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Quero que você abra sua Bíblia enquanto discutimos este assunto de como obter o máximo da Palavra de Deus. Abra em 2 Timóteo, capítulo 2, versículo 15. Peço desculpas porque normalmente nos domingos de manhã e à noite tomamos uma passagem da Escritura e trabalhamos com essa passagem de forma expositiva. Mas esta é uma série muito especial. Não tanto como uma pregação - mais como uma aula, já que estamos falando sobre princípios do estudo da Bíblia.

Em virtude do assunto, somos forçados a lidar com algumas coisas técnicas e algumas coisas que não estão necessariamente relacionadas a um texto das Escrituras, mas são tão essenciais e tão fundamentais que irão prepará-lo para estudar todas as passagens das Escrituras. Portanto, se você me permitir um pouco ser hoje mais professor do que pregador e lhe dar uma lição sobre o estudo da Bíblia, você será bem servido e eu também.

Em 2 Timóteo 2:15 temos apenas um ponto de partida bíblico que nos instrui sobre essa necessidade de estudo da Bíblia. Diz: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” Não manejar a palavra da verdade é envergonhar-se. Quando você lida com a palavra, está lidando com a palavra do Deus vivo. Quando você lida com Deus, está lidando com alguém que é verdadeiro e em quem não há mentira. Deus, que não pode mentir, falou. Na Bíblia, Deus falou. Ele falou para ser compreendido. É nossa incumbência desvendar corretamente a verdade, que manejemos com exatidão a palavra que Deus falou.

Nada é mais desconcertante para mim, nada é mais angustiante ou perturbador do que o manejo incorreto das Escrituras. Na verdade, isso é uma espécie de paixão para mim. Fico triste em meu coração quando ouço a Palavra de Deus sendo maltratada, deturpada, passagens sendo usadas para ensinar coisas que elas não ensinam, Escrituras sendo usadas para ensinar doutrinas que não ensinam. Representar falsamente a Palavra de Deus é algo sério; é um pecado sério do calibre de uma adoração inepta e antibíblica.

Nenhum de nós gostaria de ser culpado de adorar a Deus de maneira inadequada a ele. Deus quer ser adorado, e ele quer ser adorado em Espírito e em verdade. Deus quer ser adorado de coração. Ele quer ser adorado pelo Deus que ele é. Ele quer ser bem compreendido. Ele deseja ser exaltado por seus atributos como eles são. E queremos adorar o Deus verdadeiro como ele é da maneira como nos chamou para adorar nas Escrituras.

Não queremos interferir na adoração a Deus de uma forma trivial ou banal porque entendemos a seriedade disso, e o mesmo deve ser verdade com relação à forma como lidamos com as Escrituras, uma vez que Deus exaltou a palavra até mesmo em seu nome: Salmo 138:2. A maneira como lidamos com as Escrituras é igualmente importante para nós, e se não a manejamos com precisão, devemos ter vergonha.

Há uma certa vergonha envolvida no manuseio incorreto das Escrituras. Todavia, porque ser uma perspectiva bastante comum que lidar com as Escrituras com precisão não é fácil; bons homens divergem, muitos professores da Bíblia divergem, pregadores divergem, escritores divergem, você pode dizer: “Se é tão importante lidar com isso com precisão e se é uma vergonha quando não o fazemos, por que existe tanta divergência? "

Bem, há uma série de razões para isso. Uma deve-se a estudo inadequado, preparação inadequada. Outra é por causa de pressuposições. Algumas pessoas já assumiram pontos de vista com os quais conformam a Escritura em vez de deixar que a Escritura fale por si mesma. Outro é deixar de lidar com os problemas da vida que limpam o caminho para a compreensão das Escrituras, deixando de lado o pecado e outras coisas que confundem a mente.

Acho que outra razão pela qual há divergências nas Escrituras é porque algumas pessoas decidem que vão seguir certos heróis. Eles seguem certas tradições, certos heróis teológicos, certos escritores, e se mantêm alinhados com eles. E tendem a impor isso a vários textos das Escrituras por estarem apaixonados por um certo escritor de uma certa época, mesmo um contemporâneo. Existem várias razões pelas quais ocorrem divergências. Existem divergências, e entendemos isso em questões da Escritura que são um tanto periféricas, que não são tratadas extensa ou claramente nas Escrituras.

Existem alguns assuntos nas Escrituras sobre os quais simplesmente não temos muitas informações, e então temos de pegar o que temos e fazer o melhor que pudermos com isso. Mas depois de ter dito tudo isso, lembro a você que existe uma corrente principal, existe um canal principal de verdade bem no centro da Palavra de Deus, bem no centro da história cristã, que é inabalável e invariável, e que vivemos nessa grande tradição. Queremos interpretar a Palavra de Deus como sempre foi interpretada por intérpretes fiéis e piedosos. E a grande verdade da fé cristã é que sempre houve um entendimento verdadeiro das Escrituras em toda a história da igreja, mesmo em toda a história de Israel.

Durante o tempo de peregrinação e pecado de Israel, de vacilação e deserção e apostasia, sempre houve aqueles judeus que foram fiéis à verdade das Escrituras, que a compreenderam corretamente. E sempre havia profetas que se levantavam e davam a interpretação correta, e sacerdotes que se orientavam por aquela interpretação correta para levar o povo a Deus. Queremos estar alinhados com esse fluxo principal da verdade, do verdadeiro entendimento das Escrituras quando estudamos a Palavra de Deus, entendendo que existem algumas coisas que são muito misteriosas para entendermos porque são sobrenaturais por natureza e nós somos naturais, entendendo que há algumas coisas que são inescrutáveis, que são impossíveis para nós com o tipo de mente com que temos de desvendar, classificar.

Existem algumas coisas para as quais há poucas informações e que, portanto, realmente não podemos interpretar com exatidão. Mas quando se trata do impulso principal e do fluxo principal da Escritura, o alcance da Escritura, isso pode ser compreendido e, em geral, a Palavra de Deus pode ser tomada ao pé da letra e entendida por nós como crentes.

Todavia, a fim de fazer isso, a fim de obter o máximo da Palavra de Deus, a fim de realmente entender o que Deus quis dizer com o que ele disse, temos de fechar algumas brechas, e eu quero falar sobre isso esta manhã. Quero falar sobre a maneira como fazemos isso no estudo das Escrituras. Já conversamos sobre a leitura da Bíblia, e é aí que você deve começar, lendo para se familiarizar com o texto das Escrituras.

Vou lhe garantir uma coisa: você nunca saberá o que a Bíblia diz a menos que a leia. E quando ler repetidamente, como dissemos, segundo um plano de leitura repetitivo, você começará a plantar a Palavra em seu coração. Ela vai começar a se explicar porque você começará a saber o que ela diz.

Mas existem algumas brechas para a compreensão do que ela significa e do que diz, que devem ser fechadas. Depois de ler a Palavra de Deus, implantá-la em seu coração, lê-la, memorizá-la e torná-la sua, ela se tornará viva de várias maneiras. Mas ainda existem brechas que precisam ser preenchidas, e as brechas estão relacionadas a um documento antigo. Estamos lidando com um documento antigo. Este livro é um livro muito antigo.

Isso remonta ao período patriarcal, a época em que Moisés escreveu sobre Abraão, Isaque, Jacó e José. Remonta ao tempo de Jó, que pode ter sido escrito antes mesmo de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, que chamamos de Pentateuco. É um documento muito antigo, escrito ao longo de um período de mais de 1.500 anos por mais de 40 escritores, embalado naquele lugar maravilhoso chamado Israel. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento vêm de lá. Mas é antigo. Ele foi concluído, como você obviamente sabe, no primeiro século d.C. Isso foi há 2.000 anos e, portanto, temos um documento muito antigo. Isso cria algumas brechas para nós. Se quisermos entender a Bíblia, temos que fechar essas brechas.

A brecha número um é uma brecha de linguagem. A Bíblia não foi escrita em português. A Bíblia foi escrita no Antigo Testamento em hebraico e algumas passagens em aramaico, que era uma espécie de linguagem popular, falada inclusive durante o tempo de Jesus entre os judeus. Mas predominantemente, é claro, foi escrito em hebraico, com apenas algumas passagens em aramaico. O Novo Testamento foi escrito em grego, que era a língua do Império Romano que se estendeu pelo Oriente Médio e pela terra de Israel naquela época.

Portanto, temos um problema aqui, porque não apenas o Antigo Testamento foi escrito em hebraico, mas foi escrito em um tipo de hebraico que não é falado hoje, que mudou como idioma. E o Novo Testamento escrito em língua grega diferente do grego de hoje. É até chamado de grego koiné, que significa grego comum. Era diferente do tipo sofisticado de grego erudito ou literário, mesmo na época em que foi escrito. E ambos são diferentes do grego de hoje.

Portanto, temos de fechar essa brecha de linguagem. Isso é muito importante porque temos de entender a linguagem das pessoas - como elas falaram e como escreveram - se quisermos entender o que elas quiseram dizer. É por isso que, quando os rapazes vão para o seminário, ensinamos a eles grego e hebraico. Contudo, sabemos que frequentar o seminário por três ou quatro anos, ou talvez uns oito anos, nove anos - depende - e passar todo esse tempo aprendendo grego e hebraico não vai necessariamente fazer de você, em apenas aquele breve curso, a principal fonte sobre o significado da linguagem.

Mas é muito importante compreender os idiomas grego e hebraico porque há uma série de coisas úteis quando se faz isso. Podem-se, por exemplo, usar todas as ferramentas de estudo do hebraico. Podem-se usar léxicos e dicionários e tudo isso. E também se podem ler certos comentários que se referem às palavras hebraicas e saber do que estão falando. E se você conhecer grego e hebraico, também saberá se alguém que se refere ao grego ou ao hebraico está certo. Se você não conhece esses idiomas, fica meio que à mercê do escritor em que escolheu acreditar, porque você não pode realmente conferir aquilo.

Portanto, saber o idioma é muito importante. Alguém precisa conhecer a língua. Se você, como estudante da Bíblia, não sabe isso, precisa ter alguém que saiba para informá-lo. É aí que os comentários vêm para ajudá-lo, e materiais de estudo, como por exemplo o Dicionário Vine de Palavras do Novo Testamento e o Dicionário de Palavras do Antigo Testamento e esses tipos de coisas que ajudam a entender o que as palavras significam. Menciono o Vine porque começa com o inglês e depois volta para o grego e o hebraico. Então, quem não conhece grego ou hebraico pode usá-lo. Mas você precisa entrar em contato com as palavras para descobrir o que significam, porque esse é o coração e a alma da comunicação.

Uma segunda brecha que deve ser eliminada é a brecha da cultura. Isso não se refere ao discurso, mas aos costumes. A fala está conectada ao costume. A fala é idiomática. Quer dizer, nosso discurso é idiomático. Quando ouço as expressões de hoje, nem sei do que os jovens estão falando. Quer dizer, ouço conversas, mas não tenho a menor ideia do que falam, porque a linguagem continua a acumular expressões idiomáticas. E estamos familiarizados com certos idiomas.

Por exemplo, dizemos às pessoas quando as encontramos: "Como está você?" Eu não sei - essa é uma afirmação tola se você simplesmente entender "Como está você?" Bem, como eu estou? Eu estou porque minha mãe era e meu pai era, então eu era. O que quer dizer “como você está”? O que isso significa? Se você perguntasse a alguém: "Você está bem?" ele poderia responder sim ou não. Se dissesse a alguém: "Você está feliz?" ele poderia responder a isso. Mas “como está você?" parece-me ser uma expressão idiomática que alguém deve ter pensado em algum momento, significando algo que está meio perdido para nós. Outro idiomatismo que usamos é “Oi”. O que isso significa “Oi”?. Não sei o que isso significa, mas é uma expressão idiomática. Nós as desenvolvemos na linguagem.

Bem, ao lidar com a linguagem antiga, você estará lidando com uma linguagem idiomática. Lidaeá com expressões que refletem a cultura, e conhecer a cultura é absolutamente crucial. Não se pode nem mesmo recriar o cenário. Não se pode recriar o cenário biblicamente a menos que se conheça a cultura. Isso é muito, muito importante - a menos que se conheça o histórico. Compreender o máximo possível sobre as culturas judaica e grega é muito, muito importante na interpretação das Escrituras.

A cultura das religiões de mistério, a cultura dos fariseus, a cultura dos saduceus, dos romanos, toda a situação de lá, a cultura em torno de Israel, o politeísmo - politeísmo significa ter muitos deuses - pagão, a cultura do culto a Baal, todas essas coisas que envolvem os dados bíblicos fazem parte do entendimento da estrutura na qual a linguagem subsiste e na qual as histórias são contadas.

Em terceiro lugar, a brecha geográficas: é muito importante entender algo sobre isso. Não é tão essencial quanto os outros, mas é essencial até certo ponto ser capaz de identificar o cenário em si, o cenário real do que se passa. Por exemplo, Jesus diz: "Olhe para os campos, pois eles estão brancos para a colheita." Bem, o que se passa ali? O que ele quer dizer com isso?

Bem, é uma cena maravilhosa, pois naquela época do ano o grão atinge um certo grau naquela parte do mundo. E atrás do grão vem o povo das cidades em suas vestes brancas, e aquilo parecem ser cabeças brancas por cima do grão crescendo, como se fossem parte da colheita. Jesus usa isso como metáfora para a necessidade de colher as almas dessas pessoas.

Portanto, há algo sobre a geografia agrária, algo sobre o fato de que as encostas da Palestina eram usadas para vinhas e os campos eram usados ​​para grãos, e algo sobre entender o que significa subir a Jerusalém e descer a Jericó - é algo muito, muito importante sobre a geografia. Quem entende muito sobre a cultura e a geografia da Bíblia entenderá também o quarto ponto, que é a história, o enredo em si. É preciso fechar também esta brecha.

Vamos então falar sobre essas quatro brecha. As brechas da linguagem, para esclarecer o discurso; a diferença de cultura importa para os costumes e as expressões idiomáticas; as brecha geográficas referem-se ao cenário, o cenário real ao seu redor; e a brecha histórica é o enredo, o que acontece historicamente em torno de tudo. Qual é o contexto da história? Ao longo dos anos, descobri que gastar o máximo de tempo nesses assuntos é crucial para todo o entendimento eficaz da Bíblia.

As pessoas costumam me perguntar: "Quanto tempo se leva para preparar um sermão?" Bem, na verdade, para fazer um esboço e escrever algumas notas e trazê-las aqui para apresentá-las a vocês, eu poderia gastar uma hora. Mas poderia levar 30 horas para fazer o que acabei de descrever para você a respeito de fechar essas quatro brechas. Porque uma vez que essas brechas sejam fechadas e agora temos uma cena viva, entendemos a linguagem, entendemos a cultura, os costumes que formaram a linguagem, criamos a cena e temos o enredo, então o sentido cai como um fruto maduro da árvore. O significado torna-se muito claro o que significa quando se reconstrói tudo isso.

E, francamente, essa é a diversão, essa é a alegria do estudo da Bíblia para mim: recriar aquela cena de então da qual a passagem fala e que a torna viva. Agora vamos falar sobre isso. Antes de tudo, vamos falar sobre a linguagem. Como eu disse, existem duas línguas básicas, hebraico e grego. O hebraico é a língua mais fácil de aprender, mesmo que você se incomode com o hebraico porque você olha para os caracteres do hebraico e eles parecem mais estranhos do que os do grego.

O hebraico é na verdade um idioma mais fácil, não é tão complexo e é muito mais concreto. Mas então encaramos o grego e este é muito, muito complexo. Na verdade, não existe um verbo regular na língua grega que siga um paradigma regular para casos variados e todas aquelas desinências variadas e assim por diante. Não há um único verbo grego em toda a língua que seja uniformemente regular. O que significa que tudo o que se faz é memorizar partes irregulares. E cada verbo tem uma miríade de formas. Cada vez que você muda qualquer parte da gramática na frase, a forma do verbo muda.

Já em português não temos isso. Enunciamos um verbo, e é um verbo. Eu corri é eu corri. Ou podemos dizer: “Eu estava correndo”. Existem algumas formas, mas a língua grega mudaria a palavra "correr" em quinze formas diferentes, dependendo de como ela foi usada na estrutura da frase. Portanto, é uma quantidade enorme de memorização. As pessoas que estudam grego memorizam e memorizam e memorizam e memorizam para ter todas essas informações na mente e poder ler. Finalmente, então, ao fazer isso por tempo suficiente, aquilo se torna razoavelmente familiar. Mas isso o coloca em contato com o discurso.

Agora deixe-me dizer algo muito básico para entender. Quando Deus escreveu a Palavra, ele colocou sua mensagem em palavras. A mensagem está nas palavras. Elas devem ser compreendidas, e deve-se entender que as palavras originais eram hebraicas e gregas. Quanto melhor compreendermos o significado dessas palavras originais, melhor compreenderemos a passagem. Na maioria das vezes podemos contentar-nos em saber que os tradutores das Escrituras traduziram essas palavras com precisão.

A Escritura na língua portuguesa foi derramada e derramada por séculos e refinada e refinada de modo que o que temos é uma representação precisa do grego e do hebraico, mas sem as nuances, sem as ricas nuances isso só pode ser entendido por um estudo cuidadoso da linguagem. O que faço então ao estudar as Escrituras é entrar em contato com isso. Lida-se com acidentes, como um "ce" em vez de um "ts" no final. Isso identifica a forma da palavra, em que caso ou gênero está. É singular? É plural? É aoristo? É imperfeito? É perfeito, todas essas coisas?

Hoje temos um problema ao tentar lidar com as pessoas para lhes ensinar um idioma porque elas não conhecem as principais regras do português. No seminário de mestrado, por exemplo, aceitamos apenas alunos brilhantes, apenas alunos que podem fazer trabalhos de pós-graduação muito, muito difíceis. Eles têm de fazer um verdadeiro sacrifício acadêmico para se sair bem no seminário. É necessário ser o melhor e o mais brilhante para fazer isso. Um em cada quatro jovens que se inscrevem no Master’s Seminary pode passar no exame básico de inglês, mas todos eles têm formação universitária. Eles não dominam sua própria língua.

Eles sabem falar, mas não entendem como sua linguagem é construída. E então, quando se tenta ensinar-lhes outro idioma, eles não sabem como aprender um idioma, a menos que se dê a eles uma fita do Berlitz, sabe, e lhes diga que aprendam hebraico aprendendo essas pequenas frases, mas não se pode fazer isso. Portanto, é muito desafiador. É preciso aprender a forma das palavras e isso é um grande desafio.

Lembro-me de quando era calouro na faculdade, fui em frente. Eu estava decidido a aprender o Novo Testamento; então, como calouro na faculdade, fiz cinco unidades de grego. Todos os dias eu fazia aulas de grego, cinco dias por semana, o ano todo, meu primeiro ano inteiro. Isso é muito grego para um garoto de 18 anos. É muita memorização, muito estudo. Estudei grego durante todos os meus quatro anos de faculdade e fiz um curso menor em grego. Então fui para o seminário e estudei grego por mais três anos. Continuei estudando grego, grego e grego e, quando cheguei ao final, ainda não acho que tenha memorizado tudo o que havia para memorizar. Muito complicado. Mas hoje temos ferramentas tremendas para nos auxiliar a chegar a esses assuntos e nos ajudar a compreender as palavras e a forma delas.

Depois, há a lexicografia, além do que chamamos de morfologia, que é a forma das palavras. A lexicografia é o significado das palavras. Trata-se então de falar sobre o que essas palavras significam. Isso leva a todo o pano de fundo das palavras, muito rico. Então a sintaxe, S-I-N-T-A-X-E, que é a relação entre as palavras para entender como todas as palavras se conectam. Isso é muito importante. Essa é uma brecha que deve ser eliminada.

Para dar uma pequena ilustração de como faço e tenho feito isso desde que estou pregando e ensinando a Palavra de Deus, algo normal para mim e o que faço, coisa que faz parte do meu ofício: Começo com um bloco de oito e meio por quatorze e vou para a passagem. Registro a parte do idioma original da passagem na língua em que irei pregar. Então trabalho com tudo isso até entender as palavras, entender seu significado e suas formas, sabe, se eu tenho que analisá-las ou expressá-las ou mostrar em que caso elas estão ou qualquer outra coisa no caso de substantivos e adjetivos.

E então tenho tudo isso rabiscado por todo lugar. Essas notas não são para exibição pública. Ocasionalmente elas vazam, mas eu organizo tudo isso. Então eu entendo o significado dessas palavras, procuro seu significado das palavras e vou a várias fontes de material para encontrar as nuances do significado. E então trabalho em antecedentes e relacionamentos e começo a conectar essas palavras com a própria passagem. E então ganho um entendimento completo do que a passagem basicamente diz; as palavras agora ficam claras para mim. É muito importante tentar entender no original qual é o entendimento mais rico que posso ter dessa passagem. Isso é trabalhar com a linguagem. E esse é o primeiro procedimento que adoto. Começo com o idioma original para que possa lidar com isso.

Agora, é claro que nem todos vocês serão capazes de fazer isso porque não conhecem o idioma. Mas veja, há muito material disponível para ajudá-lo; há tantas coisas boas que o colocarão em contato com o que o idioma tem de melhor e mais rico. Se já houve um tempo, pessoal - tenho de dizer isso a vocês - se já houve um tempo na história da igreja em que os leigos tinham a capacidade de ser bons estudantes da Bíblia é hoje por causa do volume de material, o grande volume de material disponível.

Se você não é um bom estudante da Bíblia, é porque não se importa o suficiente para entrar no assunto ou é porque está comprando o material errado. E para todo o material bom que existe, para cada recurso bom que existe, provavelmente há cinco ruins. Portanto, você precisa ter uma mente perspicaz e ter alguma ajuda para fazer essas escolhas. Mas nunca houve um momento em que tivéssemos mais oportunidade de ser bons estudantes das Escrituras, porque nunca houve tantas ferramentas. Em algum momento em que você estiver lendo todos esses bons livros escritos por bons cristãos, úteis para você, inicie um processo de efetivo estudo da Bíblia e obtenha algumas ferramentas para fazer isso. Torne-se mais eficiente em seu estudo da Bíblia.

Bem, vamos para o segundo ponto: fechar a brecha cultural. O que quero dizer com cultura são as ideologias de então, o pensamento da época. Como eles pensavam? Como os judeus pensavam? Como os gregos pensavam? Quando Paulo escreve aos coríntios em 1 Coríntios capítulo 11, ele começa a falar de mulheres com cabelo comprido. O que se passa ali? Bem, é preciso entender. Encontrei anos atrás algumas dessas informações em um pequeno e maravilhoso livro chamado Daily Life in Ancient Rome (A vida diária na Roma antiga) de Jérôme Carcopino, um livro secular. Ele é um historiador que narrou a história do Império Romano na época do Novo Testamento. E ele incluiu uma seção inteira sobre o movimento de libertação da mulher daquela época, que tinha como foco a cidade de Corinto.

Mulheres corriam com os seios nus e lanças nas mãos, apunhalando porcos e trepando em mastros, tentando obter direitos iguais aos dos homens. E Carcopino comenta tudo isso e mostra como era aquele ambiente, e uma das coisas que essas mulheres faziam ao pleitear esse tipo de libertação era raspar a cabeça. Com esse tipo de pano de fundo, com a compreensão desse tipo de cultura em curso, pode-se entender o que Paulo fala sobre o cabelo de uma mulher ser sua glória.

Há uma série de problemas no capítulo 1 do evangelho de João, versículo 1, que fala do "Verbo": "No princípio era o Verbo, o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus." Todos nós, por causa das Testemunhas de Jeová ou mesmo de alguém outro, gostaríamos que aquele versículo tivesse dito: "Jesus era Deus e não discuta sobre isso." Certo? Por que será que disse: “O Verbo era” Bem, vou lhe dizer por quê. Porque na época havia uma filosofia reinante em torno de uma palavra muito famosa: logos. Essa é o termo grego para "palavra" ou "verbo", como consta da nossa tradução. Havia a crença de que o logos era o sobrenatural flutuante, a energia divina que criava tudo.

Então, o que João diz é que essa energia flutuante, divina e sobrenatural que cria tudo é Cristo. Ele meramente assume o pensamento do momento nos termos da filosofia ou religião daquelas pessoas, trazendo-o para a Palavra de Deus. Temos a mesma coisa em Colossenses, capítulo 2, que trata de um tipo de mentalidade pré-gnóstica, de pessoas que tinham algum tipo de conhecimento secreto e estavam envolvidas com anjos. Elas pensavam e acreditavam nessas emanações descendo de Deus para o homem e eram focadas nesse tipo de comportamento bizarro e misterioso e ascético, e em Colossenses 2 ele responde a isso. O texto é direcionado diretamente para a tendência do pensamento grego da época.

Temos uma situação semelhante em João capítulo 8. Coisas assim estão em toda parte na Bíblia e simplesmente vêm à mente. Jesus se levanta e diz: “Eu sou a luz do mundo, aquele que me segue nunca andará nas trevas, mas terá a luz da vida”. E você diz: "Bem, isso é ótimo, eu entendo isso." Jesus é a luz. O mundo é escuro e ele traz luz. Mas quando s pensa sobre isso e quando eu pensei sobre isso ao ler o evangelho de João da primeira vez, eu me perguntei: “Bem, por que ele simplesmente se levanta e diz que é a luz do mundo? Por que ele diria isso? Quer dizer, qual é o contexto disso?”

Quando então começamos a estudar essa passagem em João 8, descobrimos que ele a disse no pátio das mulheres, que é o pátio externo do templo, e que no pátio das mulheres também havia pequenos recipientes para as pessoas darem seu dinheiro. Homens e mulheres entravam ali e davam seu dinheiro. Os homens poderiam ir adiante para a parte interna do pátio. As mulheres ficavam lá fora. Mas o pátio das mulheres era onde ele estava falando, e ele entra no pátio das mulheres.

Também descobrimos, diz o texto, que era um dia após a festa. Que festa? A festa das luzes. Qual é a festa das luzes? A festa das luzes comemorava Deus conduzindo os filhos de Israel com fogo à noite e por uma nuvem durante o dia.

Foi assim que ele os dirigiu no deserto. Eles celebravam isso com a festa das luzes por oito dias. Como eles celebravam isso? Você sabe o que é uma menorá, aquele castiçal de sete braços? Eles colocavam uma menorá enorme, uma coisa enorme no meio do pátio, que não tinha telhado, é claro, e mostrava tinham então no topo uma menorá iluminada por várias velas, como um diamante no meio da cidade de Jerusalém.

Oito dias essa instalação ficava acesa; oito dias em que a menorá ardia para celebrar a provisão de luz de Deus no deserto. No dia seguinte, ela era retirada, e então Jesus entra no pátio das mulheres, onde estava a menorá. Mas a menorá está fora, e ele diz: "Eu sou a luz do mundo, eu não me apago" - e de repente há um contexto que dá um significado completamente diferente para isso e toca o coração das pessoas.

Isso é lidar com a cultura, entender as origens. E isso é parte do que se faz como estudante das Escrituras. É preciso ter alguns recursos, alguns livros, alguns comentários e alguns dicionários bíblicos. Seja o que for, você pode encontrá-los na livraria. Não administramos a livraria que temos para ganhar dinheiro. Verificamos isso ano após ano após ano. Administramos essa livraria para fornecer recursos para você. Isso é importante no que diz respeito à cultura.

Além disso, a geografia é igualmente importante. Uma das coisas maravilhosas que você, como cristão, pode fazer se tiver a oportunidade é vagar pela terra de Israel por conta própria. Isso fará com que a Bíblia ganhe vida de muitas, muitas maneiras. Tudo que você precisa fazer é estar em uma tempestade no mar da Galileia e você entenderá por que os discípulos estavam com medo, especialmente se você estiver em um barco a remo. Passa-se a entender a topografia, a geografia da terra; entende-se a relação das cidades e vilas.

Passa-se a entender como foram travadas as batalhas e por que foram travadas em certos vales e no topo de certas montanhas. E ficamos lá e vemos todo o cenário apresentado diante de nós. Passamos a entender por que Deus escolheu Megido para ser o lugar da batalha do Armagedom, o conflito final de todos os tempos. Napoleão disse: "É o maior campo de batalha na face da terra." Quem está lá e fica lá em cima olhando montanha abaixo a todo aquele lugar, pode entender por que aquilo teria sido em toda a história antiga um dos grandes campos de batalha do mundo. Compreender a geografia é muito importante.

Se entendermos, por exemplo, algo da geografia de Jerusalém, aquela cidade no alto de um planalto, e estivermos, por exemplo, lendo sobre a morte de Jesus Cristo, entenderemos por onde ele andou naquela noite após ser traído por Judas. Lembrando: Judas deixou a última ceia e foi traí-lo. Jesus saiu, cruzou o ribeiro de Cedrom e subiu ao Monte das Oliveiras. Isto é significativo porque naquela época os cordeiros pascais eram abatidos aos milhares, e eram abatidos na parte de trás do monte do templo.

O sangue deles escorria pela encosta do monte do templo, que fica no lado leste de Jerusalém, e descia até o vale de Cedrom. O ribeiro de Cedrom passa por ele. Há uma descida até o ribeiro. Cruza-se o ribeiro e há uma encosta que leva ao Monte das Oliveiras. Acima da pequena colina fica a cidade de Betânia; ao sul fica Belém. Jesus desceu aquela colina e teve de cruzar o Cedrom.

Naquela época do ano, época da Páscoa, o Cedrom ainda está cheio de água. É um riacho seco no verão, mas então ainda tem água. Aquela água, porém, é vermelha de sangue por causa dos milhares de cordeiros que eram abatidos, e seu sangue desce pela parte de trás do templo e enche aquele pequeno riacho. Lá está Jesus passando, o símbolo de seu próprio sacrifício como o Cordeiro de Deus. Esse tipo de coisa é muito ilustrativo e tornam a Palavra de Deus viva.

Quando a Bíblia fala sobre o inferno, por exemplo, os judeus entendem o inferno como um lugar de terrível tormento, um lugar de ranger de dentes e pranto, um lugar de escuridão, um lugar de dor, um lugar de consciência totalmente acusadora, sem alívio nunca, um lugar horrível. A maneira como eles o descreviam foi usando a palavra Geenna. O que era essa palavra? Geenna era o nome do lixão da cidade no vale de Hinom, ao sul do vale do Cedrom. Eles pegavam todo o lixo da cidade e jogavam tudo lá embaixo e eles tinham um fogo perpétuo aceso ali o tempo todo.

Claro, lixo também era lixo naquela época e havia ali vermes e tudo isso. É por isso que a Bíblia fala do verme que nunca morre, porque sempre havia lixo sendo despejado na Geena, de modo que sempre havia vermes lá comendo, e o fogo e o horror daquilo e a fumaça e o mau cheiro e tudo mais. Essa era a para eles imagem do inferno. Se você puder, fique em qualquer uma das colinas de Jerusalém e olhe para o Vale de Hinom, e ficará muito ciente de que lá embaixo está o inferno, em um lugar terrível e amedrontador.

Portanto, entender um pouco dessa geografia é muito importante. Se você entender um pouco da geografia também do ao norte da Galileia você entenderá muito da riqueza das histórias bíblicas. É preciso preencher essa brecha em alguns dicionários e atlas da Bíblia. Eu mantenho o tempo todo dicionários e atlas bíblicos bem ao lado da minha mesa para lançar mão deles a fim de verificar a topografia e as relações. Ao escrever a Bíblia de estudo, eu tinha lá minha pequena régua de escala, medindo a distância de uma aldeia a outra. Por todo o Antigo Testamento houve deslocamentos daqui para lá e daqui para acolá. E então você diz: "Ok, mas isso é muito longe, muito longe, muito longe." E quando se começa a trabalhar em tudo isso, toda a história e compreensão das Escrituras se tornam maravilhosamente ricas e vivas.

Bem, então temos aí ainda a quarta brecha: depois da brecha do idioma, a brecha da cultura e a brecha da geografia temos a brecha histórica. E a brecha na história é o enredo. A Escritura tem um enredo. Às vezes lembro-me de minha avó: quando eu era criança, ela tinha uma caixinha de plástico com versículos da Bíblia dentro. Você já viu algo assim? Era apenas uma pequena coisa de plástico e tinha pequenos cartões com versículos da Bíblia.

E sempre me ocorreu que eles poderiam ser colocados em qualquer ordem, mas não tinham contexto. Você pode embaralhá-los como um baralho de cartas e juntá-los na ordem que quiser, e suponho que possa inventar qualquer coisa. Apenas retire um e veja o que diz: “Judas saiu e se enforcou”. E o próximo diz: “Vá e faça o mesmo, e o que fizer, faça-o logo”. Pois é. Então podemos simplesmente organizá-los da maneira que quisermos, e assim ter a Bíblia em qualquer ordem.

A Bíblia não foi escrita assim. Existe um enredo real; há uma história real acontecendo e tudo está em um contexto e tem estrutura. Não é um monte de versículos variados que podem se encaixar em qualquer ordem. Existe história. Existe um pano de fundo. Você nunca vai entender, por exemplo, por que Pilatos açoitou Jesus e tentou fazer com que os judeus o libertassem, por que ele lutou tanto para fazer isso, por que saiu e lavou as mãos para se eximir de tudo aquilo, considerando Jesus inocente e tudo mais - e ainda assim crucificou Cristo, a menos que entenda que Pilatos já estava metido até o pescoço em sérios problemas com o Império Romano por causa de pelo menos três grandes gafes que cometeu enquanto era governador na Palestina.

E o César romano queria a pax romana, a paz romana, e tudo o que Pilatos fazia era incitar esses judeus hostis a um nível febril e irritá-los com Roma, de modo que ele estava em águas bem profundas. E os judeus finalmente puxaram seu trunfo e disseram a ele: "Se você não o crucificar, nós contaremos a César." Fim de discussão. Se você entender o pano de fundo, entenderá por que isso aconteceu daquela maneira. Muito, muito importante.

Quando eu estava passando por 1 Coríntios 12 a 14, tentava entender o que os coríntios faziam em lugar do uso legítimo das línguas e dos dons espirituais. Eles obviamente não estavam fazendo a coisa certa. Alguém se levantava fingindo ter um dom do Espírito Santo e amaldiçoava Jesus Cristo. Isso é muito bizarro.

Há alguns anos procurei na biblioteca tentando encontrar alguma fonte de material sobre as religiões da Grécia no mundo antigo. Encontrei um livro fascinante chamado The Mystery Religions, escrito por um homem chamado Angus, A-N-G-U-S, e publicado - nunca esquecerei a editora - pela Dover Press, na Inglaterra. Era um livro grosso que contava de um ponto de vista secular a história das religiões de mistério na época do Novo Testamento.

Deparei-me ali com a compreensão de duas palavras da língua grega: enthousiasmos e ekstasia, que transliteradas para o português seriam entusiasmo e êxtase. Essas eram as palavras que definiam a natureza da adoração nas religiões de mistério. Eles tentavam levar as pessoas à ekstasia e ao entusiasmo. Ambos eram uma espécie de estados alterados de consciência em que se perdia o controle e fazia coisas bizarras e selvagens - o meio de se conectar com as divindades era um tanto místico.

Quem assumiu isso em nossa cultura recente foi Timothy Leary, que o vendeu para toda uma geração de universitários. Disse-lhes que, se realmente desejassem entrar em contato com Deus, precisavam fumar maconha. Isso nada mais é do que a mesma coisa revisitada. Portanto, deveria haver uma experiência religiosa. A partir daí, todos eles começaram a ir da droga para a Ásia e se sentaram de pernas cruzadas com algum guru, fumando mais droga e pensando que iriam se comunicar com a divindade neste processo. Bem, isso era coisa da religião de mistério da Grécia antiga que acabei de revisitar.

Comecei a ler sobre como eles se expressavam e a me familiarizar com isso. Então li 1 Coríntios 12, 13 e 14, e ficou bem claro o que acontecia lá. Eles tomaram o formato da religião de mistério, colocaram-no dentro da igreja, santificaram-no e o chamaram de obra do Espírito Santo - e foi isso que Paulo teve de resolver. Esses tipos de panos de fundo criam historicamente o enredo no qual a história é contada. Muito, muito importante.

No entanto, algumas pessoas dizem: "Bem, eu não leio nenhum livro, apenas vou direto à Bíblia." Encontrei pessoas e pregadores que disseram isso para mim. “Eu não acredito em estudar livros, apenas estudo a Bíblia. Sério? Bem, talvez você possa nos contar de imediato tudo o que sabe sobre Sur, Moabe, Rápido-Despojo-Presa-Segura, Calno, Carquemis e Micmás. Acho que não. Isso é uma espécie de egoísmo velado. Precisamos ser gratos ao Senhor por ele providenciar o material para fecharmos essa brecha, certo? Você precisa de bons comentários, dicionário bíblico.

Você precisa ter um dicionário bíblico e um bom comentário para ter um modelo de interpretação; ter algo para lidar com passagens difíceis. Nós nos esforçamos o tempo todo para fazer isso na Bíblia de estudo. Na verdade é por isso que é tão volumosa, porque lidamos com cada passagem difícil. Queremos ajudá-lo em tudo isso. Pois bem, essas são as brechas que precisam ser fechadas. Agora, para encerrar - não tenho muito tempo para fazer isso:. Cinco princípios: aplico cinco princípios para fechar essas brechas, cinco princípios com os quais trabalho, e isso é apenas olhar um pouco por cima do meu ombro.

O número um é o princípio literal. Quando se interpreta a Escritura, ela deve ser interpretada literalmente. O que isso significa? Significa entender as Escrituras em sentido normal e natural. Em outras palavras, o significado habitual das palavras é o que se considera. Não há significado secreto, não há significado oculto, não há significado por trás do significado. Pode-se alegar: "Bem, e a linguagem figurativa?" A linguagem figurativa é isso mesmo, e é algo costumeiro e normal. Se eu digo que alguém é forte como um boi, não quero dizer que ele é um boi. Isso é claro. Se eu disser que alguém era alto como uma árvore, não quero dizer que ele é uma árvore e tem galhos e folhas, entende? Essa é a linguagem normal. As figuras de linguagem fazem parte da linguagem normal. Existem várias metáforas, símiles, e todas essas coisas fazem parte da linguagem normal. Temos, portanto, discurso figurativo na Bíblia. Isso faz parte da linguagem normal.

E o simbolismo? Há símbolos na Bíblia. Temos símbolos em nossa linguagem. Falamos em símbolos o tempo todo. Substituímos algo por algo mais a fim de colocar significado nisso. Dizemos, por exemplo: “Vou lhe contar, vi aquele cara descendo a rua como um foguete”. O que queremos dizer com isso? Não queremos dizer que ele estava indo montado em um foguete. Queremos dizer que ele provavelmente tinha um motor de oito cilindros em um carro e estava indo muito rápido. Mas o foguete se torna o símbolo disso e essa é a linguagem normal. Temos essa flexibilidade na linguagem. Não é preciso entrar em pânico ao ver um símbolo. Basta olhar para o contexto e o símbolo se desdobra.

Você diz: “E o livro do Apocalipse?” Bem, você tem alguns símbolos muito particulares no Apocalipse. Mas também os tem - marque isto - em Zacarias, Ezequiel, Isaías, Daniel, e principalmente no Apocalipse. E você notará que todos esses são livros que se especializam em quê? Profecia. Então, quando se trata de profecia preditiva que ainda não foi cumprida no futuro, você encontrará muitos símbolos, porque não há equivalência histórica - essas coisas acontecerão no futuro. Deus nos fala sobre elas em linguagem simbólica. Sabemos que é simbólico.

Quando lemos sobre o céu, dizemos que lá no céu, na frente do trono do céu, há um mar de vidro. Bem, um mar é um mar e vidro é vidro. O que é isso realmente? É um mar ou é vidro? Não sei. Algumas dessas coisas são figurativas, outras são simbólicas; teremos que esperar para ver, porque não temos uma experiência real com isso. Muita literatura profética inclui símbolos. Quando você lê no livro do Apocalipse que uma besta surge do mar, isso definirá algo sobre aquela besta e quem ela é. A besta representa o poder feroz, e ela sai. Diz aí que ela tem sete chifres e cabeças, e isso define quais são - e a Escritura revela isso no contexto.

Resumindo, Deus falou claramente, e então ele deve ser aceito literalmente. Se disser que não vai aceitar a interpretação literal das Escrituras, você estará desesperadamente perdido. Agora, o significado usual das palavras é exatamente o que Deus pretendia. Quando Deus nos deu o livro, ele deixou isso claro. Ele disse: Quero que você me ouça falar, certo? Ele não nos deu um mistério, Ele o desvendou. Os rabinos foram seduzidos por uma interpretação misteriosa: eles pegaram a palavra Abraão - o nome de Abraão tem três consoantes: no hebraico, o B, o R e o M são as consoantes; as outras são vogais. Na língua hebraica, as letras do alfabeto têm equivalência numérica. Então os rabinos disseram que o nome secreto de Abraão é que se somarmos o B, o R e o M, obteremos um total de 318, então o significado secreto de Abraão é que ele tinha 318 servos.

Não se encontra isso no contexto de nada. É pura fantasia, mas é o tipo de coisa que foi feito. Isso é chamado de interpretação cabalística. A propósito, é uma abordagem muito popular no passado e uma abordagem popular ainda hoje. Will Varner escreveu um excelente artigo no Master’s Seminary Journal sobre a abordagem cabalística, em que aparecem todos esses significados secretos bizarros. Um viajante, embora seja tolo, não precisa errar, porque Deus falou, e falou claramente. Tome isso pelo valor nominal. É por aí que se começa - com uma compreensão do sentido literal da palavra.

Em segundo lugar, um princípio histórico. Tendo entendido as palavras - e estou percorrendo o que dissemos de um ângulo diferente - agora desenvolvemos a história. Isso é realmente o que eu amo: voltar para a história, os contextos, a cultura e a geografia. E é aí que eu realmente leio. Leio todos os tipos de coisas. Eu li os livros de fundo. Li os comentários. Eu provavelmente li uma média de quinze comentários sobre cada passagem, porque quero tirar proveito de todos os melhores insights sobre origens e história. E vou ler dicionários bíblicos ou histórias bíblicas ou o que for preciso. Apenas, em geral, lendo sobre a cultura judaica, acumulamos informações sobre como os judeus agem e pensam, e isso informa muito sobre as Escrituras.

O ponto a que estou tentando chegar aqui é: o que significava o texto para as pessoas a quem ele foi dito ou escrito? O que isso significava na ocasião? Não o que significa agora. O que isso significava então? Porque o que quer que tenha significado então, significa agora. Então, qual era o cenário deles? O que estava acontecendo? Esse é o enredo. Volto a isso. Eu sempre disse que um texto sem contexto é um pretexto. Você não pode simplesmente puxar um versículo e fazer com que ele signifique o que você deseja. Há um enredo lá, há uma história acontecendo lá, e há algo acontecendo lá que fala diretamente. E quando você entender o enredo, entenderá o significado do que foi escrito. Esse é o princípio histórico, criando o pano de fundo para a cena dada.

Em terceiro lugar está o princípio gramatical. Este é um exercício que faço. Primeiro exercício: anoto tudo sobre a linguagem, considero tudo literalmente, anoto tudo, escrevo tudo e entendo o texto. Depois vou a todos os comentários, leio tudo o que preciso ler. Obtenho a história, a cena, o pano de fundo. Se precisar entender fariseus ou saduceus, ou zelotes ou essênios ou o que quer que seja, eu procuro. Se eu quiser saber mais sobre o histórico de alguém, vou a algum livro que nos dará o histórico de indivíduos da Escritura. Reúna todo esse cenário.

Então volto, ainda escrevendo por todos os lados, e chego ao princípio gramatical. É quando começo a olhar para a própria estrutura. Agora entendo a cena, entendo a trama, entendo o que ela diz. A partir daí vou realmente cavar fundo. Examino as preposições, os pronomes, os verbos, os substantivos, começo a analisar a passagem, começo a analisar a estrutura da passagem, junto tudo, palavras, frases, antecedentes. Este é o exercício que chamamos de estudo indutivo da Bíblia. Conhecemos o pano de fundo e conhecemos as palavras. Agora, o que elas dizem? O que estão realmente dizendo? É aí que se estuda a estrutura da frase.

Sabe, quando estávamos estudando inglês quando crianças, eles costumavam nos ensinar a fazer diagramas. Já fizeram isso no seu caso, ensinaram a diagramação de sentenças? Muito importante aprender a fazer isso. Muito útil para que você aprenda a decompor frases, palavras e modificadores. E lhe digo que realmente me preocupo com a próxima geração de estudantes da Bíblia se eles não aprenderem a lidar com sua própria língua. Se só souberem falar a linguagem de rua e não entenderem os componentes da linguagem, como podem analisar a linguagem? Acho que há muitos motivos pelos quais as pessoas hoje não classificam corretamente a palavra ou não a manipulam com precisão.

Uma é que não entendem a importância e que eles apenas pensam que devem esperar até que tenham um sentimento ou um impulso ou até que Deus “diga” a eles o que aquilo significa. Mas outro problema é que não entendem a estrutura da linguagem. Não entendem que a linguagem tem regras e leis que são seguidas com muito cuidado e que é necessário entendê-las. Isso é muito importante. Então quebram-se frases e palavras e, classificam-se os modificadores para dizer como todas essas coisas se conectam. Muito, muito importante para compartilhar corretamente a verdade. Ao fazer isso, chega-se realmente ao coração e à alma daquela passagem.

Permita-me agora sugerir algumas coisinhas práticas sobre como fazer isso, coisas simples. Comece apenas lendo aquela passagem, e lendo e lendo e lendo e lendo, e então você encontra o ponto principal. Esta é a primeira coisa que se faz nesta parte de detalhamento da gramática. Encontre o ponto principal. Qual é o ponto principal? Vou lhe dar uma pequena dica: o ponto principal geralmente está conectado ao verbo principal. Se você está lidando com um parágrafo da Escritura, digamos dois ou três versículos, três ou quatro versículos, haverá um verbo principal nele.

Eu disse isso ao pessoal no primeiro culto e realmente não entrei nisso neste. Mas se você abrir brevemente Filipenses capítulo 1 terá uma ilustração perfeita disso. Leia Filipenses 1:18. Pode-se encontrar isso em todas as páginas de todas as passagens, mas aqui está uma. Diz aí: “de qualquer modo” - versículo 18 - “está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, e também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei.”. A ideia principal aqui é que Paulo é o quê? Ele está o quê? Ele está se alegrando. Essa é a ideia principal. Leiamos, então. Começaremos a ler no versículo 12, marcado como um início de parágrafo, o qual vai até o versículo 26 segundo a marcação feita aqui. O versículo 12 fala de como a situação de Paulo resultou em um progresso maior do evangelho.

Que situação era essa? Bem, examinando o pano de fundo de Filipenses, onde estão encontraremos? Ele está na prisão - versículo 13: minha prisão. E ele diz: "Porque estou na prisão, toda a guarda pretoriana está ouvindo o evangelho. E porque estou na prisão, outros estão tendo mais coragem” - versículo 14 - “para anunciar a Palavra de Deus sem medo”. Aquilo tornava outros cristãos mais ousados. "E porque estou na prisão, alguns estão pregando a Cristo por inveja e contendas."

Dá para acreditar nisso? Havia alguns pregadores incomodados com a grande sombra de Paulo. Eles não queriam estar na sombra de Paulo; ele era o grande homem. Quando então veem Paulo na prisão, começam por inveja e motivos malignos em seu coração a dizer que ele está na prisão porque Deus o está punindo, e o atacam. E o versículo 17 diz: “Aqueles, contudo, pregam a Cristo por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias.” Então, no versículo 19, ele diz: “Estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica e pela provisão do Espírito de Jesus Cristo, me redundará em libertação”.

Eu me regozijo. Por que me regozijo? Bem, veja, a principal questão é que ele se alegrava. Eu apenas disse o porquê. Primeiro, no versículo - estou inventando enquanto prossigo, pessoal - ele se alegrava porque sabia que sua situação resultaria no progresso do evangelho; segundo porque toda a guarda pretoriana estava ouvindo a verdade de Cristo; terceiro, porque outros crentes eram mais corajosos porque eles podiam ver que mesmo estando na prisão ainda se podia pregar o evangelho; quarto, porque estava fazendo com que outros pregadores o atacassem, mas mesmo isso faria com que o povo de Deus orasse por ele. Então note a principal coisa que ele fez: eu me alegro, e todo o resto apenas alimenta e informa isso.

As pessoas às vezes me perguntam: "Quanto tempo você leva para preparar um sermão?" Bem, a parte em que entro aqui com alguns pedaços de papel com com anotações, posso preparar em uma hora. Pode levar vinte horas para chegar a esse ponto. Veja, quando se fez todo o restante, a passagem meio que cai da árvore. Quando se entende o que as palavras dizem, e se entende o contexto histórico e a gramática, a passagem ganha vida. Então se começa a ler. Encontra-se a ideia principal e começa-se a analisar a estrutura dentro da estrutura dessa ideia principal.

Lutero fez esta grande declaração sobre isso: “Sacuda a árvore inteira, então suba e sacuda cada galho, cada galho, cada galho, e então olhe sob cada folha”. É isso, sabe, e provavelmente você não ouve um quinto do que eu recebo nesse processo. Isso é o necessário.

Bem, agora o quarto princípio. O primeiro era literal, o segundo histórico, o terceiro gramatical, lidando com a estrutura da língua. O quarto é sintético. Com isso não quero dizer falso, mas quero dizer sintetizar, juntar. O que queremos dizer com isso? Quer dizer que existem 66 livros na Bíblia, 39 no Antigo, 27 no Novo Testamento, escritos por mais de 40 autores. Mas há realmente apenas uma fonte de cada Escritura. Quem é essa? É Deus. Portanto, não há contradições na Bíblia. Portanto, a Bíblia está perfeitamente em harmonia consigo mesma. E quando se descobre o significado de uma determinada passagem e - vamos pegar por exemplo aquela passagem de Filipenses 1: Paulo se alegra por todas aquelas razões. Uau! Como isso se encaixa em toda a Escritura? Essa é a próxima pergunta que a fazer.

Deixe-me sintetizar isso. Os reformadores a chamaram de analogia scriptura, o que significa que a Escritura é análoga a si mesma. E completamente coerente consigo mesma. Nenhuma parte da Bíblia contradiz qualquer outra parte porque um autor, Deus o Espírito Santo, escreveu tudo. Então, neste ponto começo a fazer referências cruzadas, e também gosto muito dessa parte. Simplesmente procuro por toda a Bíblia. Oh, sofrendo injustamente e se alegrando. Onde eu poderia aprender algo sobre isso? Que tal Tiago 1? “Tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações”. Outras vezes, Paulo, ele teve na vida essa mesma atitude e a expressou em várias ocasiões. Eu poderia voltar para Jó. Poderia voltar ao salmista e ler os salmos de Davi, onde ele se alegra em meio a uma tremenda aflição.

E posso começar a ver ilustrações disso em toda a Palavra de Deus, e posso até cavar mais fundo, como em Tiago capítulo 1, e descobrir mais sobre o princípio da alegria no sofrimento. Posso encontrar isso em Tiago. Posso encontrar em Pedro. Posso encontrá-lo na igreja perseguida em Apocalipse 2 e 3. Esse é o princípio de síntese. Começamos a nos mover pelas Escrituras. É o que as referências cruzadas fazem por você. É por isso que na Bíblia de estudo colocamos "veja a nota aqui", "veja a nota aqui", "veja a nota ali" não sei quantas vezes, com cem mil referências cruzadas ali. Então pode-se ir atrás de tudo buscando conteúdo para o seu coração, seguindo uma verdade em toda a Escritura, e isso se torna rico e gratificante.

E então a quinta e última abordagem quando se estudam as Escrituras, é o que chamaríamos de abordagem prática. Temos a literal, histórica, gramatical, sintética e prática. Neste ponto, vou confessar algo a você. Eu realmente não acho que a coisa mais útil no estudo da Bíblia é dar às pessoas um monte de coisinhas práticas para fazer. Como isso, pessoal: o que quero que você faça é quando for para casa da próxima vez que seu marido gritar com você, alegre-se. Sabe, da próxima vez que você tropeçar e cair no brinquedo do seu filho e quebrar o tornozelo no corredor, alegre-se. Da próxima vez que você for trabalhar e seu chefe falar mal de você, e outra pessoa receber uma promoção que você merece porque você fez o trabalho e ele recebeu o crédito, alegre-se.

Bom. Está tudo muito bem e você deve fazer isso. Mas o que aprendi ao longo da vida e acho que realmente funciona e realmente faz sentido é o seguinte: a ênfase principal do estudo da Bíblia é compreender o princípio. E quando esse princípio se tornar uma convicção, ele aparecerá em todos os cenários práticos. Não consigo pensar em cenários práticos suficientes para você. Eles não serão sucessos certeiros. A vida flutua o tempo todo.

Mas vou lhe dizer uma coisa: quando você entende a Escritura o suficiente para que se torne uma convicção, ela aparece em todas as cenas práticas. É por isso que passo muito mais tempo estudando e às vezes sou criticado por isso. “Você é apenas teológico. É tudo bíblico, você não é muito prático.”

Na verdade não estou muito preocupado com a prática porque sei que vivemos o que acreditamos e sei que vivemos nossas convicções. Somos controlados por nossas convicções; não por minhas exortações, e você não é controlado por meus cenários nem por minha pequena cantiga aqui e minha cantiga ali que diz a você o que fazer. Toda vez que vou a um desses seminários onde dizem: “Sabe, vocês precisam ser gentis com sua esposa. Se seu casamento não tem amor, você sabe o que precisa fazer."

Li uma matéria que dizia: “Bem, tire férias. Tire férias." Quer saber de uma coisa? Se você não tem um bom relacionamento com sua esposa, as férias são péssimas porque você está preso a ela. Esse mesmo livro dizia: “Compre um ursinho de pelúcia, traga para casa, embrulhe em papel alumínio e coloque na parte de trás do freezer. Escreva uma nota de amor, realmente romântica. Cole-a no ursinho de pelúcia, embrulhe-o em papel alumínio e coloque-o na parte de trás do freezer. E alguma noite, quando ela estiver pegando a velha lasanha para alimentá-lo, por engano ela pegará isso. Não sabe o que é, ela abrirá e haverá aquele ursinho de pelúcia e o bilhete de amor."

Minha reação foi: se você tem um casamento ruim, é melhor não fazer isso. Ela vai atirá-lo em você, e os ursos de pelúcia congelados são muito mais perigosos do que os não congelados. Pode-se passar muito tempo falando todo esse tipo de coisa. Mas vou lhe dizer algo: a questão é se você tem em seu coração a convicção de que Deus o chamou para amar a esposa que ele lhe deu, e essa for uma convicção que você tem diante de Deus de todo o seu coração. Podemos fazer coisas práticas e devemos fazer algumas, e aí tudo bem fazer essas sugestões. Mas para mim o princípio prático é o princípio da convicção. É o princípio que diz que eu possuo essa verdade, abraço essa verdade, acredito nessa verdade e viverei de acordo com essa verdade. E, veja, isso é pessoal, é um exercício pessoal que temos de fazer.

Sei que, quando estudo a Palavra de Deus, a última coisa que quero fazer é cristalizar o que acabei de aprender, torná-lo parte do meu sistema de crenças e dizer: "Ok, na primeira oportunidade que surgir no meu caminho quero viver isso.” Bem, essas cinco coisas são o que nos coloca em contato com o texto. Esses são os exercícios que faço para me preparar para entender as Escrituras. Quando eu terminar com tudo isso, sempre posso pensar em algo para dizer, como você bem pode atestar. Quero dar a você apenas alguns outros elementos-chave se você realmente quiser conhecer as Escrituras. Com a leitura disso demos a vocês um plano de leitura e de como fazer isso, o que é muito importante. É interpretar e passamos por tudo isso.

Há um terceiro ponto sobre o qual eu encorajaria a pensar e meditar. Em Deuteronômio 6:6 a 9, Deus disse: “Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.” O tempo todo, o tempo todo a ideia está lá. Fala-se sobre aquilo o tempo todo. Elas estarão em seu coração e em sua boca, "E você as amarrará como um sinal em sua mão." Em outras palavras: aplica-se a Palavra de Deus em todo o trabalho que se faz. "Eles serão como frontais entre seus olhos." As verdades da Palavra de Deus devem ser o ponto focal de todos os seus pensamentos. “Escreva-os nos umbrais de sua casa”, para que você conduza todos os assuntos da vida dentro de sua casa de acordo com a Palavra de Deus.

“E você deve escrevê-las em seus portões,” de forma que tudo ligado a você conforme você vai e vem no mundo é filtrado por um entendimento e aplicação da Palavra de Deus. Em outras palavras, você medita na Bíblia o tempo todo ... dia sim, outro também, hora entra, hora sai, quando está sentado, em pé, deitado e andando pelo caminho. É o assunto de todas as suas conversas com sua família, com seus filhos. Ela controla o que você faz em sua casa e as questões de ir e vir enquanto você leva sua vida.

Basicamente então, aquela passagem em Deuteronômio 6 instrui a escrever a Palavra de Deus - escreva a verdade nas ombreiras de sua porta. Em outras palavras, a Palavra de Deus torna-se para você como um outdoor. Você a verá por toda parte. Está aplicada em suas mãos, aplicada em seus pensamentos, aplicada em sua casa, aplicada conforme você vai e vem. É como colocar cartazes em toda as áreas da sua vida, em todas as avenidas da vida - os cartazes da Palavra de Deus. Em nossa sociedade, em nossa cultura não é possível dirigir para cima e para baixo nas ruas sem ver outdoors anunciando bebidas, cerveja predominantemente, e publicidade de cigarros. Painéis publicitários em todos os lugares promovendo todo tipo de coisas.

Olhamos para isso e entendemos por que os jovens são atraídos por bebidas e cigarros. Eles não podem nem anunciar mais essas coisas na televisão, mas estão usando os outdoors que estão bem diante dos olhos de todos em nossa sociedade. O Senhor conhecia a natureza humana. Ele nos conhecia. Ele sabia que responderíamos aos postes de sinalização, e é por isso que a Palavra de Deus nos diz que devemos ter placas de sinalização, e essas placas devem ser coerentes com o que a Palavra de Deus diz. Sinalização da sã doutrina, sinalização da verdade bíblica.

Certa vez perguntaram a um homem: "Quando você vai dormir à noite, tem dificuldade para dormir e você conta ovelhas?" Ele disse: “Não, eu ouço o pastor”. Sabe, é bom fazer isso. É bom se retirar à noite recitando alguns dos sinais que Deus revelou em Sua Palavra. Meditar na Palavra de Deus é absolutamente crucial. Deixe saturar sua mente, pensando nisso. Salmo 1:1 e 2 diz: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores, mas o seu prazer está na lei do Senhor e em sua lei medita dia e noite.”

A palavra “meditar” realmente traz a ideia de ruminar constantemente sobre algo. É uma espécie de palavra que pode ser simbolizada por uma vaca ruminando. Sai de manhã e, enquanto a erva está fresca, a vaca come a erva. E quando o sol se levanta e a grama está quente e o tempo também, a vaca vai buscar um lugar com sombra e só continua mastigando o que ingeriu no início do dia. Meditar é assim mesmo. Absorve-se a matéria e então começa-se a meditar sobre ela, traz aquilo de volta, pensa e pondera isso. Nossa própria mente lida com suas aplicações adequadas e vai indo. Essa é uma atividade muito importante para entender as Escrituras.

E se posso acrescentar algo a isso, acho que às vezes ajuda também conversar sobre o assunto. Não acho que a meditação por si só nos levará a um entendimento profundo das Escrituras. Acho que realmente estimula a meditação se você tem alguém com quem conversar. Penso que é por isso que Deuteronômio 6 diz: "Fale sobre isso quando você se levantar, sentar, deitar e andar no caminho." Não sei como é com você, mas para mim algumas das coisas que nas Escrituras se esclarecem para mim mais rapidamente no diálogo do que quando me isolo. Apenas menciono isso porque acho que é realmente importante ruminar a Palavra de Deus, meditar na Palavra de Deus e discutir a Palavra de Deus o tempo todo. E você ficará surpreso em como isso o ajudará a assimilá-la, a torná-la sua e a entender suas maravilhosas aplicações em sua vida.

Em seguida, um outro princípio que eu recomendaria a você, que não vou desenvolver porque é um outro assunto. Se você realmente deseja conhecer a Bíblia, leia-a, interprete-a, medite nela e, em quarto lugar, e talvez o mais importante, ensine-a. Existe um princípio simples, mas verdadeiro. O que quer que você dê, você guarda. A melhor maneira de aprender é ensinando. A melhor maneira de aprender a verdade bíblica é ser responsável por passá-la adiante.

Paulo disse em 2 Timóteo 2:2: "O que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros." Se você deseja reter a verdade, compartilhe-a. Você perguntará: "Por que isso seria verdade?" Bem, é verdade porque, em primeiro lugar, para ensinar você precisa aprender. E então, enquanto você luta para deixar aquilo claro para um aluno, você está lutando ao mesmo tempo para deixar isso claro em sua própria mente. Este pode ser um dos segredos que não devo revelar. Mas eu prego principalmente o que quero, o que me ajuda, o que me motiva, o que me esclarece as coisas, o que faz sentido para mim, o que torna a Palavra de Deus clara para mim.

As pessoas sempre me perguntam: "Como você sabe o que seu pessoal pensa?" Bem, eu não sei como todos vocês pensam. “Como você sabe quais são os interesses do seu povo? E como você conhece o pulso de seu povo, e assim por diante, em uma grande igreja como esta?” Às vezes posso ficar um pouco relutante em dizer isso. Mas, para ser honesto com você, o pregador como professor acaba pregando e ensinando o que seu próprio coração assimila. E quando eu me esforço para deixar algo claro para você e encontrar uma maneira de fazer isso, é porque ficou claro para mim e estou passando isso para você.

Portanto, qualquer pessoa que ensine está envolvida no vórtice dessa luta com a verdade. Eu quero que fique claro. Tenho essa paixão impulsionadora por entender as Escrituras, e consegue-se transbordar disso. Antes de poder ensinar você, tenho de aprender sozinho. E também acho que, quando luto para entender, isso penetra profundamente. Então, quando luto no púlpito, às vezes é mais difícil do que outras vezes. Enquanto estou lutando para comunicar isso com você, também o estou selando em meu próprio coração. E a repetição também ajuda, especialmente se tivermos de pregar duas vezes nas manhãs de domingo. Mas vou lhe dizer agora: a melhor maneira de aprender a Bíblia é ensiná-la. Você pode até sentir que não não tem condições de se levantar na frente de uma classe de escola dominical ou de um grupo de pessoas e ensinar, mas com certeza poderá encontrar alguém que precisa desesperadamente conhecer a Palavra de Deus, e assumir a responsabilidade de ensiná-la.

Tendo dito tudo isso, poderíamos tirar algumas conclusões simples. Deus nos deu sua Palavra. É a fonte da verdade. É fonte de bênção. É a fonte da vitória. É a fonte de crescimento. É a fonte de poder. É a fonte de orientação. É a fonte de esperança. É o caminho da justiça. É tudo o que precisamos. Vivemos de cada palavra que sai da boca de Deus. Este imenso tesouro sobre o qual estivemos falando o tempo todo está em nossas mãos. É compreensível se o abordarmos com fidelidade. A Bíblia requer de nós que acreditemos nela, que a honremos, que a amemos, que lhe obedeçamos, que lutemos por ela e contendamos por ela, que a proclamemos e também que a estudemos.

Colossenses 3:16 diz que “devemos deixar a palavra de Cristo habitar ricamente em nós” - ricamente. O apóstolo Paulo, orando pelos efésios, pediu que seus corações fossem iluminados para que conhecessem qual é a esperança de seu chamado, e quais são as riquezas da glória de sua herança nos santos, e qual é a grandeza insuperável de seu poder para nós que cremos. Onde você vai aprender isso? Onde vai encontra-lo? É revelado na Palavra de Deus.

Ele orou para que conheçamos a verdade de Deus, que entendamos a verdade de Deus. Aos filipenses, Paulo disse: “Também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção, para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo”. Repetidamente a Escritura nos diz que precisamos entender suas verdades, e temos tentado mostrar a você um padrão pelo qual podemos aprender essas verdades e torná-las nossas.

Suponho que minha oração por você ou meu desejo por você seria o mesmo que Paulo expressou em 1 Tessalonicenses 2:13: “Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, a acolhestes não como palavra de homens, e sim como em verdade é, a palavra de Deus, a qual com efeito está operando eficazmente em vós, os que credes.” Minha oração por você é que você ouça a Palavra, entenda a Palavra e a Palavra opere em sua vida à medida que você se comprometer em aprendê-la. Mateus 4:4, novamente: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”. Alimente-se desse pão celestial. Vamos orar.

Pai, tem sido tão maravilhoso estar juntos esta manhã e estudar a tua Palavra e como podemos sondar e liberar as verdades que estão lá. Oro pedindo que todas as pessoas aqui façam isso, que aproveitem este tesouro incrivelmente rico. Davi disse: “Escondi a tua palavra no coração para não pecar contra ti”, e não há outra maneira. Evitamos o pecado quando a Palavra nos controla. Enche-nos com as convicções da tua verdade para que possamos viver para a tua glória em nome de Cristo. Amém.

FIM

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