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Por muitos anos aqui na Grace Church tem sido meu desafio e a minha alegria pregar as mensagens de Natal. Aliás, há alguns anos eu prego duas ou três mensagens de Natal, então temos visto de muitas maneiras diferentes o nascimento de Cristo. Neste ano, por causa de um propósito que está na mente e no coração de Deus, eu tenho sentido uma grande necessidade de pregar o que eu escolhi chamar de “a feiúra do natal”.

Minha intenção não é que isso seja uma coisa totalmente negativa. Eu não tenho a intenção de rebaixar sua alegria nesse momento do ano, mas sim para realçar sua alegria, criar dentro de você a verdadeira alegria entendendo outra maravilhosa faceta do nascimento do Salvador.

Eu imagino que uma das musicas mais famosas nessa época de Natal é Natal Branco. “Estou sonhando com um natal branco”. Mas eu gostaria que falássemos do outro lado da história do natal. E eu imagino que muitas pessoas, quando elas pensam nessa época do ano, só pensam na beleza de tudo. E somos rodeados pela beleza, árvores lindas decoradas com luzes brilhantes e decorações, ornamentos coloridos, lindas velas, grinaldas, cenas de neve, lareiras ligadas no centro de uma casa de família, presentes embrulhados maravilhosamente.

Tudo é claro e brilhante e alegre e feliz. E eu imagino que todo esse simbolismo é demonstrado nos cartões de Natal que recebemos, que nos mostram um mundo quase de fantasia, beleza, maravilha, esse é um lado do natal, sem dúvida nenhuma.

Mas tem também outro lado. E é um lado muito feio. E há muitas formas como nós podemos abordar isso. Podemos falar de uma noite escura, fria em uma pequena cidade sem nenhuma característica interessante na Palestina, onde uma linda jovem mulher deu à luz a um bebê nas piores condições anti-higiênicas imagináveis, pisando na imundícia e estrume numa estrebaria.

Podemos falar da feiúra de um homem chamado de Herodes que, por causa do temor que ele tinha da perda de controle e poder, massacrou todos os bebês daquela região. Natal tem alguns aspectos feios. Podemos falar de uma população indiferente em Jerusalém. Mas existe um assunto que vai além dessas coisas.

Por trás de toda linda cena em cada cartão de natal, e todo lindo sentimento de natal, em algum lugar por trás de tudo isso existe uma coisa muito vil e feia. A realidade mais miserável, hedionda, horrenda em todo o universo. E eu realmente creio que para ter um entendimento pleno da beleza do natal, você precisa entender plenamente a feiúra do natal. Deixe-me ver se eu consigo lhe ajudar a focar no que estou me referindo.

Em Mateus 1:21, nós lemos as palavras bem conhecidas. “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”. 1 João 3:5 diz, “Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados”; 1 João 4:14, “ E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.”.

E depois eu quero focar em um texto muito específico, 1 Timóteo 1:15 onde Paulo diz, “Fiel é a palavra, - ” uma palavra verdadeira, uma palavra confiável, “ - e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores”, o lado escuro e feio do natal é o pecado. Pecado.

O coração do natal é este: que Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores. Cristo foi manifesto para tirar o pecado. “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.” E a beleza real do natal é entender a feiúra que ele cura. E essa é a minha preocupação hoje, demonstrar o poder de Cristo quando ele viveu, morreu e ressuscitou para lidar com aquilo que destrói toda a vida humana, o pecado.

O fenômeno que condena toda alma para o inferno, o pecado. O que permeia por todo o mundo. Por causa do pecado, existem lágrimas e dor e guerra e lutas e ansiedade, discórdia, cansaço, medo, preocupação, doença, morte, fome, terremotos e poluição. Todas essas coisas que afetam a nossa existência são um resultado direto do pecado.

O pecado perturba e atrapalha todo relacionamento humano, entre uma pessoa e outra pessoa, uma pessoa e a criação, ou uma pessoa e Deus. Thomas Watson, o grande escritor puritano disse, “O pecado transformou a beleza em uma deformidade e os ímpios cuidam mais para esconder seu pecado do que curá-lo”. Homens são muito mais inclinados a criar desculpas para os seus pecados do que examinarem a si mesmos. Então, faz sentido que nessa época do ano em que as pessoas tentam encobrir seus pecados com toda essa beleza do natal, que nós possamos tirar essa cobertura, nem que seja por um breve momento, para revelar a feiúra que está por trás de tudo.

A razão porque Cristo nasceu foi para ser o Salvador que veio libertar os homens do pecado. Se não houvesse pecado, não teria natal. Então nós não podemos separar as duas coisas e não podemos nos esconder por trás da fantasia. Não podemos nos esconder atrás de toda a fumaça dos cartões de natal e todas essas outras coisas. O pecado precisa vir à frente.

É isso que gera o caos cósmico. É disso que ninguém consegue escapar e que todos que morrem na hora do nascimento ou de doença cardíaca ou na guerra ou assassinados ou na idade avançada, ou de qualquer outra coisa, todos estão morrendo por causa do pecado. A bíblia diz, “o salário do pecado é a morte”. E todas as pessoas no mundo vão morrer, e então foram afetadas pelo pecado.

Mas a bíblia diz que Jesus Cristo veio ao mundo para nos salvar do pecado. Essa é a razão da vinda dele. O pecado é a feiúra do natal. É o poder degenerativo na raça humana que faz com que o homem seja suscetível a doenças, desastres, enfermidades, morte e o inferno.

E essa é a razão do natal. Todo casamento rompido, todo lar desfeito, toda amizade destruída, toda discussão, todo desacordo, todo pensamento mau, palavra má, obra má, toda obra boa que foi desfeita, bom pensamento que nunca foi pensado, palavra boa que alguém nunca disse, pode ser atribuída ao pecado.

É por isso que em Josué 7:13 o pecado é chamado de “coisas condenadas”. Nas escrituras é comparado com o veneno de cobras e o cheiro de um túmulo. E qualquer coisa que é tão sinistra assim e tão poderosa que debilita a raça humana inteira precisa ser lidada, se Deus, que é infinitamente santo, vai trazer o homem para si. Então Cristo veio ao mundo para lidar com o pecado.

Assim, você não pode olhar para o Natal e celebrar os elementos periféricos. Você precisa entender que no centro está a feiúra do pecado. Muitos anos atrás, Thomas Guthrie escreveu algumas palavras provocativas sobre o pecado. “Quem é a mulher sedutora enfeitada que rouba nossa virtude? Quem é o assassino que destrói a nossa vida? Quem é a feiticeira que primeiramente nos engana e depois condena as nossas almas? O pecado. Quem com o hálito arruína os nossos jovens? Quem quebra os corações dos pais? Quem traz cabelos brancos para homens velhos até a sepultura? O pecado.

"Quem, pela metamorfose ainda mais feia do que a de Ovídio gosta de transformar crianças em cobras, mães amorosas em monstros e seus pais em pessoas piores do que Herodes, assassinos dos inocentes. O pecado. Quem lança a discórdia nos corações dos lares? Quem acende a chama da guerra e faz com que o fogo se espalhe pela terra? Quem, pela divisão da igreja despedaça o manto perfeito de Cristo? O pecado.

"Quem é a Dalila que canta até que o Nazireu durma e que entrega a força de Deus nas mãos dos incircuncisos? Quem, com sorrisos no rosto, usou a adulação, coloca-se a porta para oferecer os direitos sagrados de hospitalidade, e quando a suspeição dorme, traiçoeiramente crava uma estaca na fronte? Que sereia é essa que se assenta em uma pedra ao lado de uma fonte assassina, sorri para enganar, canta para atrair, beija para trair e se joga em nosso pescoço para pular para a perdição conosco? O pecado.

Quem transforma o coração mais manso e gentil em pedra? Quem remove a razão de seu trono e empurra os pecadores, loucos como aquela manada de porcos Gadarenos, para baixo, no precipício, para dentro do lago de fogo? O pecado”.

O pecado é a feiúra do natal. Ele se coloca por trás das cenas e é a razão porque o salvador veio. Isso é uma afirmação verdadeira, digna de toda aceitação, que Cristo Jesus veio para o mundo para salvar os pecadores. Essa é a questão. Agora eu quero que você encare as cinco questões do pecado.

Questão número um. O que é o pecado? Do que nós falamos que tem arruinado tanto o mundo? John Bunyan disse, “o pecado desafia a justiça de Deus. O pecado estupra a misericórdia de Deus. Zomba de Sua paciência, desrespeita o Seu poder e despreza o Seu amor”.

Ainda mais do que isso, o que é o pecado em termos simples? Eu acredito que a definição de 1 João 3:4 é muito clara. “O pecado é a transgressão da lei”. O pecado é quando transgredimos a lei de Deus, é qualquer violação da lei de Deus. No texto grego daquele versículo, o pecado é igual iniqüidade. Iniqüidade é igual pecado. É viver como se não existisse Deus ou lei, não existisse autoridade, nenhum padrão, como as pessoas vivem hoje e sempre quiseram viver. Nega a realidade da lei de Deus. Diz que Deus não está no comando e não pode colocar sobre mim nenhuma norma obrigatória.

É viver além das fronteiras que Deus tem estabelecido. É pensar no que é inaceitável para Deus, falar o que é inaceitável, comportamentos inaceitáveis para Deus, violação de Sua lei. E Deus nos deu Sua lei, Ele escreveu Sua lei em nossos corações. A bíblia diz em Romanos 2, “Ele tem escrito sua lei nas páginas da santa escritura”, e a lei de acordo com Romanos 7:12 é, “santo, justo e bom”. Nela não existe nada impuro, nada injusto, nada errado. Ela é santa, justa e boa.

Não existe nenhuma razão sã para violar a lei de Deus a não ser o fato de que o homem tem o desejo de governar sua própria vida, fazer suas próprias vontades, e assim negam o lugar certo de Deus. Toda a lei de Deus é para bênção do homem. Toda a lei de Deus é para o bem do homem. Toda a lei de Deus é para a alegria do homem, salvação do homem, eterna alegria do homem.

Mas o homem é tolo e, como um cavalo que tem um lindo pasto para pastar pula a cerca e acaba caindo na lama, o homem tem desprezado a beleza do que Deus tem providenciado dentro da estrutura da obediência de sua lei. Ele pulou a cerca, ultrapassou os limites, e caiu em uma lama profunda de seu próprio pecado e não consegue sair dali. Então mesmo podendo olhar nas escrituras e encontrar muitos diferentes tipos de pecado e muitos termos diferentes para expressar o que é, a definição simples é que o pecado é a violação da lei de Deus.

Agora isso nos leva para a segunda questão. Como é o pecado? Qual é a natureza do pecado? Quais são as propriedades do pecado? Quais são as características disso que causou com que o Cristo nascesse como o salvador?

Primeiramente, o pecado está contaminado. Precisamos entender que sua natureza é contaminada. Não é só um defeito. Isto é, não é só uma rebelião, não é só uma transgressão da lei de Deus ou passar dos limites, mas é uma poluição. É uma corrupção. É igual a ferrugem em um metal precioso. É o que uma cicatriz é em um rosto lindo, o que uma mancha é em um tecido fino, o que a fumaça é em um céu azul. É uma coisa corrompida. Torna a alma vermelha com a culpa e escura com o mal.

Em 1 Reis 8:38, o pecado no coração do homem é comparado com as feridas de uma praga mortífera. Em Zacarias 3:3, ele é comparado a roupas sujas. Ele é algo corrupto, que polui e mancha. Ele mancha a alma e obscurece a imagem de Deus. De acordo com Zacarias 11:8, ele faz Deus odiar o pecador. De acordo com Ezequiel 20:43, quando o pecador vê o seu próprio pecado, ele tem nojo dele mesmo.

O pecado polui, corrompe, mancha e suja tudo o que ele toca; e ele toca tudo no âmbito humano. Em 1 Coríntios 7:1, não é à toa que Paulo chama isso de “impureza da carne e do espírito”. Thomas Goodwin, o puritano, escreveu, “o pecado é chamado de veneno, os pecadores de serpentes. O pecado é chamado de vomito, os pecadores de cachorros. O pecado é chamado de cheiro de túmulos, os pecadores de sepulcros caiados. O pecado é chamado de lama, os pecadores de porcos. Tudo isso, todo esse conceito bíblico, fala de sua poluição, de sua corrupção e do seu aspecto feio. Assim, o pecado corrompe.

Em segundo lugar, o pecado também é desafiador. Ele é desafiador em sua natureza. Em Levíticos 26:27 Deus fala desses que escolheram andar “ao contrário de mim”. Eles desafiam a Deus. Significa fechar a mão e bater no rosto de Jesus Cristo. Não importa qual homenagem você deseja fazer para ele no Natal, o pecado é uma pancada em seu rosto. O pecado atravessa o prego em suas mãos. O pecado enfia a coroa de espinhos em sua cabeça. O pecado enfia uma lança em seu lado. O pecado cospe nele. O pecado zomba dele.

O pecado diz, “eu farei o que eu farei. Eu não me importo com o que você afirma ou diz ser”. No Salmo 12:4, ele diz, “os lábios são nossos; quem é senhor sobre nós?” Nós diremos exatamente o que nós queremos dizer e essa é a implicação dessa passagem. Nós não estamos lhe aceitando como qualquer autoridade. Nós não cremos que você está ligado a nós. Nós diremos o que nós quisermos.

Em Jeremias, quando ele estava acusando o povo de Israel pelo seu mal contra Deus, as pessoas dizem em 2:31, “Somos livres! Jamais tornaremos a ti?” Nós não estamos interessados em sua soberania e em seu reinado. Nós reinamos. Nós estamos no comando.

A palavra pesha no hebraico, pecado, significa rebelião. É o coração do desafio que está no coração de cada pecador. Jeremias 44:17 diz, “Nós faremos, certamente, toda a palavra que sair de nossa boca”. Em outras palavras, essa é a característica do pecado que faz exatamente o que ele deseja fazer.

Você está vendo? O pecado seria o assassino de Deus. O pecado não apenas tiraria Deus do trono, ele faria Deus deixar de ser Deus. Se o pecado conseguir fazer o que quer, não há Deus e o pecador é Deus. Esse é o desafio do pecado. Não importa que tipo de homenagem ele tente fazer a Deus, ele bateria em Deus. Ele cuspiria no salvador. Ele desafia a Deus e demanda fazer a sua vontade. Assim, o pecado é corrupto e o pecado é desafiador.

Em terceiro lugar, o pecado é ingratidão. O pecado é ingratidão. Você está vendo? De acordo com Atos 17:28, a Bíblia diz, “pois nele”, isto é, em Deus, “vivemos, e nos movemos, e existimos”. Você sabe, claro, que sem Deus você não estaria aqui. Você foi criado por Deus. Você vive e respira porque Deus fez você, como ele fez todo o mundo. Seja o que for no mundo que você tenha, seja o que for que você tenha prazer ou o que você possui, você tem isso por causa de Deus e porque ele é um Deus misericordioso, providencialmente benigno e gracioso.

Ele criou um bom mundo para nós e nos abençoou com o seu favor. Nós temos mais uma respiração porque existe um Deus e é ele que dá o nosso respirar. Em Marcos, perdão, em Mateus 5:45 ele diz de Deus, “porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos”. Em outras palavras, ele abençoou o mundo, o mundo do homem pecador, com sua benignidade e com seu favor.

Foi Deus que providenciou toda a comida que o pecador come, todo gosto que você degusta, toda bela cena que você já viu, todo bom sentimento que você sente. Deus lhe deu isso. Foi Deus que deu toda beleza. É Deus que dá sabedoria às nossas mentes, coordenação aos nossos corpos, e nos permite pensar, sentir, trabalhar, jogar e descansar para que a vida seja plena e útil.

Foi Deus que fez o amor. Foi Deus que fez o riso. É Deus que, claro, nos dá as alegrias da vida, crianças pequenas e amigos. É Deus que dá a cada homem um dom específico, a cada mulher uma habilidade específica que faz com que ele e ela sejam quem eles são e mais ninguém; com isso eles se superam de uma forma muito especial conhecendo então um respeito próprio e uma dignidade própria.

Foi Deus que fez o homem para ter um cuidado básico de si mesmo e dos outros para que a vida seja cheia desses tipos de coisas que todos nós gostamos. É Deus que nos preserva de termos todo tipo de doença e todo tipo de morte. Deus literalmente rodeia o pecador ingrato com seu cuidado providencial. Quando nós continuamos em pecado, nós desafiamos essa bondade e nós expressamos ingratidão por essa benignidade.

Como Absalão, tão logo Daví, o seu pai, tê-lo beijado, colocado em seu coração, saiu e tramou contra o seu próprio pai amado. Assim, o pecado abraçará tudo que é bom que Deus dá e golpeará a face de Deus em resposta. Nós nos encontramos fazendo a mesma pergunta que foi feita em 2 Samuel 16:17, “é assim a tua fidelidade para com o teu amigo?” O pecado é uma ingratidão repugnante. Ele busca tirar do trono e destruir aquele que nos dá tudo o que temos. É algo inacreditável.

Essa é a natureza do pecado. Você não pensaria em fazer o mal a alguém que salvou a sua vida através de uma ato grande e heroico, e mesmo assim você golpeará a face de Deus que lhe deu tudo o que você tem. O pecado é corrupto, desafiador e ingrato.

O pecado também é humanamente incurável. Humanamente. O pecado é humanamente incurável. Em Jeremias 13:23, o profeta disse, “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas?” A resposta a essa pergunta retórica é não. O etíope não pode mudar a sua pele, o leopardo, pelo pensamento, ou fazendo algo, não pode mudar as suas manchas. Então, o profeta diz, “então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal”. Da mesma forma que o etíope não pode mudar a cor de sua pele e o leopardo não pode mudar a cor de suas manchas, você também não pode fazer o que é bom pois está inclinado para o mal. Não há nada humanamente que possa ser feito para mudar isso; nem com toda resolução no mundo, nem com todo o seu esforço, nem com toda a religião. O pecado é humanamente incurável.

Em Isaías 1, nós lemos no versículo 4, “Ai desta nação pecaminosa, povo carregado de iniquidade” – cheio disso – “raça de malignos” – em outras palavras, você gera mais seres malignos – “filhos de corruptores; abandonaram o Senhor, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás. Por que havias de ainda ser feridos, visto que continuais em rebeldia? Toda a cabeça está doente, e todo o coração, enfermo. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã” – nada – “senão feridas, contusões e chagas inflamadas”.

É assim que Deus descreve o pecador. Doença total. O pecado é a lepra incurável da alma. Ele não pode ser removido por lei. Ele não pode ser banido pela filosofia. Ele não pode ser exterminado pela psicologia. Ele não pode ser removido apenas se desejando isso. Ele não pode ser lançado fora por através de um esforço próprio.

John Flavell disse, certa vez, que todas as lagrimas de um pecador penitente, e ele poderia ter derramado o mesmo tanto de todas as gostas de chuva desde a criação do mundo, não poderiam lavar o seu pecado. Então ele continua dizendo, “o fogo eterno do inferno não poderia purificar a consciência de um pecado porque a dor não pode curar o pecado, nem a punição pode curar o pecado; somente Cristo pode curar o pecado”.

Assim, o Natal é isso. Jesus Cristo veio ao mundo para salvar pecadores. Não há outra forma. Não há outra cura. O pecado é uma doença curada somente através de uma coisa, do sangue do próprio médico divino.

Além disso, ao entender como o pecado é, nós devemos dizer que o pecado também é odiado por Deus. Ele é detestável a Deus. Isso deve ser óbvio para nós. Mas deixe-me seguir nisso um pouco mais. O pecado é a única coisa que Deus tem um eterno antagonismo. Ele não condena ninguém a não ser um pecador. É isso. Essa é uma categoria muita estreita em que Deus tem uma ira eterna. Deus não resiste ao homem porque ele é pobre. Deus não resiste uma pessoa porque ela é ignorante, debilitada, doente, rechaçada pelo mundo, limitada em suas habilidades ou porque tem pouco a oferecer. Não. Só existe uma coisa que aliena uma pessoa de Deus e isso é o pecado. É só isso. Deus é antagônico somente ao pecador.

Em Jeremias 44:4, Deus diz, “Não façais esta coisa abominável que aborreço”. Essa é a palavra de Deus para o pecador rebelde, contrário e que ataca. Você está vendo? O nosso Deus é santo, totalmente santo, somente santo, completamente santo e sempre santo. O pecador é pecaminoso, todo pecaminoso, somente pecaminoso, completamente pecaminoso e sempre pecaminoso. Como que os dois podem se aproximar? Somente quando o pecado é eliminado. Isso é feito pela obra de Jesus Cristo que veio para salvar pecadores.

Assim, o pecado corrompe, provoca e é ingrato. Ele é humanamente incurável e ele é odiado por Deus. Veja. O pecado – se eu posso adicionar algo – é um trabalho árduo. O caráter do pecado é um trabalho árduo. Você já percebeu? Tudo o que ele causa é dor, e mesmo assim, as pessoas passam pela dor para fazê-lo. É uma compulsão estranha que a nossa natureza nos dá. Em Jeremias 9:5, a Bíblia diz, “Cansam-se de praticar a iniquidade”. No Salmo 7:14, “Eis que o ímpio está com dores de iniquidade”, descrevendo Cuxe, o inimigo de Davi, que o estava perseguindo. Ele está em dor tentando trazer o mal. É dito de Jerusalém em Ezequiel 24:12, “Essa se cansou com o pecado”. O pecado é um trabalho árduo e as pessoas vão atrás com todas as forças.

Eu sou lembrado de Gênesis 19, onde aqueles homossexuais pervertidos e deturpados da cidade de Sodoma vieram à casa de Ló porque duas belas criaturas angelicais chegaram a sua casa, vindos da parte de Deus. Eles viram aquelas criaturas magnificas e queriam entrar e molesta-las com sua forma pervertida e vil. Eles queriam que eles saíssem da casa para fazerem isso. E, claro, eles não permitiram que isso acontecesse. A Bíblia diz que com julgamento divino, Deus cegou todos aqueles homossexuais perversos.

Você sabe o que intriga meu entendimento? Quando eles estavam cegos, eles não caíram no chão e ficaram rastejando; eles não correram, pedindo misericórdia; eles, com grande intensidade, tentaram arrombar a porta e entrar na casa de qualquer jeito. Na verdade, ficar cegos na hora não foi o suficiente para eles dominarem os impulsos incríveis de sua cobiça. Eles ignoraram a sua cegueira e fizeram esforços extremos para alcançar o objetivo que a sua cobiça os conduzia. Essa é a essência do pecado. Ele é tão perverso que, ignorando a dor e as consequências, os homens buscam o mal e se cansam no processo. As pessoas vão para o inferno suando.

Como que é o pecado? Ele é corrupto, ele desafia, ele é ingrato, ele é incurável, ele é odiado por Deus e é um trabalho árduo. Tudo isso para os homens violarem a lei de Deus. Que coisa miserável.

Quantas pessoas são afetadas pelo pecado? Essa é a nossa terceira pergunta. Eu recebi cartas ao longo dos anos de pessoas que disseram para mim, “eu não sei porque você está tão nervoso. Eu nunca pequei”. Eu sim. Quantas pessoas são afetadas pelo pecado? A resposta está em Romanos 3. “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus. Não há justo, nem um sequer”. Isso é para você que acha que você é um desses. “Não. Ninguém”. O pecado entrou no mundo por um homem, Adão. Através de Adão, veio toda a civilização de pecadores. Um produz o outro.

Jó disse em Jó 14:4. Ele disse, “Quem da imundícia poderá tirar coisa pura? Ninguém”. Ninguém. Salmo 58:3, “Desviam-se os ímpios desde a sua concepção”. Salmo 51:5, “Em pecado me concebeu minha mãe”. Desde Adão, só foram pecadores, pecadores e pecadores. Nada mais do que pecadores. O único não pecador foi Jesus Cristo. 1 João 3:5 diz, “Nele não existe pecado”.

E o que foi transmitido para nós não foi somente a culpa do pecado de Adão, mas a depravação, corrupção e poluição disso. Nós bebemos da mesma fonte poluída. Nós herdamos a mesma genética falha. O pecado de Adão se prende em nós como a lepra de Naamã ficou com Geazi em 2 Reis 5. “Com a carne”, Paulo diz em Romanos 7:25, “eu sirvo a lei do pecado”.

O pecado original em Adão contaminou toda a corrente humana. E se você tem dúvidas a respeito disso, é muito simples de responder. “O salário do pecado é a morte”. Se você morrer, você morre por causa do pecado. Isso é simples e claro. Se você olhar para a sua vida e se você quiser saber se você é um pecador, pergunte a si mesmo se você já ficou doente, se você está ficando mais velho ou se você vai morrer. A resposta é sim, e o pecado é o motivo. Você não pode negar isso.

As raízes do pecado são tão profundas, elas são tão profundas que depois da salvação, o pecado permanece um problema para o cristão. Paulo clama, “As coisas que eu quero fazer não eu faço, e as coisas que eu não quero fazer eu faço, eu vejo esse pecado que está em mim”. Até mesmo quando foi perdoado, e mesmo quando o Senhor já colocou a justiça de Cristo sobre aquele pecado, por Cristo ter pago a culpa daquele pecado, ele ainda está ali, e as raízes do pecado são muito profundas.

Todos nós fomos afetados por isso. Todos nós. Mesmo quando nós somos cristãos, o pecado ainda é uma realidade. E se você disser que você não tem pecado, você faz de Deus o que? Um mentiroso.

Então, nós temos uma pergunta vital. Quais são os resultados do pecado? Quais são os resultados? O que o pecado causa? Deixe-me compartilhar com você. Primeiro, o pecado faz com que o mal nos domine. O pecado faz com que uma pessoa se torne uma vítima do mal. O mal domina a mente. Ele diz em Jeremias 17:9, “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto”. Ele diz em Efésios 4 que a mente está obscura, que a mente está alienada, que a vida de Deus está ausente. Ele diz em 1 Coríntios 2 que nós não podemos entender as coisas de Deus. Em Romanos 1, essa mente é réproba.

Em outras palavras, o pecado dominou a mente a fim de que o processo de pensamento seja dominado pelo mal. Ela pensa o mal. Ela planeja o mal. Ela concebe o mal. Então nós sabemos, também, que o mal domina a vontade. Como mencionei anteriormente, citando Jeremias 44:17, “nós faremos o que sair da nossa boca”. A vontade também é dominada pelo mal que domina o pecador. Ele é uma vítima total. Se o seu pensamento for dominado pelo mal, a sua vontade também será, pois ele fará o que ele concebe. O que ele concebe é dominado pelo mal.

Então o mal domina as afeiçoes. O homem ama as trevas ao invés da luz porque as suas obras são más. Os seus amores, suas afeiçoes, seus desejos, suas vontades, seus anseios são para as coisas que não são certas. Assim, o homem é dominado pelo mal. Como Paulo diz, “o pecado que habita em mim”, ele se pendura como a escuridão se pendura na noite.

O pecado está na natureza até mesmo de um cristão. Ele está na essência de um cristão. Ele está na pessoa de um cristão, como um leão adormecido que pode ser atiçado com a menor coisa. É uma coisa de domínio. Ele as vezes está latente como uma chama alta, as vezes baixa, e um pequeno vento de tentação pode despertar o seu furor.

Em segundo lugar, ao pensar sobre essa questão do pecado e o resultado dele. O pecado nos coloca debaixo do domínio de Satanás. As pessoas pensam que elas estão livres, sabe, livres, realmente livres para fazer o que bem entenderem. Nós dizemos que elas são espíritos livres. Ouça. A única pessoa livre é a que teve o seu pecado coberto, estando livre para fazer o que é certo. Um pecador não é livre. Ele está sob o domínio total do pecado e sob o controle de Satanás.

Efésios 2:2, o Apóstolo Paulo diz na Escritura que o pecador anda, em sua conduta diária, de acordo com o príncipe da potestade do ar, o espírito que opera nos filhos da desobediência. Satanás está trabalhando. Ele está no controle. Eles carregam a impressão de Satanás. Eles carregam em suas faces a imagem do seu pai. E Jesus disse em João 8:44, “Vós sois do vosso pai, o diabo”.

Era óbvio. Era visível. Filhos do diabo porque eles se manifestavam desse jeito. Eles traziam a marca do controle satânico. O homem é escravo de Satanás. Ele não é livre, ele está totalmente sob controle. Satanás trabalha nele para fazer a sua vontade. “Somente”, Jesus disse, “se o Filho te tornar livre sereis livre”. Portanto, os resultados do pecado – o pecado domina e conduz ao controle de Satanás.

Em terceiro lugar, o pecado faz a pessoa ser objeto da ira de Deus. É o pecado que nos leva a sermos condenados e amaldiçoados. É o pecado que leva os homens ao inferno. Nós estamos expostos, Efésios 2:3 diz, à ira de Deus. O salmista diz no Salmo 90:11, “Quem conhece o poder da tua ira?” é por isso que nós não queremos zombar. É por isso que Provérbios 14:9, eu acho, diz que somente os tolos zombam do pecado; porque quando você zomba do pecado, você zomba da ira de Deus.

A ira de Deus não é uma mera paixão momentânea. Ela é uma ira santa, um ato da sua vontade santa e pura contra aquilo que é mal e inaceitável. E ele destruirá isso. É algo temeroso cair nas mãos de um Deus irado, de um Deus poderoso, de um Deus julgador, irado e vingador.

Assim, o pecado faz com que os homens se tornem herdeiros da ira de Deus. Enquanto eles acham que eles estão em um banquete, existe uma espada sobre suas cabeças, pendurada por um fio, e quando esse fio se romper, o julgamento virá.

Assim, outro pensamento sobre os resultados do pecado que é muito importante. O pecado sujeita a pessoa a todas as misérias da vida. O pecado traz as piores coisas que podem existir em um indivíduo. Jó diz no capítulo 5, versículo 7, “Mas o homem nasce para o enfado e o enfado se torna o seu nome”. O enfado está por todos os lados.

Paulo diz que o pecado de Adão sujeitou toda criatura à vaidade, ao vazio, à inutilidade. Existe algo faltando. Existe uma insatisfação; é um problema e é um vazio. Você vive uma vida de pecado e você fica com problemas e mais nada, vazio. Salomão disse, “vaidade das vaidades, vazio do vazio, tudo é nada, tudo é nada”. Que enigma; que paradoxo.

Um homem chega ao mundo com um choro e sai com um choro, nada entre isso; vazio. O pecado tirou o homem do lugar de honra. Ele perdeu a sua dignidade. A paz lhe foi roubada. Ele não conhece alegria contínua; sem esperança, sem significado, sem valores. “Não há paz”, diz o meu Deus, “ao iníquo”. O iníquo é como o mar perturbado que não consegue descansar, do qual as aguas levantam lama e terra. Provérbio 28:1 diz, “Fogem os perversos, sem que ninguém os persiga”. Eles são perseguidos com o vazio, com a falta de sentido e com a culpa pela falta de paz em suas vidas. Judas estava apavorado. Judas estava com tanta culpa e horror que ele se enforcou para silenciar a sua consciência que gritava. Até mesmo o inferno não provê descanso.

Ouça, o pecado traz as piores coisas na vida. Ele expõe os homens para a maior miséria. O resultado final do pecado é que ele condena as pessoas para o inferno. Em Apocalipse 20, ele diz que no final, no grande trono branco do julgamento, o Senhor ajuntada todos os descrentes e os lançará no lago de fogo que queima para sempre. Jesus ensinou a doutrina do inferno. Foi ele que a estruturou e articulou nos evangelhos. Os apóstolos pegaram isso e repetiram ao longo do Novo Testamento.

Nós precisamos saber disso, queridos amigos, que as mais de 7 bilhões de pessoas vivendo na terra hoje, todas vão morrer. Todas elas vão morrer, e toda vão encarar o inferno se elas morrerem sem Cristo. 50 milhões de pessoas morrerão neste ano. 136.986 morrerão todo dia. Desde o momento em que eu comecei a falar, mais de 5 mil pessoas morreram – 95 morrem por minuto. E elas estão sendo substituídas na terra 2,5 vezes, a média de nascimentos, o que significa que mais pessoas morrerão no futuro do que estão morrendo agora. O inferno espera pela vasta maioria das pessoas.

Spurgeon disse, “o homem está pendurado sobre a boca do inferno por uma prancha solitária; e essa prancha está podre”. Essa e a fatalidade última do pecado. Que coisa horrível.

Agora, por que tudo isso? Porque isso, queridos amigos, é o lado feio do Natal que nos conduz ao ponto de sua beleza. Você está vendo, a beleza do Natal é que Cristo veio ao mundo para fazer o que? Salvar pecadores. Agora, isso não é a beleza do Natal? E quem pode entender a beleza do natal sem o lado feio?

Não são os cartões, as árvores, as luzes, os presentes, as fantasias, as cenas na neve e o fogo que nos aquece. A beleza do Natal é que Cristo veio para curar o aspecto feio do mundo. Ezequiel Hopkins, há muitos anos atrás, disse, “Não é a falta de capacidade do homem mas a sua falta de vontade. Não é a impotência, mas sim a obstinação que o destrói”.

Os homens não irão – obstinadamente não irão – vir a Cristo que veio salvar. Deus determinou enviar o seu Filho ao mundo, o brilho de sua glória, a imagem expressa de sua pessoa, o que participa da perfeição divina a fim de morrer por nós. Esse é o Natal. Esse é o significado do Natal. Não importa o que você pensa, quais sentimentos você tenha, e quais sensações calorosas que você tenha a respeito do Natal. Se você não entender o aspecto feio do seu pecado e abraçar a Jesus Cristo que é o único que pode, pela sua morte e ressurreição, lhe salvar desse pecado, você não tem nenhuma ligação com o Natal.

Joseph Hart escreveu, “Venham vós pecadores, pobres e necessitados, fracos e feridos, doentes e machucados. Jesus está pronto para vos salvar, cheio de misericórdia, amor e poder. Ele é capaz. Ele é capaz. Ele está disposto. Não duvides. Ele é capaz. Ele é capaz. Ele está disposto. Não duvides. Venham vós que carregais fardos pesados, feridos e moídos pela Queda. Se esperar até que fique melhor, nunca vireis. Não os justos. Não os justos. Jesus veio a fim de chamar os pecadores. Não os justos. Não os justos. Jesus veio a fim de chamar os pecadores”. Vamos orar?

Certamente, ó Senhor, nós sabemos que essa é a verdade. Essa é a palavra fiel e digna de toda aceitação; que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar pecadores. Sim, essa é a beleza do Natal. A maravilha, a beleza não está em uma árvore, em uma decoração, em luzes ou no cenário. A beleza está no fato de que o aspecto feio pode ser curado pela vinda do Salvador.

Enquanto você está com a sua cabeça curvada por um momento, se você não conhece a Cristo, se você não deu a sua vida a ele e o recebeu como Senhor e Salvador, você pode fazer isso agora em seu coração. Peça a ele que venha e o lave de todo pecado; que ele o torne limpo, e ele fará isso pela virtude de sua promessa.

Você pode ser um cristão e você verá em sua própria vida um certo pecado, e você tem visto hoje o que esse pecado é. Talvez você deseja que o Senhor o lave novamente, que ele o limpe. Ele vem uma vez para salvar, mas diariamente ele nos mantém limpos..

FIM

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