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Bom, vamos abrir nossas Bíblias nesta noite em Tiago. Eu quero que nós olhemos novamente para o capítulo 1, versículos 2 ao 12. Eu não acho que nós conseguiremos cobrir toda essa seção. Eu quero gastar um tempo com essas verdades, pois elas são muito ricas e maravilhosas. Eu gostaria de ler novamente Tiago 1, do 2 ao 12.

“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos. O irmão, porém, de condição humilde glorie-se na sua dignidade, e o rico, na sua insignificância, porque ele passará como a flor da erva. Porque o sol se levanta com seu ardente calor, e a erva seca, e a sua flor cai, e desaparece a formosura do seu aspecto; assim também se murchará o rico em seus caminhos. Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam”.

Agora, nós terminamos a nossa última mensagem com a frase, “aos que o amam” e eu gostaria de começar com essa mesma frase. Amar a Deus é, sem dúvida, a chave para perseverar em todas as tribulações da vida. Talvez essa seja a maior e mais decisiva evidência de uma alma regenerada. Se uma coisa é verdade a respeito de uma pessoa regenerada, é que ela ama a Deus. Isso me parece ser o básico. Os verdadeiros cristãos aqui, então, são descritos como, “aqueles que o amam”. Esse é um título para os cristãos – e que belo título é. É por isso que eles perseveram. Eles perseveram porque eles têm um grande amor por Deus. Não importa qual seja a luta, não importa qual seja a tribulação, a dificuldade, eles perseveram, porque o amor os sustenta. Eu penso que você pode perceber isso em qualquer relacionamento. Em qualquer relacionamento, até mesmo em um nível humano, onde o laço do amor é muito forte, ele suportará todo tipo de adversidade. Nessas dificuldades, tribulações, testes e adversidades que aparecem na vida do cristão, a coisa que nos sustenta no Senhor, que mantém a nossa fé firme, é o forte laço do amor.

Há alguns anos atrás, Gardner Spring era um pastor na cidade de Nova York. Ele escreveu a respeito do poder perseverante do amor e essas foram as suas palavras. “Existe uma grande diferença entre tal afeição e aquela amizade vazia e egoísta a Deus que termina com a nossa própria alegria como sendo o supremo motivo e fim. Se um homem em seu amor por Deus não se preocupa com nada a não ser a sua própria alegria, se ele se deleita em Deus não por quem ele é mas por quem ele é pra ele, em tal sentimento, não existe virtude moral. Existe na verdade um grande amor por si próprio, mas não um verdadeiro amor por Deus. Porém, a inimizade da mente carnal é destruída, a alma é reconciliada ao caráter divino. O próprio Deus, na plenitude de sua glória manifestada, se torna o objeto de uma contemplação devota e alegre. Em seus momentos mais favoráveis, as perspectivas de um homem bom são desviadas dele. Conforme a sua mente foca nas várias excelências da divindade, ele mal para a fim de questionar se o ser que preenche a sua mente com o seu caráter, em comparação daqueles que toda a dignidade e beleza são átomos e vaidades, estenderá a sua misericórdia para ele. A sua alma se amarra a Deus, e na calorosa e fervorosa afeição devota, ele pode sempre dizer, ‘Quem tenho eu nos céus além de Ti, e não há na terra alguém que eu deseja mais que a Ti; como a corça anseia por águas, assim a minha alma por Ti, ó Deus’”.

Agora, o que ele quer dizer com tudo isso, claro, é que o laço que amarra o homem ou a mulher a Deus é o laço do amor; não apenas uma afeição superficial, não apenas um sentimento que é basicamente egoísta – isto é, desde que eu consiga de você o que eu quero, eu fico aqui – mas um verdadeiro laço de amor que consegue sustentar qualquer tribulação. Gardner Spring, então, propõe uma série de questões de auto avaliação, e eu penso que elas são proveitosas. Ele pergunta ao leitor, “Você ama a Deus pelo que você imagina que ele é ou pelo que ele é? Você está feliz com o seu caráter e você ama tudo isso? Você ama a sua santidade assim como a sua graça? A sua justiça assim como a sua misericórdia? Você o ama por causa do amor dele por você, ou você o ama por ele ser, em si mesmo, amável? Você o ama porque você espera que ele lhe salve, ou você acha que você deve ama-lo para ele não lhe condenar? O seu amor por Deus é supremo? Quem você ama mais do que a Deus? Em quem você encontra mais beleza? A benção de ter é o objeto de maior desejo e de maior esforço? Você está mais grato por quem? Pode não haver nenhuma dificuldade para você responder essas perguntas. Pode haver um perigo, mas com certeza não há necessidade de ser enganado em um caso tão claro”.

Então ele diz, “o supremo amor por Deus é uma evidência decisiva de um coração renovado”. Eu amo isso. “o supremo amor por Deus é uma evidência decisiva de um coração renovado”. As pessoas que suportam tribulações, Tiago está dizendo, são aquelas que o amam. Agora, existem algumas coisas que não provam o verdadeiro amor. Elas não provam a realidade da fé salvífica e viva. A moralidade exterior não prova isso; existem muitas pessoas que são externamente morais, e não amam a Deus. O conhecimento teológico não prova isso; existem muitas pessoas que sabem muito a respeito de teologia. Mas isso não significa necessariamente que elas amem a Deus. Atividade religiosa não prova uma fé genuína e viva. Existe vários tipos de pessoas engajadas em atividades religiosas que não amam a Deus. Até mesmo a convicção do pecado e o medo do julgamento não provam necessariamente uma fé salvífica genuína. O que então prova uma fé salvífica e genuína? Bom, certamente, uma fé salvífica é baseada em um amor genuíno por Deus. O que prova que o amor é genuíno? O que demonstra um amor genuíno? Bom, é sobre isso que é o livro de Tiago. É sobre isso que a epístola trata. Ele testa e você ama a Deus através de uma série de testes.

Primeiro, existe o teste – e nós vamos ver isso depois no capítulo 1 – o teste da culpa na tentação. Depois, existe o teste de como nós respondemos à Palavra. Depois, existe o teste do amor imparcial para com os outros, o teste das obras justas, o teste da língua, o teste da sabedoria humilde, o teste do prazer mundano, o teste da dependência, o teste da paciência, o teste da verdade, e finalmente, o teste da oração. Agora, em todos esses testes, a pessoa que ama a Deus passará. Porém, o teste inicial, e é o que nós estamos vendo nesses versículos, é o teste da perseverança através das tribulações. Ele revela se o amor é realmente um laço forte; se existe uma fé genuína. A verdadeira fé sustentada pelo verdadeiro amor persevera nesse teste.

Agora, novamente no versículo 2, nós notamos na última vez que nós entraremos em várias tribulações. Nós também notamos, no versículo 3, que esse é o teste da veracidade da nossa fé. Várias tribulações entram em nossas vidas para testar a nossa fé, para demonstrar o aspecto genuíno do nosso amor. Pedro escreve a respeito da mesma coisa, não é, em 1 Pedro 1:6 ao 8, como nós vimos da última vez. Então no versículo 12, ele basicamente resume essa seção com uma afirmação similar. O homem que persevera será recompensado, e ele se revelará como alguém que realmente ama ao Senhor. Assim, aqui nós estamos lidando com tribulações como testes para a salvação genuína, que é baseada no verdadeiro amor. Você se lembra que a palavra para tribulação aqui é peirasmos, da palavra peirazo, que signigica testar. Esse é um teste para a fé viva.

Agora, na última vez, nós falamos a respeito do fato de que nós, como verdadeiros cristãos, não estamos somente eternamente seguros do ponto de vista de Deus, mas nós perseveramos a partir do nosso ponto de vista. Você se lembra disso? É um equilíbrio muito, muito importante – o verdadeiro crente é sustentado pelo Senhor. No entanto, o verdadeiro crente também se assegura no Senhor. Ele persevera através das tribulações. Assim, você pode olhar para uma pessoa em uma tribulação e ver a veracidade da sua fé através da veracidade do seu amor; através dela sustentar ou não a sua fé. Se não existe tribulação e nenhuma dificuldade que possa destruir a sua confiança em Deus, então elas demonstram naquela tribulação que elas têm uma fé salvífica e viva. Se elas pulam para fora no meio da tribulação, amaldiçoam a Deus, abandonam a Deus, negam a Deus ou ignoram a Deus, então elas demonstram que elas têm uma fé morta.

O meu filho, Matt, estava me falando outro dia a respeito de um homem que era casado e estava aqui na Grace Community Church, e que foi para outra igreja onde ele fazia parte do conselho no ministério. A sua esposa se divorciou dele, e nesse momento de sua vida, ele não tem absolutamente nenhum interesse na fé cristã. Ele tem negado, integralmente, a fé, colocando-a completamente de lado, sem demonstrar nenhuma atração por Cristo. O que isso me mostra é que, ao ser colocado em um teste muito severo, a sua fé foi demonstrada como sendo morta e não viva. Por outro lado, quantas pessoas passaram por testes severos e demonstraram no final que tinham uma fé em Deus que era viva?

Porém, parte da ênfase é que Tiago está preocupado em como que nós, como santos, podemos perseverar pelas provações e aproveitar o máximo delas; como podemos ganhar o máximo, assim como demonstrar a veracidade da nossa fé? Bom, existem diversos meios de perseverança. Perseverança é o santo de Deus se assegurando ao seu amor e fé. E quais são os meios? Como nós perseveramos em meio às tribulações? Mesmo como verdadeiros cristãos, como podemos obter o máximo de nossas provações? Como podemos ser vitoriosos em nossas provações? Bom, nós vamos ver cinco chaves para perseverar em meio às tribulações.

Primeiro, nós começamos com uma atitude alegre – nós começamos com uma atitude alegre. Versículo 2, “Meus irmãos” – e com isso ele quer dizer os crentes; os cristão judeus, sim, mas, embora eles sejam judeus, as doze tribos espalhadas, como o versículo 1 diz, eles são cristãos; eles são crentes. Ele os chama de irmãos por toda essa epístola; capítulo 1 versículo 2, versículo 16, versículo 19; capítulo 2 versículo 1, versículo 5, versículo 14, versículo 15; capítulo 3 novamente no versículo 1; capítulo 5, versículos 7, 9, 10, 19 e pode ser que eu não falei de todos. Às vezes ele os chama de “amados irmãos”. Assim, ele está identificando-os como crentes como ele. A palavra “meus” tem um efeito maravilhoso e caloroso com relação a sua identificação com eles por um laço. Assim, eles os abraça como seus próprios irmãos cristãos e diz, para começar, que se você vai perseverar por várias provas, se você vai sair triunfante no final, você precisa olhar para qualquer prova que seja e considerar aquilo como alegria. Em primeiro lugar, uma atitude alegre.

Agora, a expressão “tende por motivo”, tende por motivo, é um aoristo; isso significa considerar aquilo ou avaliar aquilo como alegria. Isso é algo que você precisa se disciplinar, de certa forma, para fazer. Seja o que for, você diz, “Isso será alegria, eu considerarei isso como alegria” – um compromisso consciente para com uma atitude alegre. Quando Paulo diz aos Filipenses no capítulo 4, “Eu tenho aprendido em qualquer circunstância a ficar contente”, ele estava em uma prisão. Ele aprendeu a fazer isso. Ele cultivou isso. Isso não é algo que acontece acidentalmente. Assim, “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria” – não uma alegria parcial, mas uma alegria total – “quando” – preste atenção nessa pequena palavra “quando”; não é a palavra “se”, é a palavra “quando”. Na verdade, é a palavra hotan, que significa “quando”. Quando ela é usada dessa forma com o subjuntivo, de certa forma ele está dizendo, “quando, acredito em mim, é inevitável”.

Assim, “quando passardes” – parapipto, a ideia de entrar em uma provação; o termo é usado aqui e eu acho que em mais dois outros lugares. Uma vez em Lucas 10:30, onde a história do bom samaritano é contada, e o homem caminhando pela estrada quando se depara com ladrões. Aqui está a palavra “deparar” – “cair”. Ela traz a ideia de ser abruptamente atacado ou surpreendido pelos ladrões. Ela também é usada em Atos 27:41, onde Paulo está em um barco a caminho de Roma, e ele diz que o barco passou em um lugar onde os dois mares se encontram. Se você já andou de barco, você sabe que quando dois corpos de água se encontram, isso pode ser muito difícil; é como bater em uma parece. Assim, eles caíram naquele lugar – novamente, de forma abrupta, sendo surpreendido naquela condição. Assim, a palavra significa uma ocorrência não planejada, surpreendente que cai sobre você; peri significa “em volta”. Ela fica a sua volta. Ela e cobre você.

Assim, todos nós em nossas vidas vamos ser surpreendidos, tropeçaremos e nos chocaremos ao passarmos por problemas inadvertidos que estão a nossa volta. A intensão disso é que não parece haver nenhuma saída. Cristo teve isso. Em Lucas 22:28, Ele disse aos seus discípulos, “Vós sois os que tendes peirasmos, permanecido comigo nas minhas tentações”. E não há uma saída, elas estão a sua volta. Jesus nunca procurou problemas, mas ele sempre os aceitou. O nosso amado Senhor estava até mesmo alegre. Você se lembra de Hebreus, capítulo 12, versículo 2, “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia”. Ele passou pelo que passou porque ele via além da tribulação, à alegria que ele obteria uma vez que a tribulação tivesse terminado. Em outras palavras, no que isso resultaria – no que isso resultaria.

Depois, em Hebreus 12, eu imagino que você já deve estar familiarizado com os versículos 10 e 11, ele diz, “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça”. Assim, quando você percebe que se aproxima uma tribulação, a sua atitude deve ser uma atitude de alegria, porque você antecipa a obra de aperfeiçoamento que o Senhor fará através dessa tribulação. Você aprende então a cultivar a atitude correta. Essa era, claro, a forma do Salvador. Ele passou da dor para a alegria. Nós deveríamos esperar algo diferente? Você se lembra em Mateus 10, quando Jesus disse isso? Ele disse aos seus discípulos, quando estava preparando para envia-los, que eles certamente não deveriam esperar nada diferente do que ele passou. Ele diz no capítulo 10, versículo 25, “Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor”. O que ele estava falando aqui não era muito de discipulado como modelo mas de discipulado como sofrimento. Depois, em João, capítulo 15, ele diz, “Se me odiaram, também odiarão a vós outros; se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros”. No capítulo 16, ele diz, “Mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus”.

Nós podemos nos alegrar porque vemos além? Nós podemos nos alegrar porque nós temos uma visão de que, através da dificuldade, o Senhor está fazendo uma obra de aperfeiçoamento? Veja João 16 por um momento. Eu quero que você preste atenção a diversos versículo que ajudam a elucidar este ponto. E nós cobrimos tantos significados de tribulações em nossa ultima mensagem que estamos apenas adicionando esses no final. Para aqueles que não estavam aqui, desculpem-me por não ter tudo aqui, mas eu confio que o Senhor irá lhe instruir da mesma forma. João 16:20, Jesus diz, “Em verdade, em verdade” – e novamente ele está realmente avisando os discípulos – “eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará”. Em outras palavras, ele está antecipando a sua morte, e o mundo regozijará, mas os que o amam chorarão e lamentarão. “E vós ficareis tristes” – eu amo isso – “mas a vossa tristeza” – o que? – “se converterá em alegria”. Então, ele dá uma ilustração. “A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem”. Que bela analogia. Que imagem maravilhosa. “Assim também agora” – versículo 22 – “vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar”.

Agora, eu penso que isso é aplicável para a vida de todo crente. Conforme nós entramos em um tipo de tribulação, seja qual for a tribulação, nós precisamos ter a visão que enxerga além da tribulação para a alegria que virá quando nós passarmos por aquele teste, quando formos fortalecidos por aquilo. Assim, a nossa resposta, novamente em Tiago, capítulo 1, não é uma alegria parcial, é uma alegria completa, chegando a uma convicção definida e decisiva de que nós vamos encarar as tribulações com a atitude correta. Nós podemos ter toda a alegria. Agora, alguns comentaristas dizem que isso significa somente alegria e mais nada, sendo uma alegria pura. Outros comentaristas dizem que isso significa uma alegria mista. Alguns comentaristas dizem que isso significa alegria completa. Outros dizem alegria total. Um que eu gosto diz pura alegria. Pode escolher, todos eles querem dizer a mesma coisa. Porém, essa é uma alegria de alguém que enxerga como um privilégio ter a sua fé testada, porque ele sabe que a provação da sua fé o levará mais para perto do Salvador. Ele anseia tanto por intimidade e por aquele relacionamento de dependência, que até mesmo a provação é uma amiga bem-vinda.

Você já notou – você já notou que em suas tribulações, você é muito mais sensível a presença de Deus? Você já percebeu isso? Você já percebeu que quando você está passando por alguma situação difícil a sua vida de oração cresce? A sua comunhão com Deus aumenta? Você começa a buscar nas escrituras as respostas para os seus problemas. Você começa a pedir para as pessoas orarem por você, e tudo isso aproxima você do Senhor e da própria fonte da alegria. Nós somos privilegiados por termos a nossa fé provada. Nós somos privilegiados de sofrer. Nós deveríamos enxergar isso como um privilégio e aceitar isso com alegria. Em 1 Pedro 2:20, ele diz que se você se sair bem e sofrer por isso, faça isso com paciência porque isso é aceitável a Deus. Você está realmente sofrendo por sua causa. Lembre-se disso, Hebreus 12:4 diz que você ainda não sofreu até o sangue. Eu quero dizer, você não sofreu como Jesus sofreu. Você já parou para pensar nisso? Eu penso muito sobre isso. Quando eu estou passando por alguma provação – e eu tenho minhas provações – e começa a ficar difícil, e eu começo a me perguntar se isso é realmente uma ocasião de alegria e se dá para regozijar com alguma coisa, e então eu sou lembrado de que eu não cheguei nem perto de sofrer até o sangue como Jesus Cristo sofreu. Se ele suportou a cruz e viu aquilo como uma alegre oportunidade para cumprir algo grandioso para o propósito de Deus, então como que eu não vou suportar minhas pequenas provações com alegria também? Eu não olho somente para Cristo como modelo – mas, de alguma forma, Cristo é um modelo irreal para mim, porque não importa o que eu fizer, eu nunca serei como ele. Então, encontro alguém mais parecido comigo para eu ter um padrão igual. Inevitavelmente, eu sou atraído para um homem pelo nome de apóstolo Paulo, que me parece foi o mais perto que alguém já foi de ser como Cristo. Todas as vezes que ele passa por provações, ele parece conseguir se alegrar e regozijar, não importa o que está acontecendo.

Eu me lembro de Atos 16. Agora, “Por volta da meia-noite” – Paulo e Silas estão na prisão. Você precisa saber que esse não é um lugar bom. Elas não eram como as prisões de hoje. Eram lugares sujos, sem condições sanitárias, sujo e escuro. E não apenas isso, eles seriam colocados em troncos, e com troncos, isso significa que seus braços estariam esticados. Eles esticavam as pernas a fim de que as suas pernas ficassem esticadas, novamente, fazendo com que seus músculos ficassem tensos, causando nó por causa da imobilidade e do estiramento. E aqui eles estão nesta condição, em troncos, na prisão. As suas vidas estão na linha. E o texto diz, “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus”. Agora, essa é uma atitude de alegria em meio a uma provação muito difícil. Porém, essa parece ter sido a porção de Paulo.

Eu sou lembrado também de 2 Coríntios 12, e Paulo, você se lembrará, tinha algum espinho na carne, um mensageiro de Satanás enviado para perturba-lo; uma grave dificuldade, pela qual ele orou três vezes para o Senhor remove-la, e aquilo não foi embora. Então, ele diz, “a minha graça é suficiente para você, Paulo”. Você não precisa da eliminação da provação. Você precisa da graça para suporta-la. Eu te darei a graça porque a minha força é aperfeiçoada em tua fraqueza. Então, Paulo diz, “Mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo”. Você deve regozijar na tribulação. Em primeiro lugar, isso aproxima você do Senhor. Em segundo lugar, isso lhe permite participar do privilégio do seu sofrimento. Em terceiro lugar, isso lhe mantém, o que? Humilde, não é mesmo? Isso lhe mantém dependente. É um privilégio.

Veja Filipenses 1. Nem todo sofrimento é necessariamente um sofrimento físico. As vezes, nós temos que passar por sofrimento mental e emocional. Porém, em Filipenses, capítulo 1, Paulo está falando a respeito das coisas que ele está fazendo. Ele, claro, está como prisioneiro quando ele escreve para os Filipenses. E ele diz no versículo 12, “as coisas que me aconteceram” – isto é, a prisão – “têm, antes, contribuído para o progresso do evangelho; de maneira que as minhas cadeias” – ele está algemado – “em Cristo, se tornaram conhecidas por todo o palácio”. Ele estava algemado a todo esses soldados romanos, e como resultado disso, ele estava ganhando todos eles para o Senhor, havendo então um avivamento no palácio de Cesar. É por isso que no final de Filipenses, no versículo 22 do capítulo 4, ele diz, “Todos os santos vos saúdam especialmente os da casa de César”. Eles não sabiam o que eles tinham em suas mãos. Eles achavam que tinham um prisioneiro; eles tinham acorrentado aos seus próprios soldados um auto-proclamado evangelista, dando a ele, consequentemente, uma audiência.

Ele diz no versículo 14, “A maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas”. Em outras palavras, as pessoas vêm que esse ministério na prisão é válido, então eles correm atrás disso, pensando, “Se eu entrar na prisão, eu terei um avivamento como Paulo”. Existem várias formas de ter um ministério na prisão, não é mesmo? Paulo diz, “Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia”, isto é, “alguns pregam a Cristo antagonicamente contra mim”. Algumas pessoas estavam contra Paulo. E o que elas estavam fazendo era – se você estudar o pano de fundo aqui, o que elas estavam fazendo aqui era falar mal de Paulo, dizendo que ele estava preso porque ele acabou com o seu ministério, o Senhor o aposentou, ele teve o seu momento e agora ele foi deixado de lado. Alguns poderiam estar dizendo que ele cometeu algum pecado. Seja o que for, certamente era briga e contenda. O versículo 16 diz, “eles buscavam acrescentar aflição às minhas algemas”. Não era algo mal, não era mal o suficiente que ele estivesse algemado; agora, haviam pessoas buscando machuca-lo dizendo coisas más contra ele. “Eles proclamavam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém o fazem de boa vontade; estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho”.

Porém, o versículo 18, eu gosto muito disso, ele diz, “Todavia, que importa? Uma vez que Cristo está sendo pregado, com isso me regozijo, sim, sempre me regozijarei”. Que padrão. Que padrão que ele é. Ele é um homem de alegria. Veja o capítulo 2, versículo 17. Ele diz, “entretanto, mesmo que seja eu oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé” – em outras palavras, se eu morrer salvando vocês – “alegro-me e, com todos vós, me congratulo”. Ele era dispensável, não era? Ele realmente era. Ele não achava que sua vida era preciosa. Ele diz em Atos 20 que tudo o que ele deseja fazer é cumprir o ministério. No capítulo 3, versículo 7, “Mas o que, para mim, era lucro” – o que eram essas coisas? – “circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo”.

E então no capítulo 4 ele diz, “Regozijai-vos no Senhor, novamente eu digo, regozijai-vos”. Ele aprendeu a regozijar-se em qualquer momento. Por que? Porque ele percebeu que ele estava se aproximando de Deus; ele estava participando dos sofrimentos de Cristo. E essa foi a sua oração, não foi? “Para que eu o conheça na comunhão dos seus sofrimentos”. Ele sabia que ele veria o poder de Cristo em sua fraqueza, e ele sabia que nisso o Senhor o tornaria um homem melhor, realizando algumas obras gloriosas, provando a sua fé.

Essa foi a alegria de Jó. Jó disse, “Ele conhece os meus caminhos. Eu não vou debater com Deus. Ele conhece os meus caminhos”. Então ele disse, “Quando ele me provar, eu sairei como” – o que? – “ouro”. Eu quero que ele faça o que ele fará pela alegria do produto final. Jó até mesmo disse – em Jó 23:10 – “Embora ele me mate, ainda assim eu confiarei”. A sua esposa estava do seu lado dizendo, “Amaldiçoe a Deus e morra”. E ele estava regozijando.

As tribulações devem ser encaradas com uma atitude alegre. Elas produzem uma fé provada. Elas nos fortalecem. Elas nos levam a estar em comunhão com Deus. Elas nos identificam nos sofrimentos de Cristo, e que bela identificação isso é. Elas prometem que coisas melhores virão. De certa forma, nós podemos desfrutar do sofrimento hoje porque será maravilhoso quando chegarmos no futuro. Como Romanos 8:18, “a glória será revelada, os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparadosa glória será revelada, os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados ”, não é mesmo? É como o rapaz que batia a sua cabeça na parede; porque era muito bom quando ele parava. Vai ser muito bom, não é, quando tudo isso terminar. Que privilégio. Por onde você começa as suas tribulações? Eu creio que Tiago está dizendo que você começa com uma atitude alegre, porque você sabe de todas as coisas pequenas que Deus está usando para a tribulação que passará em sua vida. Que coisa rica e maravilhosa poder ver a sua fé sendo provada, ver a sua fé fortalecida, ver algum pecado saindo de sua vida, enchendo o seu coração com esperança para aquele dia melhor em que você não terá tribulações, para lhe aproximar da oração e da comunhão, para lhe identificar com Cristo. Que coisa maravilhosa, algo para regozijar.

Eu estava lendo Warren Wiersbe, que é um amigo querido, e no seu comentário de Filipenses, ele teve um excelente pequeno parágrafo. Ele disse, “Os nossos valores determinam as nossas avaliações. Se nós valorizarmos o conforto mais do que o caráter, então as tribulações nos irritarão. Se nós valorizarmos o material e o físico mais do que o espiritual, nós não poderemos considerar tudo como alegria. Se nós vivermos somente para o presente e esquecermos do futuro, então as tribulações nos deixarão amargos e não melhores” fim da citação. Ele está certo. Os seus valores determinam a sua avaliação. Agora, preste atenção. Se você não consegue regozijar nas suas tribulações, então os seus valores estão errados. Você entendeu isso? Os seus valores estão errados. Você não está vendo que Deus tem um propósito nisso. Agora, enquanto eu estou pregando isso, eu estou pensando comigo mesmo, “O Senhor provavelmente fará você viver esse sermão em algumas semanas”. Eu não ficaria surpreso. Uma vez Walter Knight escreveu, “Pressionado na medida, pressionado por todo lado, pressionado intensamente que vai além da sua força, pressionado no corpo e pressionado na alma, pressionado na mente até as trevas cobrirem, pressionado pelos inimigos e pressionado pelos amigos, pressão sobre pressão até o fim da vida. Pressionado em não ter mais nenhum auxiliador a não ser Deus. Pressionado para a liberdade onde nada lhe prende, pressionado para a fé a fim de fazer coisas impossíveis. Pressionado para viver a vida no Senhor, pressionado para viver uma vida derramada por Cristo”. Isso não é belo? É isso que ele pretende lhe pressionar.

Amy Carmichael disse, “Não tendes cicatriz? Nenhuma cicatriz no pé, no lado ou na mão? Ouvi que cantaste poderosamente na terra. Ouvi exaltarem a tua brilhante e ascendente estrela. Não tendes cicatriz? Não tendes ferida? Sim, fui ferido pelos arqueiros. Colocado contra uma cruz para morrer por bestas selvagens que me cercaram. Não tendes feridas? Nenhuma ferida, nenhuma cicatriz. Sim, assim como o Mestre, o servo será, perfurados são os pés dos que me seguem. Porém os teus estão inteiros. Pode ter seguido longe aquele que não tem ferida e nem cicatriz?” A alegria e o privilégio de ter em nossos corpos as marcas de Cristo, suportando tribulações para o fortalecimento da fé; uma atitude de regozijo.

Eu quero lhe mostrar uma segunda coisa, um meio para perseverar nas tribulações; não somente uma atitude alegre, mas uma mente compreensiva; uma mente compreensiva. Veja o versículo 3. Qual é a primeira palavra no versículo 3? Qual é? “Sabendo”, falando da mente. Você não deve apenas ter uma atitude alegre, mas uma mente compreensiva. A palavra é ginosco. Ela basicamente tem a ideia do conhecimento que vem da experiência pessoal, o conhecimento pessoal que nós aprendemos porque nós encontramos a verdade, nós mesmos. “Sabendo que” – agora, o que ele quer dizer aqui é, “Olha, se você vai passar por uma tribulação vitoriosamente, se você vai perseverar, você precisa saber de algumas coisas, você precisa entender algumas coisas”. Cristo teve alegria ao suportar a cruz porque ele sabia no que aquilo resultaria. Ele sabia que aquilo viria. Você precisa saber de algumas coisas também. O que você precisa saber? Bom, “sabendo que a provação da vossa fé produz perseverança”. Assim, você precisa saber que o que está passando em sua vida está produzindo algo realmente benéfico.

Deixe-me ver se eu consigo explicar bem isso. O que você deveria saber a respeito de perseverar nas tribulações? O que você precisa saber? Bom, em primeiro lugar, você precisa saber que a sua fé está sendo testada. Você precisa saber disso. Você diz, “Bom, por que eu preciso saber disso? “ Porque quando você chega do outro lado da tribulação e você ainda tem a sua fé, é bom saber que você é legítimo, não é mesmo? É maravilhoso. Se você me perguntar como que eu sei que eu sou um cristão, uma das coisas que eu vou lhe dizer é, “Bom, eu amo o Senhor com todo o meu coração. Certamente não o tanto que eu deveria, mas eu amo com tudo aquilo que eu sinto que consigo dar. Assim, eu sei que eu o amo, e eu sei que eu sou um cristão por causa do meu amor pelo Senhor. Porém, eu também sei que eu sou um cristão porque eu passei por situações difíceis, e eu sai do outro lado, e toda a minha esperança e toda a minha confiança está nele”. Portanto, saiba disso, que a sua fé é testada. Qualquer coisa que for legítima será testada, e a verificação da fé verdadeira deve ser algo maravilhoso. Que encorajamento ver que a minha fé era genuína, que eu passei pelo teste e fui aprovado.

A palavra “teste”, dokimion, significa “prova”. Saiba disso, que a prova da sua fé trará perseverança. Obra, a palavra obra significa cumprir ou conquistar. Nunca pense que as tribulações não servem para nada, elas servem sim. As tribulações, todas as tribulações que aparecem em nossa vida são feitas para cumprir algo. Elas são feitas para produzir algo. Elas são feitas para resultar em algo. O que é isso aqui? É hipomone – não paciência; a melhor palavra é perseverança. Paciência é a palavra makrothumia, que tem a ver com ser paciente com as pessoas. Aqui nós temos a palavra “perseverança”. É um poder que fica, essa é uma boa tradução; perseverança, talvez a melhor. Isso talvez seja onde os antigos teólogos entenderam a perseverança dos santos como um termo teológico. É a tenacidade do espírito que permanece sob pressão enquanto espera o tempo de Deus para ser removida, tirada, para receber o premio quando a tribulação termina. Que bela coisa ter isso em sua vida; perseverança. Todas as vezes que você passa por tribulações, toda vez que eu passo por tribulações e toda vez que nós passamos por tribulações, nós somos fortalecidos. Nós ganhamos um pouco mais do que perseverança.

No Salmo 40, versículo 1, ele diz, “Esperei confiantemente pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me pôs nos lábios um novo cântico”. Toda vez que você sai de uma tribulação, não é desse jeito que você se sente? Eu clamei ao Senhor, Ele me levantou e me colocou em uma rocha, colocou uma canção em meu coração, e eu sai mais forte do que nunca por suportar aquela tribulação.

Agora, eu quero lhe mostrar algo. Vamos para 1 Coríntios 10. E preciso elaborar isso mais um pouco. 1 Coríntios 10:13, ele diz, “Não vos sobreveio tentação” – é o mesmo termo aqui – “não vos sobreveio tentação que não fosse humana”. Em outras palavras, você não terá o tipo de tentação sobrenatural que será tão forte que não há nada no âmbito humano que possa aguentar isso. Não. As tentações que vêm são tentações comuns aos seres humanos. “Mas Deus é fiel” – marque isso – “e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças”. Eu quero que você pare e pense nisso. Agora, todas as pessoas têm as mesmas habilidades em termos de lidar com tentações? Elas têm? Não. Um novo cristão com um conhecimento limitado, com um entendimento limitado e com uma experiência muito limitada não terá a habilidade de suportar tentações no mesmo nível que outra pessoa consiga. Eu creio que o que o apóstolo está prometendo aqui é que Deus nunca lhe colocará em uma tentação que você não consiga lidar até que ele o coloque em algumas preliminares para lhe fortalecer para aquele nível de tentação. Essa é a promessa de 1 Coríntios 10:13 – nunca chegará em sua vida, ou em minha vida, uma tentação que será absolutamente sobrecarregada. Em primeiro lugar, o Senhor nos trará tribulações, testando a nossa fé, fortalecendo a nossa fé, produzindo perseverança, para que gradualmente, nós possamos sair para Ele, nos deparando com maiores tribulações, estando preparados para encarar essas tribulações. O Deus que é soberano, fiel e que mantém a aliança, assegurando os seus filhos, faz isso de uma forma intima e pessoal, todos os dias e horas de suas vidas, não sendo apenas uma afirmação feita no passado, mas trabalhando nisso todos os dias.

É como um corredor. Eu me lembro alguns anos atrás que houve, eu não sei como chama isso, um jogathon na Cal State Northridge para as pessoas deficientes no programa do Dr. Britton. Alguém me disse, “Você vai correr?”. Eu disse, “Bom, eu não sei”. Bom, as pessoas queriam colocar dinheiro para eu correr, e quando chegou a época do jogathon, eu tinha muita gente que prometeu muito dinheiro se eu corresse. Eu acho que um rapaz prometeu, por volta, cem dólares. Isso era muita pressão. Eu sei que cada volta que eu desse seria mais cem dólares para o programa, não é mesmo? E você precisava fazer isso em uma hora. Bom, eu não corria a um tempo, eu não corro porque meus joelhos estão ruins por causa de machucados da época do futebol americano, mas eu estava determinado naquele dia que eu correria. Então eu corri. Eu acho que eu corri 26 voltas em uma hora. Eu quero que vocês saibam, pessoal, vocês não sabiam disso, mas eu não consegui andar por uma semana. O meu joelho ficou inchado, e eu não quero entrar no meu histórico médico, mas eu não conseguia andar. E, claro, eu ouvi um sermão da minha esposa a respeito de exagerar nas coisas, e tudo que eu conseguia pensar era a respeito do dinheiro para esse projeto.

Mas isso foi uma boa lembrança para saber que todos saibam que, para correr uma longa distância, é preciso começar devagar. O meu foi o inverso. Eu comecei grande e nunca mais corri. Nós trabalhamos ao máximo, não é? Esse é o ponto de Tiago aqui; entender e saber que Deus está fortalecendo a sua fé. Ele está produzindo uma perseverança maior para um ministério maior, para um maior serviço, para maiores tribulações e para uma maior alegria. E eu não lhe disse que em muitas ocasiões que quanto mais difícil for a batalha, mais doce será a vitória? Quanto mais difícil for a tribulação, mais doce será quando você sair dela. Isso é verdade. Eu tenho aprendido em minha vida que quando você está passando por uma tribulação, sempre há, sempre há luz na manhã, e quando você sai dela, você regozija na força maior e na libertação de Deus, que prova novamente que ele é confiável, fortalecendo a sua fé.

Em 2 Tessalonicenses 1, Paulo escreve aos tessalonicenses cristãos. Ele diz, “graça e paz a vós outros, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. Irmãos, cumpre-nos dar sempre graças a Deus no tocante a vós outros, como é justo, pois a vossa fé cresce sobremaneira”. Isso não é bom? “pois a vossa fé cresce sobremaneira, e o vosso mútuo amor de uns para com os outros vai aumentando, a tal ponto que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, à vista da vossa constância e fé, em todas as vossas perseguições e nas tribulações que suportais”. Você sabe o que a perseverança trouxe para eles? Ela trouxe para eles uma fé maior, um amor abundante e um tremendo testemunho. É muito produtivo. No capítulo 3, versículo 5, ele diz para eles, “Ora, o Senhor conduza o vosso coração ao amor de Deus e à constância de Cristo”. Eles eram um grupo que perseverava maravilhosamente.

Em Hebreus, capítulo 11, também, nós temos uma percepção a respeito desse ponto sendo ilustrada a nós. É uma discussão de Moisés, “Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito” – por que? – “porque contemplava o galardão”. Em outras palavras, o homem viveu à luz do que a perseverança traria para o futuro. Ele viu o plano futuro. Assim, pela fé naquele plano, pela fé em Deus, ele abandonou o Egito, e não ficou intimidado pela ira do rei, porque ele conseguia ver o rei invisível. Pela fé, celebrou a Páscoa e o derramamento de sangue, para que o exterminador não tocasse nos primogênitos dos israelitas. Pela fé, atravessaram o mar Vermelho como por terra seca; tentando-o os egípcios foram tragados de todo.

E então, ele vai daqui para falar a respeito de outras pessoas em momentos terríveis de tribulação. Quando você vai para o versículo 32 você tem mais e mais deles: Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel, os profetas, sempre pela fé, pela fé, pela fé; os grandes heróis da fé aqui. Eles confiaram em Deus em meio a circunstâncias inacreditáveis. Eles subjulgaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros. Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição; outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa. Eles fizeram tudo isso pela fé.

Então vem o capítulo 12, e ele diz, “Esses são os heróis da fé. Temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas”. Isso significa muitas pessoas que testificaram a virtude da fé. É melhor você deixar de lado as coisas da sua vida e correr a corrida da fé como eles fizeram. O grande autor e consumador da fé é Cristo, o maior exemplo de alegria em meio as tribulações. Quando as tribulações vêm, então, nós temos uma mente compreensiva. Nós entendemos que o Senhor está criando perseverança. A perseverança nos fortalece para o ministério maior. A nossa fé está provada.

Existe um terceiro ingrediente, e eu vou lhe dar apenas esse e os outros dois na próxima vez. O terceiro meio de perseverança – primeiro uma atitude alegre, segundo, uma mente compreensiva – terceiro, uma vontade submissa – uma vontade submissa. Eu amo isso no versículo 4, isso é muito direto. Veja isso, “Ora, deve” isso é um imperativo ativo presente, um mandamento, “Ora, a perseverança deve ter ação completa”. Deixe Deus fazer a sua obra. Deixe a perseverança fazer o que Deus quer fazer. Esse é um mandamento que demanda submissão. O que ele está dizendo é, seja submisso na tribulação. Não lute contra isso. Não discuta a respeito disso. Não levante suas mãos contra Deus. Aceite isso. Se você tentar lutar contra isso, se você tentar resistir a isso, se você tentar discutir, debater, você entrará em disciplina com Deus. “Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enfades da sua repreensão. Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem”. Se você persevera na disciplina, Deus está lidando com você como filho”. Ele está lhe aperfeiçoando. Ele está lhe moldando. Se você lutar contra isso, você tornará isso mais e mais difícil.

Assim, nós devemos nos submeter – nós devemos nos submeter. Eu disse isso, você se lembra, quando nós passamos por 1 Coríntios 10; há anos atrás. O único caminho para sair da tribulação é por onde? Através dela. Não existe saída pelos lados. O caminho é através dela. “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”. O caminho do escape é sempre através disso. Assim, com a alegria nas tribulações, porque nós vemos um futuro glorioso, porque nós somos atraídos a uma doce comunhão com o Pai, porque nós somos enriquecidos com a comunhão dos sofrimentos de Cristo, porque nós vemos o pecado sendo tirado de nossa vida, porque ele nos dá uma maior esperança para o céu. Na alegria de tudo isso, nós começamos a ver como perseverar.

Então vem o entendimento que Deus está fazendo isso para criar uma perseverança maior, para uma utilidade maior, para tribulações maiores; então, nós nos submetemos a isso, com um espírito submisso ou com uma vontade submissa. Veja o que ele diz aqui. “A perseverança deve ter ação completa”. É isso que ele está tentando fazer – a perseverança deve ter ação completa – ele está tentando tornar você melhor. A palavra “perfeito” aqui seria melhor traduzido como “espiritualmente maduro”. Não fique relutante quando as tribulações vêm. Não lute contra isso. não resista a isso. Não negue a Deus aquelas obras maravilhosas de aperfeiçoamento que Ele quer fazer em sua vida.

No Salmo 131 – um salmo de três versículos – veja o que ele diz, “Senhor, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim. Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo”. Belo pensamento. Senhor, o que você fez eu passar me fez crescer. Eu amadureci. Eu sai da mamadeira; é isso que ele está falando. Isso é um privilégio; um coração agradecido por se tornar forte.

Jó agradeceu a Deus e prazeirosamente se submeteu a toda tribulação que o Senhor lhe deu, mesmo que o seu coração às vezes estivesse confuso. E você sabe o que é interessante? Não foram, não foram as circunstâncias que confundiram a Jó. Não foram as circunstâncias que o irritaram. Foi na verdade o fato de que ele não conseguia uma resposta de Deus a respeito do que o irritava. Ele continuou perguntando e não veio nada. Essa era a dificuldade. Em Jó 5:7 ele diz – Elifaz está falando – “Mas o homem nasce para o enfado, como as faíscas das brasas voam para cima. Quanto a mim, eu buscaria a Deus e a ele entregaria a minha causa; ele faz coisas grandes e inescrutáveis e maravilhas que não se podem contar; faz chover sobre a terra e envia águas sobre os campos, para pôr os abatidos num lugar alto e para que os enlutados se alegrem da maior ventura”. Ele diz que quando você passa por uma tribulação, apenas entregue-se a Deus. Apenas entregue-se a Deus, confie nele.

O Salmo 37 diz, “Não te indignes por causa dos malfeitores. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele” – e a escritura diz – “e o mais ele fará”. Agora veja, siga isso: a perseverança não é o objetivo, o objetivo é a perfeição. A perseverança é o meio para fazer isso. Acontece assim: você passa por uma tribulação, você fica mais forte, você tem maior perseverança. Essa maior perseverança permitirá que você passe por tribulações maiores e essa maior perseverança, uma tribulação maior, e a sequência disso trará maturidade espiritual. A perfeição é realmente um sinônimo de maturidade espiritual. Deixe a perseverança levar ao objetivo, o final, o cumprimento, que é a maturidade espiritual. Isso não significa sem pecado. Não. Isso não é um indício de falta de pecado. Tiago 3:2, “Porque todos tropeçamos em muitas coisas”. Porém, o ponto é a maturidade espiritual, um desenvolvimento espiritual total; com os termos de 1 João 2:14, ser um pai espiritual que o conhece desde o início.

Além disso, o termo “perfeito”, teleion, é usado em fontes seculares a respeito de animais que já estão adultos. Aqui ele é usado para Cristãos que já cresceram. Isso torna um cristão adulto. Assim, o Senhor está lhe dando perseverança, para fazer você passar por um teste maior, para tornar você um cristão mais forte, um cristão mais maduro. Em Filipenses 3:15, Paulo diz, “Todos, pois, que somos perfeitos” e por aí vai. Assim, isso é algo alcançável, você pode fazer isso. O Senhor está fazendo você passar por isso para lhe conduzir até lá. A fé é testada para nos tornar mais dependentes, para nos dar uma fé mais forte, para nos conduzir a uma comunhão mais profunda. É isso que nos torna mais maduros.

A palavra “perfeito” traz a ideia de riqueza de caráter. Conduzir-nos ao lugar onde realmente queremos estar e onde o Senhor quer que estejamos. Isso também traz a ideia de equilíbrio, estabilidade, uma justiça equilibrada. O melhor versículo para explicar isso – eu amo isso – Gálatas 4:19, Paulo diz, “Eu nunca ficarei satisfeito ou eu sofrerei dores de parto, eu sempre terei dor espiritual até” – preste atenção – “ser Cristo” – o que? – “formado em vós”. Isso não é um maravilhoso pensamento? Esse é o desejo. Esse é o maior objetivo espiritual, até que Cristo seja completamente formado em nós. E ele descreve o que ele quer dizer com perfeição no versículo 4, “A perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos” – e ele repete teleioi novamente – “e íntegros”. Essa é uma palavra maravilhosa holokleros. Holos significa inteiro; nós temos uma palavra hoje, holografia, que significa uma imagem de 360 graus; holos e kleros que significa todas as partes. Ele deseja que você tenha todas as partes intactas, bem feitas, completo espiritualmente, e a parte negativa disso, “em nada deficientes”. Que entendimento compreensivo. Ele coloca você em tribulações, para que você ganhe perseverança, a fim de passar por mais tribulações, até que você se torne uma pessoa completamente madura em Cristo.

Somente as tribulações podem fazer isso. Pegue a Palavra de Deus, que é capaz de lhe aperfeiçoar, 2 Timóteo diz isso, e as tribulações, 1 Pedro 5:10, que o Deus de toda graça, depois de você ter sofrido por um tempo lhe tornará – o que? – perfeito – tribulações, as escrituras, e a perfeição que vem.

Deixe-me levar você a uma passagem enquanto caminhamos para a conclusão, em Jeremias 48, Jeremias 48, um dos meus textos favoritos do Antigo Testamento por ser muito rico em significado. Em Jeremias 48, existe um julgamento feito contra Moabe, que claro, estava no sudeste de Jerusalém, uma nação vizinha pagã. Na verdade, Deus amaldiçoou os moabitas, e não era permitido que houvesse nenhum moabita na casa de Israel. Ouve uma bela exceção para isso que foi a história de Rute pela graça de Deus. Porém, no versículo 11, eu quero que você perceba isso, “Moabe”, ele diz, “despreocupado esteve desde a sua mocidade”. Você sabe qual é o problema de Moabe? Moabe não tinha Deus. Moabe não era regenerada. Moabe é dissipada. Você sabe por que? Porque Moabe nunca teve nenhum problema em sua vida; uma vida sem problemas produz um caráter muito fraco. Tudo bem? Agora veja. “E tem repousado nas fezes do seu vinho”. O que são fezes aqui? As fezes são os sedimentos que ficam no fundo da vasilha no processo de fazer o vinho; “não foi mudado de vasilha para vasilha, nem foi para o cativeiro; por isso, conservou o seu sabor, e o seu aroma não se alterou”.

Você diz, “o que é isso?” Bom, eu vou lhe dizer. Essa é toda a imagem de fazer vinho. Agora, eu quero lhe falar como isso é feito. Eu digo isso pelos estudos, não pela experiência. Eu quero lhe falar como ele é feito. Você tem várias vasilhas de vinho. Você pega esse fruto da videira, suco de uva, coloca na vasilha e deixa ali. Enquanto ela fica ali, o sedimento, ou as fezes, vão para o fundo e começa a separar o vinho do suco. Depois de um tempo – isso é típico do processo de fazer vinho – você tira isso da vasilha e coloca em outra. Alguns dos sedimentos ficam no fundo. Você coloca na próxima vasilha e o processo é repetido por um longo período de tempo. O sedimento que fica ali cai para o fundo naquele também. Você faz isso várias, várias, várias e várias vezes e finalmente você coloca e espera muito tempo, e tira de novo. Entao, não haverá mais sedimento e será doce.

Todo aquele sedimento é ajuntado, e daquele sedimento o vinagre é feito. Agora, o vinho tem uma fragrância doce e um gosto doce. Ele ficou desse jeito porque ele foi colocado de vasilha, em vasilha, em vasilha e em casa momento, a parte amarga caia e ficava no fundo. Deus está dizendo que se Moabe tivesse saído de problema, em problema, em problema, para que a amargura saísse, Moabe teria oferecido um cheiro doce. Mas Moabe estava despreocupada. Isso é algo muito ruim.

Considere como alegria, e entenda isso, submeta-se a isso, porque conforme Deus faz você e a mim passarmos de tribulação, em tribulação, em tribulação, toda a amargura vai ficando no fundo até trazermos diante do Senhor somente um doce sabor, um cheiro doce sem amargura. Nós regozijamos em nossas tribulações com isso em mente. Entendemos a obra aperfeiçoadora e estamos dispostos a nos submeter. Agora, se você consegue encarar as suas tribulações assim, você transformará isso em triunfo, não é mesmo? Existem mais dois para falarmos, e faremos isso na próxima vez. Vamos orar.

Pai, nós não queremos ouvir isso e esquecermos, ou lembrando disso não aplicarmos, mas desejamos, Senhor, ouvir e aplicar essas coisas em nossas vidas. Ajuda-nos agora a internalizarmos e tornar isso pessoal, conforme falamos essas palavras escritas de forma tão bela pelo escritor do hino. E que a sua oração possa ser a nossa quando dissermos, “Silencio, minha alma”. Que isso possa dizer a respeito de minha alma. Seja qual for a tribulação, seja qual for a dificuldade, que possamos deixar isso contigo para ordenar isso e prover tudo, para sabermos em todo momento que Tu serás fiel, que Tu és o nosso melhor, o nosso amigo celestial. Não importa quão cheio de espinhos o caminho seja, Tu nos guia para um final feliz. Que essa seja a expressão dos nossos corações conforme cantamos juntos. E, Senhor, opera em todas as vidas a tua obra graciosa e aperfeiçoadora por causa do Salvador. Amém.

FIM

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