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Ao olharmos para a Palavra de Deus nesta manhã, eu gostaria que você abrisse a sua Bíblia nos primeiros dois capítulos do evangelho de Mateus; os dois primeiros capítulos no Novo Testamento. Eles nos introduzem ao nascimento do Rei. Ela nunca deixa de ser uma história de maravilha, uma história de benção, uma história de intervenção sobrenatural. Não importa quantas vezes nós passamos pelo nascimento de Cristo, ela ainda capta a nossa fascinação, enchendo os nossos corações com alegria. Eu gostaria que nós focássemos nesta manhã com Mateus no nascimento do Rei, enfatizando a sua realeza, a realeza de Jesus Cristo. Essa é a grande intenção de Mateus.

Certamente, as canções que cantamos nessa época do ano nos lembram do fato de que Jesus Cristo nasceu como um Rei. Nós cantamos “Alegria ao Mundo” e a canção diz, “O Senhor veio; que a terra receba o seu Rei”. Então, existe a canção, “Veio no meio da noite”, na qual nós cantamos, “Em todo o céu o gracioso Rei”. “Anjos, ouvimos nos altos céus” diz, “Cristo o Senhor, o Rei recém-nascido”. E minha canção favorita, “Todo os anjos cantam” diz, “glória ao Rei recém-nascido”.

“Nós os três reis do oriente somos”. Nós conhecemos essa canção. Tem uma linha nela que diz, “Nasce um rei no campo de Belém”. Outra diz, “Rei para sempre, nunca cessando, reinando sobre todos nós”. Outro diz, “Rei, Deus e sacrifício”. A canção, “Que criança é essa” diz, “Nascido criança, porém, rei”. E “anjos do reino da glória” expressa, “Louvai a Cristo o Rei recém-nascido”.

Todos esses enfatizam a grande realidade do nascimento de Cristo, que ele realmente nasceu um rei. Os sábios que vieram em busca dele, pararam em Jerusalém e perguntaram, “Onde está aquele que nasceu rei?” A criança, o Cristo, nasceu para ser um governante supremo, um monarca supremo. Na verdade, o escritor de Apocalipse, João, diz que ele é rei sobre todos os reis e Senhor sobre todos os senhores. Ele é o maior e o mais supremo de todos os monarcas. Um rei, como você sabe, tem um direito soberano de reinar.

O rei é a última instancia de apelo. Ele tem em sua mão o poder da vida, o poder da morte, o direito de tomar cada decisão e todas as decisões. Jesus Cristo nasceu um Rei. Ele é diferente de qualquer outro rei, mas mesmo assim um rei. A diferença está em sua realeza transcendente, em seu caráter real transcendente, em seu reino, domínio, autoridade e poder transcendentes. Porém, Mateus quer que nós, particularmente, possamos entender que Jesus é rei, e que o seu nascimento é o nascimento de um rei. Assim, nos primeiros dois capítulos, ele foca nos aspectos reais do nascimento de Cristo e é isso que eu gostaria de ver com você nesta manhã.

Em primeiro lugar, no capítulo 1, versículos 1 ao 17, nós temos a genealogia de Jesus. Isto é, nós temos a linha de descendentes de Abraão até o nascimento de Cristo. Com isso, Mateus quer que nós entendamos a sua descendência real. Qualquer um que é um rei precisa ter ascendência real. Um rei precisa ser de uma linhagem autêntica. Ele deve possuir sangue real. Para assumir o trono, ele precisa ser descendente de uma linhagem real. Na verdade, isso foi precisamente verdadeiro a respeito de Jesus. Em Israel, a linhagem racial dos judeus veio de Abraão. Abraão foi o pai de todo o povo Judeu. Assim, em termos raciais, ele precisaria ser um descendente de Abraão. Na descendência de Abração a linhagem real começa com Davi. Assim, para ter um pedigree de um rei, para possuir uma linhagem real, alguém precisaria ser filho de Abraão e filho de Davi.

A linhagem racial foi prometida para Abraão em Gênesis 12. A linhagem real foi prometida através de Davi em 2 Samuel, capítulo 7. Assim, para qualificar, Jesus precisa ser filho de Abraão, filho de Davi. E a genealogia começa com essas palavras, versículo 1, “Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão”. Os dois nomes mais importantes na genealogia foram dados primeiro: Abraão pela linhagem racial e Davi pela linhagem real. Então, no versículo 2, nós temos uma apresentação mais detalhada da genealogia começando com Abraão indo até Davi no versículo 6 e, em última instancia, para Cristo no versículo 16. Assim, o Senhor Jesus é filho de Abraão, filho de Davi. Ele cumpre o requerimento real. Para ascender ao trono, ele precisou ter uma linhagem real.

Agora, eu quero sugerir para você que o detalhe dessa genealogia é muito importante. Mateus está escrevendo para uma audiência judaica, primariamente, que são tenazes a respeito da questão de pedigrees. A certificação é essencial para eles. Toda a sua cultura se estrutura em torno disso. Por exemplo, quando os filhos de Israel entraram na terra de Canaã e Deus lhes deu aquela terra para habitar, Ele dividiu a terra dando territórios específicos para cada tribo. Assim, a tribo da qual você fazia parte ditava o lugar em que você viveria e a terra que você possuiria. Dentro do território tribal, as famílias assumiam certas porções de terra e a sua ligação com a sua família determinava onde seria a sua casa; onde seria a sua terra. Assim, a sua linhagem era muito, muito importante para estabelecer o lugar de sua residência. Tribos, famílias, casas de ancestrais eram altamente essenciais no entendimento do seu relacionamento, direitos e privilégios na terra da Palestina.

Quando havia a necessidade de vender, transferir ou trocar uma propriedade, ele requereria um conhecimento de árvores genealógicas para garantir de quem que era a propriedade. No ano do Jubileu, no décimo quinto ano, quando a terra voltava para a família original, novamente, isso era algo necessário para o que receberia a porção de terra porque ele era descendente e ele teria que provar que ele era o descendente daqueles que eram originalmente donos da terra. Quando os filhos de Israel foram levados ao cativeiro, na Babilônia, por volta do ano 600 ao ano 586 a.C., eles foram levados para o exílio. A sua terra foi desolada; eles não tinham mais posses. Após 70 anos, quando eles voltaram para a terra, Esdras nos diz que quando eles saíram para se restabelecerem na terra depois de uma ou duas gerações longe, era necessário para as pessoas provarem a sua ascendência a fim de tomar posse da terra que era por direito sua.

Quando você chega no segundo capítulo de Lucas, o qual eu li mais cedo para você, até mesmo assim, todos os Judeus na Palestina foram para o lugar dos seus ancestrais a fim de registrar a taxa imposta sobre eles pelos romanos. Assim, eles estavam muito por dentro das suas tribos, famílias e ancestrais. Isso fazia parte da vida; algo muito necessário e muito essencial. Porém, nós devemos notar que hoje tudo isso mudou. Não existe judeu hoje que tem alguma ideia de sua linhagem. Não existe nenhum judeu hoje que sabe de qual tribo ele veio, de qual família ele veio ou que terra ele possui porque todos os registros foram destruídos no ano 70 quando Jerusalém foi saqueada por Tito Vespasiano.

A coisa interessante sobre isso é que qualquer um que aparecesse hoje e dissesse ser o Messias, o filho de Abraão, filho de Davi, tendo uma linhagem justificável nunca poderia provar que isso é verdade. Assim, a última afirmação verificável à messianidade de Israel, à realeza prometida através de Davi foi Jesus Cristo. Nenhum outro suposto messias poderia confirmar o direito ao trono. Cristo foi o último. Poucos anos após a sua morte, todos os registros foram destruídos.

Agora, a linhagem real é a linhagem real que vem através de Cristo. É interessante que Mateus nos dá a sua linhagem através do seu pai, José. Lucas nos dá a sua linhagem através de sua mãe, Maria. Você ficará interessado em saber que Maria também era descendente de Davi. Ela vem através do filho de Davi, Natã, que nunca reinou, mas mesmo assim tinha sangue real. Assim, de Davi, passando por Natã, até Maria, existe sangue real. Maria é descendente de Davi através de Natã, sem confundir com o profeta Natã. Assim, é através de Maria, marque isso, que Jesus é o filho real de Davi, pois Maria foi a sua mãe.

Na verdade, conforme nós sabemos do nosso último estudo, ele nasceu de uma virgem. José não teve nenhum papel no seu nascimento. José não plantou nenhuma semente no corpo de Maria. Ela foi plantada pelo Espírito de Deus. Somente Maria foi a fonte do seu nascimento humano. Assim, era essencial que ela também viesse da linhagem de Davi, senão ele não teria sangue real. Por outro lado, a linhagem de José é a linhagem do direito real do trono. Assim, Jesus recebeu o seu sangue real através de Maria e o direito legal ao trono de José. Mesmo José não tendo parte em seu nascimento por ele ter nascido da esposa de José, Maria, ele era legalmente o filho de José. Assim, ele nasceu com o direito de reinar como Rei.

Já foi dito que se houvesse um rei, um rei com o direito de Israel na Palestina na época de José, teria sido José. José era o herdeiro legal. Assim a genealogia de Mateus passa por José porque existe um direito real ao trono. Isso vem do pai. Lucas passa por Maria para nós sabermos que ele não tem apenas o direito legal mas também o direito real porque ele carrega o sangue de Davi. Veja a ênfase no versículo 16. “E Jacó gerou a José”, isso é, esse Jacó é outro e não o patriarca familiar do Antigo Testamento. Esse é um nome judeu bem conhecido. Nós não sabemos nada a respeito desse homem. “E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual”, isso está na forma feminina no grego se referindo somente a Maria, “da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo”. José nunca é chamado na Escritura nada além de marido de Maria. José nunca é chamado de pai de Jesus. “Da qual” é feminino. Isso se refere somente a Maria e enfatiza o nascimento virginal.

Agora, eu quero que você veja algo que é absolutamente essencial para entender. Você notará nos versículos 10 e 11 que nós temos uma fluidez de nomes. Conforme você chega no versículo 11, ele diz, “Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia”. E assim ele continua. Agora, no meio dessa linhagem, dessa linhagem real, desse direito real ao trono, está um rei nascido com o nome de Jeconias. Jeconias foi um homem mal, também chamado de Conias. Ele foi um homem mal. Na profecia de Jeremias, capitulo 22, versículo 30, a Palavra do Senhor disse o seguinte a respeito de Jeconias, “Registrai este como se não tivera filhos” – em que sentido? – “homem que não prosperará nos seus dias, e nenhum dos seus filhos prosperará, para se assentar no trono de Davi e ainda reinar em Judá”.

Agora, Deus disse que nenhum filho de Jeconias reinará na Palestina em Israel. Nenhum filho terá o trono de Davi. Ainda assim, Jeconias está na linhagem messiânica. Como então que Jesus pode ser Rei se ele vem pela linhagem real de Jeconias? Como que ele pode ser rei se a linhagem de Jeconias está amaldiçoada? Esse dilema sem esperança é resolvido no nascimento virginal. Através daquela linhagem, Jesus recebeu o direito real do trono, pois ele não era um filho de sangue de Jeconias, pois aquela linhagem foi amaldiçoada e nunca poderia haver um filho de Jeconias no trono de Davi. Portanto, Cristo nasceu de uma virgem. Não havia nenhuma mancha do sangue de Jeconias nele porque ele não tinha sangue de José nele também.

Assim, em uma obra maravilhosa de Deus, a maldição de Jeconias é contornada ao evitar José e ter Jesus nascido de uma virgem. Mesmo assim, era essencial que ele tivesse a linhagem legal de Jeconias, pois essa era a linhagem de Davi que tinha o direito do trono. Cada detalhe feito com precisão. Assim, Mateus deseja que nós entendamos que Jesus tinha uma genealogia que traria a realidade de sua realeza. Ele é o rei autêntico, nascido de uma linhagem real, escapando da maldição de Jeconias através do nascimento virginal. Assim, ele tinha credenciais impecáveis. Essa é a sua herança real.

Em segundo lugar, eu gostaria de falar a respeito de sua natureza real; o seu caráter real. Um rei é um rei não apenas por causa de sua linhagem real mas por causa de sua natureza, do seu caráter. Se você parar para pensar em suas experiências em ler, talvez vendo um filme ou uma história a respeito de um rei, você lembrará que frequentemente os reis são referidos como “Sua Graça”. Você já ouviu isso? Nós não sabemos muito a respeito de reis em nossa sociedade. Nós somos toda uma nação que se rebelou contra um rei e reis não fazem parte do nosso entendimento. Mas uma coisa que você precisa manter em mente a respeito de um rei é que um rei é um líder supremo. Esqueça o Supremo Tribunal, esqueça do Congresso, esqueça das legislaturas no âmbito estadual e coloque-se em uma situação onde um homem reina absolutamente, sem igual, e você tem o entendimento do que significa ser um rei. Um rei é a única autoridade e poder sobre o povo. Além disso, essa é a melhor forma de governo se você tem o rei certo. Essa também é a pior forma se você tem o errado. É a forma de governo que nós viveremos no reino milenar e ao longo de toda eternidade onde existe apenas um rei, o próprio Deus, como revelado em Cristo e o Espírito Santo.

Porém o rei era o governador supremo. Ele tinha o direito de vida e morte. Através de sua sabedoria, de sua justiça ou de sua tendência, ele poderia dizer “viva ou morra” para qualquer pessoas em qualquer circunstância. Os reis eram as fontes de graça. Se você necessitasse de misericórdia, você se prostraria diante do rei e clamaria por graça. Assim, o rei, que era um bom rei, um rei nobre, um rei justo, um rei reto, seria um rei conhecido por sua misericórdia, benignidade, amor e graça, pois o rei é o tribunal de recurso em que todos que buscam misericórdia devem ir, pois ele tem o poder de vida e morte. E você vê, conforme você olha para a genealogia que Jesus será um Rei de graça. Não há dúvidas quanto a isso. Ele será um rei que os pecadores podem ir para pedir perdão e favor. Ele será um rei que os que violaram a sua própria lei e desprezaram o seu próprio nome, podem ir e pedir perdão.

Como nós sabemos disso? Isso está amarrado até mesmo na genealogia. Posso lhe mostrar o por que? Veja o versículo 16. Ele diz que Jesus havia nascido de Maria, de Maria. Aqui você tem a escolha de uma mulher de todo o mundo na linhagem de Davi para ser a mãe do Rei dos reis e Senhor dos senhores. O que é inacreditável a respeito disso é que Maria não era alguém sem pecado. Maria não era uma mulher perfeita. Ela não era uma pessoa sem pecado. Ela era uma pecadora como todos os outros homens e mulheres. Ela estava a caminho da eternidade sem Deus se ela não tivesse confiado em Deus, crido em Deus, recebido o seu próprio filho, o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. É evidente no registro do Novo Testamento que Maria não conhecia nenhuma santidade especial, que ela não possuía nenhuma santificação única.

Por exemplo, em Marcos, capítulo 3, no versículo 31, Jesus estava ensinando em uma casa e sua mãe e seus irmãos chegaram. Estando eles do lado de fora, eles enviaram uma mensagem para ele, chamando-o. Eles o queriam. Uma multidão estava assentada ao seu redor e disseram para ele, “Ouça, tua mãe, teus irmãos e irmãs estão lá fora à tua procura. Então, ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? E, correndo o olhar pelos que estavam assentados ao redor, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Portanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe”.

Agora, se Maria fosse algum tipo de pessoa sem pecado, Ele nunca teria dito, “Quem é minha mãe e meus irmãos?” Ele nunca teria dito, “Portanto, qualquer que fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, irmã e mãe”. Se a sua mãe fosse algo especial, único, algo santo, algo sem pecado, Ele a teria separado. Na verdade, se ela o tivesse chamado, ele teria ido imediatamente para atender o que ela desejava, porque ele saberia que qualquer expressão dos lábios de uma pessoa perfeita seria a vontade perfeita de Deus.

Ele ignora a sua mãe. Isso significa que o que a sua mãe diz não pode sobrepor o que ele diz. Isso significa que sua mãe era menor do que ele, e sendo ele perfeito, ela deveria então ser imperfeita. O fato dele dizer que qualquer um e todos que fizesse a vontade de Deus seria igual a minha mãe, irmã e irmão coloca Maria em um nível igual ao de todas as pessoas. Isso significa que pela fé em Cristo e obediência a Palavra de Deus, nós nos relacionamos corretamente com Ele.

Ele está dizendo, então, que não há nenhum benefício especial para ela que ela seja a minha mãe terrena quando o assunto é questões espirituais. Dela, também, é requerido que faça a vontade de Deus. Dos próprios lábios de Maria em Lucas 1:46, dos seus próprios lábios o que é conhecido como o seu cântico, o seu cântico de louvor, ela fala a Deus, e isso é o que ela diz, “A minha alma engrandece ao Senhor” – então o versículo 47 – “e o meu espírito se alegrou em Deus, meu salvador”. Maria não é a salvadora de ninguém. Maria precisa de um salvador, e ela diz que Deus é o meu salvador. Ele é o que me liberta do pecado.

Maria, sendo a melhor das pecadores, se é que existe algo assim, a mais nobre das moças, a mais bela das virgens. Maria deve ter sido uma das melhores moças em todos os sentidos, mas Maria precisava de um Salvador. E Maria, em virtude de ser a mãe física e terrena de Jesus, não poderia reivindicar nenhum privilégio espiritual, tempo, atenção e vida de Cristo. Ela era uma pecadora necessitada de um salvador. Não é interessante notar que o Rei dos reis e Senhor dos senhores permitiu que uma pecadora fosse a sua mãe terrena? Sim, Ele é o rei da graça e até mesmo antes de nascer você já vê a sua graça conforme ele arruma tudo para a sua mãe e escolhe uma pecadora.

O segundo aspecto de sua realeza que nós vemos ligado à sua graça, ao seu caráter, à sua natureza não vem de uma mulher mas da escolha de dois homens. Veja o versículo 1. “Filho de Davi, filho de Abraão”. Agora, se você sabe qualquer coisa a respeito de Abraão, você sabe que Abraão foi um homem pecador. Ele era chamado de amigo de Deus e houve algumas coisas incríveis sobre Abraão. Ele foi um homem de grande fé, eventualmente crendo em Deus. Mas Abraão também foi um homem conhecido pelo seu pecado. Ele mentiu descaradamente a respeito de sua própria esposa para protege-la quando ele foi ao Egito.

Ele duvidou do poder de Deus. Ele cometeu adultério porque ele não acreditava que Deus realmente poderia lhe dar um filho. Assim, ele foi e teve um relacionamento com uma de suas servas, fora do casamento, e produziu Ismael, uma criança amaldiçoada em diversas formas. Abraão foi um homem pecador, um mentiroso, alguém que duvidou e um adultero. O seu filho Isaque, que veio na sucessão messiânica foi uma grande decepção. A história de Isaque é uma história de fraqueza. Uma história de decepção. É a história de um homem que basicamente falhou em fazer a obra de Deus. Mesmo assim, Abraão foi a fonte humana do Messias. E a graça de Deus é vista novamente na escolha de Abraão.

E Davi? Davi, embora tenha sido um homem segundo o coração de Deus, foi também um homem muito bem conhecido pelo seu pecado. Ele viveu uma vida cheia de pecado. Ele foi um homem sanguinário, com muitas batalhas, massacres e muitas mortes. Ele colheu a semente da dissipação ao casar com diversas mulheres. Ele foi um pai terrível, perdendo seus filhos e permitindo que eles caíssem em dissipação, maldade e até mesmo rebelião. Ele foi extremamente pecaminoso em seu caso de adultério com Bate-Seba e o assassinato de seu marido. Ele agiu como um louco certa vez quando ele duvidou de Deus e agiu como se estivesse louco para tentar escapar da circunstancia que ele achava que Deus não poderia tira-lo.

O seu filho Salomão foi pior ainda, excedendo à sua loucura em proporções enormes, casando com mulheres e tendo concubinas de uma quantidade quase que incontável. Por causa de suas muitas mulheres estrangeiras que tiveram a sua atenção e sua tremenda preocupação com riquezas, ele afundou todo o reino em um mal que eventualmente o dividiu em duas partes. Mesmo assim, Abraão, Isaque, Davi e Salomão foram da linhagem real. Eles estão na linhagem do Messias. Isso fala a respeito da graça do Rei. O caráter do Rei é um caráter de graça.

E então não é só uma mulher e dois homens mas são três eras demonstradas aqui. Essa genealogia tem três seções de quatorze nomes. Os primeiros quatorze nomes, depois vem o segundo grupo de quatorze e depois o terceiro grupo de quatorze. O terceiro grupo acaba com o nome de Cristo. Cada um desses quatorze nomes, e nós não sabemos porque o Espírito Santo escolheu o número quatorze. Não sabemos qual era a estratégia ali. Mas cada um desses três grupos é de períodos diferentes. Os primeiros quatorze nomes incluem os patriarcas, Abraão, Isaque, Jacó e por aí vai e também os juízes, alguns juízes são conhecidos nesse primeiro grupo. O segundo grupo de quatorze são os reis, a monarquia, Davi e Salomão e Roboão e Abias e Asa e Josafá e Jorão e Uzias e Jotão. Todos esses são reis.

O terceiro grupo de quatorze lida com o período do cativeiro. Período um, patriarcas e juízes. Período dois, monarquia. Período três, do cativeiro da babilônia até a vinda de Cristo. Esse é um período de 600 anos que nós conhecemos pouco. Os nomes nesse grupo não são muito conhecidos para nós. Estamos no escuro. Nomes como Abiúde, Eliaquim, Azor, Sadoque, Aquim, Eliúde, até quase o final da lista. Nós não sabemos quem eles são. Eles são encobertos pela escuridão. Pouco é conhecido deles, são pessoas obscuras.

A era dos patriarcas e dos juízes foi uma era do pecado. Todos eles eram pecadores. A era da monarquia foi uma era de declínio, degeneração, apostasia, cativeiro e destruição. E do cativeiro até a vinda de Cristo foi um era do mal, uma era de engano, um tempo de hostilidade, um período de guerra na terra da palestina. Todos esses períodos, foram tempos de mistura de glória e pathos, tempo de heroísmo e desgraça, tempos de homens renomados e homens desconhecidos.

Mas uma coisa que vemos em todas essas listas é que esses eram todos homens pecadores que viveram em tempos de pecaminosidade, e mesmo assim eles foram escolhidos para fazer parte da linhagem messiânica. Então se você está falando sobre aquela mulher que era a mãe dele, os dois homens que se destacam na genealogia, ou das três eras da história, tudo aponta para a graça do Rei, que, mesmo sem ele ter nascido, ele demonstra sua graça na escolha daqueles que são seus ancestrais.

Mas isso fica ainda mais claro quando olhamos para quatro marginalizados, quatro marginalizados. Quatro mulheres pecaminosas pelas quais Deus providenciou graça. Existem quatro mulheres na genealogia que são notáveis pela sua inclusão. A primeira está no versículo 3, lá naquele período patriarcal, uma mulher chamada de Tamar. Lá diz no versículo 3, “Judá gerou de Tamar a Perez e a Zera”. Você precisa entender que em Genesis 38, se você tiver um tempo para ler isso depois, leia com muito cuidado. Tamar cometeu incesto, e Perez e Zera que nasceram dela nasceram do incesto, o mal do incesto feio, repgnante e vil. Ela era culpada de prostituição, culpada pelo incesto, e deu à luz a dois filhos que nasceram desse incesto. Não é só ela que está na genealogia, mas os dois filhos dela também. Isso vai lhe dizer algo sobre a graça de Deus.

Depois você vai perceber no versículo 5, “Salmom gerou de Raabe a Boaz.” Um homem chamado de Salmom casou com uma mulher de Canaã, uma mulher realmente pagã chamada Raabe. Raabe era uma prostituta que cuidava de um bordel em Jericó. Se você ler cuidadosamente o relato de Josué 2, você vai ler sobre Raabe que creu no verdadeiro Deus e escondeu os espiões que estavam espiando Jericó. Mas ela era uma prostituta por profissão e mesmo assim ela foi incluída na linhagem Messiânica. Foi dado a ela o privilégio de dar à luz a Boaz que foi um tipo de Redentor também.

Tem também uma terceira mulher citada na genealogia, também no versículo 5, Rute, mais uma vez, era uma Moabita. O povo Moabita veio de um incesto. O povo como um todo era amaldiçoado. E aqui, essa mulher que veio de um povo amaldiçoado, essa mulher pagã, essa mulher idólatra entra na linhagem, casa com o redentor Boaz e se torna a bisavó de Davi. Então Deus toma duas prostitutas e uma mulher amaldiçoada pagã idólatra Moabita e as coloca na linhagem messiânica.

E então, de forma maravilhosa, o versículo 6 diz, “Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias”. Quem é essa? Bateseba, 2 Samuel 11, a adúltera. Duas prostitutas, uma Moabita amaldiçoada e uma adúltera. Mas mesmo assim ela foi a mãe de Salomão, esposa de Davi. Incrível. A graça de Deus em escolher uma mulher, em escolher aqueles dois homens muito significantivos, em escolher pessoas nessas três eras e em escolher os quatro marginalizados, realmente é um Rei da graça. Linhagem real, natureza real.

Terceiro ponto, e vou falar brevemente nesse assunto, versículo 18 e seguintes nos instruem sobre seu nascimento real. Ele tinha o direito de ser rei pela sua linhagem. Ele tinha o caráter de Rei; Ele era gracioso. E agora nós vemos que ele tem o poder de ser Rei por causa de seu nascimento único. O nascimento de Jesus Cristo, diz no versículo 18, foi assim: “Estando Maria, sua mãe, desposada com José,” – isso significa que ela estava noiva dele. E aqui isso significava que era um noivado legal com um contrato, não como os noivados de hoje em dia. Pessoas noivam hoje e depois elas devolvem as alianças sem muita culpa. Tem muita emoção mas não muita legalidade, na verdade não tem nenhuma legalidade. Noivados não são nem um pouco legais hoje em dia, mas naquela época era algo legal. Existia uma promessa que tinha sido feita com contrato de acordo com Deuteronômio 20 versículo 7. Esse período de noivado era de nove a dezoito meses, no máximo. E o propósito desse período era para que a noiva demonstrasse sua virgindade.

Em outras palavras, o medo de qualquer homem jovem era entrar em um relacionamento com uma jovem mulher, ele casaria com ela e depois descobriria que ela estava grávida e iria perceber que ele não era o pai da criança, mas agora ele estava em um relacionamento com contrato. E para que ele pudesse verificar que ela era virgem ele entraria nesse relacionamento reconhecendo a pureza da jovem mulher também, juntamente com toda a comunidade, então existia esse período de nove a dezoito meses para ela demonstrar sua pureza, para mostrar que ela não estava grávida. E então viria o chupah, que era a cerimônia que acontecia quando o casamento era consumado.

Mas no caso de José, ele estava prometido a Maria. “Sem que tivessem antes coabitado,” – isto é, antes do chupah, antes da cerimônia, antes da consumação física da união deles - “achou-se grávida”. O maior medo de José se realizou, um choque sobre todos os outros choques. Essa jovem menina, Maria, deveria ser uma jovem mulher com o caráter mais lindo em comparação com todas as outras. Isso seria algo que nem um milhão de anos José imaginaria que isso iria acontecer. Mas no período do noivado, antes dos dois coabitarem, ele descobre que ela está, de fato, grávida. E essa criança foi colocada no ventre dela pelo Espírito Santo, mas, inicialmente, José não sabe disso. Então lá diz no versículo 19, “Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente”.

A lei de Deus dizia que em um caso como esse, um divórcio poderia acontecer. O contrato desse noivado poderia ser quebrado. E ele era um homem justo e piedoso, e um homem justo e piedoso tinha o direito de fazer isso quando ele era violado pela pessoa em quem ele depositou sua confiança e para quem ele fez uma promessa de vida e de pureza. Mas ele também a amava. E na confusão de seu amor e descrença que uma mulher como Maria um dia ficaria grávida de outro homem, ele decide ir pelo caminho que traria menos vergonha pública para ela e tentou divorciar-se dela secretamente. A lei que era provavelmente a lei da época, que provavelmente era uma interpretação de Deuteronômio 24, permitia que ele se separasse dela em uma cerimônia particular, ao invés de ser em uma cerimônia pública.

Ele tinha todo direito de envergonhá-la publicamente, e publicamente acusá-la de adultério. Fazer esse ato público de desonra iria marcá-la pelo resto de sua vida. Mas ele não conseguia fazer isso. E então eles permitiam um divórcio secreto entre os dois com apenas duas testemunhas. E isso encerraria o noivado e nada mais seria falado do assunto nem por que isso tinha acontecido. E ele decidiu fazer isso. Mas antes disso acontecer, o versículo 20 diz, “Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi”, – aqui está a ênfase de Mateus novamente dizendo que se tivesse um rei na Palestina nessa época, esse rei seria José. “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”.

Aqui você vai receber uma informação que vai muito mais além de sua imaginação que você nunca conseguiria imaginar. Sua noiva prometida e amada está grávida. Você recebe informação de um anjo no meio de um sonho sobrenatural que essa gravidez é um resultado direto da obra implantada do Espirito Santo que vai produzir um filho nela o qual o nome será Jesus que significa, “salvador”, e Ele vai salvar Seu povo de seus pecados, a sua amada carrega em seu ventre o Salvador do mundo gerado por Deus. E então, chega até ele a informação de que ela dará à luz ao Salvador. E só para dar um contexto aqui, Mateus diz, “Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta”.

Isso precisa ser entendido porque isso é o que o Antigo Testamento disse, “Eis que a virgem conceberá.” Isso é uma impossibilidade fisiológica. Mas a virgem conceberá de forma miraculosa, ela terá um filho, e o nome dele será Emanuel que traduzido significa “Deus conosco”. E então, isso não deveria ter sido algo que chocasse alguém, porque o Antigo Testamento deixou isso bem claro. “Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher. Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus”. Ele não teve nenhum tipo de relacionamento com ela até que a criança nascesse para que a criança nunca fosse considerada filho de José. Ela foi virgem até o nascimento da criança.

Aliás, também diz que depois que a criança nasceu ela não era mais virgem. Essa é a intenção do texto na língua original. As pessoas que pregam a perpétua e permanente virgindade de Maria negam o que esse texto diz tão claramente. Ainda mais, o Novo Testamento é claro quando diz que Maria teve outros filhos de José, os irmãos e as irmãs de Jesus que foram mencionados no texto que eu li para vocês de Marcos capítulo 3 é só uma ilustração. Então Maria teve um relacionamento conjugal normal com José e eles tiveram outros filhos, mas só depois do nascimento do Filho de Deus. Isso é um nascimento real, pessoal.

Você pode dizer, “Para ser rei você precisa ter sangue real. Mas e o sangue de Deus, por assim dizer? E sobre ter nascido de Deus? Deus na verdade não tem sangue mas num sentido espiritual descendendo de Deus que é o Rei dos reis, Rei do universo”? Então, Cristo não tem só uma linhagem real, e não tem só um caráter real mas com certeza ele teve um nascimento real, nascido de Deus. E Isaias 7:14 diz, “E ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)”. Deus em carne humana. Ele nasceu como realeza.

A manjedoura não era algo de realeza e a estrebaria não era algo de realeza, os animais não eram de realeza e os pastores também não, e não tinha muita realeza em muitos dos eventos do nascimento de Cristo. Mas foi um nascimento real para Deus, infinitamente rico, ele se tornou completamente pobre. Deus em sua glória divina assumiu a natureza humana. Deus em absoluta santidade eterna entrou na existência poluída do homem. Ele, porém, não pecou, como um raio de sol que ilumina um lixão. Está lá mas permanece sem se corromper. Deus em perfeita santidade tomou a culpa do homem, carregou as mágoas do pecador, e na cruz pagou o preço por todos aqueles que pecaram. Que verdade. Um nascimento real, um nascimento de realeza, um nascimento majestoso, nenhum outro nascimento na história do universo é igual.

Então, Mateus diz que Ele é um rei por sua linhagem real. Ele é rei pela sua natureza real. Ele é rei por causa de seu nascimento real. Em quarto lugar, Ele é rei pelo seu louvor real. E Mateus entra nisso no capítulo 2. Nós não temos tempo para nos aprofundar muito nisso, mas eu gostaria de lhe dar um pouco de contexto. Versículo 1, “Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes”. E nós não sabemos quanto tempo depois, mas algum tempo depois o jovem casal e o menino estavam morando em uma casa e não mais na estrebaria. Eles encontraram um lugar para se acomodar, algum tempo passou. “Eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém”.

Quem eram os magos? Quem exatamente são esses reis que sempre aparecem no nascimento de Cristo? Eu vou dar um pouco de contexto nisso tudo. Eles vieram do Império Parto Persa no leste da Palestina, a grande área leste. A área já foi reinada pelo Império da Babilônia, seguido pelo Império Medo-Persa. E eles eram realmente descendentes dos Persas, os Medos e os Persas. Os Magos eram uma tribo de um povo daquela parte do mundo. Eu não sei se era o ambiente ou se foram as circunstâncias, mas eles eram um povo muito capaz e cheio de dons. E eles estavam com grande liderança no Oriente Médio.

No tempo do nascimento de Cristo eram eles que estavam governando aquela parte do mundo. Eles tinham ascendido nos maiores níveis em tempo de poder político. Eles conheciam aquele poder desde o Império Medo-Pérsa. Os magos existiam desde a época de Daniel. Aliás, quando os judeus foram levados cativos para a Babilônia e ficaram lá durante o período do Império Babilônico e entraram no Império Medo-Persa, esses magos foram grandemente influenciados por aqueles judeus, muitos judeus devotos, e sem dúvida o próprio Daniel, que em sua própria profecia diz que ele era o chefe sobre os magos. Sem dúvida esses influenciaram muito a eles. Então, eles vieram a entender que estava vindo um grande rei para aquela parte do mundo. Eles sem dúvida estavam familiarizados com a profecia de Daniel e com os ensinamentos dos outros do povo de Israel.

Eles tinham subido ao poder durante o tempo de Nabucodonosor. Aliás, Nergal-Sarezer, que é chefe dos magos, é mencionado em Jeremias 39 na corte de Nabucodonozor. Eles, eles eram muito poderosos, altamente influenciáveis, e homens da elite. Nós lemos sobre a lei dos Medos e dos Persas, esse é realmente o ensinamento dos Magos. Eles foram, como eu já tinha dito, instruídos ainda mais por Daniel. Sua religião tinha se misturado com o Zoroastrisnismo e eles tinham sido influenciados pelos ensinamentos dos judeus, Eles eram tão poderosos no tempo de Cristo que ninguém poderia ascender ao trono naquela parte do mundo a não ser que tivesse sido apontado pelos magos.

Eles eram o povo governante. Eles apontavam os reis. Eles também são chamados pelos historiadores do “povo que nomeava os reis do Leste”. Eles também controlavam a parte jurídica. Nós aprendemos com Ester que os juízes da realeza na corte eram apontados pelos magos. Eles apontavam os reis, eles apontavam os juízes; eles dominavam a cultura em termos de autoridade. Eles tinham vasto conhecimento de astronomia, astrologia, história natural, arquitetura e agricultura. Sua religião era monoteísta. Eles acreditavam no conflito do bem e do mal. Eles acreditavam na sacerdócio hereditário, sacrifícios de sangue, revelação sobrenatural, e até acreditavam em profecias, então eles tinham muito em comum com o ensinamento do Antigo Testamento. E isso provavelmente fez com que eles escutassem Daniel e os outros.

No período do nascimento de Jesus, eles realmente estavam no controle do Império do Oriente Médio. O maior inimigo deles era Roma. Eles lutaram contra Roma em 63 a.C., 55 a.C. e 40 a.C., e eles gostariam de ter o poder sobre Roma. Uma das coisas que eles queriam de volta era a terra da Palestina que Roma agora estava ocupando. Então quando a possibilidade de um grande rei estar se levantando no Oriente Médio apareceu, eles estavam muito ansiosos para ir e ver aquele rei. E se realmente aquele era um rei, fazer com que aquele rei subisse ao poder, tomasse de volta à terra de Israel e derrotasse Roma. Eles tinham a escolha absoluta e a seleção para o próximo rei para aquele Império.

Aliás, o Império estava com problemas no momento do nascimento de Cristo. O rei que era chamado de Fraates IV tinha sido deposto. Ninguém estava no trono, e os magos estavam buscando alguém que pudesse suceder aquele homem. Da profecia de Daniel do rei divino e da estrela que estava no céu que o próprio Senhor deve ter colocado no céu para chamar a atenção deles, eles devem ter recebido informação do que significava aquela estrela, eles decidiram seguir aquela estrela e achar esse que deveria ser rei, e coroá-lo como rei, assim como ele estava, e dar todo o apoio deles para a autoridade dele e para o reinado dele.

Você só pode imaginar como era quando eles entraram em Jerusalém. Eles provavelmente entraram em lindos cavalos Persas. Não há nenhuma razão no mundo para acreditar que só tinham três lá. Eles levaram ouro, incenso e mirra, mas isso não tem nada a ver com quantos deles foram lá. Uma estimativa é que foram centenas e alguns dizem que tinha aproximadamente mil homens acompanhando-os a cavalo. Isso é um exército, pessoal, não é de se admirar do por que Herodes ficou um pouco nervoso quando eles chegaram. Eles eram homens politicamente poderosos e eles também eram homens que temiam a Deus e acreditavam nas profecias do Antigo Testamento.

Eles chegaram. Eles vieram até Jerusalém, percebam no versículo 2, “Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? ” É como se eles estivessem falando, “Nós estamos em busca de um rei e nós queremos conhecer esse. Nós acreditamos que é esse o rei que nós estávamos esperando. Vimos a sua estrela no ocidente que viemos adorá-lo”. Nenhum rei que eles conheceram no passado tinha a sua própria estrela. Esse era um rei especial. Ele “Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém”. Ele estava se sentindo tão ameaçado e intimidado, com medo que viria outro rei. Quando ele escutou isso ele ficou perturbado. E lá diz, “e, com ele, toda a Jerusalém”. Você sabe por que? Se Herodes estava perturbado, todo mundo também estava porque ele começava a matar as pessoas, e todo mundo ficava com problemas porque eles temiam que talvez agora eles é que iriam morrer. “Então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito em Miqueias”. – Foi escrito pelo profeta Miqueias – “E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel”.

Então Herodes secretamente chamou os magos, pegou a informação deles de quando a estrela apareceu. E ele os enviou até Belém e disse, “Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo”. E você conhece o resto da história. Ele não queria adorá-lo. Ele queria matá-lo. “E por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, os magos regressaram por outro caminho a sua terra”. Eles nunca voltaram para dizer para Herodes onde ele estava. Herodes ficou tão furioso que ele massacrou todo menino abaixo de dois anos, pensando que ele conseguiria matar o rei junto com todas as outras crianças.

O que eu quero que você perceba é que, particularmente, quando os magos chegaram, no versículo 11, eles chegaram até a casa, e mais uma vez somos lembrados que algum tempo já se passou e eles já estão em uma casa, não na estrebaria, eles viram o menino com sua mãe Maria, eles se prostraram e o adoraram. Aqui vemos a indicação de que esses homens que escolhiam reis do oriente reconheceram que ele era o Messias prometido. Eles não eram judeus. Eles são, eles são gentios, e eles entendiam as palavras de Daniel e dos outros, e eles percebem que ele realmente é o rei. E o povo de Israel perdeu o que esses gentios perceberam. Eles o adoraram.

Ele é rei por causa de um louvor real. Ele foi adorado pelos homens que escolhiam os reis da terra. E abrindo os presentes que eles trouxeram, eles o presentearam com ouro, incenso e mirra. Ouro para o rei; olíbano que é um incenso puro que sobe, mostra a divindade dele. Era oferecido a Deus como um doce aroma. Mirra prova a sua humanidade. É um perfume para tornar a vida mais agradavel, eliminar alguns odores da vida. Ele é Rei, o ouro. Ele é Deus, o incenso. Ele é Deus/Homem, a mirra, o Deus/Homem que é Rei. Eles o adoraram. Adoração real. Mateus diz que ele é Rei porque os homens que escolhiam os reis da época se prostraram e o adoraram. De forma indireta, até Herodes reconhece que ele é Rei por causa do desejo dele de assassiná-lo.

Assim, a realeza de Cristo é estabelecida não só por causa de sua linhagem, não só pelo fato de sua incrível graça vista até em sua genealogia, não apenas pelo seu nascimento real, mas também em sua adoração real. E por ultimo, Mateus quer que percebamos que ele é Rei por decreto real. Então não são só essas coisas, mas Ele foi decretado Rei pelo próprio Deus. Deus que é o seu pai real, decretou isso. Como? Voltamos para o capítulo 1 versículo 23. Deus disse no Antigo Testamento, “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel”. Deus disse que o Rei nasceria de uma virgem. Aconteceu, decreto divino.

Capítulo 2 versículo 6, o profeta disse, falando da parte de Deus, “Ele nasceria em Belém”. E foi exatamente ali onde ele nasceu. Capítulo 2 versículo 15, “Do Egito chamei o meu Filho” disse Oséias no capítulo 11 versículo 1. Você lembra que para poder escapar de Herodes, eles foram para o Egito onde ficaram por um tempo. E do Egito eles foram para Nazaré. Isso foi profetizado em Oseias 11:1. Então Deus, por decreto, disse que uma virgem teria um filho. Deus por decreto, disse que a criança nasceria em Belém. Deus, por decreto, disse que a criança sairia do Egito.

E depois no versículo 18, a profecia de Jeremias se cumpriu, “Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto, [choro] e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existem”. Raquel é como se fosse a mãe de todas as mães judias, e elas estavam chorando e clamando por causa do massacre de seus pequenos bebês. E então, o decreto de Deus foi dado naquela passagem de Jeremias 31:15 que quando o Messias viesse teria um grande choro pelas mães judias pela perda de seus filhos no momento do nascimento dele. E finalmente no versículo 23, ele residia em uma cidade chamada de Nazaré que foi para cumprir o que os profetas falaram. Ele será chamado de Nazareno. “Os profetas” está no plural aqui, nós não sabemos qual é a profecia exata, na verdade pode nem ter sido relatada. Mas os profetas disseram que Ele seria um Nazareno e é exatamente lá onde ele foi morar.

Deus disse que quando o Rei viesse ele nasceria de uma virgem. Ele nasceria em Belém. Quando ele viesse ele viria do Egito. Quando ele viesse teria um massacre que causaria o choro das mulheres pelos seus filhos mortos. E quando ele viesse ele moraria em Nazaré para que fosse chamado de nazareno. Jesus cumpriu todos elementos do decreto real de Deus. Ele é Rei em todo sentido. Ele é Rei por nascimento. Ele é rei por decreto. Ele é rei por linhagem. Ele é rei por caráter. Ele é rei por homenagem e adoração.

E as canções de Natal falam isso, não é? “Nascido Rei, Nascido Rei”, repetidas vezes. “Cristo o Rei recem-nascido”. Para fecharmos, mas que tipo de rei? Ele é um rei sobre uma nação na terra? A Bíblia nos diz que Ele é um rei divino. A Bíblia nos diz que Ele mesmo diz, “Meu reino não é deste mundo”. Ele disse, “o reino está dentro de vós, ou entre vos, ou no meio de vós”. E nós aprendemos que é um reino espiritual. Ele reina nos corações daqueles que creem nele. Ele é soberano sobre aqueles que o amam. Ele é soberano sobre aqueles que dobram seus joelhos e se prostram diante dele e buscam o seu gracioso perdão pelos pecados. Ele é Rei sobre aqueles que aceitam sua morte e ressurreição para a salvação. E um dia Ele será Rei sobre toda a terra e todo o universo irá se submeter a Ele.

Ele é Rei agora num sentido espiritual, Ele será rei de forma terrena, e Ele será Rei de forma eterna. Ele não é como qualquer outro rei. Por isso Pilatos não o entendia. Ele não conseguia entender que tipo de rei é esse cujos súditos não lutam por ele. Ele não conseguia entender que tipo de rei era esse que não possuía nenhum tipo de autoridade na terra, nenhuma autoridade na terra, nenhuma esfera de dominação na terra. Ele não compreendia esse tipo de rei.

Ele é um Rei e Ele reina sobre os corações de todos aqueles que O amam, O servem e entregam suas vidas a Ele. E um dia Ele vai reinar sobre todo o mundo, “quando os reinos deste mundo” – diz em Apocalipse – “se tornarem os reinos do nosso Senhor e Seu Cristo e Ele reinará para sempre e sempre”. Esse reino espiritual se tornará um reino na terra e vai florescer e se tornar um reino eterno onde Ele reinará para sempre e sempre e nós com Ele. Jessie Hussey, muitos anos atrás no hino que nós conhecemos tão bem, escreveu as seguintes palavras que nos dá uma resposta adequada a isso. “Rei da minha vida eu te coroo agora, a glória será tua”. Vamos orar.

Não é o suficiente, Pai, para nós, que Cristo veio. Não é o suficiente que Ele nasceu como Rei se nós não nos prostarmos diante de Sua soberania, se não entrarmos em Seu reino, se não saírmos do reino das trevas para o reino de Teu Filho amado. Não significa nada saber que Jesus veio, o Deus encarnado, que viveu, morreu, ressuscitou, subiu aos céus, vive eternamente, reina eternamente. Isso não é o suficiente. Não há nenhum significado a não ser que eu pessoalmente abra o meu coração a Cristo e O coroo como o Rei da minha vida, e O confesso como Senhor e mestre soberano e dono do meu coração. Eu oro, Ó Deus, para que com cada pessoa presente aqui, que Cristo, nascido Rei, possa ser o Rei da vida delas, que todos nós possamos dobrar os nossos joelhos e buscar perdão e buscar misericórdia do Rei gracioso, perdão pelos pecados, e que possamos buscar sermos súditos em Seu glorioso reino para podermos conhecer tudo o que ele concede aos seus súditos.

Te agradecemos, Pai, pela clara apresentação dentro da Tua Palavra do propósito da vinda de Cristo. O mundo não o viu como um rei, e tudo era tão humilde, tão velado e tão escondido que a maioria das pessoas não viu. Mas aqueles que observaram com cuidado viram seu nascimento majestoso, Seu caráter majestoso, Suas palavras majestosas, Seu poder real nos milagres que executava. E nós nos colocaríamos no meio desses que o coroaram como Rei. O mundo colocou uma coroa de espinhos em sua cabeça e ridicularizou a ideia de que Ele era rei. Mas Ele é Rei, Rei sobre todo aquele que O ama, e logo Ele será Rei sobre todo o universo em Sua gloriosa segunda vinda. Nós oramos para que todo coração se abra para a realeza do Filho de Deus. Nós oramos em Seu nome. Amem.

FIM

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