargo. Palavras críticas vêm de um coração crítico. O linguajar difamatório e sem amor surge de um coração em que o amor de Jesus é um estranho. Os verdadeiros crentes serão revelados em sua maneira de falar e devem ser revelados em seu linguajar.

E então Tiago chega a isso com a tensão em vista. Uma vez ele diz: "Se você é cristão, é assim que será". De outra vez, ele diz: "Se você é cristão, é assim que deve ser". E assim, ao dizer que é verdade, ele nos chama a ter certeza de que é verdade. E é nessa tensão que temos de viver. Em Lucas 6, versículos 43 a 45, Jesus diz: “Não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto. Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas. O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração”.

Acredito que Tiago tinha essa passagem em mente quando escreveu isso. Ele estava realmente se referindo ao que nosso Senhor havia dito. O verdadeiro crente é conhecido por seu modo de falar. Um verdadeiro crente fala com uma língua que está sob controle. Pedro diz que o verdadeiro crente amará a vida (1 Pedro 3:10) e verá dias felizes, e para isso "refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente". Por um lado, queremos. Por outro lado, devemos.

E Tiago também nos adverte sobre duas coisas: uma, que somos revelados por nossa boca; segundo, que nossa boca tem um tremendo potencial desastroso. Por isso ele pede que mantenhamos a língua domada. E se o fizermos, isso será evidência de que somos cristãos. Se o fizermos, será uma evidência de que estamos caminhando em obediência.

Quando você olha para a sua vida, amado, se você notar aquelas coisas indevidas saindo da sua boca, você precisa confessar aquilo como pecado e se afastar disso. A chave da sua força espiritual e do efeito da sua espiritualidade é o modo como você reage aos momentos em que a água amarga sai da fonte doce é. Bem, há muito mais a ser dito, mas vamos orar. Pai, esta noite agradecemos novamente por tua palavra a nós. Ajuda-nos a controlar a língua. Dá-nos poder para fazer isso. Que sejamos homens bons, que do bom tesouro de seu coração produzem coisas boas; fontes doces que produzem água doce. Que, sempre que abrirmos a boca, ministremos graça aos que nos ouvem.

Ó Senhor, lembramo-nos daquela passagem maravilhosa, maravilhosa, do apóstolo Paulo, em Efésios 4, onde ele diz: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade e, assim, transmita graça aos que ouvem.” E lembramos que as Escrituras dizem: "A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal". Senhor, que nos conheçam não apenas pelo que fazemos, mas que nos conheçam pelo que dizemos. E que possamos ser caracterizados pelo modo de falar santo e, assim, conhecidos por sermos filhos de Deus. Agradecemos por nos permitir fazer isso, porque tu nos deste um novo coração e, com ele, uma nova língua. Bendizemos o Teu nome, em nome do Salvador. Amém.

FIM

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