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Nesta noite, novamente, abordamos o tema que começamos no último dia do Senhor sobre o senhorio de Cristo. Quero que você tenha sua Bíblia pronta; estaremos considerando alguns textos das Escrituras selecionados à medida que discutimos em nossa série sobre o senhorio de Cristo a questão da natureza da fé salvadora - a natureza da fé salvadora. Confesso-lhe que tenho muito mais a dizer do que posso dizer em uma noite. Se eu tivesse minha escolha, eu entregaria minha alma agora até as primeiras horas da manhã sobre esse assunto. Mas sabendo muito bem que, em questão de meses, o livro O Evangelho de acordo com Jesus, que conterá esse material estará em suas mãos, vou adiar isso para o tratamento mais completo e apenas lidar com o tempo que temos para cobrir esta noite.

Tenho certeza de que a maioria de nós está muito familiarizada com o antigo hino de Charlotte Eliot intitulado "Tal qual estou." Esse hino, mais do que qualquer outro hino no mundo cristão, tem sido um hino de apelo em reuniões de evangelização por anos e anos. Foi escrito em 1836, então já está por aqui há bastante tempo. Foi cantado e recantado. Na verdade, provavelmente está sendo cantado quase todas as horas de todos os dias em algum lugar do mundo, entre pessoas de língua inglesa. Billy Graham, por exemplo, tem usado esse hino nas cruzadas por mais de 40 anos, com o objetivo de tocar as pessoas para o convite após sua pregação. O verso mais familiar desse hino familiar, "Tal qual estou,” é o primeiro, e é assim: " Tal qual estou, eis-me Senhor, pois o Teu sangue remidor verteste pelo pecador; Ó Salvador me achego a Ti!” Os pensamentos que essas palavras devem abranger são uma realidade bíblica. É simplesmente um chamado aos pecadores para vir, para vir a Cristo, que derramou o Seu sangue por eles. Eles devem vir exatamente como estão. É o que significa "Tal qual estou". Somente com base na fé, eles devem vir, e Ele os salvará. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" - João 3.16. E Jesus disse: "Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora." João 6.37. E o hino quer declarar que o pecador que deseja vir pode vir assim como está, por fé, para abraçar a Cristo.

Curiosamente, no entanto, a erosão do evangelho em nossos dias deu a esse versículo em particular e ao hino um toque bastante insidioso. O idioma da mensagem moderna soa vagamente parecido com "Tal qual estou," mas a diferença de significado é bastante profunda. Os pecadores hoje, você vê, estão ouvindo não só que Cristo os receberá exatamente como são, mas também que Ele os deixará ficar assim. Muitos acreditam erroneamente que podem vir a Cristo, receber a absolvição dos seus pecados ou o perdão, receber o dom da imortalidade, ou do céu, e depois ir embora para continuar vivendo a vida da maneira que quiserem, até escolhendo, como um conhecido Professor da Bíblia, autor e teólogo disse, "deixar Deus e viver de acordo com a velha natureza." Amado, esse é o evangelho que ouvimos hoje. Venha tal como está, e vá embora, assim como você está. Jesus irá aceitá-lo do jeito que você é. Na verdade, Ele irá deixar você ficar assim. Em uma conferência bíblica há vários anos, um orador bem conhecido trouxe uma mensagem sobre a salvação. Ele argumentou que dizer às pessoas não salvas que devem se render a Cristo é o mesmo que pregar a salvação pelas obras. Ele definiu a salvação como o "dom incondicional da vida eterna dada às pessoas que acreditam nos fatos sobre Cristo, quer optem ou não obedecer a Ele". E um dos principais pontos é que a salvação pode ou não alterar o comportamento de uma pessoa. "O personagem transformado," disse ele, "é desejável, mas mesmo que não haja mudança no estilo de vida, aquele que acredita nos fatos do evangelho e recebeu a Cristo pode descansar na certeza do perdão e do céu." Isso está disseminado em nossa sociedade, sendo pregado hoje; multidões se aproximam de Cristo com base nesses termos. Eles acham que não há preço real a pagar. Eles respondem ansiosamente quando lhes é oferecido perdão. Eles respondem ansiosamente quando lhes é oferecida a perspectiva do céu, a vitória sobre a morte. Eles não têm sentido da gravidade de sua culpa diante de Deus. Eles não têm vontade de ser libertos, particularmente da escravidão do pecado, e eles certamente não têm desejo esmagador de obedecer a Cristo. E estou convencido de que tais pessoas são enganadas por um evangelho corrupto. A fé que estão recebendo e a fé de que dependem é apenas a aquiescência intelectual, ou talvez a compreensão emocional de algo ou de alguém para resolver seus problemas, e isso não irá salvar. No entanto, essa é a forma mais comum de evangelismo. E muitos estão pregando esse tipo de mensagem enganosa e fraca.

Suponho que precisamos fazer a pergunta, isso é novo? E a resposta, francamente, isso não é novo. Um dos capítulos que serão incluídos no livro é um capítulo sobre o evangelho de acordo com a história da igreja. E se você segue a história da igreja recebida dos pais da igreja, que viveram logo após a igreja primitiva, até hoje, você achará que esse tipo de evangelho de crença fácil sempre foi adotado. E as pessoas reagiam a ela através de toda a história da igreja, postulando e afirmando a diferença entre aquele evangelho e o verdadeiro evangelho. Por exemplo, escolha uma luz brilhante na história da igreja cristã com o nome de Martinho Lutero. Agora, Martinho Lutero, que saiu do catolicismo romano, lutou mais do que ninguém pela verdade de que o homem é salvo pelo quê? Pela fé, e não pelas obras. Ele nunca vacilou em sua insistência de que as obras, no entanto, são necessárias para validar a fé.

No prefácio, por exemplo, ao Comentário sobre Romanos, de Martinho Lutero, ele escreveu isto: "A fé não é algo sonhado, uma ilusão humana, embora isso seja o que muitos entendem pelo termo. Sempre que veem que não é seguida por uma melhoria na moral ou por boas obras, enquanto muito ainda está sendo dito sobre fé, eles caem no erro de declarar que a fé não é suficiente, que devemos fazer boas obras se for para nos tornarmos retos e alcançar a salvação. A razão é que, quando ouvem o evangelho, perdem o ponto. Em seus corações e por seus próprios recursos, eles evocam uma ideia que eles chamam de crença, que eles tratam como fé genuína. Mesmo assim, é apenas uma fabricação humana, uma ideia sem uma experiência correspondente nas profundezas do coração. Portanto, é ineficaz e não é seguida por um estilo de vida melhor," fim da citação.

Isso não é fé, de forma alguma. Apenas a chamam de fé. Lutero continua a escrever no comentário sobre Romanos: "Fé, no entanto, é algo que Deus produz em nós. Isso nos muda, e nós renascemos de Deus. A fé coloca o velho Adão para morrer e nos faz homens bem diferentes de coração, na mente e em todos os nossos poderes. E é acompanhado pelo Espírito Santo. Oh, quando se trata de fé, que vida, criativa, ativa e poderosa é. Não pode ser diferente de boa em todos os momentos. Ela nunca espera perguntar se há alguma boa obra para fazer; antes que a questão seja levantada, ele fez a ação e continua a fazê-la. Um homem que não é ativo dessa maneira é um homem sem fé. Ele está tentando por fé e procurando por boas obras, mas não sabe nem o que é a fé, nem o que são as boas obras. No entanto, ele continua falando sem sentido sobre fé e boas obras. É impossível separar as obras da fé, assim como é impossível separar o calor e a luz do fogo," fim da citação. Assim disse Martinho Lutero.

Há uma fé falsa, uma fé sonhadora, uma ilusão que não muda nada, que não é fé salvadora. Você percorre o caminho até o tempo moderno, e você lê autor após autor afirmando a necessidade de uma fé verdadeira, o que resulta em uma vida absoluta e totalmente transformada. Há uma miríade de citações que poderiam ser dadas para sustentar que esse tem sido o caráter da doutrina da igreja durante todos os anos desde o Novo Testamento. Mas trazê-lo diretamente para o tempo moderno, uma citação de A.W. Pink - que disse muito sobre esse assunto, por sinal - mas em 1937, ouça o que ele escreveu: "Os termos da salvação de Cristo são declarados erroneamente pelo evangelista dos dias de hoje" - isso é 50 anos atrás, o mesmo problema - "Com exceções muito raras, o evangelista de hoje diz aos ouvintes que a salvação é pela graça e é recebida como um presente gratuito, que Cristo fez tudo pelo pecador e nada resta senão para ele acreditar, confiar nos infinitos méritos de Seu sangue. E muito amplamente essa concepção prevalece agora em círculos ortodoxos, com tanta frequência, tão profundamente se enraizou em suas mentes, para que alguém denuncie como inadequado a fim de enganar, é para ele julgar instantaneamente o estigma de ser um herege e ser encarregado de desonrar a obra acabada de Cristo inculcando a salvação pelas obras," citação final - exatamente a mesma questão.

Havia naqueles dias uma mensagem dos evangelistas que pedia uma crença que não provocava mudança, e qualquer um que falasse contra era acusado de pregar a salvação pelas obras. Pink diz: "A salvação é pela graça, e somente pela graça. No entanto, a graça divina não é exercida à custa da santidade, pois nunca se compromete com o pecado. Também é verdade que a salvação é um presente gratuito. Mas uma mão vazia deve recebê-la e não uma mão que ainda agarra o mundo. Algo mais do que crer é necessário para a salvação. Um coração que é empurrado em rebelião contra Deus não pode acreditar. Um coração que está armado em rebelião contra Deus não pode crer para a salvação. Primeiro deve ser quebrantado. E somente aqueles que são espiritualmente cegos declarariam que Cristo salvará aqueles que desprezam Sua autoridade e recusam Seu jugo. Aqueles pregadores que dizem aos pecadores que podem ser salvos sem abandonar seus ídolos, sem se arrependerem, sem se entregarem ao senhorio de Cristo, são tão errôneos e perigosos quanto outros que insistem que a salvação é por obras e que o céu deve ser conquistado por seus próprios esforços," citação final. O mesmo problema - o mesmo problema. Você vê isso nos primeiros credos da igreja, você vê que está sendo articulado diretamente para alguém como W. Griffith Thomas, que foi um dos fundadores do Seminário de Dallas, gritando por uma fé senhorial. Sempre foi esse o coração da mensagem da igreja. Por que as pessoas não ouviram? Por que eles não ouviram os primeiros pais que abraçaram uma fé que produzia uma vida transformada? Por que eles não ouviram um Martinho Lutero? Por que eles não ouviram um A.W. Pink, ou W.H. Griffith Thomas? Por que eles não ouvem hoje? Por que as pessoas não ouvem quando dizemos que um evangelho que não afirma arrependimento e confissão e submissão a Cristo, como Senhor, não é completo? Bem, acho que a resposta é porque os apelos de uma crença fácil obtêm resultados externos. Você consegue entender isso? Eu acho que eles obtêm resultados externos. As pessoas respondem. Você facilita o evangelho, as pessoas respondem, as pessoas se levantam, descem pelo corredor, você conta os números, muitos foram salvos. E o que temos hoje é uma forma de evangelismo que foi realmente estilizado e popularizado por Charles G. Finney, que desenvolveu o sistema de apelo, como o conhecemos hoje mesmo, na mesma época em que Elliott estava escrevendo "Tal qual estou," em meados de 1830.

Charles G. Finney era um advogado da Upstate New York, sem treinamento formal teológico de qualquer tipo. Ele tinha uma mente hábil e lógica. Ele se converteu em 1821, e se tornou um evangelista e revivalista popular. Finney acreditava completamente que a salvação era o resultado de uma escolha humana. Acreditava que o homem poderia fazer aquela escolha humana porque ele não era por natureza depravado. Ele tinha uma certa inclinação para com o pecado, mas não era sua constituição, e assim ele tinha a habilidade dentro dele de escolher o que é certo. E, assim, Finney determinou que, uma vez que o homem poderia fazer o que é certo, já que ele não era depravado de forma inata, o que você tinha de fazer era trabalhar na vontade do homem. E se você pudesse ativar a vontade do homem, ou motivar a vontade do homem, ele faria a escolha correta. E você poderia usar quase todos os meios legítimos ou mesmo ilegítimos, incluindo manipulação e emoção. Ele desenvolveu o que veio a ser conhecido como o "banco dos ansiosos," e começava a chamar as pessoas para a frente. Isso é novidade. Anteriormente, nos anos do grande despertar de George Whitfield e Jonathan Edwards, nada parecido havia sido feito. Mas Finney começou a chamar as pessoas para o que ele chamou de "banco dos ansiosos". Mais tarde, tornou-se conhecido no Metodismo como o "altar," e as pessoas, então, se tornaram o objetivo. E quando o pregador chegava ao final da mensagem, ele começava a chamar as pessoas para a frente, porque as pessoas queriam ver algo visível, já que o trabalho invisível de regeneração não podia ser visto.

A resposta ao seu ministério e seus poderes persuasivos e lógicos foram excelentes. As pessoas chegavam ao banco dos ansiosos. Ele estava sendo bem-sucedido em levá-los até lá. Na verdade, ele teve tanto sucesso que as pessoas estavam relutantes em dizer qualquer coisa contra ele, temendo que pudessem dizer algo contra o Espírito Santo de Deus. Entretanto, indo aos bastidores para verificar o que restava depois que Finney havia feito seu trabalho, seus colegas não podiam deixar de perceber o pequeno número de convertidos que havia permanecido fiel. Em uma carta a Finney, datada de 25 de dezembro de 1834, James Boyle fez estas perguntas: "Examinemos os campos onde você e outros e eu trabalhamos como ministros de avivamento e qual é agora o seu estado moral? Qual foi o seu estado dentro de três meses depois de deixá-los? Eu visitei e revisitei muitos desses campos e gemi em espírito para ver o estado triste, frígido, carnal e contencioso em que as igrejas caíram e caíram muito logo depois que nos separamos de entre eles." Na verdade, muitos que avaliaram o ministério de Finney foram convencidos de que os pecadores emocionalmente, mas não espiritualmente despertados, tornaram-se endurecidos e céticos. Qualquer chamada do evangelho que peça apenas às pessoas, em um momento de decisão, que acreditem nos fatos do evangelho e recebam Jesus como Salvador é muito superficial. Agora, deixe-me dizer isto, e eu quero que você ouça isto. Alguém pode ser salvo sem entender a verdade total do arrependimento. Alguém pode ser salvo sem aprender a plena realidade do senhorio de Cristo. Alguém pode ser salvo sem entender completamente o chamado à obediência, porque ninguém lhes falou sobre isso. Mas escute: ninguém que seja salvo falhará em se arrepender, falhará em se submeter ou falhará em obedecer. Essa é a questão.

Alguém veio a mim no último domingo à noite e disse: "Sabe, quando o evangelho foi apresentado a mim, ninguém me contou sobre o senhorio de Cristo, ninguém me falou sobre o arrependimento, ninguém me disse que minha vida precisava se submeter a Ele em obediência. "Bem, a única pergunta é, você se arrependeu? Você deseja se submeter a Cristo? O seu coração está clamando por obediência a Ele? Se a resposta for sim, agradeça a Deus porque a salvação foi real, embora a mensagem estivesse incompleta. Na introdução ao livro, faço uma declaração que acho importante. Alguns podem achar que eu questiono a autenticidade de qualquer pessoa que se converte em Cristo sem uma plena compreensão de Seu senhorio; esse não é o caso. Na verdade, estou certo de que, embora alguns entendam mais do que outros, ninguém que é salvo compreende plenamente todas as implicações do senhorio de Jesus no momento da conversão. Mas estou igualmente certo de que ninguém que esteja indisposto a obedecer ou conscientemente rebelde contra o senhorio de Cristo pode ser salvo. E a marca da verdadeira salvação é que ela sempre produz um coração que conhece e sente sua responsabilidade de responder à realidade sempre despertadora do senhorio de Cristo.

Realmente não há motivo para proclamar um evangelho raso. Não há motivo para não contar às pessoas sobre o senhorio de Cristo. Não há motivo para não lhes dizer que se afastem do pecado e se arrependam. Não há motivo para não lhes dizer que submetam suas vidas a Cristo. Não há motivo para não dizer a eles que desistam de tudo o que têm por tudo o que Ele é. Então você diz: "Bem, se você fizer tudo isso, talvez não aceitem o evangelho." Bem, então, se esse for o caso, o Espírito de Deus não está trabalhando em seus corações. O que você tem se enviar uma mensagem incompleta e obtiver uma resposta? Talvez você não tenha uma conversão verdadeira. Se a verdade afasta as pessoas, diga a verdade e afaste-as, para que eles e vocês estejam completamente persuadidos em sua própria mente de que eles estão rejeitando, não aceitando uma fé falsa e depois vivendo sob uma ilusão de que eles são salvos quando não são. Veja o livro de Lucas no capítulo 14 por um momento. Versículo 25: "Grandes multidões acompanhavam Jesus, e ele, voltando-se, lhes disse: - Se alguém vem a mim e não me ama mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua mulher, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo." E como fica isso para um apelo? Quero dizer, se alguém lhe dissesse: "Agora, eu quero que você saia esta tarde e eu quero que você dê o evangelho a todas essas pessoas no parque, e o que eu quero que você diga para elas é isto: "se qualquer um de vocês não vem a Cristo e odeia seu pai e mãe e esposa e filhos e irmãos e irmãs e até mesmo odeie sua própria vida, você não pode ser o seu discípulo." Você pensaria que eles perderam a cabeça. Você diria: "Você não pode ganhar pessoas assim".

Então, ele disse no versículo 27: "E quem não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo." - em outras palavras, disposto a morrer. "Pois qual de vocês, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? Para não acontecer que, tendo lançado os alicerces e não podendo terminar a construção, todos os que a virem zombem dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não pôde acabar.’ Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz. Assim, pois, qualquer um de vocês que não renuncia a tudo o que tem não pode ser meu discípulo’.” Meu convite muito exigente. Odeie sua família, esteja disposto a dar sua vida, esteja disposto a desistir de todas as suas posses, conte o custo. Creio na salvação pela fé, puramente pela graça. Mas quando Deus em Sua graça está trabalhando em uma verdadeira salvação, ele possui esse tipo de ingredientes.

Você vê, a salvação genuína requer fé verdadeira. Não basta ter fé de fantasia, fé sonhadora, fé que é uma ilusão. Tem de ser a fé que é o tipo certo de fé, essa é a questão. “Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Eles responderam: — Creia no Senhor Jesus e você será salvo" - Atos 16.30-31. Quem crer será salvo, mas a questão é que tipo de fé - que tipo de fé, estamos falando? Agora, antes de tudo, para responder a essa pergunta, temos de dizer que há uma fé que não salva. Vamos ao evangelho de João, capítulo 2. Podemos usar muitas ilustrações, mas eu quero que você siga muito de perto. Em João 2.23: "Estando Jesus em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos creram no seu nome quando viram os sinais que ele fazia." Repare nisso um minuto, sim? Muitos creram em Seu nome; isto é, em quem Ele era. Sem dúvida, acreditando que ele era o grande profeta, provavelmente muitos deles acreditavam que ele é o Messias. Eles acreditaram em Seu nome, "quando viram os sinais que ele fazia. Mas Jesus, por sua vez, não se confiava a eles, pois conhecia todos os homens e porque não precisava de ninguém para testemunhar sobre o homem, pois ele mesmo sabia o que estava no homem," e ele sabia que a fé deles não era fé verdadeira. Eles acreditavam, mas sua crença não era adequada - não era genuína. Não havia fé salvadora.

Simplificando, ele não tinha fé na fé deles. Ele não acreditava na crença deles. Eles acreditavam que Ele era o Messias; isso não significa que eles entregaram suas almas ao Seu senhorio. Isso não significa que eles estavam dispostos a se afastar de seus pecados. Ele sabia que a crença deles era superficial. Ele sabia que não era o verdadeiro trabalho do Espírito de Deus. E se Ele falasse de sacrifício, falasse de arrependimento, e falasse de uma cruz, eles teriam desaparecido. E Jesus não aceitaria a decisão emocional do momento. Ele não aceitaria uma fé nascida do egoísmo. Vá para João, capítulo 6. Todos gostariam da absolvição do pecado e da promessa da imortalidade no céu, mas isso poderia nascer puramente por puro egoísmo. Em João 6.14: “Quando as pessoas viram o sinal que Jesus havia feito, disseram: — Este é verdadeiramente o profeta” - e esse, é claro, foi o milagre dos pães e peixes. - "Este é verdadeiramente o profeta." O Profeta, aquele prometido no Antigo Testamento, o Messias "que devia vir ao mundo." “Jesus, portanto, percebendo que eles pretendiam vir e levá-lo pela força para fazê-lo rei, retirou-se novamente para a montanha sozinho.” Ele não queria nada com o tipo de fé deles. Eles acreditavam que Ele era o Messias. Eles queriam fazê-lo caber em seus planos. Ele não queria nada com isso.

No versículo 66 desse capítulo, por favor observe, depois de seu ensinamento muito forte, “você tem de comer minha carne e beber meu sangue,” você deve estar disposto a aceitar minha morte, meu sacrifício e as coisas que Ele pediu em termos de sua dedicação, diz: "muitos de seus discípulos se retiraram e não estavam mais andando com ele." E ele os separou dos verdadeiros quando Ele "perguntou aos doze: Será que vocês também querem se retirar? "E Simão Pedro respondeu:" - representante dos verdadeiros crentes - "Senhor, para quem iremos? O Senhor tem as palavras da vida eterna, e nós temos crido e conhecido que o Senhor é o Santo de Deus. Então Jesus lhes disse: — Não é fato que eu escolhi vocês, os doze? Mas um de vocês é um diabo” - João 6.67-70. Então, mesmo no meio daqueles que seguiam a Jesus, havia alguns que acreditavam momentaneamente e queriam fazer dele um rei, havia alguns que acreditavam por algum tempo, mas quando a conversa se tornou difícil, partiram. E havia Judas que nunca acreditou verdadeiramente para a salvação, mas ficou até o fim para obter aquilo que fosse possível.

Olhe para João 8, versículo 30; e novamente Jesus está dialogando com os líderes judeus. O versículo 30 diz: "Quando Jesus disse isto, muitos creram nele." Parece bom, pode parecer salvação para alguns, exceto: “Então Jesus disse aos judeus que haviam crido nele: — Se vocês permanecerem na minha palavra, são verdadeiramente meus discípulos." Bem direto. Essa pequena porção das Escrituras foi a primeira grande introdução que já usei neste assunto. Você é um verdadeiro discípulo quando permanece em Sua Palavra. Veja o capítulo 12 e o versículo 42: "No entanto, muitos dentre as próprias autoridades creram em Jesus" - novamente, eles acreditavam. "Mas, por causa dos fariseus, não o confessavam," - eles não o reconheceram publicamente - "para não serem expulsos da sinagoga. Porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus." Eles queriam a aprovação dos homens. Eles acreditavam até certo ponto.

Vamos voltar ao versículo 26, ele meio que explica como eles estavam: “Sê alguém me serve, siga-me." Siga-me. "Se alguém me serve, siga-me." Em João 15.4, novamente, Jesus aponta o ramo Judas, o crente temporário, o discípulo temporário. "Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Como o ramo não pode produzir fruto de si mesmo se não permanecer na videira, assim vocês não podem dar fruto se não permanecerem em mim. — Eu sou a videira, vocês são os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim vocês não podem fazer nada. Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam." Há alguns que ficam por um tempo e desaparecem.

E então, a mais perspicaz de todas as passagens com relação a essa questão de fé, Tiago 2; vamos ver isso muito brevemente. Tiago 2, versículo 14: "Meus irmãos, qual é o proveito" - declaração muito importante - "Qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tem obras?" - qual o proveito? "Será que essa fé pode" - o quê - "salvá-lo?" Qual é a resposta? Não; não pode salvá-lo. Uma fé assim pode salvar? Para que serve? A fé não acompanhada de caráter moral pode salvar? A fé não acompanhada por uma conduta justa pode salvar? Claro que não. O versículo 19 realmente identifica isso. "Você crê que Deus é um só? Faz muito bem! Até os demônios creem e tremem." Essa é uma declaração tremenda. "Você crê que Deus é um só? Faz muito bem! Até os demônios creem e tremem." Eles creem, e estremecem. Você crê, e acha que está salvo. Eles estão mais avançados que você. Os demônios têm toda a teologia certa, mas não se curvarão ao senhorio de Cristo. Eles não se curvarão à soberania de Deus. Eles escolheram a rebelião. Eles odeiam o bem e valorizam o mal. Em certo sentido, a fé morta é inferior à fé demoníaca; pelo menos eles tremem.

Então, você pode ver nesses versículos que existe uma fé que não salva. Há uma fé que é temporária, parcial, inadequada, diferente da fé que salva. João 3.16, a palavra "crê," "todo aquele que nele crê não pereça,” a palavra "crê," eis a mesma palavra em João 2.24 traduzida por "confiar-confiava". É algo mais profundo do que apenas acreditar em fatos; é confiar a vida a alguém, desviar-se do pecado, submeter-se a Cristo, e o Espírito de Deus trabalha e produz uma vida transformada. Veja, a salvação e a fé salvadora é mais do que querer perdão, é mais do que querer o céu; é estar disposto a se desviar do pecado e se submeter a Cristo. No entanto, amado, chocantemente - e eu digo isso de forma acadêmica - de forma chocante, há professores da Bíblia e pregadores no evangelicalismo fundamental que não permitem nenhuma ligação necessariamente entre fé e obras. E, portanto, eles são forçados a receber como genuína praticamente toda profissão de fé, porque se não há necessariamente uma correlação entre fé e obras, então qualquer profissão é válida. Um escritor, Ray Sanford, em The Handbook of Personal Evangelism [O manual do evangelismo pessoal], diz: "A fé inoperante pode salvar." A fé inoperante pode salvar? Os demônios são salvos? A fé deles é melhor do que a fé morta.

Zane Hodges, escrevendo em seu livro The Gospel Under Siege [O evangelho sob o cerco], declara que seja lá o que Tiago 2.14-26 queira dizer, não pode estar dizendo que boas obras são evidências essenciais da verdadeira fé". Misericórdia - como você pode simplesmente dizer isso? E ele tenta fazer-nos acreditar que sua fé morta já esteve viva, mas morreu. Ele diz que estava viva quando tomaram a decisão inicial, mas caducou na morte, porém a salvação eterna é segura. Em outras palavras, ele diz que não há tal coisa como a perseverança dos santos. Você pode acreditar em um momento, e nunca acreditar novamente.

Agora, existem outros escritores que dirão que há uma espécie de fé estéril e inútil, uma espécie de reconhecimento acadêmico da verdade, mas se opõem a definir a fé em termos que impliquem submissão ou compromisso da vida de alguém. Então eles dizem que há uma fé que não salva, mas eles dizem que não é necessário ter uma fé que se arrependa ou se comprometa. Então, entre uma fé não comprometida e uma fé inadequada, há uma fenda que você pode deslizar e ser salvo, eu acho. Não menos do que Charles Ryrie diz: "A mensagem da fé mais o compromisso da vida não pode ser o evangelho." E Hodges, novamente, diz: "A fé salvadora não é mais do que uma resposta a um convite divino." Mais à frente, ele diz: "É amplamente aceito na cristandade moderna que a fé de um cristão genuíno não pode falhar. Mas esta não é uma afirmação que pode ser verificada no Novo Testamento. Não há nada," ele diz, "para sustentar a visão de que a perseverança na fé é um resultado inevitável da verdadeira salvação." Declaração absolutamente incrível - "não há nada para sustentar a visão de que a perseverança na fé ou na fé contínua é um resultado inevitável da verdadeira salvação." Tenho acreditado nisso por toda a minha vida. Creio que, se você tiver a fé que salva, a fé persevera.

Você diz: "Bem, a Bíblia ensina isso?" Sim, com certeza. Como ele pode dizer que não há nada na Escritura para suportar isso, está além de mim. Ouça, por exemplo - oh, eu nem sei por onde começar há tantos lugares. "Irmãos, venho lembrar-lhes o evangelho que anunciei a vocês," 1Corintios 15.1, "o qual vocês receberam e no qual continuam firmes,” ouça isto: "Por meio dele vocês também são salvos, se retiverem a palavra assim tal como a preguei a vocês, a menos que tenham crido em vão." Quão claro é isso? Você é salvo se você retiver a palavra. E quanto a Colossenses 1.21: "E vocês que, no passado, eram estranhos e inimigos no entendimento pelas obras más que praticavam, agora, porém, ele os reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e irrepreensíveis."

Em outras palavras, você foi salvo. Versículo 23: "se é que vocês permanecem na fé, alicerçados e firmes, não se deixando afastar da esperança do evangelho." E se você não continuou firmemente, e se você não continuou na fé e se você foi afastado de sua esperança no evangelho, você nunca foi salvo. A perseverança é parte da obra salvadora de Deus. Ele não apenas nos assegura por Seu decreto divino; Ele persevera com o Seu Espírito em nós na fé.

Olhe para Hebreus, vejamos alguns versículos lá. Abram suas Bíblias no capítulo 2 de Hebreus, vamos apenas passar por ele bem rápido, e ver talvez uma meia dúzia de textos rapidamente para firmar isso em sua mente. Hebreus 2.1: "Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Porque, se a palavra falada por meio de anjos se tornou firme, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se não levarmos a sério tão grande salvação?" Em outras palavras, a mensagem aqui é: "Olha, é melhor ter uma salvação que não fique à deriva ou não escaparemos do juízo de Deus." Por quê? Porque se nos afastarmos do que antigamente acreditávamos, nos dirigimos ao julgamento, e isso é evidência de que nunca fomos salvos, para começar. Capítulo 3, versículo 14, isto é tão claro: "nos tornado" - e eu adoro isso, versículo 14 - "Porque temos nos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até o fim" - o quê - "a confiança." 4.14: "Tendo, pois, Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão." Capítulo 6, versículo 11: " Desejamos que cada um de vocês continue mostrando, até o fim, o mesmo empenho para a plena certeza da esperança, para que não se tornem preguiçosos, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela paciência, herdam as promessas." Capítulo 10 e versículo 34, novamente o mesmo conceito: “Porque vocês não apenas se compadeceram dos encarcerados, mas também aceitaram com alegria a espoliação dos seus bens, porque sabiam que tinham um patrimônio superior e durável. Portanto, não percam a confiança de vocês, porque ela tem grande recompensa," versículo 36. Enquanto isso, "em pouco tempo" - versículo 37 - "aquele que vem virá e não irá demorar;" versículo 38: "mas o meu justo viverá pela fé; e, se retroceder, dele a minha alma não se agradará." Mas não somos aqueles que encolhem de volta à destruição - aqui está - "Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição, mas somos da fé, para a preservação da alma" - Hebreus 10.39. Hebreus 12.14, isto é tão claro: "Procurem viver em paz com todos e busquem a santificação," - é a separação, a piedade, a virtude - "sem a qual ninguém verá o Senhor." Todos os que veem o Senhor serão santificados.

E então, Tiago 1.2 em diante: “Meus irmãos, tenham por motivo de grande alegria o fato de passarem por várias provações, sabendo que a provação da fé que vocês têm produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que vocês sejam perfeitos e íntegros, sem que lhes falte nada." Em outras palavras, quando as provas chegam, elas comprovam sua coragem, elas provam seu caráter. E o versículo 12: "Bem-aventurado é aquele que suporta com perseverança a provação. Porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida,"- essa é a vida eterna - "a qual o Senhor prometeu aos que" - em algum momento do passado acreditavam nele. É isso que ele diz? Não: "Aqueles que" - o quê - "que o amam." Aqueles que O amam, aqueles que O obedecem, aqueles que perseveram na fé, são os verdadeiros crentes. Segunda a Timóteo 2.12 diz: "se perseveramos, também com ele reinaremos". Reinaremos com ele se perseverarmos até o fim. A fidelidade de Deus é uma bênção aos crentes leais e duradouros. Mas olhe para a segunda metade de 12: "se o negamos, ele, por sua vez, nos negará." Veja, se perseverarmos, nós reinaremos. Se negarmos a ele em qualquer ponto, nossa fé morre, nunca existiu, para começar. Era uma fé simulada, uma fé sonhadora, uma fé falsa. Ele nos negará.

"Se somos infiéis, Ele será fiel." O que isso significa? Bem, a ideia de Sua fidelidade tem a ver com o julgamento - tem a ver com o julgamento. Podemos ser infiéis, mas Ele será fiel à Sua promessa de julgar os infiéis. É isso que isso significa. Se perseverarmos, nós reinamos. Se negarmos, Ele nos nega. Podemos ser infiéis, isto é, podemos não cumprir nossa promessa, mas Ele manterá a Sua. E podemos fazer uma promessa a Cristo em algum momento e nunca a cumprir, mas quando Deus faz a promessa de punir o pecado, Ele a manterá - Ele a manterá. E assim, o que esses versículos estão fazendo é dar uma bênção ao crente fiel e perseverante, e pronunciar uma maldição sobre uma alma desleal e incrédula. João 3.18 é realmente a fonte, talvez, desse pensamento. "Mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus." Amado, é a natureza da fé salvadora que, quando Deus dá essa fé, sustenta essa fé. E se chegar um momento em que uma pessoa deixa de acreditar, a fé nunca foi a fé que Deus deu.

Agora, vejamos um pouco mais de perto essa fé salvadora enquanto encerramos. O que é isso? O que é a fé salvadora? Agora, deixe-me dizer algo para você, mais um pensamento em geral, tente entender, certo? Porque quando você diz às pessoas: "a fé que salva envolve arrependimento e compromisso com Cristo,” eles dizem: "Bem, você está adicionando obras, e não é nada além de crer. "Basta crer,” disse a música, "- lembra desta música," Basta crer, basta crer”? Isso é tudo. E se você adicionar alguma coisa, você está adicionando obras. Mas o fato está longe de defender a verdade de que as obras humanas não têm lugar na salvação, que a crença fácil e moderna tornou a fé um trabalho totalmente humano. Por que eu digo isso? Porque é frágil e temporário; pode ou não suportar, e isso não é a verdade sobre o que Deus dá. Viu isso? Então, isso é uma salvação por obras, o que um homem pode fazer e depois não fazer, a seu próprio capricho. Mas se você acredita que a salvação é pela graça de Deus, e que Deus concede essa fé, então a fé que Deus concede não é temporária, é duradoura e não está sujeita ao capricho de um homem. Não há mais razões para acreditar que um homem que viva a vida cristã possa cancelar a fé dada por Deus do que um homem poderia ter gerado no início para ser salvo. Se é de Deus, é divina. Se é de Deus, é duradoura. E o crer fácil não salva o evangelho das obras, torna-se uma obra de salvação, pela qual um homem dá e aceita sua fé por sua própria vontade. Essa não é a fé bíblica. Para dizer que pode tê-la no momento da salvação como um presente de Deus, mas desencadeá-la sempre que quiser, não faz sentido. Isso nega a obra de Deus. Nega que Deus é aquele que dá e sustenta a graça que faz com que a fé persista.

Agora, deixe-me dar-lhe apenas algumas coisas a ter em mente. Uma definição de fé salvadora, muito simples; um: é um presente de Deus - é um presente de Deus. Em Efésios 2, você já sabe, 8 e 9: "Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie." A fé é um presente de Deus. Agora, qual é o presente de Deus aqui? Alguns dizem que é fé, alguns dizem que não é fé. O estudioso grego B.F. Wescott diz que o dom de Deus é "a energia salvadora da fé." Outros acham que você não pode aceitar isso no grego, porque o que você tem aqui é neutro e feminino.

Por exemplo, "Por graça você foi salvo, através da fé" - a fé é feminina em gênero. "E isso" é neutro, então você não pode usar um pronome neutro para definir um substantivo feminino, e assim alguns se sentem mais confortáveis ​​ao dizer que "isso" deve abraçar todo o ato de salvação. Bom - maravilhoso; você sabe o que é parte de todo o ato de salvação? "Vocês são salvos pela graça através da fé, e não de vocês mesmos" - então, se você deseja que seja abrangente, a graça, a fé, a salvação, o todo é um presente de quem? De Deus. Eu me sinto à vontade com essa visão. Abrange tudo. De qualquer forma, a fé está incluída.

Jesus disse a Pedro, versículo 17 de Mateus 16: "Bem-aventurado é você, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que revelaram isso a você, mas meu Pai, que está nos céus." O que ele está dizendo? Pedro acabou de dizer: "Tu és o" - o quê - "o Cristo" - "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Isso é uma confissão. Isso é uma confissão salvadora. E Jesus diz a ele: "Você não obteve isso da carne e do sangue, Meu Pai lhe deu essa fé, Meu Pai lhe deu essa revelação." É o Deus Pai que capacita alguém a acreditar. O homem, fechado profundamente na morte de seu próprio pecado, não poderia gerar sua própria fé.

João 6.44: "Ninguém pode vir a Mim" - implicando na fé - "se o Pai, que me enviou, não o trouxer". Versículo 47: "Em verdade, em verdade lhes digo: quem crê em mim tem a vida eterna." Dois versículos se juntam para dizer que o Pai lhe dá a fé. O Pai o atrai ao provocar sua fé. É um presente de Deus. É um dom de Deus, não pode ser menos do que isso, pois a natureza caída não pode gerar fé em Deus. Às vezes você ouve pessoas dizerem que a fé é uma coisa natural. Não é. A fé natural não pode salvá-lo, a fé sobrenatural pode; ela vem de Deus.

Ouça o versículo 16 de Atos 3, Pedro pregando: "Pela fé no nome de Jesus é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que vocês estão vendo e bem conhecem" - ouça isto - "Sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este homem saúde perfeita na presença de todos vocês." Você sabe por que esse homem foi curado? Porque ele acreditava. Você sabe de onde ele tirou essa fé? De quem? De Cristo. "A fé que vem por Ele" - o Senhor Jesus Cristo. Filipenses 1.29: "Porque vocês receberam a graça de sofrer por Cristo, e não somente de crer nele." Ouça isso de novo: "e não somente de crer nele" - não é tão bom? É um presente de Deus. Você não pode fazer isso por conta própria. É concedido soberanamente. Primeira a Pedro - perdoe-me, 2Pedro 1.1: "Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo." Pedro sabia que a fé era um presente. "Aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa" - é a quem ele está escrevendo. A fé é um presente de Deus.

Em segundo lugar, é permanente - permanente. Como presente divino, não é passageiro ou impotente, é permanente - é permanente. Não é algo que Deus dá e tira. Não é algo que o homem evoca e depois perde. Por quê? Romanos 1.17: "O justo viverá por" - o quê - "fé." Ele continua vivendo pela fé. Deus continua a conceder essa fé perseverante. A verdadeira fé não pode morrer. É um dom de Deus. É permanente. Gálatas 3:11 diz o mesmo: "O justo viverá por fé". Hebreus, acho que é o capítulo 10, não é? versículo 38 - nós o mencionamos há um momento - sim - "mas o meu justo viverá pela fé; e, se retroceder, dele a minha alma não se agradará.” Lembram-se de filipenses 1.6? "Estou certo de que aquele que começou boa obra em vocês há de completá-la até o Dia de Cristo Jesus."

Em terceiro lugar, a fé salvadora é obediente. É obediente. A fé que Deus dá injeta obediência. Você vê, a fé que Deus oferece inclui tanto a vontade como a capacidade de se adequar à Sua Palavra. Isso mesmo. "Porque Deus é quem efetua em vocês tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade" - Filipenses 2.13. Não é tão maravilhoso? Quando Deus lhe salva, Ele lhe dá uma fé que Ele energiza, que tem a capacidade e a vontade de obedecer. Maravilhoso.

W.E. Vine disse sobre a fé: "É uma convicção firme; é uma rendição pessoal e uma conduta inspirada por tal rendição. "E ele estava comentando o termo pisteuō, para acreditar. Na verdade, ele compara peithō e pisteuō, estreitamente relacionados etimologicamente. A diferença de significado é que o primeiro implica o que produz, a obediência e a fé. Ele diz: "Quando um homem obedece a Deus, ele dá a única prova possível de que, em seu coração, ele acredita em Deus." Você entendeu isso? "Quando um homem obedece a Deus, ele dá a única evidência possível de que, em seu coração, ele acredita em Deus." Quero dizer, que benefício traz a você poder dizer "Eu acredito em Deus, eu creio em Deus, eu acredito em Deus; Eu simplesmente não me importo com o que ele diz? "Oh? Ele diz: "peitho no Novo Testamento sugere um resultado real para fora da persuasão interior e consequência da fé".

A fé obedece. Quer dizer, não perfeitamente, não é? Sua fé não obedece perfeitamente. Deseja obedecer, e obedece, mas não obedece perfeitamente. Romanos 7.15, Paulo diz: "pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto"- eu adoro isso no versículo 18, Romanos 7 - "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim, mas não o realizá-lo." Acreditar é obedecer. Na verdade, apenas nas palavras, você pode ir ao ótimo trabalho do Kittel, e a palavra em particular pisteuō é tratada por Rudolf Bultmann, que é um erudito liberal na Alemanha, mas ele ressalta em todo o seu tratamento desse termo que acreditar é obedecer. Dizer que você acredita e não obedecer, é dizer que não acredita, porque se você acreditasse, faria o que acredita. Você age sobre o que você acredita, não é verdade? O que você acredita ser verdade é o que governa o que você faz. Dizer que você acredita e não agir é totalmente contraditório. Paulo diz em Romanos 6.17-18: "Mas graças a Deus que, tendo sido escravos do pecado, vocês vieram a obedecer de coração à forma de doutrina a que foram entregues. E, uma vez libertados do pecado, foram feitos servos da justiça." - obediência. Na verdade, em João 3, acredito que está bem no final do capítulo, versículo 36: "Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus." Crença e obediência usada de uma forma intercambiável. Você acredita, você obedece; você não acredita, você não obedece. Olhe para Tito - eu só tenho de mostrar-lhe Tito 1.15 e 16, porque é tão importante - e vamos encerrar. Tito 1.15: "Todas as coisas são puras para os puros; mas, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas. Afirmam que conhecem a Deus, mas o negam por meio do que fazem; é por isso que são abomináveis, desobedientes e reprovados para qualquer boa obra." Você quer ouvir algo incrível? Hodges, em seu livro, diz: "Essas pessoas são verdadeiramente crentes que são espiritualmente doentes". Verdadeiros crentes que estão espiritualmente doentes; "Contaminado, incrédulo, impuro, detestável, desobediente e sem valor por qualquer boa ação." Não. Paulo está dizendo: "Olhem, as pessoas que professam conhecer Deus e fazem a reivindicação, mas O negam pelo que fazem, são detestáveis, desobedientes e sem valor porque estão perdidos." Eles são incrédulos. Sua mente, sua consciência está contaminada. A desobediência prova descrença. A obediência prova fé. Você vê, fé e fidelidade não são conceitos substancialmente diferentes para o cristão do primeiro século, porque a palavra foi usada de forma intercambiável. Você procura em sua concordância, fidelidade e fé, e, como você vê, irá notar, se você tem algum tipo de fonte grega, que usa a mesma palavra. Fé e fidelidade juntam-se porque o que você crê dita como você obedece. Se você tem fé, você é fiel à fé que você tem. Lightfoot, o grande erudito, liga os dois quando diz: "Os que têm fé em Deus são firmes e imovíveis no caminho do dever. Os fiéis ou os crentes são fiéis que obedecem." Então é um presente. É permanente. É obediente.

E, finalmente, outro elemento da salvação da fé, e para terminar, é humildade - é humildade. Para isso, você precisa apenas olhar para as bem-aventuranças: "Bem-aventurados os pobres em espírito".

Continua a falar sobre pobreza de espírito, quebrantamento, arrependimento, tristeza, mansidão, fome, sede de justiça, "abençoados sejam os misericordiosos, abençoados sejam de coração puro, abençoados sejam os pacificadores, abençoados são os perseguidos por causa da justiça." Veja - agora observe isto com cuidado - a verdadeira fé começa com humildade, e quebrantamento, tristeza e arrependimento, e em pobreza de espírito, e termina em obediência e resistência. É humilde - é humilde. A fé salvadora é como a de uma criança pequena. Jesus disse, em Mateus 18.4: "Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus." É humilde, obediente, permanente e é um presente de Deus. Você não o despertou, Deus o deu, e Ele o sustenta. E as pessoas que se apegam a uma memória, a uma salvação baseada em uma lembrança de um sentimento emocional no passado, mas que não têm amor por Cristo, e que não possuem um desejo profundo de obedecer a Ele, não pertencem a Ele. E, novamente, lembro vocês deste versículo tremendamente assustador, 1Pedro 2. 7: "Portanto, para vocês, os que creem, esta pedra é preciosa." Eu lhe direi como você pode detectar um cristão; para esse indivíduo, Cristo é - o quê - precioso - precioso. Você não precisa debater se ele deve se submeter a Cristo, ele é precioso para Ele. E as pessoas que não acreditam, não importa o que houve no passado, não são salvas. É por isso que Paulo diz em 2Coríntios 13.5: "Examinem-se para ver se realmente estão na fé." Ouça esta afirmação. Zane Hodges diz em seu livro: "Paulo nunca se preocupou com a salvação de suas congregações". Citação: "Não há nem um único lugar nas cartas paulinas onde ele expresse dúvidas de que sua audiência é composta de verdadeiros cristãos. Que eles poderiam ser irrelevantes é o pensamento mais distante da mente do apóstolo," fim da citação. Bem, então, por que ele lhes diz em 2Coríntios 13.5: "Examinem-se para ver se realmente estão na fé." Um versículo que ele, por sinal, nem sequer discute; é claro que ele estava preocupado com o fato de serem genuínos, de que eles não tinham fé falsa. E, como pastor, estou preocupado com a congregação que Deus está me dando. Não estou pregando esta mensagem e série de mensagens para chegar a algum público além desta igreja, mas apontar para você a seriedade com que você deve discernir sua própria condição espiritual. Que Deus lhe conceda uma verdadeira fé salvadora, um presente permanente que começa com humildade e ruptura sobre o pecado, e termina em obediência à justiça; essa é a verdadeira fé, e é um presente que só Deus pode dar. E se você o desejar, ore e peça que Ele o conceda. Vamos nos curvar juntos.

Pai, obrigado pelo nosso tempo nesta noite. Obrigado pela sua Palavra para nós. Obrigado por tudo o que a Escritura diz tão claramente sobre esses assuntos, e nós apenas arranhamos a superfície. Faça-nos fiéis, Senhor, para defender essa verdadeira fé, para articular o evangelho salvador de Cristo de uma maneira que agrade ao Senhor, que os homens e as mulheres não sejam enganados, mas que possam ser salvos. Oramos em Sua graça a fim que o Senhor salve os pecadores, inclusive nesta noite, em nome de Cristo. Amém.

FIM

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