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Hoje temos a grande alegria de vir à Mesa do Senhor, compartilhando a lembrança da cruz, a sua morte por nós. Também enfatizamos a maravilhosa realidade da oração e nosso acesso a Deus. Quero nesta manhã, enquanto vamos à Palavra de Deus em preparação para nos achegarmos à sua mesa, continuar a discussão sobre a anatomia da igreja, e algo do que penso se encaixa maravilhosamente nos temas que já apreciamos nesta manhã. Vamos examinar o que a Bíblia nos ensina sobre a igreja, focando particularmente em atitudes internas, motivos, convicções, aquelas coisas que implicam a vida do corpo. Começamos sobre o esqueleto, aquelas coisas não negociáveis, fundamentais, que lhe dão sua estrutura.

E então olhamos para esses sistemas internos no corpo de Cristo, as coisas que transmitem a vida da igreja, as forças vitais que fluem através da igreja e que faz dela o que é. E aqueles sistemas internos, esses motivos, convicções e atitudes, que já discutimos, são coisas como fé, obediência, humildade, amor e unidade, e então no último Dia do Senhor, o crescimento. E hoje vamos estudar outro componente, outra motivação interna crucial, a atitude interna, que é absolutamente essencial na vida da igreja. Nós enfatizamos a santidade quando falamos sobre os elementos esqueléticos da igreja, a busca necessária de santidade e pureza que são características da vida no céu.

Consideramos esse processo, em Mateus, capítulo 18, e falamos sobre quão crucial é para a igreja se examinar, lidar com o pecado, extirpá-lo, confrontá-lo, discipliná-lo e manter a pureza. Mas, junto com isso, há outro componente muito necessário na vida da igreja, que seremos chamados a exercer em todos os momentos da vida da igreja. Não é outro senão a atitude de perdão – o perdão. Assim, você pode adicionar à sua lista de coisas como fé, obediência, humildade, amor, unidade, crescimento, outro componente da vida na igreja, e essa é a atitude espiritual, a motivação do perdão. Este deve ser um companheiro ao lado da busca da santidade, ou a igreja se torna muito severa, muito amarga e muito rígida.

A igreja não é lugar para ressentimentos. A vida cristã não deve ser caracterizada por ressentimentos, vingança, amargura ou orgulho. Tudo isso é destrutivo e deve ser eliminado em uma atitude de perdão. Ele é absolutamente essencial, porque, por mais que queiramos trazer o céu aqui, por mais que queiramos fazer na terra o que está sendo feito no céu, por mais que queiramos ser celestiais, não conseguiremos. Ansiamos pelas perfeições do céu, mas não as temos e, portanto, na vida da igreja haverá imperfeições, haverá erros, julgamentos injustos, atitudes erradas, pecados, e eles ocorrerão em todos os níveis da igreja.

Eles surgirão na vida dos líderes, em minha vida e na vida de outros pastores e presbíteros, e pode acontecer na vida de todos nesta igreja e em qualquer igreja. O apóstolo Paulo, olhando para si mesmo no auge de sua vida, no clímax de sua própria vida, no final de sua vida, depois de ter se tornado o grande cristão fiel que era, se identificou como o principal dos pecadores. Sempre haverá imperfeições, e sempre haverá erros, e sempre estaremos dizendo a nós mesmos: “Miserável homem que sou, quem me livrará do corpo desta morte?” De fato, quanto mais amadurecemos em Cristo, quanto mais crescemos, e nos tornamos aquele pai espiritual que abordamos no último Dia do Senhor, mais nosso pecado se manifesta, porque maior é a nossa sensibilidade a ele; assim, é mais provável enxergarmos nossas falhas.

E assim, porque haverá sempre imperfeições, erros, iniquidades, pecados, transgressões e erros de julgamento, haverá uma grande necessidade do exercício do perdão na vida da igreja. E onde quer que haja uma atitude implacável, haverá uma quebra na comunhão, uma limitação da funcionalidade, e o roubo da alegria que devemos experimentar. Haverá falta de paz que o Senhor nos dá por meio do seu Espírito.

Provavelmente, eu deveria comentar brevemente que na cultura de hoje psicologicamente seduzida, na cultura de hoje empenhada em exercitar e glorificar o pecado da autoestima, o perdão é ridicularizado e a vingança é exaltada. Isso é exatamente o oposto do que a Escritura nos ensina. Precisamos expressar uma atitude de perdão. E quero abordar isso brevemente nesta manhã antes de chegarmos à Mesa do Senhor, apenas para lhe dar vários pontos a serem ponderados. Primeiro, o perdão é o ato mais divino que uma pessoa pode fazer - o perdão é o ato mais divino que uma pessoa pode fazer. Nada é mais divino do que perdoar alguém, e você nunca se parecerá mais como Deus do que quando perdoa. Se a oração do seu coração é ser como Cristo, ser como filho de Deus, filho amado que manifesta o caráter dele, então você deve necessariamente ser caracterizado pelo perdão.

O perdão é uma coisa maravilhosa. O perdão é uma promessa. O perdão é um compromisso. É uma declaração de amor imerecido, que afirma não se importar com o que você tenha feito, não há raiva, não há ódio, não há desejo por vingança, não importa o que você tenha feito, nunca haverá retaliação. Eu ignoro essa transgressão completamente. Eu não considero você culpado. Eu não o culpo. Eu não sinto autopiedade porque fui ofendido; em vez disso, ignoro essa transgressão completamente e estendo meu amor completamente a você. Isso é perdão, e isso é divino.

Lembrando-nos disso, voltamos ao capítulo 34, de Êxodo. Em Êxodo, capítulo 34, lemos isto nos versículos 6 e 7: “E, passando o SENHOR por diante dele” - isto é, na frente de Moisés, que tinha pedido, você se lembra, para ver a sua glória. E o Senhor está se identificando aqui, enquanto passa por Moisés e deixa uma pequena porção de sua glória se manifestar. O Senhor se apresenta, no versículo 6, com estas palavras: “SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade” - essa é outra palavra para graça - “que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado.” Essa é a característica de Deus que queremos identificar. Ele é por natureza um Deus que perdoa.

Mais cedo, no momento de adoração, li o Salmo 32, versículo 1: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, cujo pecado está coberto! Quão abençoado é o homem a quem o Senhor não imputa a iniquidade.” O Salmo 85 também expressa o coração perdoador de Deus quando diz, nos versículos 2 e 3: “Perdoaste a iniquidade de teu povo, encobriste os seus pecados todos. A tua indignação, reprimiste-a toda, do furor da tua ira te desviaste.” Repetidamente nos Salmos, o tema do perdão é levantado. Outro que é digno de nota está no Salmo 130, no versículo 4: "Contigo, porém, está o perdão, para que te temam.” Temido com significado de adorado, tratado com reverência, respeito e honra. Deus obtém a adoração daqueles a quem ele graciosamente perdoa.

Em Isaías, o profeta – entre outros profetas, mas notavelmente Isaías – fala sobre o perdão de Deus no 43º capítulo de sua profecia. Você se lembra que muito de sua profecia tem a ver com o julgamento, e então a profecia meio que se transforma no meio, e a última parte é toda sobre o perdão e um futuro glorioso. Em Isaías 43.25, lemos que Deus fala e diz: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro." Que grande declaração. “Eu apago tuas transgressões por amor de mim.” O que isso significa? Que ele coloca o seu caráter em evidência como um Deus que perdoa e, portanto, será adorado como tal por aqueles que são gratos por tal perdão.

E então aquele grande texto em Isaías 55, versículos 6 e 7: “Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.” O profeta Jeremias falou muito do mesmo modo. Apenas uma passagem, maravilhosa, Jeremias 33.8: “Purificá-los-ei de toda a sua iniquidade com que pecaram contra mim; e perdoarei todas as suas iniquidades com que pecaram e transgrediram contra mim.” Deus reitera o significado da transgressão e depois repete duas vezes a sua atitude de perdão.

Jesus ensinou muitas parábolas. Elas dominam muito do seu ensino no Novo Testamento. Nenhuma dessas parábolas é tão conhecida, talvez, como a parábola do filho pródigo. Na verdade, não é a parábola do filho pródigo; é a parábola do pai que perdoa. Esse seria um título melhor para ela, eu acho. É a mais conhecida de todas as histórias, registrada em Lucas 15, onde Deus é visto como um pai que perdoa totalmente um filho desprezível e indigno. O filho nessa parábola não é diferente de muitos filhos; ganancioso, egocêntrico, indulgente, ansioso por pôr as mãos na riqueza que não ganhara, tolo, que desperdiçou rapidamente com aqueles que, por sinal, o exploraram, e o deixaram na miséria quando seu dinheiro acabou.

Lentamente caindo em si, morrendo de fome, alimentando-se da comida dos porcos, ele estava em uma condição que realmente refletia sua vida, e disse para si mesmo: “Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui estou morrendo de fome! Vou me arrumar, voltar para o meu pai.” Ele realmente não tinha expectativa de perdão; na verdade, essa foi a última coisa que esperava. Ele disse: "Eu vou para casa e serei um escravo, só para ter a chance de dizer quão leviano eu fui, que filho terrível eu fui. Eu não espero ser um filho, mas voltarei e perguntarei se posso ser seu servo. Tudo que eu quero é um teto sobre minha cabeça. Tudo o que eu quero é um pedaço decente de comida para comer, algo melhor do que a comida dos porcos.” E ele tomou o caminho de volta para casa.

Quando ele chega perto da casa de seu pai, Jesus nos ensina o que significa perdoar. Porque, o que o pai faz? O pai não espera que o pecador chegue. Assim que o vê chegando, ele corre para encontrá-lo. Enquanto ele ainda está longe, o pai corre. Quando ele começa a abrir a boca e a falar, antes mesmo que possa dizer “um dddd” de desculpa, antes que ele possa se expressar, o pai passa os braços em volta dele e começa a beijá-lo e amá-lo; pede que ele seja vestido com a melhor roupa, e que um anel seja colocado em seu dedo, convoca um festival, uma festa, uma celebração, prepara a melhor carne, a melhor refeição que qualquer um possa imaginar, e a música começa, chama os amigos. Esse é o caráter generoso do perdão.

Você diz: “Bem, como o Senhor sabia que ele queria perdão?” Bem, Deus sabia disso porque ele havia voltado. Obviamente, ele havia começado nesse caminho. Quando Deus vê o pecador se movendo em sua direção, e ainda sem ter dito um “ddd” de desculpe, Deus joga seus braços ao redor do pecador, e apressadamente revela seu amor perdoador àquele pecador - esse é o perdão do jeito de Deus perdoar. Eu vou lhe contar uma coisa como pastor. Eu sofro profundamente por pessoas que carregam amarguras. Isso é tão diferente de Deus. É tão diferente do caráter de Jesus Cristo. Eu sofro por aqueles que pensam que têm de retaliar por cada erro que foi feito contra eles. De alguma forma, eles precisam pegar seu quilo de carne. De alguma forma, eles precisam reagir, preservar seu ego e seu orgulho. Eles se tornam divisores.

Eu sofro por aqueles que querem minar a igreja de Cristo, minar a obra de Deus, minar a vida e o ministério de servos fiéis. O pai perdoador pode apenas dizer que ele ama o filho indigno. Ele só pode dizer que sempre amará aquele filho que cometeu pecados tão graves. E pecados cometidos diretamente contra esse pai. E ele não fará nada além de regozijar-se por aquele filho, e será generoso com as expressões do perdão, e ele não o fará por nenhum ganho pessoal, mas pela pura alegria da reconciliação, e pelo puro amor da virtude. E é por isso que eu digo que o perdão é a coisa mais divina que você pode fazer.

É muito difícil ocorrer a divisão em uma igreja cheia de pessoas que perdoam. Não importa que falhas seu pastor tenha, ou seus líderes, ou falhas que você possa ter, ou alguém ao seu redor, quando há uma pressa em perdoar, é muito difícil criar as divisões que tanto desonram o Senhor. Jesus, pendurado na cruz, olhou para as pessoas que estavam tirando sua vida, o Filho de Deus sem pecado, e erguendo os olhos para o céu em favor delas, disse: “Pai, perdoa-lhes; eles não sabem o que fazem.” E Estevão, sendo esmagado sob as pedras sangrentas daqueles que estavam destruindo sua vida, olhou para o céu, viu Jesus Cristo em uma visão gloriosa, e disse: "Não lhes imputes esse pecado. Ó Deus, não os responsabilize pelo que estão fazendo.”

Foi o Sir Thomas More, chanceler da Inglaterra, depois de ter sido julgado em Westminster, e condenado à morte sem nenhuma causa justa, disse aos seus juízes: “Como São Paulo segurava as roupas daqueles que apedrejaram Estêvão até a morte, e como ambos são santos no céu, e continuarão ali amigos para sempre, então eu verdadeiramente confio, portanto, mais fervorosamente orarei, que embora seus senhorios tenham agora aqui na terra sido juízes para minha condenação e morte, nós podemos, no entanto, no futuro, alegremente nos encontrar no céu, na salvação eterna.” Ele orou pela salvação de seus executores - isso é perdão - isso é divino. Deus tem sido aberta, flagrante e injustamente ofendido, e blasfemado, desonrado, por todos nós, e ainda nos cobre ansiosamente com as expressões do seu amor perdoador.

Agora, este é o ponto saliente de Paulo em Efésios, capítulo 4. Vá até o texto, se assim desejar; Efésios, capítulo 4 e versículo 32. Em Efésios 4.32, lemos isto: "sede uns para com os outros benignos." Devemos parar e falar sobre isso por um momento. Nosso mundo é tão cruel, nossa sociedade é tão cruel, tão irritada, hostil e impiedosa. A simples gentileza, que desconsidera os erros, erros de julgamento, fracassos, fraquezas, que desconsidera pecados e trata as pessoas com gentileza, que esquece o egoísmo, esquece a própria agenda, as próprias expectativas – e ser gentil, quer as pessoas estejam em conformidade com todos os seus supostos padrões ou não. E essa gentileza inclui ser compassivo. Esta é uma frase simples para se entender: ser compassivo é tratar as pessoas ternamente. E aqui está uma maneira de fazê-lo: "perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou..”

E mais uma vez digo você nunca é mais parecido com Deus do que quando perdoa, quando expressa bondade, quando é compassivo e perdoa, assim como Deus o perdoou. E não é um perdão superficial, é um perdão profundo, é um perdão generoso. Em Colossenses 3.13, Paulo desdobra a mesma grande verdade: “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós.” Perdoar com o mesmo tipo de magnanimidade e o mesmo tipo de generosidade com que o Senhor perdoou vocês, de coração. Lembre-se do ensinamento de Jesus, em Mateus 5: “ Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.”

Veja, isso manifesta um coração que perdoa. Por quê? Versículo 45: “para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.” E novamente eu digo, você nunca é mais parecido com Deus, você nunca é mais como seu filho, do que quando você perdoa. E de volta ao texto de Efésios 4 por apenas um momento. Ele diz, no versículo 32, como eu li: "perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou,” e então eu gostaria que não houvesse a quebra do capítulo ali, porque imediatamente, no versículo 1: "Portanto, sede imitadores de Deus.” E novamente, você imita a Deus quando perdoa. Aliás, Paulo escreveu Efésios e Colossenses, aquelas duas cartas que pedem perdão, de uma prisão onde ele foi injustamente e odiosamente aprisionado. Ele estava praticando a mesma virtude que ele estava exortando os crentes a manifestarem.

Um segundo pensamento, enquanto pensamos em perdão, é este: quem ofendeu você ofendeu mais a Deus - quem ofendeu você ofendeu mais a Deus. Você diz: "Qual é o ponto?” O ponto é, se Deus pode perdoar quando ele recebeu a ofensa maior, você não pode perdoar, que recebeu a menor? Você diz: "O que você quer dizer com isso?" Eu quero dizer com isso o que está claramente indicado no Salmo 51. O Salmo 51 foi escrito por Davi, assim como o Salmo 32, que lemos anteriormente, ambos na época em que Davi estava sobrecarregado com a iniquidade de seu pecado com Bate-Seba, e a morte de seu marido Urias. E no meio de sua penitência, ele escreveu os Salmos 32 e 51. Mas no Salmo 51 e versículo 4, ele destaca essa questão muito importante sobre o seu pecado.

Lembre-se agora, ele havia violado Bate-Seba ao envolver-se sexualmente com ela. Ele havia violado Urias ao certificar-se de que Urias estivesse em uma posição comprometedora no campo de batalha, de modo que ele perdesse a vida. Então ele era culpado de adultério, e ele era culpado de assassinato. Ele certamente havia pecado contra aquelas pessoas. Mas observe, no versículo 4, o que ele diz nesta oração. No versículo 3, ele diz: “Conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Contra ti, somente, pequei.” Quando você realmente olha para o pecado, você deve concordar que o pecado é principalmente contra Deus, pois Deus é o padrão santo, cuja lei nós violamos. “Contra ti, somente, pequei.” Embora pareça para nós um grande pecado contra Bate-Seba, e um grande pecado contra Urias, é realmente uma infração menor contra eles, e uma grande infração contra o próprio Deus.

Salmo 41.4, também atribuído a Davi: “Disse eu: compadece-te de mim, SENHOR; sara a minha alma, porque pequei contra ti.” Ouça: Deus é perfeitamente santo. Ele é três vezes santo - santo, santo e santo. Ele tem olhos puros, e não pode contemplar o mal, não pode olhar para a iniquidade. Ele não pode tolerar o pecado. Ele despreza o pecado. Ele odeia o pecado. E embora ele esteja perdoando, haverá um fim para a sua paciência, e ele não suportará o pecado para sempre. Chegará um momento de julgamento e justiça. Ele diz isso em Êxodo 34, versículo 7. Ao mesmo tempo que Deus está perdoando, há um fim para o seu perdão, porque, no final, sua santidade assumirá onde há impenitência.

Ele é perfeitamente santo e finalmente requer uma justa punição pelo pecado - seja do pecador ou de um substituto do pecador, a saber, seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Dizer isso é dizer que Deus é santo e estabelece um padrão santo, tanto que, ao final, os pecadores não perdoados serão condenados a um eterno inferno de punição. Não há dúvidas sobre a extensão da santidade de Deus. E isso por si só torna o seu perdão ainda mais surpreendente. Deus, então, que é o mais santo, Deus, que é extremamente ofendido, perdoa. Nós, que somos pecaminosos, não devemos perdoar? O que é isso, algum tipo de complexo de Deus que as pessoas têm, que não perdoarão? Realmente é isso. Você tem uma opinião elevada de si mesmo, que não perdoará. Você se exaltou a um padrão mais elevado do que Deus.

Agora, deixe-me dizer como uma nota de rodapé neste momento, eu acredito que, de coração, devemos perdoar todas as ofensas, o tempo todo. Meus inimigos e aqueles que me perseguem e me odeiam provavelmente não pedirão meu perdão, e ainda assim Jesus disse: “Ame seus inimigos e faça o bem a eles.” E isso manifesta uma atitude de perdão. E haverá cristãos que ofendem a você e a mim. Haverá cristãos que são amargos e cheios de vingança, e querem retaliação, e querem seu quilo de carne, e vão fazer coisas que nos magoam, porque eles foram machucados por nós, ou imaginaram que foram. E eu realmente acredito que, a partir do coração, é essencial que nós estendamos a eles uma gentileza, uma bondade e um amor que perdoa, com o entendimento de que nunca pode haver uma restauração do relacionamento até que haja um verdadeiro arrependimento da parte deles.

O relacionamento não pode ser o que deveria ser até que haja uma busca real, por parte deles, dessa restauração através do perdão. Mas deixe-me dizer uma coisa. Você não pode esperar por isso em todas as situações. Quer dizer, olhe para isso em sua própria casa, olhe para isso em seu próprio casamento, olhe para isso em sua própria família. Você vai acumular toda uma longa ladainha de iniquidades que alguém pode ter cometido, ou ofensas que eles possam ter cometido, e eles não vieram e os confessaram a todos, e pediram perdão por cada um deles? Você vai acumular isso, acumular isso e acumular isso? Eu acho que não. Eu penso na magnanimidade do seu amor, você passa por essas coisas. "O amor cobre uma multidão de" - do quê? - "de pecados.”

Pode haver uma brecha nesse relacionamento até que o perdão seja buscado, mas de coração, esse perdão tem de ser oferecido e apresentado, ou você acumulará amargura. Somos tão incidentais ao pecado. O pecado não é primariamente contra nós, é contra Deus. E Deus o perdoa em seus filhos, não devemos nós também? Aquele que é o mais ofendido perdoa livremente, não devemos nós também? Outra questão que quero apresentar - e acho que isso é tudo que o tempo permite, e é importante. Aliás, se você quiser outro texto para anexar a esse, Mateus 18. Mateus 18, a história sobre o homem que veio diante do rei, você lembra, versículos 21 a 35, e ele foi perdoado de tão grande dívida, e então saiu e estrangulou outro homem, que lhe devia apenas uma pequena dívida.

E a questão que Jesus está apresentando é como você pode aceitar o perdão de Deus por todos os seus pecados, e não perdoar alguém? Quando Deus, que mais o perdoou, e Deus, que foi o mais ofendido, e Deus, que é do mais elevado e santo padrão, deu-lhe perdão completo, você não deve perdoar os outros? Mateus 18, texto muito importante, gostaria que tivéssemos tempo para olhar para ele. Mas um último ponto, e nos leva ao lugar de preparação para a Mesa do Senhor. E é isto: aquele que não perdoa não será perdoado - aquele que não perdoa não será perdoado. Você diz: “O que você quer dizer com isso? Você está falando sobre o fato de que vamos morrer e ir para o inferno?

Não, não. No quadro geral, todos os seus pecados são perdoados se a sua fé estiver em Jesus Cristo. Nós não estamos falando sobre o que tem a ver com o seu destino eterno. Estamos falando sobre o que tem a ver com sua alegria, sua paz, sua utilidade, sua comunhão. Estamos falando sobre o que Jesus conversou com Pedro, quando Pedro disse: “Eu quero um banho,” e o Senhor disse: “Você já tomou banho; você só precisa lavar os pés.” Não é uma questão de você estar limpo; você está limpo. Você só tem um pouco de sujeira em seus pés, que faz de você um sujeito desagradável para estar sentado à mesa conosco. Em Mateus 6, porção muito importante das Escrituras, Jesus disse isto: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.”

E então, no versículo 14: “Porque, se perdoarem aos homens as suas transgressões, o vosso Pai celestial também vos perdoará; mas, se não perdoardes aos homens, o vosso Pai não perdoará as vossas transgressões.” Isso torna a questão tão clara quanto jamais foi feito. Deus vai lhe perdoar se você perdoar os outros. Perdão eterno - essa é uma questão resolvida. Nós o temos em nossa justificação, e isso resolve a questão das bênçãos futuras. Mas perdão temporal - em vez do perdão eterno, perdão temporal de que precisamos em nossa santificação, e isso resolve a questão da bênção presente. Você entende a diferença? O perdão eterno que temos em nossa justificação resolve a questão das bênçãos futuras; o perdão temporal que temos e precisamos em nossa santificação, resolve a questão da bênção presente.

A questão é: se você não está perdoando os outros, regular, consistente e completamente, então Deus não está perdoando você em um sentido temporal, e se você não está sendo perdoado em um sentido temporal, várias coisas acontecerão. Você perderá a bênção e ficará sob castigo. Lembra-se na parábola de Mateus 18, o homem que não perdoou, ele havia sido perdoado, marcando notavelmente que ele era um crente. Isso é o que está dizendo na parábola. Ele era um crente que havia sido completamente perdoado por Deus. Ele não perdoou um homem, então o rei o trouxe e o açoitou. Deus castiga aqueles que não perdoam os outros. Às vezes ele os castiga até mesmo, talvez, até a morte.

Ao longo dos anos, como pastor – tenho estado nisso há muito tempo - e tenho encontrado o vazio, a secura, o entorpecimento insípido, a falta de alegria, a falta de poder, a falta de utilidade na vida de pessoas, frequentemente relacionados a um coração implacável. Isso é devido à retenção da bênção de Deus por causa da falta de vontade de perdoar. Às vezes uma pessoa se senta comigo e diz: “Eles estão dizendo isso sobre mim, e estão dizendo isso sobre mim, e eu ouvi isso sobre mim, e estou realmente zangado com tudo isso, e estou chateado com tudo isso.” E minha pergunta é: o que você acha que o Senhor está tentando fazer na sua vida? Você acha que pode haver algum motivo pelo qual você está passando por tudo isso?

Em outras palavras, a implicação é, isso poderia ser um castigo? Você já olhou para o seu coração? O que eu ouço saindo do seu coração é raiva, e o que eu ouço saindo do seu coração é amargura, e talvez seja a falta de perdão que está causando a escalada de todas essas provações. Devemos perdoar, porque isso é como Deus, de quem somos filhos. Devemos perdoar, porque o mais santo perdoa, e não devem perdoar os menos? Devemos perdoar, porque fomos perdoados dos pecados maiores contra Deus, e devemos perdoar os menores contra nós. Devemos perdoar, porque não perdoar é perder a comunhão e o amor dos irmãos, e isso deve ser castigado. E, além disso, se não perdoarmos, não estamos preparados para vir à Mesa do Senhor. Nós não estamos aptos para adorar.

No mesmo Sermão da Montanha, onde Jesus nos ensinou a orar, e incluiu a ideia de perdão, em Mateus capítulo 5, ele disse isto, nos versículos 23 e 24: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.” Agora, isso é muito básico. Se você tem um ressentimento com outra pessoa, resolve isso. A reconciliação precisa preceder a adoração. Onde há amargura, raiva e falta de perdão, você precisa fazer tudo o que puder para resolvê-lo. Onde há a iniquidade da falta de perdão, Deus não receberá sua adoração. Essa é a centralidade do perdão.

Resumindo, uma declaração de um santo anônimo: “A vingança, na verdade, parece muitas vezes doce para os homens, mas, oh, é apenas um veneno açucarado, apenas uma doçura, e seu sabor é amargo como o inferno. O amor perdoador e duradouro é doce e feliz; goza de paz e da consciência do favor de Deus. Por perdoar, ele se desfaz e aniquila a ferida; trata o injurioso como se ele não tivesse machucado e, portanto, não sente mais a dor forte e pungente que foi infligida. O perdão é um escudo, do qual todos os dardos inflamados do maligno se rebatem inofensivamente. O perdão traz o céu para a terra e a paz do céu para o coração pecaminoso. O perdão é a imagem de Deus, o Pai que perdoa, e o avanço do reino de Cristo no mundo.” Você nunca se parece mais com Deus do que quando perdoa.

Pai, agradecemos novamente por este lembrete. E quando pensamos em toda essa questão de perdão, nós, é claro, vamos para a cruz, onde o perdão que nos concedeste em Cristo é tão claramente manifesto. Chegamos agora diante de ti, tomamos o pão e o cálice, e não queremos fazê-lo de maneira indigna. Nós não queremos trazer isto, nossa oferta de louvor e adoração, diante de ti, se houver amargura, vingança ou raiva em nosso coração. Queremos ter certeza de que tudo está certo. Pode ser que, em alguns casos, não possamos participar até irmos a algum irmão e acertarmos. Oramos, Senhor, por aqueles que estão carregando amargura e rancor, atitudes que te desagradam.

Ó Senhor, nós pedimos, é claro, que tu os conduzas ao arrependimento, e que tu não precise castigá-los, e que eles não sejam instrumentos para perturbar a unidade e a alegria dos outros também. Dá-nos um coração totalmente indulgente. Inunda-nos com aquele amor que perdoa, que tu prometeste derramar em nosso coração por intermédio do Espírito. E agora, Senhor, ao nos prepararmos para a tua mesa, pedimos que leve nossos pensamentos para assuntos de interesse pessoal. Que não pensemos nos outros, mas olhemos para nosso próprio coração e usemos isso como um tempo de confissão. Identificado o pecado, que possamos confessá-lo abertamente diante de ti. Limpa-nos e lava-nos, para que não cheguemos a esta mesa indignamente, e comamos e bebamos o julgamento para nós mesmos, o castigo.

E, Senhor, para aqueles que não conhecem a Cristo, esta mesa não é para eles, porque eles não podem adorar o Salvador, eles não podem celebrar a morte de Cristo, cuja morte não significa nada, a menos que agora eles abram o coração e abraçassem Jesus como Salvador, aceitem seu perdão e sua misericórdia. Espírito Santo, conduza-nos enquanto examinamos nosso próprio coração e nos preparamos para participar.

FIM

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