
Estive meditando sobre esta série que estamos fazendo sobre a pessoa e a obra do Espírito Santo, de quão sério a coisa é tentar adorar a Deus de uma maneira que Ele rejeite. E continuo a voltar minha mente para o livro de Êxodo e no capítulo 32 de Êxodo, enquanto Moisés estava no alto do monte, recebendo a lei de Deus, tendo comunhão com Deus, o povo lá embaixo fez um bezerro de ouro, e eles tinham uma espécie de explicação interessante. Quando Moisés desceu e encontrou este bezerro de ouro feito com o ouro de todos eles, tinham jogado no fogo, a resposta das pessoas foi algo mais ou menos assim: “Bem, você sabe, nós simplesmente jogamos tudo em uma fogueira e - olha o que saiu.” E essa foi sua explicação, que tinha sido uma espécie de experiência esotérica.
E o Senhor falou a Moisés e disse, “Você vai ter que ir lá porque as pessoas já se corromperam. Eles fizeram para si um bezerro de fundição, e o adoraram, sacrificaram para ele e disseram:, ‘Este é o seu Deus, ó Israel, que te fez subir da terra do Egito.’”
Esta foi uma deturpação total da natureza de Deus. E foi mais do que isso; foi uma deturpação total da obra de Deus, porque eles começaram a fazer coisas que eram ímpias, imorais, e feias em torno desse bezerro de ouro, e Deus abateu milhares deles, como você se lembra, e antes que o dia terminasse, muitos milhares de pessoas morreram, e uma promessa veio de Deus que muitos milhares mais morreriam também. Sendo a questão: Você não pode idealizar Deus em qualquer forma que você gostaria que ele se encaixasse. Você não pode fazer Deus de acordo com sua própria imagem, de acordo com suas próprias especificações.
E num certo sentido, é precisamente isso que vem acontecendo há vários anos no chamado movimento Carismático, e em particular, não só violaram a Deus seriamente, como Pai, privando-o de sua soberania, privando-o de sua autoridade absoluta, eles fizeram algumas graves violações com a pessoa de Jesus Cristo, reduzindo-O do Todo-glorioso que Ele é, mas particularmente, decidiram fazer uma espécie de bezerro de ouro com Espírito Santo. O Espírito Santo no movimento carismático é completamente irreconhecível quando comparado com o ensino bíblico a respeito deste terceiro membro da Trindade. O Espírito Santo de quem eles falam a respeito, que eles criaram, é o bezerro de ouro. Ah, simplesmente aconteceu, eles simplesmente se lançaram nas chamas da experiência humana e vejam que Espírito Santo surgiu. E eu diria que nenhum movimento nos últimos 50 anos tem feito mais para prejudicar a causa do evangelho, a causa do reino, e a causa da verdade bíblica que o movimento carismático. Ele teve implicações de longo alcance.
Em primeiro lugar, esse movimento, com seu ponto de vista aberrante de Deus, que não é soberano, seu ponto de vista aberrante do evangelho, um ponto de vista arminiano do evangelho, que o homem pode erguer-se por suas próprias forças, e com certeza uma visão aberrante do Espírito Santo, que o movimento exigiu aceitação. Exigiu ser aceito na corente principal do evangelicalismo, e em grande parte, o evangelicalismo virou-se e disse, “Vamos lá, fique com a gente, somos todos um em Cristo.” Exigiu a aceitação e com a aceitação do movimento carismático vem o Cavalo de Tróia, e o Cavalo de Tróia é trazido para dentro da cidade e o cavalo é aberto e as tropas são soltas e uma infinidade de coisas morrem. A igreja é então corrompida por mil ataques diferentes, seu discernimento se torna escasso, e sua vontade de expor o erro é empolado.
E então o que acontece é que a igreja torna-se literalmente o paraíso para todos os tipos de erros e todos os tipos de auto-promotores cujo egoísmo impetuoso impulsiona esses erros. Eles se espalharam com esse egoísmo ousado para dentro da igreja, de modo que mesmo as pessoas que não façam parte desse movimento tenham assimilado seus modos de auto-promoção. Tem-se dado lugar a uma música conduzida de modo selvagem chamada de adoração, mas está totalmente longe de ser isto, e muito disso é oferecido não ao genuíno Espírito Santo mas ao bezerro de ouro. Tem poluído a doutrina bíblica da oração seriamente. Eu vou falar sobre isso em alguns domingos à noite, a corrupção da doutrina da oração neste movimento. Ele corrompeu o conceito de fé, fazendo da fé um tipo de poder criativo pelo qual você pode trazer à existência o que quiser. Esse movimento deu a oportunidade para toda forma imaginável e inimaginável de ensino não bíblico para encontrar o seu caminho na popularidade, e, ao mesmo tempo, continuar a condenar as pessoas que lutam pela integridade bíblica.
Em gerações anteriores, o movimento carismático teria sido rotulado como heresia. Em vez disso, eles agora definem as regras para o que é aceitável e dominam os meios de comunicação com seus desvios. Eles alegam - e esta é a parte surpreendente - ser a mais pura, mais potente, e mais verdadeira forma do cristianismo, e eles se certificam de terem grandes multidões, assim parece que Deus os está abençoando. E todos os que os rejeitam, dizem eles, estão em perigo de blasfemar contra o Espírito Santo.
Bem, aí está a dificuldade, não é? Eles que blasfemam contra o Espírito Santo nos acusam de blasfêmia contra o Espírito Santo. Eles estão fazendo o que eu disse ser o oposto do que fizeram os fariseus. Eles atribuíram a obra do Espírito Santo a Satanás. Estas pessoas atribuem a obra de Satanás ao Espírito Santo. Nenhum grupo tem feito mais para deturpar o Espírito Santo que este movimento em sua face pública, e seu rosto na mídia, com certeza. E à luz disso, eu não me sinto como estando aqui, como eu disse semana passada, para defender o Espírito Santo, Ele pode tomar conta de si mesmo muito bem, e o juízo está certamente sendo pronunciado quando virá, é esperar para ver. Mas a deturpação incessante de supostos milagres pelo Espírito Santo, supostas visões dadas pelo Espírito Santo, pessoas que vêem as coisas passadas, pecados passados em uma tela, profecias do Espírito Santo, viagens para o céu, viagens para o inferno, revelações divinas em uma miríade de formas, sonhos em 3D que são revelação divina. Tudo isso em todo o lugar neste movimento derrama-se pelas bordas para o mundo mais amplo do evangelicalismo como uma espécie de fonte. Uma maneira muito séria de tratar o Espírito Santo, que não faz parte dessas coisas.
Há uma palavra no Novo Testamento que eu quero chamar sua atenção. Abra em Hebreus 10:29 antes de irmos para Romanos 8. Em Hebreus 10:29, há uma palavra, e é uma palavra que você necessariamente não a retira do texto porque parece tipo que semelhante a uma pequena adição no final de um grupo de palavras muito importantes. No versículo 29 de Hebreus 10, é muito sério para ler “De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus” Lemos isso e dizemos, “Uau”. Isso significa que haverá graus de punição no inferno - e eu vou pregar sobre o inferno, em algumas semanas. Haverá graus de punição no inferno. O inferno não será a mesma experiência para todos que estiverem lá. Haverá graus severos, e graus mais severos, e graus mais severos ainda para aqueles que estão no inferno. Haverá graus de punição no inferno.
O grau mais severo dos castigos será sobre aqueles que pisaram o Filho de Deus e profanaram o sangue da Aliança. Em outras palavras, trataram Seu sacrifício na cruz ratificando a Nova Aliança, providenciando a salvação, trataram isso com desdém, pisaram nisso, vendo-o como impuro, isso tornará o inferno ainda mais quente. Isso quer dizer que alguém morando em alguma parte do mundo que nunca ouviu falar sobre Cristo perecerá e irá para o inferno, porque sem Cristo, as pessoas vão para o inferno, mas esse inferno dessa pessoa não será tão severo no momento da punição quanto daqueles que ouviram o evangelho, conheceram o evangelho, entenderam o evangelho e rejeitaram o evangelho.
E ao lermos esse versículo dizemos, “Esse é um versículo muito assustador,” mas não chegamos ao final que diz, “e ultrajou o Espírito da graça.” Aqui está um pronunciamento igualmente severo de julgamento sobre alguém que insulta o Espírito Santo. Neste versículo imediato, é óbvio que é um insulto ao Espírito Santo rejeitar a Cristo e Seu sacrifício porque, como salientei em Hebreus na semana passada, Ele ofereceu-se a Si mesmo pelo Espírito. O Espírito O estava capacitando por toda a Sua vida, tudo o que Ele disse e fez e até mesmo capacitando-O e fortalecendo-O através de Sua morte. E o Espírito aponta para Cristo depois da cruz, aponta para a Sua morte, aponta para a Sua ressurreição, aponta para Ele como o único Salvador. Isso foi o que Jesus disse: “O Espírito me deixará em evidência. Ele conduzirá vocês a mim. Ele fará vocês lembrarem de minhas palavras. Ele me glorificará.” Assim, quando você rejeita a Cristo, você cometer um insulto contra o Espírito Santo. Você está insultando o Espírito Santo por tratar levianamente e estar degradando o fato de que Ele está apontando para esta obra gloriosa de Cristo.
Isso introduz o conceito: O que significa insultar o Espírito da graça? Tenha em mente que Ele é chamado de o Espírito da graça. A idéia toda é que Ele quer fazer algo que é um dom da graça. Você insultou o Espírito da graça. A palavra aqui no grego é uma palavra interessante, enubrizō é como soa no grego, enubrizō. Ele tem uma raiz verbal hubrizō. Você conhece essa palavra – pelo menos já ouviu essa palavra – porque há uma forma em português de hubrizō e é a palavra em português “húbris.” Você já viu essa palavra ou leu essa palavra? Não é usada com freqüência, mas é uma palavra muito boa. Húbris é uma palavra em português que significa arrogância. Significa ser insolente. Significa tratar com desprezo, ter uma atitude de animosidade. Na verdade, o verbo grego - você pode ver no léxico, vai lhe dizer isto, hubrizō é ultrajar, insultar. O inferno mais quente vai ser para as pessoas que insultaram o Espírito Santo. Aqui não é hubrizō, que significa ultrajar ou insultar. Aqui é enubrizō, e sempre que você coloca uma preposição na frente de um verbo grego, você tem uma intensificação da palavra. Isso é como essas preposições funcionam.
Assim enubrizō é insultar violentamente – insultar violentamente. Você não quer insultar violentamente o Espírito Santo, e ainda que alguém que rejeita a Jesus Cristo, rejeitando o conhecimento do evangelho, dando as costas para Jesus Cristo, cometeu um ato violento de ultraje arrogante e insolente contra o Espírito Santo. Não admira que o inferno ficará ainda mais quente. Você não só cometeu um ato de insolência arrogante contra o Pai que disse, “Este é o meu Filho amado,” mas contra o próprio Filho pisoteando o sangue da aliança, e você também esteve audaciosamente sendo insolente e escandalosamente condenando a própria palavra do Espírito Santo. Um insulto violento. Eu não acho que as pessoas entendem que você simplesmente não pode pisotear a Trindade. Esta advertência é muito clara. Para as pessoas que insultam o Espírito Santo, há um aviso do julgamento severo.
Agora, eu sei que o contexto aqui está falando sobre aqueles que insultam o Espírito Santo, rejeitando a Cristo. Mas qualquer insulto contra o Espírito Santo constitui uma violação do que seja uma resposta adequada ao Espírito Santo puro abençoado. Esses ultrajes ocorrem contra Ele o tempo todo. Ele deve ser adorado, ele deve ser honrado, ele deve ser exaltado, ele é digno de ser louvado, ele deve ser agradecido. Ele deve ser glorificado em todos os momentos, como é o Pai, como é o Filho igualmente, por tudo o que Ele é e tudo o que ele faz. Ele ainda é - por um lado, a pessoa esquecido na Trindade por muitos e, por outro lado, a pessoa abusada na Trindade por muitos. Assim, penso que seja a hora de saber o que Ele faz de maneira correta. E honrado pelo povo de que Ele serve. Ele deve ser adorado e exaltado como Aquele que nos deu vida, vive em nós, nos santifica, nos guia, nos capacita e nos sela para a glória eterna até ao dia em que Ele, o Espírito Santo, nos ressuscitará dentre os mortos.
Tudo isso está aqui em Romanos 8, e li isso para você. Esta é uma visão geral de Sua ajuda graciosa e poderosa, o Espírito da graça. Quem insultaria – escandalosamente, audaciosamente insultaria o Espírito Santo? Somente um tolo.
Agora vamos para Romanos, capítulo 8, com aquilo em nossas mentes, essas passagens, uma do Antigo, e outra do Novo Testamento. Romanos capítulo 8 começa com esta grande demonstração de confiança: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” Isso dá o tom no início do capítulo. Estamos em um estado de não-condenação. Se estamos em Cristo Jesus, nós nunca seremos condenados - nunca. É assim que o capítulo começa e também como termina. Se você for até o versículo 34, ele faz a questão final, “Quem os condenará?” Bem, não é Cristo e nenhuma outra coisa, e assim passa a discorrer até a final de que nada pode nos separar do amor de Cristo. Assim, começa dizendo que não estamos sob condenação. E termina levantando todas as possíveis maneiras que poderíamos ser condenados, eliminando cada uma delas. Assim, é uma afirmação de não condenação do versículo 1 ao versículo 39.
Este é um daqueles capítulos que cada crente deveria viver nele. Você deveria viver neste capítulo. Esta é toda a gloriosa promessa da não condenação daqueles que estão em Cristo. Esta é sua segurança. Aqui é que você precisa viver e se alegrar pois foi destinado para a glória eterna. E como tudo isso acontece? Pelo ministério do Espírito Santo. Sim, sim, baseado na vontade do Pai. O Pai escolhe. Sim, baseado no sacifício de Cristo, que providenciou a substituição necessária por nosso castigo, mas também através da aplicação do Espírito Santo. Todo o plano elaborado por Deus, ratificado pelo Filho e aplicado pelo Espírito. Eu sou o que eu sou hoje em Cristo porque Deus me escolheu, Cristo morreu por mim, mas eu sou o que eu sou hoje em Cristo, porque o Espírito Santo recriou-me. Esta é a magnificência deste ministério da Trindade.
Assim, ao chegarmos no capítulo 8 e falamos sobre o que aconteceu em nossa salvação nos colocando nesse estado de não condenação e nos conduzindo até à glória, somos introduzidos ao fato de que tudo isto está sendo feito pelo Espírito Santo. E vou conduzir você por este capítulo, e isto é o que iremos aprender: que o Espírito Santo nos liberta da morte. Vimos isso da última vez, certo? Nos versículos 2 e 3, o Espírito Santo nos livra da morte – do pecado e suas consequências, da morte. Hoje vamos aprender que o Espírito Santo nos capacita a cumprir a lei pela mudança de nossa natureza. O Espírito Santo nos livra do pecado e da morte, e nos dá vida. O Espírito Santo nos capacita a cumprir a lei mudando a nossa natureza aqui e agora. Em terceiro lugar, nos ressuscitará um dia para a imortalidade. Nesse meio tempo, o Espírito Santo nos capacitará para a vitória sobre o pecado. O Espírito Santo confirma nossa adoção, garante nossa glória e auxilia em nossas orações. Por isso culminamos com o estado de não condenação – por causa da obra do Espírito Santo.
Você sabe, a estranha ironia é que as pessoas que celebram toda essa coisa maluca que eles atribuem ao Espírito Santo, em grande parte negam esta verdadeira obra do Espírito Santo. Eles necessariamente não creem que a regeneração é uma obra divina; pensam que há no homem graça preveniente suficiente e que tudo se resume em sua vontade de crer, de que essa não é a obra do Espírito Santo, é a fé de cada indivíduo. Essa é a teologia arminiana. Eles também diriam que quão rápido você puder fazer algo para ganhar a salvação, você também poderia fazê-lo rápido para perdê-la. Você não tem garantia da glória. Na verdade, se você morrer com um pecado não confessado, provavelmente você irá para o inferno. Você não está, na realidade, num estado de não condenação, como um fato absoluto e permanente. Você está numa situação de não condenação – somente num sentido condicional. Quando você cumprir as condições você estará no estado de não condenação. Tão logo você interrompa o cumprimento das condições, você estará condenado.
Assim, as pessoas que defendem todas essas coisas erradas sobre o Espírito Santo, obtêm uma teologia tão errada quanto a tudo mais. Eles não têm qualquer idéia do que o Espírito Santo está fazendo de modo permanente e para o bem, livrando-nos da morte e nos dando vida eterna, capacitando-nos a cumprir a lei mediante uma mudança permanente de nossa natureza e um dia nos ressuscitando para a imortalidade. Nesse meio tempo nos capacitando para a vitória, confirmando nossa adoção como sendo permanente, garantindo nossa glória eterna e nos assegurando essa glória pela intercessão em nosso favor sempre de acordo com a vontade de Deus, e, como resultado de tudo isso, assegurando nossa salvação eternamente.
Assim, se você for adotar a versão carismática do Espírito Santo, você não irá encontrá-la em Romanos 8. Se você for a Romanos 8, você terá a verdade sobre o Espírito Santo; não o bezerro de ouro. Esta é a verdadeira obra do Espírito Santo.
Agora, a última vez, falamos sobre o fato de que Ele nos liberta do pecado e da morte, dando-nos vida - versículos 2 e 3 – “Porque a lei do Espírito da vida” – ali, Ele é chamado de o Espírito da vida em Cristo Jesus porque “te livrou da lei do pecado e da morte.” A palavra "lei" aqui não é usada no sentido de um código moral, ou no sentido legal, mas como um princípio, o princípio ou a realidade ou o poder dominante. Por isso, ficaria assim, “Porque a realidade do Espírito da vida, ou o poder do Espírito da vida em Cristo Jesus, livrou você do poder do pecado e da morte.” Você foi retirado do reino do pecado, que produz a morte espiritual e a morte eterna, em última análise, e foi-lhe dada a vida pelo Espírito da vida.
Como Ele poderia fazer isso? A lei não poderia fazê-lo, o versículo 3 diz isso. A lei não poderia fazer isso porque a carne é muito fraca. Você não pode cumprir a lei. Então, Deus fez isso. Como Ele fez? Ele enviou Seu Filho em semelhança da carne do pecado como oferta pelo pecado e condenou o pecado na carne. Dissemos da última vez que a lei pode condenar o pecador, a lei condena o pecador, esse é o seu objetivo, isso é o que ela faz, mas não pode condenar o pecado. Mas Deus condena o pecado em Cristo. Cristo veio em semelhança da carne pecaminosa, embora sem pecado, foi um sacrifício por nós, o substituto, tomou o nosso lugar, e porque Cristo levou a penalidade por todos os pecados de todos os que crêem, o Espírito, então, deu-lhes vida, porque a justiça de Deus foi satisfeita. Esta é a grande doutrina da expiação substitutiva, a doutrina da justiça imputada que é dada a nós com base na obra de Jesus Cristo.
Assim fez Deus, pela morte de Cristo, o que a lei não poderia. A lei não pode salvar, porque a carne é fraca, não pode guardar a lei. Romanos 3: “visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei.” Mas Deus fez o que a lei não poderia fazer. A lei poderia condenar o pecador, mas Cristo em Sua morte condenou o pecado. A lei mata o pecador, mas Deus em Cristo mata o poder do pecado. Verdade incrível, e essa é a obra do Espírito Santo.
Você viverá para sempre no céu. Você foi perdoado. Você foi coberto com a justiça de Cristo. Você deixou de estar morto para estar vivo, espiritualmente morto para ser espiritualmente vivo, e isso pela obra do Espírito Santo, decidido por Deus, ratificado por Cristo e aplicado pelo Espírito Santo. Você é um produto da obra do Espírito. Essa é a primeira coisa.
Agora, há um segundo aspecto que eu vou tentar falar um pouco a respeito com você, mas há muito que se dizer. Número dois, aqui está o que acontece como resultado: Ele nos capacita a cumprir a lei de Deus, dando-nos uma nova natureza - Ele nos capacita a cumprir a lei de Deus, dando-nos uma nova natureza. Ele nos muda. Agora, ouça isto porque é realmente fundamental, uma verdade muito importante. Versículo 4: “a fim de que” – isto é consequência. Porque agora você está vivo, foi-lhe dada a vida, você foi justificado, seus pecados foram pagos, a morte satisfeita, a justiça satisfeita, a ira satisfeita, você agora está vivo pelo Espírito Santo, você nasceu de novo, a vida lhe foi dada, você foi regenerado. Isso foi possível por causa do sacrifício de Cristo. Sendo assim, o pecado é condenado, você não.
Agora, quais são os resultados? Esta é uma mudança dramática, isso fala sobre a justiça imputada, mas é uma mudança dramática, é a regeneração, que tem outro componente que poderíamos chamar de justiça comunicada. Você não querer misturar as duas porque são diferentes. Mas note o versículo 4: “a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós.” Não em Cristo. A exigência da lei, foi primeiro cumprida em Cristo, e o que a lei requer? O salário do pecado é o que? É a morte, assim, essa exigência foi cumprida em Cristo. Ele levou os nossos pecados, morreu a nossa morte, pagou a nossa pena, recebeu o nosso castigo.
Mas agora, como resultado, a exigência da lei pode ser cumprida em nós. Isto porque não somos as mesmas pessoas que costumávamos ser. Não é apenas uma coisa forense, esta salvação. Não é apenas uma declaração divina. Não é só uma mudança em seu estado. Não moveu simplesmente você de uma espécie de caixa divina para outra. Não é apenas categórico, isso é o que eu quero dizer por forense ou legal. É também real, experimental. Isso é o que a conversão é.
Alguns anos atrás fiz uma série sobre ser liberto, todas as maneiras que somos literalmente transferidos, transformados. Agora, veja o que pode acontecer. A justiça da lei, isto é, a justiça da lei não é nada mais que a justiça de Deus, que é refletida em Sua lei. Você entende isso? A lei de Deus é simplesmente um reflexo de Sua própria natureza justa. O que quer que seja certo ou errado como indicado na revelação de Sua lei é um reflexo daquele que em Si mesmo é a perfeita santidade. Como pode ser isso? Como pode a justiça da lei ser cumprida em nós? Porque antes deste milagre da vida do Espírito Santo, não podíamos cumprir a lei. Romanos 3 diz nenhuma justiça, não, ninguém, ninguém faz o bem, não há quem busque a Deus, não pode fazer nada certo, sua justiça é trapo de imundícia, diz Isaías. Pelas obras da lei, nenhuma carne pode ser justificada. Você não pode agradar a Deus. Você está alienado da vida de Deus. Você é corrupto, você faz o que o seu pai, o diabo, faz. Você segue seus desejos e luxúrias. Como podemos agora, de repente, fazer as coisas que estão na lei?
Essa é a segunda grande obra do Espírito Santo – essa é a segunda grande obra do Espírito Santo. Você não foi apenas forensicamente separado da conseqüência do pecado, mas você foi realmente separado do poder do pecado. Isto é santificação. Alguma coisa real aconteceu. Você teve uma morte. Volte para Romanos 6, certo? Você morreu com Cristo. E você ressuscitou para andar em que? Na mesma velha vida? Não, em novidade de vida. Você ressuscitou para andar com uma nova vida. Você nasceu de novo. Você não é o mesmo. Você é uma nova criação. Segunda Coríntios nos diz, “Se alguém está em Cristo, é uma nova criação” – capítulo 5 versículo 17. Então você é novo e aqui está como a sua novidade de vida é definida – ouça isto - de volta ao versículo 4. Como é que agora você pode cumprir a exigência da lei? “Porque você não anda segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Você tem um poder residente inteiramente novo. Você é uma nova criação, e agora você é o templo do Espírito de Deus. É uma combinação de uma nova pessoa, você, e uma nova pessoa, o Espírito Santo, estando em você.
Por favor, pessoal, isso é um fato, essa declaração no final do versículo 4. É um fato, note isso, não é uma ordem, não é um pedido, é um fato. Você não anda segundo a carne, mas segundo o Espírito. Quando você é um cristão, você é diferente. Tenho tentado chegar a isso por 40 anos. Não me diga que você é um cristão se você não é diferente, não me diga que você é um cristão se você estiver andando segundo a carne. Não me diga que você é um cristão se sua vida se parece com todas as outras pessoas que não são cristãs, com a exceção de que você aparece na igreja de vez em quando.
Esta não é uma responsabilidade aqui. Ah, nós vamos tocar nesse assunto quando chegarmos aos versículos 12 e 13, porque vai haver uma responsabilidade, assim como com a salvação. Isso é um ato de Deus, mas não separado de nossa fé. A santificação é uma obra do Espírito, mas não separada de nossa obediência. A Bíblia foi escrita pelo Espírito Santo, mas não sem a vontade do escritor. Você está seguro para o céu, mas não sem a sua perseverança. Isso sempre acompanha, nao é? Existe sempre esse lado da responsabilidade humana para cada uma dessas grandes verdades. Mas, por agora, o que a Palavra está dizendo é, “Você não anda mais segundo a carne, você anda segundo o Espírito.” “Andar” é a mais antiga expressão para descrever direção diária, conduta diária, disposição de alguém, inclinação de alguém. É um fato - é um fato.
Na verdade, o versículo 5 expande o fato. “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito.” Então aqui está - aqui está uma expansão. Você anda segundo o Espírito, porque sua mente está definida de acordo com o Espírito. Você pensa de forma diferente e assim você age de forma diferente. Isso não é, de novo, um pedido, não é uma ordem, isso é um fato. Como diz Efésios 2:10, “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” É inevitável que a sua vida mudará, sua direção mudará, sua disposição mudará, sua inclinação mudará, seu comportamento mudará, suas afeições mudarão, tudo mudará - tudo.
Este é um versículo crítico. Eu não sei como poderíamos até mesmo chegar a qualquer coisa mais útil para compreender as realidades fundamentais de quem somos em Cristo do que obter este direito. Não estamos falando aqui de virtude pessoal, algum tipo de coisa isolada que você espera que um crente vá tipo que despontar em sua vida. Estamos dizendo que isto é como você viverá se você for um crente. É assim que você viverá. E honestamente, é por isso que um verdadeiro arrependido, um verdadeiro crente vem a Cristo para começar. Há duas coisas acontecendo aqui. O que você queria quando você veio a Cristo? Pelo que você está procurando? Bem, primeiro, você queria ser resgatado do inferno eterno. Isso é justo? Dois, você queria ser liberto do seu pecado. É uma atitude bonita. As pessoas que estavam no reino da fome e sede de justiça, e choraram por seus pecados, e elas ficaram perturbadas com sua miséria.
Veja, se o pregador diz que Deus quer que você seja feliz, então, multidões de pessoas que querem ser felizes se unirão a Jesus. “Jesus, me faz feliz.” Se o pregador diz que se você está doente, você tem problema em seu casamento, frustração financeira, ou está na solidão: "Olhe para Jesus, que Ele irá satisfazer os desejos do seu coração.” Então, todas as pessoas que estão sós e têm maus casamentos e não querem ficar sós virão correndo para Jesus. Cada um entende a alegria final como a satisfação pessoal, certo? A alegria final seria estar bem. Ou a alegria final seria estar feliz. Ou a alegria final seria estar casada com o homem perfeito. Ou a alegria final seria ter aquela casa dos sonhos. A alegria final seria conseguir uma promoção. Bom, se é isso que você oferece ao povo no nome de Jesus, você vai conseguir encher o estádio do Maracanã e todos irão correndo. Cantarão todas as as músicas, correrão para Jesus e Jesus, assim eles esperam, lhes dará todas as coisas que os tornará felizes.
As pessoas que são salvas não estão procurando pela felicidade, estão procurando o santo. Isso é o que elas estão procurando. Grande diferença - grande diferença. Eles estão à procura do santo. Elas querem fugir do poder e da pena de seu pecado. É por isso que Hebreus 12:14 diz, “Segui...a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” Você não chega lá pelo caminho da felicidade; você chega lá pelo caminho da santidade. Até que as pessoas sejam compelidas por seus pecados a buscar o Salvador e seguir a justiça, elas não virão a Cristo verdadeiramente, verdadeiramente. Cristo enfrentou a penalidade da lei de Deus por nós, para que pudéssemos obedecer a lei de Deus pelo poder do Espírito Santo em nós. Cristo enfrentou a pena por nós; o Espírito cumpre a lei em nós.
Quando o pecador deixa o tribunal de Deus, o tribunal da justiça pura de Deus, com o perdão para o pecado, ele não termina com a lei. Ele não termina com a lei. De modo nenhum. A lei moral de Deus atravessa o coração do reino. Atravessa o coração de cada cristão verdadeiro. A lei moral de Deus não está em lugar algum – ouça – mais em casa do que no meio do reino da graça porque a lei de Deus é um reflexo Dele e de Sua vontade. A lei moral não pode nos tornar santos, mas Deus pode nos capacitar pela regeneração, na presença do Espírito Santo para nos tornar progressivamente santos e para cumprirmos a lei. Isto é um fato. Se você é um crente, você está no processo desta santificação progressiva.
O que ajuda isso? O que isso permite? A exposição à verdade, certo? Segunda aos Coríntios 3:18: “contemplando, como por espelho, a glória do Senhor,” – onde você vê isso? Onde você procura e encontra a glória de Deus? Onde é revelada? Na Escritura. Quanto mais você contempla nisso, mais você é transformado em Sua imagem de um nível da glória para outro, e para outro, pelo Espírito Santo. Que ferramenta que o Espírito Santo usa para santificar você? A Palavra. Quanto mais você olhar para a Palavra e vir a majestade e a glória de Cristo, de Deus e do Espírito Santo nela, a glória que é revelada nela, você literalmente é lapidado de acordo com essa imagem de um nível de glória para outro, de modo ascendente, ascendente. Isso é santificação progressiva e essa é a obra do Espírito Santo.
E o que significa ser santificado e separado do pecado? Significa tornar-se obediente à lei de Deus, obediente à vontade de Deus, para fazer o que agrada a Deus e Ele revelou que Lhe agrada. Ouça, obediência lei não é - não pode ser a base da nossa justificação, mas é o fruto da nossa justificação. E é a prova da nossa santificação. Aqueles que são justificados também são santificados sob a influência do Espírito Santo por cujo poder agora vivemos e podemos cumprir a lei divina, e não é penosa. O que Davi diz? “Oh, como eu amo a tua lei. Tua lei é o meu deleite,” O Salmo 119, repetidas vezes, 175 vezes e então um versículo final em sua própria afirmação de miséria. Nós amamos a lei. É a nossa inclinação. É o nosso desejo. É a nossa fome. É o que queremos.
Você pode pensar nisso desta maneira, uma espécie de um grande quadro: Os mandamentos amorosos de Deus que são justos, verdadeiros, santos e bons, Ele revelou a Adão, por causa da comunhão com Adão e a alegria o Jardim do Éden. Você entende que Adão não sabia nada intuitivamente. Você não encontra Deus intuitivamente. É por isso que Deus andava e falava com Ele no frescor do dia todas as noites. Sobre o que era isso? Vou lhe dizer o que era, não era Adão contando a Deus qualquer coisa. Era revelação divina. Era Deus descarregando a agenda em Adão. Adão sabia que quando despertasse naquela manhã e houvesse uma criatura lá, semelhante a qual ele nunca tinha visto, ele deveria tomá-la como esposa, porque Deus lhe disse. Adão sabia qual era sua responsabilidade no jardim porque Deus lhe havia dito. Adão sabia o que ele não deveria fazer porque Deus lhe havia dito. Adão sabia o que sabia porque Deus lhe havia dito. Deus foi sempre a fonte da verdade. Deus deu a Adão comportamentos que eram reflexos da vontade de Deus e que agradaria a Deus.
Assim poderíamos dizer que os mandamentos amorosos de Deus, que Ele entregou a Adão, eram com o propósito de alegrar Adão enquanto ele os obedecesse, certo? Veio então a queda, e o que aconteceu? As regras não mudaram. A lei é a mesma, mas agora é negativa, é restritiva, é proibitiva e não produz a comunhão com Deus. Tudo deu errado. Ela não traz alegria, traz tristeza. Ela não oferece uma antecipação do futuro de bênção contínua, mas a antecipação de um futuro de condenação. A mesma lei, o mesmo Deus revelando as mesmas coisas no Éden que produzem amor, comunhão, alegria, esperança, bênção. A mesma lei depois da queda é negativa, proibitiva, restritiva, separa a alma de Deus, condena o homem, torna-o culpado, sem paz, sem esperança, leva ao julgamento.
Então vem o evangelho. Os mesmos mandamentos, exatamente os mesmos mandamentos que Deus entregou no Antigo Testamento, consistente com a Sua natureza, que nos amaldiçoavam e nos condenavam e agora tornam-se aquilo que ansiamos fazer, porque elas definem nossa comunhão com Deus, nossa alegria com Ele, não é verdade? “Estas coisas vos escrevo,” disse João, “para que a vossa alegria seja completa.” “bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.” Se você quer um relacionamento com Deus, se você quer alegria proveniente desse relacionamento, bênção nesse relacionamento, esperança nesse relacionamento, então você faz as coisas que agradam a Deus. E as coisas que O agradam e O honram são aquelas que Ele revelou como justas, boas e santas. Antes você não podia fazer isso, tudo era condenação. Agora, foi-lhe dada a vida, você é uma nova criação. Você agora tem a capacidade de fazer o que jamais poderia fazer no passado. Você não tem apenas a capacidade de fazer isso por ser uma nova criatura, mas você tem um assistente, uma ajudante divino: o Espirito Santo.
Foi Agostinho que disse: "A graça foi dada para que a lei possa ser cumprida.” E ela pode ser cumprida porque o Espírito Santo mudou a nossa natureza e fez sua residência em nós. Eu não quero exagerar isto, mas você entende que é um ministério muito pessoal? Um ministério muito, muito pessoal para cada um de nós? Seu corpo é tempo do Espírito Santo – não apenas a igreja coletivamente, mas você como um indivíduo. O Espírito está lá ajudando e auxiliando essa nova criatura para cumprir a lei de Deus. Essa é sua inclinação, sua disposição, isso é o que você ama, isso é o que você quer se você nasceu de novo. O conforto que nos vem do Espírito Santo está conectado à nossa obediência. A segurança que nos vem do Espírito Santo está conectada à nosa obediência. A alegria está conectada à obediência. A ausência do medo, da ansiedade e da dúvida está conectada à obediência. Temos essa capacidade porque fomos criados novamente e temos o Espírito Santo morando em nós nos capacitando. Que dom maravilhoso.
Agora, vamos voltar por um momento, ao versículo 5. Há somente dois tipos de pessoas no mundo – e vamos nos aprofundar mais no versículo 5 da próxima vez – aqueles que andam segundo a carne, e eles colocam suas mentes nas coisas da carne, e aqueles que andam segundo o Espírito, que colocam suas mentes nas coisas do Espírito. E, claro, a mente colocada sobre a carne a morte e a mente colocada sobre o Espírito é vida e paz.
Isso pode simplificar o seu mundo para você um pouco. Quero lhe dar aqui uma ajuda na visão do mundo. Dois tipos de pessoas no mundo, meu avô costumava dizer, os santos e os não santos. Isso pode ser um pouco de exagero na simplificação, mas há somente dois tipos de pessoas no mundo. Os dois tipos de pessoas no mundo são aqueles que funcionam de acordo com a carne e os que funcionam segundo o Espírito. As pessoas que funcionam de acordo com a carne, que fazem o que a carne lhes diz para fazer – a concupiscência com os olhos, a soberba da vida, a concupiscência da carne – essas são as coisas no mundo, 1 João nos diz isso. São as pessoas que seguem isso, que seguem o seu pai, o diabo. São mentirosas como ele e são assassinas como ele, no coração, se não o forem realmente. Eles seguem suas paixões. Esse é um tipo de gente, pessoas que atuam segundo a carne.
Há, então, o único outro tipo de pessoas no mundo: aquelas que atuam de acordo com o Espírito. Ouça isto: Deus nunca divide as pessoas por raça - nunca. Deus nunca divide as pessoas por sexo. Ele as divide por preferência sexual porque isso é pecado, mas ele nunca faz diferença entre as pessoas pela cultura, educação, raça, sexo, situação econômica, status social – nada disso. Todas as pessoas são divididas em duas categorias, aquelas que vivem de acordo com a carne e aquelas que vivem de acordo com o Espírito. Aqueles que cuidam das coisas da carne, e aqueles que cuidam das coisas do Espírito. Aqueles que andam segundo a carne, e aqueles que andam segundo o Espírito. Os cristãos são as pessoas que funcionam no Espírito, eles vivem no Espírito, pensam no Espírito, andam no Espírito. É isso. Essa é a única diferença que Deus reconhece. Em Cristo, não há nem judeu, nem gentio, nem grego, nem masculino, nem feminino, nem servo, nem livre. Isso é o que eu amo sobre a nossa igreja. Nós não fazemos qualquer distinção aqui, exceto essa.
David Brown, há muitos anos atrás, escreveu: “Os homens deve estar sob a influência predominante de um ou de outro destes dois princípios. E conforme um ou o outro exerça o domínio essa será a aparência de suas vidas e o caráter de suas ações.” E então Hodge, o grande teólogo, disse: “A inclinação dos pensamentos, afetos e buscas é o único teste deisivo do caráter.” A inclinação dos pensamentos, afetos e buscas. O que você pensa? O que você quer? Como você anda?
Você pode dar mais uma outra olhada no versículo 5 – e veremos mais sobre isso. Você pode ver lá no versículo 5 a palavra cogitar, cogitam e depois vê novamente no versículo 6, pendor, e depois você vê novamente no versículo 7, pendor, duas vezes no versículo 6. Cogitar, pendor – o que produz o andar, caminhar, viver é o cogitar, inclinar-se. Andar, isso é comportamento. Cogitar, isso é pensar. De acordo com, isso é natureza. Então, se você anda segundo a carne, essa é a sua natureza não regenerada não convertida, e você pensa nas coisas carnais, e faz as coisas carnais; no entanto, se você é de acordo com o Espírito quanto à sua natureza, pensa as coisas do Espírito e anda nos caminhos do Espírito. Essa é a maravilhosa clareza no fluxo do pensamento de Paulo. Assim, aqui estamos nós, desejando com todo o nosso coração cumprir a lei de Deus, porque temos desejos surgindo em nós que não tínhamos antes de sermos convertidos e foram colocados ali pela transformação de nossa natureza e pela residência permanente do Espírito Santo em nós. Que presente – que dom!
Vamos tratar o Espírito Santo como Ele merece ser tratado. Vamos honrá-Lo por aquilo que Ele realmente está fazendo e não atribuir a Ele todos os tipos de coisas horríveis que Ele nunca iria aceitar. Que jamais sejamos culpados de insultá-lo. Tem mais para a próxima vez.
Pai, nós Te agradecemos novamente esta manhã. Tua Palavra é uma luz para nós e vida. Como somos ricos por causa da verdade que é colocada diante de nós, semana após semana. Simplesmente incrível, Tua verdade gloriosa, e nossos corações anseiam por isso, abraçam e amam isso. Quando refletimos e meditamos sobre ela, isso nos traz alegria. Dirige-nos. Produz em nós o louvor, a adoração e cânticos. Obrigado por tudo isto. Obrigado, Oh Espírito Santo, por Tua obra. Seja honrado nesta geração. Seja honrado, exaltado pois Tu és digno. Amém.
FIM

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